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1 POEMAS DE AMOR DE FERNANDO PESSOA Análise de alguns poemas de Fernando Pessoa na concepção Barthesiana Eduardo Vitor de Resende Graduando em Letras-Português Universidade Federal de Minas Gerais Resumo: Neste trabalho, teremos as interpretações para 5 (cinco) poemas de Fernando Pessoa (alguns deles assinados por seus heterônimos), e assim, estabelecer relações com os verbetes criados por Roland Barthes em “Fragmentos de um Discurso Amoroso”. Palavras-chave: Fernando Pessoa, Roland Barthes, poema e amor. Belo Horizonte 2017 2 1. INTRODUÇÃO Roland Barthes (Cherbourg, 12 de Novembro de 1915 - Paris, 26 de Março de 1980) foi um escritor, sociólogo, crítico literário, semiólogo e filósofo francês. Formado em Letras Clássicas em 1939 e Gramática e Filosofia em 1943 na Universidade de Paris, fez parte da escola estruturalista, influenciado pelo linguista Ferdinand de Saussure. Crítico dos conceitos teóricos complexos que circularam dentro dos centros educativos franceses nos anos 50. No livro “Fragmentos de um discurso amoroso”, Barthes não assume como tarefa analisar o amor ou o íntimo dos seres humanos, mas a forma como ele se expressa e a cristalização do discurso a respeito dele. Por meio dos verbetes criados, Barthes identifica os diversos clichês pelos quais os amantes se expressam tomando exemplos de clássicos da literatura e da filosofia. Ele não procura amarrar essas conclusões que escreve como o título indica, em fragmentos. São capítulos muito curtos em que ele analisa manifestações do discurso amoroso sem tentar desenhar um grande tratado acerca do amor e suas expressões. “... não me situo absolutamente como alguém que tenta alcançar originalidade, mas como alguém que tenta sempre dar uma voz a certa marginalidade”. (BARTHES, 2004 a, p.395). Através de um caminho marcado por deslocamentos conceituais e temáticos, em 1977, Barthes afirma sua resistência contra as variadas formas da gregariedade (relação em massa) e da estereotipia dos saberes ao escrever o livro Fragmentos de um discurso amoroso. “Mas há que se dizer que as maiores depreciações de que padece o amor são as impostas pelas “linguagens teóricas”. Ou elas não falam absolutamente a respeito, como a linguagem política, a linguagem marxista, ou então falam com fineza, mas de maneira depreciativa, como a psicanálise”. (BARTHES, 2004, p.409). Neste sentido, o foco do amor para Barthes não é aquele que é amado, mas aquele que ama. O amor não é despertado por aquele que o recebe, mas nasce na fonte. 3 O autor chama o momento em que esse sentimento prende-se ao objeto de “rapto”: algo do amante é roubado de si mesmo, ele deixa de pertencer inteiramente a si mesmo. Neste trabalho, aplicaremos os verbetes descritos e criados por Barthes em cinco poesias que expressam o amor, escritos por Fernando Pessoa e seus heterônimos. Para tanto, faremos um paralelo entre a poesia de amor de Fenando Pessoa e os verbetes que se relacionam. 2. CONTEXTUALIZANDO FERNANDO PESSOA Fernando Pessoa (1888-1935) foi um dos mais importantes poetas da língua portuguesa e figura central do Modernismo Português. Poeta lírico e nacionalista cultivou uma poesia voltada aos temas tradicionais de Portugal e ao seu lirismo saudosista, que expressa reflexões sobre seu “eu profundo”, suas inquietações, sua solidão e seu tédio. Fernando Pessoa é dono de uma vasta obra, ainda que tenha publicado somente 4 (quatro) obras em vida. Escreveu poesia e prosa em português, inglês e francês, além de ter trabalhado com traduções e críticas. Sua poesia é repleta de lirismo e subjetividade, voltada para a metalinguagem. Os temas explorados pelo poeta são dos mais variados, embora tenha escrito muito sobre sua terra natal, Portugal. Fernando Pessoa foi vários poetas ao mesmo tempo. Tendo sido "plural" como se definiu, criou personalidades próprias para os vários poetas que conviveram nele. Cada um tem sua biografia e traços diferentes de personalidade. Os poetas não são pseudônimos e sim heterônimos, isto é, indivíduos diferentes, cada qual com seu mundo próprio, representando o que angustiava ou encantava seu autor. Veja abaixo os heterônimos de Fernando Pessoa: Alberto Caeiro nasceu em Lisboa, em 16 de abril de 1889. Ricardo Reis nasceu na cidade do Porto, Portugal, no dia 19 de setembro de 1887. 