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AULA 5 (AULA 4 - 2ª Parte) PROF. WLAMIR DO AMARAL 2020 1 5ª AULA DIREITO TRIBUTÁRIO FUMEP - EEP CURSO: Administração DISCIPLINA: Instituições de Direito e Legislação Tributária PROF.: WLAMIR DO AMARAL 2020 2 5ª AULA DIEITO TRIBUTÁRIO CRONOGRAMA DE AULAS (cf. Plano de Ensino) 3 5ª AULA DIEITO TRIBUTÁRIO CRONOGRAMA DE AULAS (cf. Plano de Ensino) ◼ Aula 1: APRESENTAÇÕES. NOÇÕES GERAIS SOBRE O ESTADO E SEUS PODERES. ÉTICA E ÉTICA PROFISSIONAL. ◼ Aula 2: NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL. NOÇÕES DE DIREITOS E GARANTIAS CONSTITUCIONAIS INDIVIDUAIS E COLETIVAS. ◼ Aula 3: NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO. ◼ Aula 4: CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA. ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS. ◼ Aula 5: ESPÉCIES. TRIBUTÁRIAS (cont.). PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL E PROCESSO DE EXECUÇÃO FISCAL (Judicial). ◼ Aula 6: 1ª PROVA SEMESTRAL (PI): Semana de ... (cf. Calendário) ◼ Aula 7: Correção da Prova. REVISÃO: Espécies Tributárias e Processo Tributário. 4 5ª AULA DIEITO TRIBUTÁRIO CRONOGRAMA DE AULAS (cf. Plano de Ensino) - cont. ◼ Aula 8: NOÇÕES DE DIREITO DO TRABALHO. ◼ Aula 9: NOÇÕES DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO. ◼ Aula 10: NOÇÕES DE DIREITO DO CONSUMIDOR. ◼ Aula 11: NOÇÕES DE DIREITO CIVIL. ◼ Aula 12: NOÇÕES DE SOCIEDADES SIMPLES E SOCIEDADES EMPRESARIAIS. ◼ Aula 13: NOÇÕES DE TÍTULOS DE CRÉDITO E FALÊNCIA. ◼ Aula 14: NOÇÕES DE DIREITO PENAL. ◼ Aula 15: 2ª PROVA SEMESTRAL (PII): Semana de ... (cf. Calendário) ◼ Aula 16: Correção das provas. ◼ Aula 17: PROVA SUBSTITUTIVA (PS): Semana de ... (cf. Calendário) ◼ Aula 18: Correção das provas PS 5 5ª AULA DIEITO TRIBUTÁRIO PROVA P I (- 6ª AULA -) ◼ Duração: Período da Aula ◼ Respostas Digitadas: vedação de “copia-cola” (demonstração do conhecimento do assunto, com sentenças curtas e parágrafos curtos) ◼ 10 (dez) perguntas: 2 (duas) perguntas para cada uma das aulas passadas ◼ Envio das respostas: E-mail (Teams), após o término da prova (PDF) ◼ Possibilidade de consulta: vedação de consulta a colega 6 AULA 5 DIREITO TRIBUTÁRIO AULA 5 7 AULA 5 DIREITO TRIBUTÁRIO MEMÓRIA DA AULA ANTERIOR NOÇÕES DE DIREITO TRIBUTÁRIO ◼ - Objetivo: Constituição de Renda para o Estado ◼ - Diferença entre Crédito Tributário e Renda ◼ - Aplicação das rendas do Estado (LRF: Lei nº 101 /00) ◼ - Principais normas tributárias: CF /88; e, Lei nº 5.172 /66 ◼ - 8 (oito) Passos da Tributação: 1) Hipótese de Incidência Tributária; 2) Fato Gerador; 3) Obrigação Tributária; 4) Lançamento; 5) Crédito Tributário; 6) Notificação para Pagamento; 7) Inscrição na Dívida Ativa; e, 8) Execução Fiscal. ◼ Matriz da Tributação: ◼ Aspectos Gerais (Antecedente) e Aspectos Específicos (Consequente) ◼ Processo Fiscal ◼ Administrativo e Judicial 8 AULA 5 DIREITO TRIBUTÁRIO QUADRO SINÓPTICO I – ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS ◼ - Principais normas tributárias: CF /88; e, Lei nº 5.172 /66 ◼ - Espécies Tributárias no Brasil: ◼ Impostos; ◼ Taxas; ◼ Contribuições de Melhoria; ◼ Contribuições Especiais; e, ◼ Empréstimo Compulsório ◼ - 8 (oito) Passos da Tributação: ◼ 1) Hipótese de Incidência Tributária; 2) Fato Gerador; 3) Obrigação Tributária; 4) Lançamento; 5) Crédito Tributário; 6) Notificação para Pagamento; 7) Inscrição na Dívida Ativa; e, 8) Execução Fiscal 9 AULA 5 DIREITO TRIBUTÁRIO ◼ - IMPOSTOS: União (II, IE, IR, IOF, IPI e ITR); Estados e DF (ICMS, ITCMD e IPVA); e, Municípios (IPTU, ISS e ITBI) ◼ - TAXAS: prestação/disponibilização de serviço público e poder de polícia ◼ - CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA ◼ - CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS: ◼ Contribuições Sociais (Gerais e para a Seguridade Social); Contribuições de Interesse de Categorias Profissionais; Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico; e, Contribuições do Serviço de Iluminação Pública ◼ - EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO (calamidade pública; guerra externa; investimentos de caráter urgente e relevante interesse social). 10 AULA 5 DIREITO TRIBUTÁRIO ◼ Os procedimentos de arrecadação de tributos passam pelos denominados 8 (oito) passos da tributação, utilíssimos para melhor poder trabalhar o processo tributário administrativo e judicial é importante entender os: ◼ 1º Passo - HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA (hipótese, em abstrato, obrigatoriamente descrita em Lei, que verifica a possibilidade de incidência concreta do tributo); ◼ 2º Passo - FATO GERADOR (fato ou situação, concreto, gerador da obrigação tributária); (necessidade de verificação da INCIDÊNCIA) ◼ 3º Passo - OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA (trata-se, em linhas gerais, da efetiva obrigação do contribuinte de pagar --integralmente-- o respectivo tributo cobrado pelo Fisco); ◼ 4º Passo - LANÇAMENTO (materialização da obrigação tributária através de procedimento administrativo realizado e/ou apenas fiscalizado pelo Fisco, a depender da espécie tributária); 11 AULA 5 DIREITO TRIBUTÁRIO ◼ Continuação: ◼ 5º Passo - CRÉDITO TRIBUTÁRIO (expectativa de resultado pecuniário para o Fisco decorrente do cumprimento da obrigação tributária pelo contribuinte); ◼ 6º Passo - NOTIFICAÇÃO PARA PAGAMENTO (notificação pelo Fisco para que o contribuinte cumpra sua obrigação tributária; se integral o pagamento, extingue-se o crédito tributário). Com o pagamento haverá a constituição de RENDA para o Estado. ◼ 7º Passo - INSCRIÇÃO NA DÍVIDA ATIVA (consequência do não pagamento, ou, do pagamento parcial do tributo; através da expedição pelo Fisco da Certidão da Dívida Ativa - CDA); e, ◼ 8º Passo - EXECUÇÃO FISCAL (execução judicial do crédito tributário devido e inscrito na Dívida Ativa - Certidão da Dívida Ativa; através do ajuizamento da Ação de Execução Fiscal). 12 AULA 5 DIREITO TRIBUTÁRIO IMPOSTOS ◼ Os Impostos não devem ter destinação específica, sendo que a respectiva renda indo para o caixa geral do ente tributante (orçamento anual). ◼ Os Impostos constituem-se em tributos de competência de todos os entes federados: (6) União (II, IE, IR, IOF, IPI e ITR); (3) Estados e DF (ICMS, ITCMD e IPVA); e, (3) Municípios (IPTU, ISS e ITBI). TAXAS ◼ As Taxas também se constituem em tributos de competência de todos os entes federados, apresentando finalidade determinada e sendo devidas: ◼ Pela efetiva utilização de serviço público pelo contribuinte; ◼ pela simples colocação de serviço à disposição do contribuinte; e, ◼ pelo exercício do denominado PODER DE POLÍCIA. 