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FATORES IMPORTANTES SOBRE OS VÍRUS • Menores agentes infecciosos conhecidos • Apenas um tipo de material genético o Ou DNA ou RNA • Variam em tamanho, forma, material genético e presença ou ausência de envelope celular • Classificados em famílias pelas propriedades em comum o Morfologia do virion o Estrutura genômica o Estratégias de replicação • Agentes infecciosos intracelulares • Novas doenças virais são doenças infecciosas emergentes • Bioterrorismo, presente em alguns vírus: facilidade de transmissão hospedeiro-hospedeiro e nas altas taxas de mortalidade INFLUENZA PANDEMIA DE GRIPE DO SÉC. XX E XX I CARACTERÍST ICAS • Doença de caráter agudo • Geralmente autolimitada • Caracterizada por febre, mal-estar e tosse • Complicações em populações mais vulneráveis • Família: Orthomyxoviridae • Determinantes de morbidade e mortalidade causadas por doenças respiratórias • Mutabilidade + alta taxa de rearranjo genético + alterações antigênicas = desafio no controle Ortomixovírus – Propriedades • Tipo A o Mais importantes -> grandes pandemias o Conhecidas cepas em aves aquáticas, frangos, patos, porcos, cavalos e focas o Contínua ocorrência de alterações genéticas • Tipo B o Menor frequência de epidemia o Infecta somente humanos o Baixo grau de alterações antigênicas • Tipo C o Conhecidas cepas em humanos e suínos o Doença leve em indivíduos imunocompetentes o Antigenicamente estável ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO • Partículas virais esféricas • 80 a 120 nm de diâmetro • Genomas do RNA de fita simples o Tipo A e B – 8 segmentos o Tipo C – 7 segmentos • Partícula viral é circundada por um envelope lipídico • Duas glicoproteínas: hemaglutinina e neuraminidase o Inseridas no envelope e expostas, em forma de espículas, sobre a superfície da partícula VARIAÇÃO GENÉTICA • Material genético (RNA) fragmentado: 2 vírus diferentes podem trocar material genético gerando um novo vírus CICLO V IRAL • Endocitose • Liberação do complexo viral de ribonucleoproteínas é liberado no citoplasma • Transportado para o núcleo 1. RNA viral gera RNAm -> exportados para o citoplasma para tradução 2. Proteínas virais necessárias para replicação e transcrição -> transportadas de volta para o núcleo 3. RNA polimerase da proteína sintetiza RNA de fita simples a partir do genoma viral 4. Esses moldes de RNA são copiados pela atividade RNA polimerase para gerar mais RNA viral 5. Algumas moléculas de RNAm transcritas de alguns segmentos codificam HA e NA; os mensageiros são traduzidos pelos ribossomos associados ao RE e transportados para a membrana células 6. Os segmentos do genoma viral são empacotados e ocorre brotamento Vírus Respiratórios PATOGÊNESE • Gotículas de saliva • Contato com mãos ou superfícies contaminadas • Partículas virais podem ser removidas por: reflexo da tosse e neutralização por anticorpos IgA presentes nas secreções mucosas • Replicação viral, propagação para células adjacentes • Neuraminidase: reduz a viscosidade da película de muco nas vias respiratórias; expõe os receptores de superfície células; promove a disseminação do líquido contendo vírus para as regiões inferiores • Período de incubação: 1 a 4 dias • Destruição células • Descamação da mucosa superficial das vias respiratórias • Não afetam a camada basal do epitélio • Regeneração completa da lesão celular provavelmente leva 1 mês • Edema e infiltrações mononucleares são responsáveis pelos sintomas locais • Sintomas sistêmicos associados à influenza refletem a produção de citosinas MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Afecções principalmente do trato respiratório superior • Influenza sem complicações o Sintomas: ▪ Calafrios ▪ Cefaleia ▪ Tosse seca ▪ Febre alta ▪ Dores musculares generalizadas ▪ Mal-estar ▪ Anorexia o Febre persiste por 3 a 5 dias o Sintomas respiratórios duram 3 a 4 dias o Tosse e fraqueza podem persistir por 2 a 4 semanas após desaparecimentos dos principais sintomas • Pneumonia o Complicações graves, em geral, ocorrem em idosos e indivíduos debilitados ou com doença crônica subjacente o Infecção pelo vírus influenza aumenta a suscetibilidade dos pacientes a infecção