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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO CÂMPUS DE PALMAS CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA DISCIPLINA DE SISTEMAS ELÉRICOS DE POTÊNCIA Professor: Sergio Manuel Rivera Sanhueza sergiorivera@uft.edu.br Última atualização: 03/12/2018 Cálculo de faltas simétricas 1 Introdução A falta simétrica consiste num curto circuito simultaneamente nas três fases. Aplicando um curto circuito nos terminais de um gerador síncrono, tem-se um circuito RL, conforme mostra a Figura 1. Figura 1. Curto circuito nos terminais de um gerador síncrono. Fazendo a análise no domínio do tempo, a corrente de curto circuito tem comportamento análogo ao da Figura 2. Figura 2. Comportamento transitório da corrente de curto circuito do gerador síncrono. Conforme visto na Figura 2, a corrente de falta inicia com valor elevado tendo um decaimento exponencial até atingir o seu valor definitivo em regime permanente. Apesar de o 2 curto circuito ser um fenômeno transitório, por questões práticas, é tratado na forma de três regimes permanentes, conforme descrição a seguir. Período subtransitório: É aquele que aparece imediatamente após a falta, tendo a duração de aproximadamente dois ciclos; Período transitório: Após o período transitório, a corrente ainda não atingiu seu valor definitivo, continuando a decair por alguns ciclos a mais; Regime permanente: Passado o período transitório a corrente já tem seu valor definitivo. Devido a esta classificação, após realizarem ensaios nas máquinas síncronas, os fabricantes fornecem as reatâncias de geradores e motores para cada um dos períodos: X’’: Reatância subtransitória; X’: Reatância de transitória; X: Reatância de regime permanente. Já os transformadores e linhas possuem apenas um valor de impedância para cálculos de curto circuito. Exemplos: 1) Para o diagrama unifilar, o transformador está a vazio e não existe corrente circulando entre os geradores. Sabendo que a tensão no lado Y é 66 kV, determine a corrente subtransitória de cada gerador, quando ocorre uma falta simétrica no lado de AT do transformador. Adote a base de 69 kV e 75 MVA no lado de AT do transformador. Figura 3. Diagrama unifilar do Exemplo 1. 3 Dados: G1: 50 MVA; 13,8 kV; x’’ = 25 %; G2: 25 MVA; 13,8 kV; x’’ = 25 %; T: 75 MVA; 13,8 ∆/69 Y kV; 10 %. 2) Para o sistema a seguir: a) Calcule uma corrente subtransitória para uma falta no ponto P; b) Determine a corrente que circula pelo disjuntor A durante a falta. Figura 4. Diagrama unifilar do Exemplo 2. Dados: Gerador: 25 MVA; 13,8 kV; 15 %; Motores: 5 MVA; 6,9 kV; 20 %; Transformador: 25 MVA; 13,8/6,9 kV; 10 %. 2 Análise de faltas simétrica considerando o carregamento da rede Os exemplos anteriores mostraram o calculo de curto circuito quando a rede está sem carga, o que é apenas uma situação hipotética, pois as redes elétricas operam com carga, onde circulam correntes e há que de tensão em cada ramo, ou seja, nas linhas e nos transformadores. Desta forma as tensões em cada trecho de uma rede são diferentes devido às quedas de tensão, e assim para o cálculo das correntes de curto circuito, torna-se obrigatório o cálculo das tensões em cada barra antes da ocorrência da falta. 