4 Álvaro de Campos nasceu no extremo sul de Portugal, em Tavira, em 15 de outubro de 1890. Bernardo Soares é um dos heterônimos que o próprio Fernando Pessoa definiu como sendo um “semi-heterônimo”. É o autor do Livro Desassossego. Para este trabalho, foram escolhidos 5 (cinco) poemas que tivessem o amor carnal como tema principal. Assim sendo, não importa neste contexto, se a poesia foi assinada por Fernando Pessoa ou por algum dos seus heterônimos. 3. ANÁLISE DOS POEMAS DE FERNANDO PESSOA NA CONCEPÇÃO BARTHESIANA 3.1 – PRESSÁGIO, POR FERNANDO PESSOA “O AMOR, quando se revela, Não se sabe revelar. Sabe bem olhar p'ra ela, Mas não lhe sabe falar. Quem quer dizer o que sente Não sabe o que há de dizer. Fala: parece que mente... Cala: parece esquecer... Ah, mas se ela adivinhasse, Se pudesse ouvir o olhar, E se um olhar lhe bastasse P’ra saber que a estão a amar! Mas quem sente muito, cala; 5 Quem quer dizer quanto sente Fica sem alma nem fala, Fica só, inteiramente! Mas se isto puder contar-lhe O que não lhe ouso contar, Já não terei que falar-lhe Porque lhe estou a falar...” Em Presságio, Fernando Pessoa descreve as inquietações dos apaixonados que não sabem como reagir aos seus próprios sentimentos. Se os sentimentos forem ditos, é corrido o risco de parecerem exagerados e desproporcionais, por outro lado, os sentimentos não forem expostos, o amor parecerá falso aos olhos dos outros. Na segunda e quarta estrofes é possível identificar uma característica do autor, um ser confuso, introspectivo, que não consegue falar a verdade de seus sentimentos, quando fala o que sai não é o que se quer dizer, pois preferiu o silêncio. Diferentemente das “cartas de amor” aonde o amor é declarado abertamente por mais ridículo que seja, neste contexto, para o poema “Presságio” podemos destacar o verbete “Declaração”, uma vez que o apaixonado tem o desejo de expressar o seu amor, mas não o faz por receio, por confusão existencial desse amor ou por se importar “no que os outros vão pensar”. “Declaração: Propensão do sujeito apaixonado a alimentar o seu amado, fartamente, com contida emoção, do seu amor, dele, de si, deles: a declaração não diz respeito à confissão do amor, mas à forma, infinitamente, da relação amorosa”. (Barthes, 1981, p. 64) Assim, no poema, fica estabelecida a relação de que algo que pode ser sentido, mas não expressado com as palavras corretas. Ele segue em prosa como se estivesse citando algo que viesse em sua mente, e ao final, se revela autor para a pessoa amada, mostrando assim que a sua percepção sobre o amor também poderia ser inexplicável. 6 3.2 - TODAS AS CARTAS DE AMOR... POR ÁLVARO DE CAMPOS “Todas as cartas de amor são Ridículas. Não seriam cartas de amor se não fossem Ridículas. Também escrevi em meu tempo cartas de amor, Como as outras, Ridículas. As cartas de amor, se há amor, Têm de ser Ridículas. Mas, afinal, Só as criaturas que nunca escreveram Cartas de amor É que são Ridículas. Quem me dera no tempo em que escrevia Sem dar por isso Cartas de amor Ridículas. A verdade é que hoje As minhas memórias Dessas cartas de amor É que são Ridículas. 