bacteriana o Aumento da secreção de muco ajuda a transportar os agentes para as vias respiratórias inferiores DIAGNÓSTICO – EXAMES LABORATORIAIS • Baseia-se na identificação dos antígenos virais e do ácido nucleico viral em amostras, isolamento do vírus, ou na demonstração de resposta imunológica específica pelo paciente • Amostras: lavados nasais, gargarejos e swabs de garganta -> obtidos até 3 dias após aparecimentos dos sintomas • PCR o Reação em cadeia da polimerase o Testes rápidos baseados na detecção do RNA de influenza em amostras clínicas o Rápida e sensível • Isolamento e identificação do vírus o Culturas de células podem ser testadas para presença de vírus o Possível identificar o antígeno viral diretamente em células esfoliadas em aspirados nasais com o uso de anticorpos fluorescentes • Sorológico – ELISA o Teste imunoenzimático que permite a detecção de anticorpos específicos (ex. no plasma sanguíneo) o Usado no diagnóstico de várias doenças que induzem a produção de imunoglobulinas PREVENÇÃO E TRATAMENTO FARMACOLÓGICO • Cloridrato de amantadina e um análogo (rimantadina) são inibidores do canal de íons M2 para uso sistêmico no tratamento e na profilaxia da influenza A • Inibidores de neuraminidase (NA) zanamivir e oseltamivir foram aprovados em 1999 para o tratamento tanto da influenza A quanto da B • Para serem eficazes ao máximo, os fármacos devem ser administrados em uma fase muito inicial da doença • A vacinação anual contra a influenza é recomendada para todas as crianças de 6 meses e para grupos de alto risco PARAMIXOVÍRUS • Abrangem os agentes mais importantes das infecções respiratórias de lactentes e crianças de pouca idade: o Vírus sincicial respiratório o Vírus parainfluenza • Agentes etiológicos de duas das doenças contagiosas mais comuns na infância: o Caxumba o Sarampo • Todos os membros dessa família iniciam infecção através das vias respiratórias o Replicação dos patógenos respiratórios limita-se ao epitélio respiratórios (vírus sincicial e parainfluenza) ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO • Partículas de 150 nm ou mais de diâmetro • Envelope celular parece frágil, tornando as partículas virais lábeis a condição de armazenamento e sujeitas a deformação em micrografias eletrônicas • Genoma viral – RNA de fita simples linear não-segmentado • Antigenicamente estáveis PARAINFLUENZA PATOGÊNESE • Classificados como tipos 1, 2, 3 e 4 • Ubiquitários • Provocam doenças respiratórias comuns em indivíduos de todas as idades • Constituem os principais patógenos de doença grave das vias respiratórias em lactentes e crianças de pouca idade • Reinfecção são comuns • Replicação em indivíduos imunocompetentes se limita ao epitélio respiratório • Infecção pode acometer apenas o nariz e garganta, resultando em uma síndrome de “resfriado comum” • Infecção pode ser mais extensa e, particularmente no caso dos tipos 1 e 2, acometer a laringe, bem como a parte superior da traqueia, podendo provocar crupe • Disseminação viral prolongada pode ocorrer em crianças com o sistema imunológico comprometido e em adultos com doença pulmonar crônica MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Infecção primárias em crianças: rinite, faringite (associada a febre) e bronquite • Em alguns casos (1, 2 e 3): doença grave, varia desde laringotraqueite e crupe (vírus 1 e 2) até bronquiolite e pneumonia (vírus 3) DIAGNÓSTICO • Geralmente diagnóstico viral específico é clinicamente desnecessário o Pode ajudar a diferenciar uma infecção pelo vírus da influenza deuma infecção bacteriana em pacientes com doença grave do trato respiratório inferior • Pode ser detectado por PCR TRATAMENTO E PREVENÇÃO • Necessárias precauções com o isolamento para administrar os surtos hospitalares dos vírus parainfluenza o Restrição de visitas o Isolamento dos pacientes infectados o Lavagem de mãos • Antiviral ribavirina foi usado com algum benefício no tratamento de paciente imunocomprometidos com doença do trato respiratório inferior • Não existe vacina disponível V ÍRUS S IN IC IAL RESPIRATÓRIO CARACTERÍST ICAS GERAIS • Causa mais importante de doença das vias respiratórias inferiores em lactentes e crianças de pouca