13 AULA 5 DIREITO TRIBUTÁRIO ◼ CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA: As Contribuições de Melhoria constituem-se em tributo majoritariamente de competência dos Municípios, sendo devidas quando da valorização do imóvel do contribuinte em virtude de obra realizada pelo Poder Público. ◼ CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS: As Contribuições Especiais também se constituem em tributos de competência de todos os entes federados, subdividindo-se em: ◼ Contribuições Sociais (Gerais e para a Seguridade Social); ◼ Contribuições de Interesse de Categorias Profissionais; ◼ Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE); e, ◼ Contribuições do Serviço de Iluminação Pública. ◼ EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO: Tributo de competência da União (situações de calamidade pública ou de guerra externa). 14 AULA 5 DIREITO TRIBUTÁRIO REPARTIÇÃO TRIBUTÁRIA 15 AULA 5 DIREITO TRIBUTÁRIO REPARTIÇÃO TRIBUTÁRIA ◼ TRANSFERÊNCIA de: ◼ IMPOSTOS; e ◼ CIDE-COMBUSTÍVEL ◼ TRANSFERÊNCIAS DIRETAS ◼ REPASSE DE PARTE DA ARRECADAÇÃO ◼ TRANSFERÊNCIAS INDIRETAS ◼ REPASSE PARA A FORMAÇÃO DE FUNDO ESPECIAIS 16 AULA 5 DIREITO TRIBUTÁRIO FUNÇÕES DOS TRIBUTOS 17 AULA 5 DIREITO TRIBUTÁRIO FUNÇÃO FISCAL A FUNÇÃO FISCAL consiste na função arrecadatória do tributo. Por exemplo, o IPTU tem elevada função fiscal. FUNÇÃO EXTRAFISCAL A FUNÇÃO EXTRAFISCAL consiste na função de regulação do tributo. Por exemplo, o aumento de alíquota do II quando o governo entende que determinado produto importado está causando problemas à indústria nacional. FUNÇÃO PARAFISCAL A FUNÇÃO PARAFISCAL consiste na arrecadação do tributo por entidade que nãointegra a estrutura dos entes da Federação. Por exemplo, as Contribuições Especiais destinadas ao financiamento de categorias profissionais (CRA; CREA; OAB; etc.). 18 AULA 5 DIREITO TRIBUTÁRIO QUESTÕES GERAIS 19 AULA 5 DIREITO TRIBUTÁRIO ◼ 1. O QUE É TRIBUTO? QUAIS SÃO OS TRIBUTOS? ◼ De acordo com o art. 3º do Código Tributário Nacional (CTN): “tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”. ◼ De acordo com a Constituição Federal (CF /88), os tributos podem ser subdivididos em: ◼ - Impostos (art. 145, inc. I); ◼ - Taxas (art. 145, inc. II); ◼ - Contribuições de Melhoria (art. 145, inc. III); ◼ - Empréstimo Compulsório (art. 148); e ◼ - Contribuições Especiais (contribuições sociais de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas - art. 149; e de iluminação pública – art. 149 - A). 20 AULA 5 DIREITO TRIBUTÁRIO ◼ 2. O QUE É IMPOSTO? QUAIS SÃO OS IMPOSTOS? E, QUAL UMA DE SUAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS? ◼ De acordo com o art. 16 do Código Tributário Nacional “Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte”. ◼ Os impostos são: 03 (três) municipais (IPTU; ISS; e ITBI); 03 (três) estaduais (ICMS; IPVA; e ITCD), e 06 (seis) federais (II; IE; IPI; IOF; IR; ITR). ◼ Uma de suas principais características é o fato de não depender de contraprestação do Poder Público. Vale dizer, há independência da atuação do Estado em relação ao contribuinte; tratando-se, portanto, de um tributo não vinculado à referida contraprestação. 21 AULA 5 DIREITO TRIBUTÁRIO ◼ 3. O QUE SÃO TAXAS? QUAIS SÃO AS CONDIÇÕES EM QUE PODEM OCORRER? E, QUAL UMA DE SUAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS? ◼ Ao contrário do Imposto, Taxa é o tributo cuja incidência encontra-se diretamente vinculado à atuação do Poder Público de forma específica em relação a um determinado contribuinte. Uma vez que as taxas se vinculam à contraprestação do Poder Público, são classificadas em: ◼ i) taxas decorrentes de um serviço público efetivamente utilizado ou mesmo posto à disposição do contribuinte; ou ◼ ii) taxas decorrentes do denominado exercício do Poder de Polícia. ◼ Assim, uma de suas principais características é que se trata de tributo relacionado à determinada contraprestação pelo Poder Público. ◼ Em tempo, a Taxa surge em decorrência de Lei, enquanto que a tarifa (ou preço público) decorre de uma relação jurídica contratual. 