4 Há duas formas de se obter as tensões pré falta na rede elétrica, a primeira utilizando as tensões internas das máquinas síncronas e a outra aplicando os teoremas da Superposição e de Thévennin. O exemplo a seguir será realizado utilizando as duas maneiras de se resolver. Exemplo: Um alternador e um motor síncrono têm para valores nominais 30000 kVA, 13,2 kV e ambos possuem reatâncias subtransitórias de 20 %. A reatância da linha que os liga é de 10 % na base dos valores nominais das máquinas. O motor está consumindo 20000 kW com fator de potência 0,8 em avanço e tensão terminal de 12,8 kV, quando ocorre uma falta simétrica entre seus terminais. Sendo assim determine: a) Antes da falta, a tensão é maior nos terminais do motor ou do gerador? Por quê? b) Determinar a corrente subtransitória no alternador, no motor e na falta; 2.1 Solução pela tensão interna das máquinas. O diagrama de impedâncias fica da seguinte forma: Figura 5. Diagrama de impedâncias na condição pré falta. Solução: a) Antes da falta, a tensão é maior nos terminais do motor ou do gerador? Por quê? A tensão em que o motor está operando é de 12,8 kV, assim, em pu, a tensão é de Vm = 12,8/13,2 = 0,97∠0° pu. 5 A corrente de carga é dada por: √ √ ∠ Já a corrente base é dada por: √ √ Logo, a corrente de carga em pu é IL = 0,86∠36,9° pu. Analisando o diagrama de impedâncias a tensão nos terminais do alternador é: ∠ Desta forma, a tensão nos terminais do motor é maior que a tensão terminal do alternador. Isto se deve ao fato do motor síncrono estar operando sobrexcitado, com fator de potência adiantado fornecendo potência reativa ao alternador. O diagrama de fasores da Figura 6 mostra geometricamente a operação. Figura 6. Diagrama de fasores referente a Figura 5. Sem escala. b) Determinar a corrente subtransitória no alternador, no motor e na falta; As tensões internas do alternador e do motor são dadas por: ∠ ∠ Durante a falta o diagrama de impedância fica da seguinte forma: 6 Figura 7. Diagrama de impedâncias durante a falta. A partir de agora são conhecidas as fontes Eg e Em para este circuito de duas malhas. Na malha do alternador tem-se que: ( ) ∠ ∠ Na malha do motor tem-se que: ( ) ∠ ∠ Por fim a corrente na falta é dada pela soma da contribuição das duas máquinas. ∠ 2.2 Solução pelos teoremas de Thevennin e da Superposição O item (a) já foi respondido na solução anterior e por isso não será mais necessário realiza-lo. Já o item (b) será feito novamente. A modelagem de uma rede elétrica na condição pré falta poder realizada com a inserção de uma fonte de tensão, com corrente nula, de valor igual à tensão pré falta. 7 Figura 8. Modelagem da rede na condição pré falta. Na ocorrência do curto circuito, é acrescida uma fonte em série com Vf, de mesmo valor, porem defasada de 180°, o que faz circular as correntes Ig’’ e Im’’ nas máquinas. Figura 9. Modelagem da rede durante a falta. Às correntes de falta de cada ramo, deve-se acrescentar a corrente pré falta IL, a razão para isto se deve ao teorema da Superposição. Anulando as fontes Eg, Em e Vf tem-se a correntes de falta que circula em cada elemento. 8 Figura 10. Contribuição individual de cada máquina para corrente de curto circuito. Sobrepondo as Figuras 8 e 10, obtém-se a Figura 9, que é a condição da rede elétrica durante a falta. Logo para obter a corrente de curto circuito que passa em cada elemento deve-se, além de aplicar o divisor de corrente, somar a corrente que circula antes da falta. Sendo assim, começa-se resolvendo o exemplo com o teorema de Thevennin. No ponto de curto circuito, a tensão pre falta é Vf=0,97∠0° pu. E a impedância de Thevennin é: ( ) ( ) Assim, a corrente na falta é: ∠ Aplicando o divisor de corrente, a contribuição do alternador é: ∠ ∠ 9 À essas correntes deve-se somar a corrente IL anterior à falta, assim, observando o sentido de IL em cada caso, as correntes nas máquinas são: ∠ ∠ ∠ ∠ ∠ ∠ 2.3 Solução pela matriz impedância Zbus Considerando o mesmoexemplo do alternador e do motor, tem-se o seguinte diagrama de impedância: Figura 11. Diagrama de impedâncias sem as fontes