idade • Geralmente supera os outros patógenos microbianos como causa da bronquiolite e pneumonia em latentes com menos de 1 ano de idade • Estima-se que seja responsável por cerca de 25% dos casos de hospitalização de crianças PATOGÊNESE • Replicação ocorre inicialmente nas células epiteliais da nasofaringe • Vírus pode disseminar-se para as vias respiratórias inferiores e causar bronquiolite e pneumonia • Podem-se detectar antígenos virais no trato respiratório superior e nas células epiteliais • Período de incubação entre a exposição e o início da doença é de 3 a 5 dias • Disseminação do vírus pode persistir por 1 a 3 semanas em crianças, enquanto em adultos ocorre por apenas 1 a 2 dias • Integridade do sistema imunológico parece importante para a resolução da infecção • Apesar de as vias respiratórias de lactentes RN serem estreitas e sofrerem obstrução mais rápida em consequência de infamação e edema, apenas um subgrupo de lactentes desenvolve doença grave pelo VSR MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Amplo espectro – desde infecção inaparente ou resfriado comum à pneumonia em crianças e bronquiolite em lactentes muito jovens • Em geral, a doença limita-se às vias respiratórias superiores, lembrando um resfriado em indivíduos sadios • VSR constitui um importante agente etiológico de otite média DIAGNÓSTICO • Diagnóstico específico: coleta de secreção respiratória • Melhor material para coleta é o lavado nasal o Pode ser utilizado swab nasal ou de orofaringe • Técnicas de imunofluorescência o Detecção de antígenos virais o Amostra preparada no laboratório e anticorpos monoclonais específicos contra antígenos diferentes dos vírus respiratórios são colocados na lâmina e examinados em microscópio de fluorescência • PCR TRATAMENTO • Cuidados de suporte (ex. remoção das secreções, administração de oxigênio) • Antivida ribavirina para tratamento das doenças respiratórias do trato inferior devido ao vírus, especialmente em crianças com alto risco de doença grave • Não existe vacina até o momento • Medidas de controle necessárias quando ocorrem surtos hospitalares o Mesmas do vírus parainfluenza ▪ Isolamento ▪ Lavagem das mãos ▪ Restrição de visitas RINOVÍRUS CARACTERÍST ICAS GERAIS • Família: Picornavírus • Genoma: RNA simples • Não possuem envelope • Altamente resistentes • São divididos em 3 espécies RV-A, RV-B e RV-C • Verificados mais de 100 sorotipos como um elevado grau de variabilidade antigênica • Associado a mais de 50% dos casos de resfriado comum PATOGÊNESE • Transmissão é pela inalação de gotículas infectadas do ar (tosse ou espirro) • Contato direto com vírus o Ex. aperto de mão, coçar os olhos) • As infecções comuns onde há maior aglomeração de pessoas • É comum no mundo todo e durante o ano todo o Vírus penetra no organismo através das vias respiratórias superiores o Replicação do vírus limita-se ao epitélio superficial da mucosa nasal o Período de incubação curto, de 2 a 4 dias, e em geral a doença aguda dura 7 dias o Raramente causam infecções das vias respiratórias inferiores em indivíduos sadios, embora possam estar associados à maioria das exacerbações agudas de asma MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Resfriado • Crianças, idosos e imunocomprometidos o Asma o Bronquite o Pneumonia TRATAMENTO • Não há terapias antirretrovirais aprovadas para o tratamento da infecção • Tratamento restrito ao controle dos sintomas • Doença autolimitada a infecção tende a acessar entre 7-14 dias • Desafio no desenvolvimento de vacinas contra o vírus também encontram problemas na grande variabilidade antigênica encontrada entre os sorotipos (mais de 100 sorotipos, baixa taxa de neutralização cruzada entre os sorotipos ADENOVÍRUS CARACTERÍST ICAS GERAIS • Podem replicar-se e causar doença nos olhos e nos tratos: o Respiratório o Gastrointestinal o Urinário • Muitas infecções por adenovírus são subclínicas e o vírus pode persistir no hospedeiro durante meses • Valiosos para os estudos moleculares e bioquímicos dos processos que ocorrem nas células eucarióticas • Eles também são importantes vetores para terapias genéticas • Família: Adenoviridae • 70 a 90 nm de diâmetro • Presença de DNA dita