22 AULA 5 DIREITO TRIBUTÁRIO ◼ 4. O QUE SÃO CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS? QUAIS SÃO AS CONDIÇÕES EM QUE PODEM OCORRER? E, QUAL UMA DE SUAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS? ◼ Da mesma forma que as Taxas, e ao contrário dos Impostos, as Contribuições Especiais são instituídas com finalidades específicas: ◼ i) de intervenção no domínio econômico; ◼ ii) de interesse de categorias profissionais; ◼ iii) de interesse de categorias econômicas; ◼ iv) de custeio para a seguridade social; e, ◼ v) de prestação de serviços de iluminação pública. ◼ Desta forma, tem-se as seguintes Contribuições Especiais: PIS/PASEP; COFINS; CSSL; Iluminação Pública; e CIDE. ◼ Uma de suas principais características, e em consequência de sua classificação (“i”; “ii”; e “iii”), diz respeito à estreita vinculação à finalidade para a qual foi criada a respectiva contribuição. 23 AULA 5 DIREITO TRIBUTÁRIO ◼ 5. O QUE SÃO CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA? O QUE SÃO EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS? ◼ CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA: ◼ Contribuições de Melhoria constitui-se em tributo diretamente vinculado à valorização imobiliária decorrente de determinada obra pública. ◼ EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS: ◼ Empréstimos Compulsórios são tributos instituídos em condições especialíssimas destinados ao atendimento de despesas extraordinárias (decorrentes de situações de calamidade pública e guerra externa) ou necessidade de investimentos de caráter urgente e de relevante interesse social. 24 AULA 5 DIREITO TRIBUTÁRIO IMPOSTOS 25 AULA 5 DIREITO TRIBUTÁRIO ◼ 6. QUAIS SÃO OS IMPOSTOS MUNICIPAIS E QUAIS SÃO SUAS PRINCIPAIS FUNÇÕES? ◼ São em número de 03 os impostos municipais: ◼ i) IPTU – Imposto Predial e Territorial Urbano; ◼ ii) ISSQN – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza; e ◼ iii) ITBI – Imposto sobre a Transmissão Inter Vivos de Bens Imóveis e Direitos a Eles Relativos. 26 AULA 5 DIREITO TRIBUTÁRIO ◼ i) IPTU – Imposto Predial e Territorial Urbano: ◼ apresenta função eminentemente fiscal, uma vez que representa a maior parte da arrecadação da municipalidade. Entretanto, passa a exercer função extrafiscal ao poder promover melhor ordenamento do território urbano do Município; ◼ ii) ISSQN – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza: ◼ trata-se de um importo municipal com função predominantemente fiscal; respondendo, assim, por significativa parcela da arrecadação dos Municípios; ◼ iii) ITBI – Imposto sobre a Transmissão Inter Vivos de Bens Imóveis e Direitos a Eles Relativos: ◼ de forma análoga aos demais impostos municipais, o ITBI também apresenta função fiscal (arrecadação). 27 AULA 5 DIREITO TRIBUTÁRIO ◼ 8. QUAIS SÃO OS IMPOSTOS ESTADUAIS E QUAIS SÃO SUAS PRINCIPAIS FUNÇÕES? ◼ São 03 os impostos estaduais: ◼ i) ICMS – Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços; ◼ ii) IPVA – Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores; e ◼ iii) ITCD – Imposto sobre Heranças e Doações. 