internas. Notar que as fontes internas do alternador e do motor forma colocadas em curto circuito. A matriz impedância de barras do sistema analisado é dada por: Como se tem as tensões pré falta em cada barra, para encontrar a corrente de curto circuito basta dividir a tensão de cada barra pela respectiva impedância indicada na diagonal principal de Zbus. 0 0 0 0 0 0,12 0,08 0 0 0,08 0,12 0 0 0 0 0 bus j j Z j j 10 Assim: ∠ ∠ ∠ ∠ A corrente de curto circuito para a falta na barra 3, nos terminais do motor, é dada por: ∠ Considerando a Figura 10, onde é considerada apenas a tensão -Vf, as tensões de defeito devido apenas a esta fonte são dadas por: 11 12 13 141 21 22 23 242 31 32 33 343 41 42 43 444 0 0 0 f Z Z Z ZV Z Z Z ZV Z Z Z ZV I Z Z Z ZV 1 2 3 4 0 0,64 180 0,97 180 0 V V V V Já as tensões resultantes no curto circuito, pelo teorema da superposição, é soma de ∆V e as tensões pré falta: 1 1 1 2 2 2 3 3 3 4 4 4 0,84 14,2 0,27 14,22 0 1,08 7,3 f f f f V V V V V V V V V V V V pu 11 Já as correntes resultantes durante a falta nas linhas, são dadas por: ∠ ∠ ∠ Compare agora estes valores com os métodos anteriores. O exemplo anterior mostra que antes de se calcular a corrente de curto circuito, tanto no ponto de falta, quanto nos demais ramos da rede, é necessário conhecer os valores das tensões em todas nas barras, bem como as correntes em todos os ramos. Este método é aplicado para elaboração de programas computacionais. Repita o exemplo anterior, considerando agora que o curto circuito ocorreu nos terminais do alternador. Considere os dois métodos apresentados. Exemplo: Monte a matriz impedância de barras, depois considere que uma falta ocorreu na barra 2. Calcule a corrente na falta, as tensões resultantes nas barras e as correntes resultante nas linhas. Figura 12. Diagrama unifilar. Tensões pré falta: V1 = 1∠0° pu; V2 = 0,99∠-1,74° pu; V3 = 1∠-1,74° pu. 12 Impedâncias na linhas: Z12 = j0,040 pu; Z13 =j0,030 pu; Z23 = j0,040 pu. Em termos práticos, isso quer dizer que antes de se efetuar a análise de curto circuito, num sistema elétrico, é necessário executar o fluxo de potência. Figura 13. Procedimento para cálculo de curto circuito real. 3 Nível de curto circuito. De acordo com o Teorema de Thévennin, uma rede elétrica pode ser substituída por uma fonte de tensão em série com uma impedância. Desta forma em qualquer ponto da rede é possível estipular a corrente de curto, conforme ilustrado na Figura 14. 13 Figura 14. Aplicação do Teorema de Thevennin para o cálculo da corrente de falta. Através de programas de simulação, as concessionárias de energia conseguem determinar o valor de uma corrente de curto circuito num determinado ponto, assim, um consumidor pode saber o valor da corrente de falta no seu ponto de acoplamento com o sistema elétrico, sem precisar recorrer à diagramas unifilares. Os fatores que contribuem no valor da corrente de curto circuito são: Potência dos geradores; Número de geradores; Distancia da ocorrência da falta; Configuração de linhas e transformadores. Um elevado valor da corrente de curto circuito no ponto de acoplamento de um consumidor é importante, pois indica que há maior confiabilidade, e menor risco de ressonância. Assim como a corrente de curto circuito, outra variável empregada é a potência de curto circuito, que é dada por: √ No caso de se adotar a tensão base igual à tensão nominal, a potência de curto circuito em pu, será: √ √ Assim, para valores em pu, a potência de curto circuito é igual ao modulo da corrente de falta. 