7 (Todas as palavras esdrúxulas, Como os sentimentos esdrúxulos, São naturalmente Ridículas.)” O heterônimo de Fernando Pessoa“Álvaro de Campos” repete em todas as estrofes o quanto ele acha que as cartas de amor são ridículas, como se precisasse provar isso para alguém, ou quem sabe, para si mesmo. O eu lírico causa a impressão de que está tentando defender sua opinião, convencer-nos, criando um clima de angústia e até um pouco de carência, como alguém que só reclama das cartas e as esnoba porque não as têm ou as recebe. Podemos destacar o vínculo que o poema traz com a relação de Fernando Pessoa com Ofélia Queiroz. Os dois se conheceram em 1920 e tiveram um relacionamento complicado, com inúmeras trocas de cartas. O poema pode ser interpretado como um depoimento dele sobre sua relação com Ofélia e como isso o afetou, o fazendo depois do fim do namoro pensar o que revela no poema. Barthes traz o verbete “Cartas” e este nos ajudará a estabelecer alguns pontos: Carta: A figura visa a dialética particular da carta de amor, ao mesmo tempo vazia (codificada) e expressiva (cheia de vontade de significar o desejo). (Barthes, 1981, p. 32) As cartas de amor só serão interessantes descodificadas para aquele que está correspondendo à relação de amor. Se para o autor e receptor das cartas elas podem se tornar ridículas, tal fato se dá pela ausência da codificação entre os pares. Ora, se determinado código de amor e desejo se torna vazio e não mais significa nada naquele determinado momento, o mínimo que a carta de amor se tornará é ridícula. Podemos também destacar o “ser ridículo” das cartas de amor quando este ou amor ou a carta não é correspondida. Como afirma Barthes, “como desejo, a carta de amor espera sua resposta”. Tal corrente de pensamento pode esclarecer um pouco da “frustação” e da clareza que Álvaro de Campos impõe em seu poema que as “cartas de amor são ridículas. São ridículas as cartas de amor”. 8 3.3 - COMO TE AMO, POR FERNANDO PESSOA “Como te amo? Não sei de quantos modos vários Eu te adoro, mulher de olhos azuis e castos; Amo-te com o fervor dos meus sentidos gastos; Amo-te com o fervor dos meus preitos diários. É puro o meu amor, como os puros sacrários; É nobre o meu amor, como os mais nobres fastos; É grande como os mares altisonos e vastos; É suave como o odor de lírios solitários. Amor que rompe enfim os laços crus do Ser; Um tão singelo amor, que aumenta na ventura; Um amor tão leal que aumenta no sofrer; Amor de tal feição que se na vida escura É tão grande e nas mais vis ânsias do viver, Muito maior será na paz da sepultura!” Fernando pessoa se declara claramente à amada e exibe com fervor todo seu amor. Demonstra um amor singelo, doce, grande. É um amor que transborda, que estabelece ligações com coisas sacras e nobres (puros sacrários e como os mais nobres fastos) e com a plenitude, a imensidão que não se pode enumerar ou controlar (é tão grande e nas mais vis ânsias do viver e um tão singelo amor, que aumenta na ventura). Para tanto, Barthes exemplifica este amor por meio do verbete “Transbordamento”. Transbordamento: o sujeito coloca, obstinadamente, o voto e a possibilidade de uma satisfação plena do desejo implicado na relação amorosa e de um sucesso sem falhas e como eterno dessa relação: imagem paradisíaca do Bem Supremo, a dar e a receber. (Barthes, 1981, p. 97) 9 Mais do que nos preocupar com a declaração do “eu te amo”, que poderíamos realizar contexto com outro verbete de Barthes, que para ele o “eu-te-amo” não é uma frase, não transmite sentido, mas se prende a uma situação específica, queremos destacar no poema é essa relação da declaração à pessoa amada e da imensidão que este amor se torna para o amado e o transbordamento que ele estabelece. Outro verbete que conversa diretamente com o poema de Fernando Pessoa, é o “Declaração”. Para Barthes: A linguagem é uma pele: esfrego minha linguagem contra o outro. É como se eu tivesse ao invés de dedos, ou dedos na ponta das palavras. Minha linguagem treme de desejo. A emoção de um duplo contato: de um lado, toda uma atividade do discurso vem, discretamente, indiretamente, colocar em evidência um significado único que ‘é eu te desejo’, e liberá-lo, alimentá-lo, ramifica-lo, fazê-lo explodir (a linguagem tem prazer de se tocar a si própria); por outro lado, envolvo o outro nas minhas palavras, acaricio-o, toco-lhe, mantenho este contato, esgoto-me ao fazer o comentário ao qual submeto a relação. (FDA, 1978, p. 98) Ao se declarar para a amada, a linguagem estabelece essa relação de afago, contato, carícias, que não necessariamente são realizadas pelo toque do corpo, mas com o “toque” das palavras. Barthes compara como uma sensação quase sexual, extremamente, carnal. 