28 AULA 5 DIREITO TRIBUTÁRIO ◼ 8. QUAIS SÃO OS IMPOSTOS ESTADUAIS E QUAIS SÃO SUAS PRINCIPAIS FUNÇÕES? ◼ i) ICMS – Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços: trata-se de um tributo que se constitui em inequívoca fonte de receita tributária tanto para os Estados, Distrito Federal, assim como também para a própria União; uma vez que a União também participa da receita do ICMS; ◼ ii) IPVA – Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores: da mesma forma que o ICMS, também apresenta função fiscal em virtude do volume de arrecadação gerado tanto para os Estados assim como para o Distrito Federal. Não obstante, apresenta função extrafiscal por onerar mais, por exemplo, os veículos movidos à gasolina; ◼ iii) ITCD – Imposto sobre Heranças e Doações: trata-se de imposto que apresenta função meramente fiscal de arrecadação de recursos para os Estados e para o Distrito Federal. 29 AULA 5 DIREITO TRIBUTÁRIO ICMS Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços ◼ LC nº 87 /96 (“Lei Kandir”), alterada pelas LCs nº 92/97, 99/99 e 102/00 ◼ Imposto não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação ◼ Em toda a operação deverá ser feito o destaque do tributo a ser pago ◼ Sujeito passivo tem o direito de creditar-se do imposto anteriormente cobrado em operações de que tenha resultado a entrada de mercadoria ◼ Substituição tributária (ST) é um regime em que, na prática, determinadas empresas (indústria e importadores, principalmente) devem recolher o ICMS das transações que ainda vão ocorrer até o consumidor final ◼ Diferimento é o adiamento do pagamento do tributo (difere-se) 30 AULA 5 DIREITO TRIBUTÁRIO ◼ 9. QUAIS SÃO OS IMPOSTOS FEDERAIS E QUAIS SÃO SUAS PRINCIPAIS FUNÇÕES? ◼ São 06 os impostos federais: ◼ i) II – Imposto de Importação; ◼ ii) IE – Imposto de Exportação; ◼ iii) IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados; ◼ iv) IOF – imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro e sobre Operações Relativas a Títulos e Valores Imobiliários; ◼ v) IR – Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer natureza; e ◼ vi) ITR – Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural.31 AULA 5 DIREITO TRIBUTÁRIO ◼ 9. QUAIS SÃO OS IMPOSTOS FEDERAIS E QUAIS SÃO SUAS PRINCIPAIS FUNÇÕES? (continuação) ◼ i) II – Imposto de Importação: trata-se de um tributo que apresenta importante função extrafiscal, atuando como um instrumento de regulação do comércio exterior; ◼ ii) IE – Imposto de Exportação: da mesma que o Imposto de Importação, apresenta importante função extrafiscal de regulação do comércio exterior; ◼ iii) IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados: trata-se de um tributo que tem importante papel no que se refere à intervenção do Poder Público Federal na economia; funcionando, inclusive, como um instrumento de distribuição de receita tributária da União para os Estados, Distrito Federal e Municípios; 32 AULA 5 DIREITO TRIBUTÁRIO ◼ 9. QUAIS SÃO OS IMPOSTOS FEDERAIS E QUAIS SÃO SUAS PRINCIPAIS FUNÇÕES? (continuação) ◼ iv) IOF – imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro e sobre Operações Relativas a Títulos e Valores Imobiliários: tem importante função extrafiscal de regulação do mercado de crédito, câmbio e seguro (política financeira federal). Em tempo, sua função fiscal tem pequena representatividade na arrecadação federal; ◼ v) IR – Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer natureza: trata-se de tributo que apresenta relevante função fiscal, uma vez que se constitui em uma das maiores fontes de receita tributária da União; ◼ vi) ITR – Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural: da mesma forma que vários outros impostos federais, também apresenta importante função extrafiscal; uma vez que representa significativamente pequena importância em termos de arrecadação tributária. Trata-se de imposto diretamente direcionado à disciplina do uso da propriedade rural pelo Governo Federal. 