14 A potência complexa de curto circuito numa determinada barra do sistema representa a impedância equivalente do sistema neste ponto, assim considerando a tensão igual a 1,0 pu: Exemplo: Determinar a impedância de um sistema de 138 kV com 2000 MVA de curto circuito, numa base de 138 kV e 50 MVA. Verifica-se que o fator limitante da potência de curto circuito, ou da corrente de falta é a impedância equivalente do sistema, assim quanto menor for a impedância maior será a corrente de curto circuito. Quando um determinado grande sistema elétrico apresenta uma impedância equivalente muito menor em relação a outro sistema, ou gerador, costuma-se desprezar a impedância do sistema maior. Assim surge o conceito da barra infinita, que tem impedância equivalente nula, o que resulta numa corrente de curto circuito infinita. Logo uma barra infinita é aquela que possui tensão e frequência constante, sendo representada por uma fonte sem impedância, como mostra a Figura 15. Figura 15. Representação de uma barra infinita. Exemplos: 1) Dado o seguinte diagrama unifilar com as características a seguir: 15 Figura 15. Diagrama do exemplo 1. G: 100 MVA; 15 kV; j0,12 pu; T1: 100 MVA; 15/230 kV; j0,10 pu; Y-Y T2: 200 MVA; 230/34,5 kV, j0,12 pu; Y-Y LT1: j100 Ω LT2: j100 Ω LT3: j80 Ω Sistema fornecedor: 110 MVA; 230 kV; Barra infinita: Consumo de 170 MW, com fator de potência 0,8 atrasado e tensão de 34,00 kV. Supondo que uma falta simétrica ocorreu na barra que une as três LT’s, determine as correntes na falta, no gerador, no sistema fornecedor e na barra infinita. Considerar como base 230 kV na região das LT’s e 200 MVA. 2) No diagrama a seguir, mostra como um sistema elétrico de 500 MVA de curto circuito em 13,8 kV, alimenta um conjunto de 10 motores síncronos de 5 MVA e 13,8 kV cada um, cuja reatância subtransitória equivalente é de j0,18 pu. Estes motores operam com tensão nominal na barra 4 e consomem juntos 46,5 MW em fator de potência unitário, quando ocorre uma falta simétrica na barra 1. 16 Figura 16. Diagrama do exemplo 2. a) Fazer o diagrama de sequência positiva. Adote a base de 100 MVA e 13,8 kV no sistema equivalente; b) Determine a corrente de carga, em pu, no sistema equivalente, na linha e nos motores; c) Calcule a corrente de curto circuito na falta; d) Calcule a corrente de curto circuito fornecida pelo sistema equivalente; e) Calcule a corrente de curto circuito na LT. Solução: a) Fazer o diagrama de sequência positiva. Adote a base de 100 MVA e 13,8 kV no sistema equivalente; (1,0 pontos) Primeiramente é necessário converter as impedâncias para a mesma base: Sistema equivalente: Em pu, a potência é Spu=500/100, assim Spu= 5 pu. Logo a impedância equivalente do sistema é Xsis = 1/Spu, assim Xsis=j0,2 pu. Transformador T1: ( ) ( ) Linha: Zlt = j0,4388x60 → Zlt = 26,328 Ω A impedância base na linha é: 17 ( ) Logo, a impedância da linha em pu é Zlt = j26,328/47,61 → Zlt = j0,553 pu. Transformador T2: ( ) ( ) Conjunto de motores síncronos: ( ) ( ) Assim, a Figura 1 mostra o circuito equivalente: Figura 17. Diagrama de impedâncias. b) Determine a corrente de carga, em pu, no sistema equivalente, na linha e nos motores; (1,0 pontos) Comoos motores operam na tensão nominal, a corrente no circuito dos motores é: √ 18 A corrente base é dada por: √ √ Logo a corrente de carga, em pu, no circuito dos motores é: IL = 1947,72/4188,65 → IL = 0,465 pu. Conforme mostra a Figura 1, os transformadores causam desfasamento de 30°, assim, partindo do circuito dos motores, a corrente na linha é: IL = 0,465∠30° pu. Já no sistema equivalente, a corrente de carga é: IL = 0,465 pu. c) Calcule a corrente de curto circuito na falta; (3,0 pontos) Primeiramente é necessário encontrar a tensão pré falta na barra 1. Analisando a Figura 2: [ ( ) ( )]( ∠ ) ( ∠ ) ( ∠ )( ∠ ) V1 = 1,14∠52,37° pu. 19 Figura 18. Diagrama de impedâncias durante a falta. Aplicando o Teorema de Thevennin, a impedância equivalente vista da barra 1 é: Zth = j0,2 // ( j0,2 + j0,553 + j0,2 + j0,36 ) → Zth = j0,17 pu Assim, a corrente de curto circuito IF é: ∠ d) Calcule a corrente de curto circuito fornecida pelo sistema equivalente; (2,0 pontos) Aplicando o divisor de corrente: ( ∠ ) ∠ e) Calcule a corrente de curto circuito na LT. (3,0 pontos) De acordo com a Lei dos nós, a corrente na LT é: ∠ Para o valor obtido é necessário adiantar a corrente em 30° devido ao transformador T1, assim: ∠ 20 4 Referências bibliográficas: [1] Stevenson, W.D. Jr. Elementos de análise de sistemas de potência. 2° Edição em português. Ed. McGraw Hill, 1986. [2] Kindermann, G. Curto circuito. Edição do autor, 2011. [3] Oliveira, J.C., Cogo, J.R., Abreu, J.P. “Transformadores- Teoria e Ensaios” Ed. Edgard Blucher, 1984. [4] Brown, H. E. Grandes Sistemas Elétricos – Métodos Matriciais. Ed. LTC, Rio de Janeiro 1977. [5] Zanetta Júnior, L.C. Fundamentos de sistemas elétricos de potência. Editora Livraria da Fisica, 2006. 5 Apendice: Determinação de Zbus pela injeção de corrente A utilização da matriz Zbus refere-se a seguinte equação: 11 12 13 141 1 21 22 23 242 1 31 32 33 343 1 41 42 43 444 1 Z Z Z ZV I Z Z Z ZV I Z Z Z ZV I Z Z Z ZV I Primeiramente, o problema é a montagem de Zbus. A opção mais óbvia é montar a matriz admitância de barras, Ybus, que é de fácil elaboração, e em seguida fazer a sua inversão. O problema que em muitas vezes a matriz Ybus é mal escalonada, chegando a ser singular e por isso não sendo possível invertê-la. Para contornar este problema é mais conveniente fazer a montagem direta de Zbus, no entanto o seu algoritmo é bem mais complexo. O conteúdo desta disciplina ficará restrito a elaboração de Zbus pelo método de injeção de corrente, que é um método “manual”. 21 O método consiste em injetar uma corrente de valor unitário, em barra por barra, da rede elétrica e assim calcular a tensão em cada barra, como se se estivesse medindo a tensão com um voltímetro. Supondo que uma fonte de corrente de valor unitário seja aplicada na barra 1 como mostra a Figura. Figura 19. Aplicação do método da injeção de corrente. Como somente a barra 1 tem corrente injetada, pode-se escrever: 11 12 13 141 1 21 22 23 242 31 32 33 343 41 42 43 444 0 0 0 Z Z Z ZV I Z Z Z ZV Z Z Z ZV Z Z Z ZV Assim, o valor das tensões em cada barra é: 1 11 1 2 21 1 3 31 1 4 41 1 V Z I V Z I V Z I V Z I O valor de cada uma destas impedâncias, da primeira coluna de Zbus, é obtido dividindo a tensão pela corrente injetada. 1 1 i i V Z I 22 Como a corrente tem valor unitário, os valores da primeira coluna de Zbus são numericamente iguais as do vetor tensão. Assim basta injetar a fonte de corrente e encontrar as tensões nas barras, que por sua vez correspondem a coluna de Zbus. No caso da fonte de corrente estar injetando na barra 1, as tensões nas barras serão nulas. Mudando a fonte de corrente para a barra 2, as tensões nas barras serão: 1 2 3 4 0 0,12 0,08 0 V V j V j V Esta é a segunda coluna de Zbus. Colocando a fonte de corrente na barra 3, o vetor das tensões é: 1 2 3 4 0 0,08 0,12 0 V V j V j V Esta é a terceira coluna de Zbus e finalmente colocando a fonte de corrente na barra 4, todas as tensões serão nulas. Assim, a matriz impedância de barras é dada por: 0 0 0 0 0 0,12 0,08 0 0 0,08 0,12 0 0 0 0 0 bus j j Z j j A matriz Zbus traz como informação na sua diagonal principal, a impedância equivalente de cada barra. Assim, a impedância equivalente vista pela barra k é o elemento Zkk.
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