3.4 O AMOR É UMA COMPANHIA, POR ALBERTO CAIEIRO “O amor é uma companhia. Já não sei andar só pelos caminhos, Porque já não posso andar só. Um pensamento visível faz-me andar mais depressa E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo. Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo. E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar. Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas. Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela. Todo eu sou qualquer força que me abandona. 10 Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio.” Para Alberto Caieiro, o amor é estar presente, mesmo à distância. E ter o sujeito amado em seus pensamentos orientando suas emoções, em uma simbiose obrigatória que gera dependência, ao passo que próximo o entorpece do sentimento causando insegurança, pois seus desejos dependem do outro compartilhar do mesmo sentimento. Um verbete que sucinta bastante essa ideia é o “Dependência”: Dependência: Figura na qual a opinião vê a verdadeira condição do sujeito apaixonado, escravo do objeto amado. (Barthes, 1981, p. 72) O amor que depende do sujeito amado tem em sua pureza o cômico uma vez que o indivíduo não consegue classificar seus sentimentos quando próximo do amado, e quando distante tem em si a presença na mente que o fortalece. Outra leitura possível para o poema é a solidão criada nesta situação. O verbete “só” escrito por Barthes, estabelece que: Só: a figura diz respeito, não ao que pode ser solidão humana do sujeito apaixonada, mas à solidão “filosófica”, já que o amor-paixão hoje em dia não está sob a responsabilidade de nenhum sistema maior de pensamento (de discurso). (BARTHES, 1981, p. 182) A solidão expressada por Barthes não é uma solidão do humano, do querer estar em contato com o outro. O “estar só” é de palavras, é sistêmico, linguístico. Somente os enamorados se entendem, sabem do que está acontecendo entre si. A solidão é da troca de palavras e de experiências que são peculiares somente aos que estão envolvidos neste amor, estão dentro deste discurso amoroso. A solidão do enamorado não é uma solidão da pessoa (o amor se confia, se fala, se conta), é uma solidão de sistema: sou o único a fazer disso um sistema (talvez porque sou incessantemente rebatido sobre o solipsismo do meu discurso). Paradoxo difícil: todo mundo me ouve (o amor vem dos livros, seu dialeto é corrente), mas só me escutam (recebem “profeticamente”) os sujeitos que têm exatamente e presentemente a mesma linguagem que eu. (BARTHES, 1981, p. 183) 11 Assim sendo, essa solidão de palavras e a dependência estabelecida com o “amor do outro”, dá novas nuances ao poema de Alberto Caieiro, que a princípio, surgia apenas como uma dor da distância, do não estar perto. 3.5 NÃO SEI SE É AMOR QUE TENS, OU AMOR QUE FINGES, POR RICARDO REIS “Não sei se é amor que tens, ou amor que finges, O que me dás. Dás-mo. Tanto me basta. Já que o não sou por tempo, Seja eu jovem por erro. Pouco os deuses nos dão, e o pouco é falso. Porém, se o dão, falso que seja, a dadiva É verdadeira. Aceito, Cerroolhos: é bastante. Que mais quero?” Para Ricardo Reis em seu poema, o amor do outro lhe põe dúvida da veracidade. Mas ele não se importa, pois percebe que há amor e que ele o rejuvenesce mesmo sendo falso, na imagem criada por ele. O amor que sente é suficiente para que o indivíduo que ama reflita amor! Se sente