33 AULA 5 DIREITO TRIBUTÁRIO ◼ 10. O QUE SÃO CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS? ◼ As contribuições também se constituem em uma das espécies do gênero tributo; sendo instituídas estritamente de acordo com os fins constitucionalmente previstos. ◼ Vale dizer, em seu critério material reside sua finalidade. ◼ Dentre as finalidades constitucionalmente previstas, tem-se: contribuições de intervenção no domínio econômico (CIDE); contribuições de interesse de categorias profissionais; contribuições de custeio da Seguridade Social; e Contribuição de Prestação de Serviços de Iluminação Pública. 34 AULA 5 DIREITO TRIBUTÁRIO ◼ 11. QUAIS SÃO AS CONTRIBUIÇÕES DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO E QUAL UMA DE SUAS PRINCIPAIS FUNÇÕES? ◼ As contribuições de intervenção no domínio econômico são: ◼ CSLL (Contribuição Sobre o Lucro Líquido); ◼ CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico). ◼ “CPMF (Contribuição Sobre Movimentação Financeira)” – EXTINTA. ◼ Além de sua função fiscal, garantidora de receita para o Fisco Federal; também tem importante função extrafiscal. 35 AULA 5 DIREITO TRIBUTÁRIO ◼ 11. QUAIS SÃO AS CONTRIBUIÇÕES DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO E QUAL UMA DE SUAS PRINCIPAIS FUNÇÕES? ◼ CSLL (Contribuição Sobre o Lucro Líquido): como o próprio nome expressa, incide sobre o lucro líquido das empresas. Também se destina ao financiamento da seguridade social. ◼ CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico): trata-se de uma contribuição que muito embora tenha um nome genérico, tem-se que a CIDE-combustíveis incide sobre a venda de combustíveis (Lei nº 10.336 /01). ◼ EXTINTA - “CPMF (Contribuição Sobre Movimentação Financeira): contribuição que tinha a finalidade específica de arrecadar para o Fundo de Combate à Pobreza e o Fundo Nacional de Saúde. Incide basicamente sobre as movimentações financeiras.”: EXTINTA 36 AULA 5 DIREITO TRIBUTÁRIO ◼ 12. QUAIS SÃO AS CONTRIBUIÇÕES DE INTERESSE DE CATEGORIAS PROFISSIONAIS E QUAL UMA DE SUAS PRINCIPAIS FUNÇÕES? ◼ As contribuições de interesse de categorias profissionais são aquelas que são instituídas com a finalidade de garantir a sustentação econômica de entidades representativas de categorias profissionais ou de categorias econômicas. Sua função é eminentemente fiscal; ou seja, visa essencialmente a arrecadação. ◼ Como exemplo pode-se ter a contribuição exigida pelo Conselho Regional de Administração (CFA-CRA; CONFEA-CREA; Etc.). 37 AULA 5 DIREITO TRIBUTÁRIO ◼ 13. QUAIS SÃO AS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS DE SEGURIDADE SOCIAL E QUAL UMA DE SUAS PRINCIPAIS FUNÇÕES? ◼ As contribuições de custeio da Seguridade Social são: ◼ PIS/PASEP (Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público); ◼ COFINS (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social); ◼ INSS (Contribuição para a Previdência Social – Instituto Nacional de Seguridade Social). ◼ Além da inequívoca função fiscal dessas contribuições, vale dizer, garantidora de receita para o Fisco Federal, algumas delas também apresentam importante função extrafiscal. 