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Infecções do trato respiratório inferior

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Davi Cassiano, 119B
Infecções do trato respiratório inferior 
- Geralmente os vírus respiratórios tem uma forma semelhante de transmissão. Gotículas em suspensão (por fala, espirros, tosse).
- A transmissão também pode acontecer por contato direto (mãos contaminadas) ou transmissão por meio de fômites (partículas depositadas em superfícies). 
-Laringe e traqueia-
- Destacam-se algumas infecções a depender do local de colonização pelo agente infeccioso: 
	. Laringite;
	. Traqueite.
- A laringe e a traqueia têm anéis de cartilagem não expansíveis e são facilmente obstruídas em crianças por conta das passagens estreitas.
- A infecção viral nessas regiões desencadeia resposta inflamatória e edema. Podendo levar a tosse seca e estridor inspiratório conhecido como crupe.
- Dessa forma, os sintomas relacionados a laringite e traqueite se dão principalmente por conta do edema da mucosa. 
- Agentes virais: Parainfluenza e outros vírus como rinovírus, influenza, adenovírus e vírus sincicial respiratório (VSR).
-Bronquite-
- Inflamação dos brônquios por acúmulo de muco. 
- Principal sintoma: tosse produtiva.
- Bronquite aguda: se desenvolve normalmente durante o curso de uma infecção viral respiratória (influenza, rinovírus, corona vírus e adenovírus).
- Tratamento: sintomático (hidratação, vaporizadores, descongestionantes). 
-Bronquiolite-
- Inflamação dos bronquíolos. 
- Restrita a infância: crianças menores de 2 anos. 
- Agente: vírus respiratório sincicial (RSV).
	. É um paramixovírus.
	. Genoma de RNA, fita simples, polaridade negativa, capsídeo helicoidal e envelopado.
- Outros vírus: parainfluenza, metapneumovírus humano e influenza.
- Todos os anos o RSV é responsável por uma lotação de UTI’s neonatais na época do inverno:
	- Todos os bebes já foram infectados pelo RSV aos 2 anos de idade.
	- É uma infecção altamente contagiosa.
.	- Comum a reinfecção em todas as idades, porém com gravidade diminuída. 
	. Vírus com alta variabilidade antigênica .
	- Infecção em crianças e adultos: restrita ao TRS (resfriado).
-Infecção pelo RSV em lactentes-
- Ao infectar as células epiteliais nos bronquíolos o vírus causa necrose. 
- Há então resposta inflamatória e formação de edema na parede bronquiolar. 
- Como os bronquíolos de um lactente apresentam baixo calibre, o edema compromete a passagem de ar para dentro e para fora dos alvéolos. 
- A inflamação peribrônquica pode se espalhar pelos campos pulmonares, dando origem a uma pneumonia intersticial. 
- Evidencias clínicas: tosse, febre, taquipneia, chiado no peito, hipoxemia e cianose. É uma infecção cujo quadro clínico tem uma evolução muito rápida, portanto demanda um atendimento também muito rápido.
-Tratamento- 
- Primariamente um tratamento de suporte: reidratação, broncodilatadores e, em caso de hospitalização, suporte de oxigênio (saturação <90%).
- Profilaxia (lactentes com risco de doença grave): uso de anticorpo monoclonal (palivizumabe). Ac’s administrados no período que antecedem o inverno para bebês, por exemplo, prematuros.
- Ribavirina: utilizada em casos graves de infecção pois a eficiência do tratamento é bastante controversa, não sendo indicada para todos os recém natos.
- Não há vacina.
-Pneumonia- 
- Uma das doenças mais frequentes no mundo.
- Causada por penetração do agente infeccioso (bactérias, vírus, fungos) ou irritante no espaço alveolar. 
- A presença do agente agressor provoca uma reação inflamatória (pneumonia). O objetivo é expulsar o agente invasor. 
- Pode acometer a região dos alvéolos e os interstícios (espaços alveolares). 
- Sintomas: bastante variável.
	. Febre, tosse, falta de ar e dor no peito = nesses casos é preciso investigar a pneumonia.
	. O diagnóstico é inicialmente feito pelo exame clínico (ausculta dos pulmões para verificar a presença de secreção nos alvéolos). 
	. Radiografia: confirma a inflamação nos alvéolos.
	. A grande dificuldade não se encontra no diagnóstico e sim na identificação do agente causador. 
· Principais agentes causadores de pneumonia: 
- Algumas bactérias podem causar pneumonias (Ex.: Streptococcus pneumoniae).
- Vários vírus estão relacionados e dependem da idade do indivíduo. 
- Crianças: RSV, Metapneumovírus, Adenovírus, Vírus parainfluenza, Vírus influenza.
- Vírus influenza: aumenta em importância como causador de pneumonia com o aumento da idade sendo o principal vírus causador de pneumonia em adultos e idosos. 
- OBS: 2020 SArs-CoV-II atuando juntamente com vírus influenza como principal causador de pneumonia em adultos e idosos. 
-Diagnóstico laboratorial-
- Swab de nasal ou de orofaringe é a amostra clínica de escolha para todas as viroses respiratórias. 
- Amostra submetida normalmente a testes rápidos para pesquisa de antígenos virais (IF/ELISA) ou pesquisa do genoma viral (RT-PCR).
- A maioria dos vírus respiratórios é de genoma RNA, então normalmente se utiliza técnica de RT-PCR. Exceção: adenovírus. 
- Os laboratórios de saúde pública fazem nas amostras testes combinados de imunofluorescência (IF)para a pesquisa de cinco vírus relacionados a pneumonia.
	. IF: influenza, parainfluenza, RSV, adenovírus e metapneumovírus.
- Sorologia: detecção de IgM e IgG.
- Uma infecção respiratória é uma infecção de período rápido, dessa forma, a detecção dos vírus nas amostras clínicas acontece geralmente na primeira semana da sintomatologia:
	. Detecção por pesquisa de antígenos ou pesquisa do genoma viral.
- Pesquisa de anticorpos: só pode ser realizada a partir do 7º ou 12º dia após a infecção pois é quando os anticorpos podem ser detectados. 
-Prevenção-
- Podem ser feitas de diversas maneiras. 
- As infecções respiratórias são as de mais difícil prevenção pela facilidade de veiculação. 
- Vacinas: 
	. Pneumocócica.
	. Haemophilus influenzae.
	. Influenza. 
- Hábitos higiênicos são imperativos:
	- Lavagem das mãos.
	- Uso de EPI’s.
	- Limpeza de superfícies. 
- Pandemias: uso de máscaras e distanciamento social.
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