presenteado como uma dádiva divina o tão importante é se sentir amado. O verbete “POR QUÊ?” conversa diretamente com esse poema: POR QUÊ? Ao mesmo tempo em que se pergunta obsessivamente por que não é amado, o sujeito amoroso vive na crença de que, de fato, o objeto amado o ama, mas não lhe diz. (Barthes, 1981, p. 161) Será que não me amas, por isso que não me dizes? Será que tens vergonha e por isso não se declara? Será que tem outro amor? As dúvidas que estão implícitas do amado ficam “no ar”, uma vez que seus “por quês” não são respondidos. Será um amor 12 não correspondido? Ou será que amor é tão pouco, tão pequeno, que não é suficiente para ser declarado ou demonstrado? Ricardo Reis também cria imagens em seu poema, conforme podemos encontrar correlação no verbete “Imagem”: Imagem: no terreno amoroso, as feridas mais profundas são provocadas mais pelo que se vê que pelo que se sabe. (BARTHES, 1981, p. 124) Barthes nos diz que a imagem é criada a partir da “daquilo que sou excluído. A imagem não tem enigma”. O que me fere são as formas de relação, suas imagens; ou melhor, aquilo que os outros chamam de forma, eu o sinto como força. A imagem – assim como o exemplo para o obsessivo – é a própria coisa. O enamorado é, portanto, artista, e seu mundo é um mundo invertido, pois nele toda imagem é seu próprio fim (nada além da imagem). (BARTHES, 1981, p. 125) A imagem criada por Ricardo Reis no poema “Não sei se é amor que tens, ou amor que finges” é de uma relação não correspondida e que sua amada não está demostrando ou declarando o amor que ele espera. Ou seja, o autor se sente excluído do ser amado e projeta uma imagem de amor não correspondido, fingido e falso. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS O escritor Fernando Pessoa e seus heterônimos são a marca registrada do poeta de múltiplas faces. Nestes poemas que são apresentados, pode se observar a vivência amorosa do poeta, seja por seu amor não correspondido ou fingido, seja pela carta de amor tão ridícula ou por sua declaração de amor à amada. Correlacionando este amor declarado com os fragmentos de Barthes, podemos visualizar outras facetas e correntes de pensamentos que comumente não encontraríamos com uma simples leitura dos poemas de Pessoa. Por meio da concepção Barthesiana, descobrimos outros modos de vivenciar e sentir o amor, partindo do pressuposto que ele (o amor) está em quem ama, e 13 transpassa por sua toda projeção. Tal projeção pode criar várias nuances, sonhos, expectativas, neuras, fantasias e até crimes. Afinal, o amor é algo individual que prospectado no outro, se torna comum a estes que se correspondem. 5. REFERÊNCIAS Livros: BARTHES, Roland. Fragmentos de um Discurso Amoroso. Tradução Hortência dos Santos. Rio de Janeiro: F. Alves, 1981. 2º edição. BARTHES, Roland. O grão da voz: entrevistas, 1961-1980. Tradução Mario Laranjeira. São Paulo: Martins Fontes, 2004 a. (coleção Roland Barthes). BARTHES, Roland. O rumor da Língua. Prefácio Leyla Perrone-Moisés; tradução Mario Laranjeira. 2º ed. São Paulo: Martins Fontes, 2004 b. (coleção Roland Barthes). Sites: http://www.releituras.com/fpessoa_pressagio.asp. Acessado em 30/11/2017. https://www.ebiografia.com/fernando_pessoa/. Acessado em 30/11/2017. http://www.releituras.com/fpessoa_cartas.asp. Acessado em 30/11/2017. http://www.citador.pt/poemas/como-te-amo-fernando-pessoa. Acessado em 30/11/2017. http://arquivopessoa.net/textos/3236. Acessado em 30/11/2017. http://arquivopessoa.net/textos/2609. Acessado em 30/11/2017. http://www.releituras.com/fpessoa_pressagio.asp https://www.ebiografia.com/fernando_pessoa/ http://www.releituras.com/fpessoa_cartas.asp http://www.citador.pt/poemas/como-te-amo-fernando-pessoa http://arquivopessoa.net/textos/3236 http://arquivopessoa.net/textos/2609 14 ANEXO IMAGENS Fernando Pessoa Rolando Barthes
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