38 AULA 5 DIREITO TRIBUTÁRIO ◼ 13. QUAIS SÃO AS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS DE SEGURIDADE SOCIAL E QUAL UMA DE SUAS PRINCIPAIS FUNÇÕES? ◼ PIS/PASEP (Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público): são contribuições destinadas a financiar o Programa de seguro desemprego. O PIS incide sobre o faturamento da empresa. ◼ COFINS (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social): da mesma forma que o PIS, a COFINS também incide sobre o faturamento da empresa. A COFINS destina-se a integrar o Orçamento da Seguridade Social. ◼ INSS (Contribuição para a Previdência Social - Instituto Nacional de Seguridade Social): destina-se ao custeio da Seguridade Social (INSS). 39 AULA 5 DIREITO TRIBUTÁRIO QUADRO SINÓPTICO II – PROCESSO FISCAL ◼ - Constituição de Renda para o Estado ◼ - Diferença entre Crédito Tributário e Renda ◼ - Aplicação das rendas do Estado com fundamento na LRF (LC nº 101 /00) ◼ - Principais normas tributárias: CF /88; e, Lei nº 5.172 /66 ◼ - 8 Passos da Tributação: 1) Hipótese de Incidência Tributária; 2) Fato Gerador; 3) Obrigação Tributária; 4) Lançamento; 5) Crédito Tributário; 6) Notificação para Pagamento; 7) Inscrição na Dívida Ativa; e, 8) Execução Fiscal. ◼ - Momentos para ajuizamento da ação: antes e após do lançamento ◼ - Espécies de ação contra o Fisco 40 AULA 5 DIREITO TRIBUTÁRIO ◼ Dentre outras normas legais, as principais normas vinculadas à tributação são: ◼ Constituição Federal (CF /88, arts. 145 a 149); e, ◼ Código Tributário Nacional (Lei nº 5.172 /1966). ◼ A aplicação dos recursos obtidos pelo Estado encontra-se vinculada em especial à denominada: ◼ Lei da Responsabilidade Fiscal (LC nº 101 /00). ◼ Os governantes encontram-se limitados ao que dispõe a Lei Orçamentária; que, apesar de ser elaborada pelo Poder Executivo, deve ser aprovada pelo Poder Legislativo. 41 AULA 5 DIREITO TRIBUTÁRIO ALGUMAS DAS PRINCIPAIS NORMAS RELATIVAS À TRIBUTAÇÃO E AO ORÇAMENTO ◼ CONSTITUIÇÃO FEDERAL – CF /88 (ARTS. 163 A 169) ◼ CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL - CTN (LEI Nº 5.172 /66) ◼ LEI DE EXECUÇÃO FISCAL – LEF (LEI Nº 6.830 /80) ◼ LEI DA RESPONSABILIDADE FISCAL (LC Nº 101 /00) ◼ LEI PLANO PLURIANUAL ◼ LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS (LDO) ◼ LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA) 42 AULA 5 DIREITO TRIBUTÁRIO ◼ Para melhor poder trabalhar o processo tributário administrativo e judicial é importante entender os denominados 8 (oito) passos da tributação: ◼ 1º Passo - HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA (hipótese, em abstrato, obrigatoriamente descrita em Lei, que verifica a possibilidade de incidência concreta do tributo); ◼ 2º Passo - FATO GERADOR (fato ou situação, concreto, gerador da obrigação tributária); ◼ 3º Passo - OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA (trata-se, em linhas gerais, da efetiva obrigação do contribuinte de pagar --integralmente-- o respectivo tributo cobrado pelo Fisco); ◼ 4º Passo - LANÇAMENTO (materialização da obrigação tributária através de procedimento administrativo realizado e/ou apenas fiscalizado pelo Fisco, a depender da espécie tributária);43 AULA 5 DIREITO TRIBUTÁRIO ◼ 5º Passo - CRÉDITO TRIBUTÁRIO (resultado pecuniário para o Fisco decorrente da