dupla • Classificados de acordo com 3 antígenos capsídeos principais (hexon, penton e fibra) • Existem 7 espécies de adenovírus humanos (A a G) e 68 sorotipos • Sorotipos mais comuns: baixos números (1, 2, 3, 5 e 7) e gastrenterites (40 e 41) • Propagam-se por contato direto, por via orofecal, por perdigotos ou fômites contaminados • Adquiridos por meio de contato com secreções de uma pessoa infectada ou contato com um objeto contaminado • A infecção pode ser transmitida pelo ar ou pela água PATOGÊNESE • Infectam e se replicam nas células epiteliais do trato respiratório, do olho, do trato gastrointestinal e do trato urinário • Não sofrem disseminação além dos linfonodos regionais • Vírus do grupo C persistem durante anos como infecções latentes nas adenoides e tonsilas, sendo eliminados nas fezes, muitos meses após a infecção inicial o Com efeito, termo “adenovírus” reflete o isolamento dos primeiros vírus de explantes de adenoides humanos • Maioria sobre replicação no epitélio intestinal após a sua ingestão, porém geralmente produzem infecções subclínicas mais do que sintomas fracos MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Doenças respiratórias Infecções oculares Doença gastrointestinal Sintomas típicos: tosse, congestão nasal, febre e dor de garganta Comprometimento ocular leve pode fazer parte das síndromes faríngeo respiratórias causadas por adenovírus Dois sorotipos (40 e 41) foram associados etiologicamente a gastrenterite infantil e podem ser responsáveis por 5 a 15% dos casos de gastrenterite viral em crianças de pouca idade Manifesta-se com mais frequência em lactentes e crianças Duração da conjuntivite é de 1 a 2 semanas e a recuperação completa sem deixar sequelas é a mais comum Os adenovírus dos tipos 40 e 41 são encontrados em quantidades abundantes em fezes diarreicas Em geral envolve vírus do grupo C Ceratoconjuntivite epidêmica é uma doença mais grave, sendo provocada pelos tipos 8, 19 e 37 DIAGNÓSTICO • Avaliação clínica • Grave: testes por reação em cadeia da polimerase (PCR) das secreções respiratórias e do sangue o Pode detectar DNA dos adenovírus nas secreções respiratórias e no sangue PREVENÇÃO E TRATAMENTO PREVENÇÃO • Trocas as luvas e lavar as mãos • Esterilizar corretamente os instrumentos (oftalmológicos) TRATAMENTO • Não existe nenhum específico • Sintomático e de suporte • Nenhum antiviral tem eficácia comprovada CORONAVÍRUS CARACTERÍST ICAS GERAIS • Grandes vírus de RNA • Dotados de envelope • Provocam resfriados comuns, infecções do trato respiratório inferior e, também, gastrenterite de lactentes • Até o momento: 7 espécies conhecidas que causam doenças em humanos • 229E, OC43, NL63 e HKU1 causam sintomas comuns de gripe em pessoas imunocompetentes• SARS-CoV e MERS-CoV provocam síndrome respiratória aguda grave com taxas elevadas de mortalidade • SARS-CoV2 -> COVID-19 • Isolados pela primeira vez em 1937 e descritos como tal em 1965 T IPOS PATOGÊNESE (GERAL) • Tropismo pelas células epiteliais das vias respiratórias ou do trato gastrointestinal • SARS, também, infecta células epiteliais que revestem os ductos das glândulas salivares • As infecções podem ser disseminadas e, em geral, se mantém no trato respiratório superior • Epidemia de SARS em 2003 o Caracterizada por uma doença respiratória grave o Incluiu pneumonia e falência respiratória progressiva o Vírus da SARS, provavelmente, originou-se de um hospedeiro não humano (morcegos) e foi transmitido para o homem ▪ Morcegos chineses são os reservatórios naturais de coronavírus semelhantes ao vírus da SARS o Regiões rurais do sudeste da china, onde o surto se iniciou, pessoas, porcos e aves domésticas viviam em condições muito próximas e tinham o hábito de usar espécies selvagens na alimentação e na medicina tradicional -> condições que promovem o surgimento de novas linhagens virais MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS (GERAL) • Provocam resfriados em geral afebris em adultos (secreção nasal e mal- estar) • Período de incubação: 2 a 5 dias • Sintomas duram cerca de 1 semana • Raro haver comprometimento das vias respiratórias inferiores o Pneumonia em recrutas militares tenha sido atribuída à infecção por