expectativa do respectivo cumprimento da obrigação tributária pelo contribuinte); ◼ 6º Passo - NOTIFICAÇÃO PARA PAGAMENTO (notificação pelo Fisco para que o contribuinte cumpra sua obrigação tributária; se integral o pagamento, extingue-se o crédito tributário); ◼ 7º Passo - INSCRIÇÃO NA DÍVIDA ATIVA (consequência do não pagamento, ou, do pagamento parcial do tributo; através da expedição pelo Fisco da Certidão da Dívida Ativa - CDA); e, ◼ 8º Passo - EXECUÇÃO FISCAL (execução judicial do crédito tributário devido e inscrito na Dívida Ativa - Certidão da Dívida Ativa; através do ajuizamento da Ação de Execução Fiscal). 44 AULA 5 DIREITO TRIBUTÁRIO IMPORTÂNCIA PARA O FISCO ◼ O conhecimento dos 8 passos da tributação possibilita tanto o Fisco quanto o contribuinte poder agir: ◼ Administrativa; e, ◼ judicialmente. ◼ P.S.: Em regra, não há a necessidade de que o contribuinte faça depósito prévio algum para exercer seu direito ao devido processo legal tributário: 45 AULA 5 DIREITO TRIBUTÁRIO PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL 46 AULA 5 DIREITO TRIBUTÁRIO PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO (PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL) ◼ i) RECURSO HIERÁRQUICO PRÓPRIO; e, ◼ em segunda instância administrativa, ◼ ii) RECURSOS aos respectivos ÓRGÃOS ADMINISTRATIVO- TRIBUTÁRIOS colegiados. 47 AULA 5 DIREITO TRIBUTÁRIO PROCESSO JUDICIÁRIO FISCAL 48 AULA 5 DIREITO TRIBUTÁRIO PROCESSO JUDICIAL TRIBUTÁRIO - principais medidas judiciais (Processo Judiciário Fiscal) ◼ i) ANTES do Lançamento (ou Auto de Infração): ◼ -AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICO TRIBUTÁRIA; e, ◼ -MANDADO DE SEGURANÇA. ◼ ii) DEPOIS do Lançamento (ou Auto de Infração): ◼ -AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL; ◼ -MANDADO DE SEGURANÇA; ◼ -EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL; ◼ -EXCEÇÃO ou OBJEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE; ◼ -REPETIÇÃO DE INDÉBITO; e, ◼ -AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO. 49 AULA 5 DIREITO TRIBUTÁRIO ANTES DO AJUIZAMENTO DA EXECUÇÃO FISCAL: ◼ - AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICO TRIBUTÁRIA; e, ◼ - MANDADO DE SEGURANÇA; e, DEPOIS DO AJUIZAMENTO DA EXECUÇÃO FISCAL: ◼ - AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL; ◼ - MANDADO DE SEGURANÇA; ◼ - EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL; ◼ - EXCEÇÃO ou OBJEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE; ◼ - REPETIÇÃO DE INDÉBITO; e, ◼ - AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO. 50 AULA 5 DIREITO TRIBUTÁRIO QUESTÕES GERAIS 51 AULA 5 DIREITO TRIBUTÁRIO ◼ 1) Quais são os passos da tributação? ◼ São em número de 8 (oito): ◼ Hipótese de Incidência; ◼ Fato Gerador; ◼ Obrigação Tributária; ◼ Lançamento; ◼ Crédito Tributário; ◼ Notificação; ◼ Inscrição na Dívida Ativa; e, ◼ Execução Fiscal. 52 AULA 5 DIREITO TRIBUTÁRIO ◼ 2) Por que é importante conhecer os passos da tributação? ◼ Em virtude de se poder melhor saber como se defender do Fisco, através do devido processo legal tributário. ◼ 3) É necessário o exaurimento das vias administrativas para ajuizar uma ação contra o Fisco no Brasil? ◼ Não! Porque a Constituição Federal assegura o direito do cidadão contribuinte poder ter acesso ao Poder Judiciário quando da ocorrência de lesão ou mera ameaça à lesão (CF /88, art. 5º, incs. XXXV, LIV e LV). 53
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