coronavírus • Crianças asmáticas podem sofrer crises de sibilos e a doença pulmonar crônica em adultos pode exacerbar os sintomas respiratórios • SARS causam doença respiratória grave o Período de incubação: até 6 dias o Sintomas iniciais comuns: febre, mal-estar, tremor, cefaleia, fraqueza, tosse e dor de garganta o Poucos dias depois pode haver dificuldade para respirar o Em alguns casos pode progredir para sofrimento respiratório agudo, necessitando de suporte ventilatório o Morte por falência respiratória progressiva ocorrem quase 10% dos casos, com taxas mais altas entre idosos o SARS induz intensa síntese e liberação de diferentes citocinas e quimiocinas, pelas células do sistema imunológico na circulação a periférica, por cerca de duas semanas o Características clínicas das enterites associadas aos coronavírus ainda não foram claramente descritas, percebendo semelhante às infecções por rotavírus SARS-COV2 (S ÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE DE CORONAVÍRUS 2) H ISTÓRICO • Surgiu em Wuhan, na China • Rápida disseminação mundial • 30/01/2020 -> declaração de emergência em saúde pública de interesse internacional da OMS • 11/02/2020 -> OMS passou a chamar a infecção pelo 2019 nCoV como causador da Covid-19 • 11/03/2020 -> declarado como sendo uma pandemia TRANSMISSÃO • Ocorre principalmente de pessoas sintomáticas para outras pessoas por contato próximo através de gotículas respiratórias, contato direto com pessoas infectadas ou contato com objetos e superfícies contaminadas • Período de incubação: 1 a 14 dias • Alguns pacientes podem ser contagiosos durante o período de incubação, geralmente 1 a 3 dias antes do início dos sintomas • Segundo a OMS indivíduos assintomáticos tem muito menos probabilidade de transmitir o vírus do que aqueles que desenvolvem sintomas F IS IOPATOLOGIA • Ainda não totalmente esclarecida • Sabe-se que se liga ao receptor da enzima conversora de angiotensina-2 (ECA2) em humanos • Órgãos considerados mais vulneráveis: pulmões, coração, esôfago, rins, bexiga e íleo MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Amplo espectro • Infecção assintomática -> doença leve do trato respiratório superior -> pneumonia viral grave com insuficiência respiratória • Sintomas clássicos o Febre o Tosse o Cansaço • Sintomas menos comuns o Dores e desconfortos o Dor de garganta o Diarreia o Conjuntivite o Dor de cabeça o Perda de paladar ou olfato o Erupção cutânea na pele ou descoloração dos dedos das mãos ou dos pés • Sintomas graves o Dificuldade para respirar o Falta de ar o Dor ou pressão no peito DIAGNÓSTICO • Clínico o Sintomas o Febre persistente • Biologia molecular o Identificar a presença do RNA do vírus em amostras de secreção respiratória, por meio das metodologias de RT-PCR em tempo real (RT-qPCR) • Sorologia o Detecta anticorpos IgM, IgG produzidos pela resposta imunológica do indivíduo em relação ao vírus, podendo diagnosticar a doença ativa ou pregressa • Testes rápidos o Disponíveis dois tipos (antígeno e anticorpo) ▪ Antígeno: detecta proteína do vírus em amostras coletadas de naso/orofaringe, devendo ser realizada na infecção ativa (fase aguda) ▪ Anticorpos: detecta IgM e IgG (fase covalescente) em amostras de sangue total, soro ou plasma PREVENÇÃO • Higiene • Uso de máscaras • Medidas de isolamento e distanciamento social • Vacinas o Pfizer/BioNTech – RNA mensageiro (codifica a proteína spike dos vírus) o Moderna – RNA mensageiro o AstraZeneca/Oxford – vetor viral (adenovírus, modificado com a informação para introdução de espículas) o Sputnik – vetor viral o Sinopharm – vírus inativado o Coronavac – vírus inativado o Bharat Biotech – vírus inativado o Johnson & Johnson – vetor viral TRATAMENTO • Paliativos mais indicados incluem O2, para casos mais graves e paciente de alto risco devido a outras doenças, e suportes respiratórios, como ventilação, para pacientes em estado crítico • Dexametasona é um corticosteroide que pode ajudar a reduzir o tempo de ventilação e salvar as vidas de pacientes em situação mais grave • OMS não recomenda automedicação, incluindo ingestão de antibióticos, como prevenção ou cura
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