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COMPORTAMENTO e ATITUDES (PSICOLOGIA SOCIAL) Leon Festinger concluiu que as evidencias indicavam que mudar as atitudes das pessoas dificilmente afeta seu comportamento. O autor acreditava eu a relação atitude-comportamento funcionava do modo inverso. inverso. Robert Abelson (1972), somos “muito bem treinados e muito bons em encontrar razões para o que fazemos, mas não muito bons em fazer aquilo para o que encontramos razões”. ATITUDE: Uma reação favorável ou desfavorável em relação a algo ou alguém (com frequência enraizada em nossas crenças e exibida em nossos sentimentos e comportamento pretendido). Quando os psicólogos sociais falam sobre a atitude de alguém, eles se referem a crenças e sentimentos relacionados a uma pessoa ou a um fato e a consequente tendência de comportamento. Consideradas em conjunto, reações avaliativas favoráveis ou desfavoráveis a alguma coisa – muitas vezes enraizadas em crenças e exibidas em sentimentos e inclinações para agir – definem a atitude de uma pessoa “AS ATITUDES OFERECEM UM MODO EFICIENTE DE AVALIAR O MUNDO” O estudo de atitudes está próximo da essência da psicologia social e foi um dos seus primeiros temas de interesse. ABC das atitudes: afeto (sentimentos), tendência de comportamento (behavior tendency) e cognição (pensamentos). EM QUE MEDIDA AS ATITUDES PREDIZEM O COMPORTAMENTO? As atitudes expressas das pessoas dificilmente prediziam seus comportamentos variáveis. HIPOCRISIA SOCIAL: parecer moralmente correto e ao mesmo tempo evitar os custos de sê-lo. Se as pessoas não fazem o que dizem, não é de surpreender que tentativas de mudar o comportamento mudando as atitudes com frequência fracassem. O quadro que vem se formando sobre o que controla o comportamento enfatizou influências sociais externas, tais como o comportamento e as expectativas dos outros, e menosprezou fatores internos, tais como atitudes e personalidade. QUANDO AS ATITUDES PREDIZEM O COMPORTAMENTO A razão – agora óbvia – pela qual nosso comportamento e nossas atitudes expressas diferem é que ambas estão sujeitas a outras influências. Nossas atitudes predizem nosso comportamento quando essas outras influências sobre o que dizemos e fazemos são mínimas, quando a atitude é específica ao comportamento e quando a atitude é potente. QUANDO AS INFLUÊNCIAS SOCIAIS SOBRE O QUE DIZEMOS SÃO MÍNIMA Os psicólogos sociais nunca fazem uma leitura direta das atitudes. Em vez disso, medimos as atitudes expressas. Algumas delas complementam as medidas de autorrelato tradicionais de atitudes explícitas (conscientes) com medidas de atitudes implícitas (inconscientes). Uma medida mais nova e amplamente utilizada, o teste de associação implícita (IAT), usa os tempos de reação para medir com que rapidez as pessoas associam conceitos, ou seja, uma avaliação computadorizada das atitudes implícitas, o teste usa os tempos de reação para medir as associações automáticas das pessoas entre objetos de atitude e palavras avaliativas. Pareamentos mais fáceis (e respostas mais rápidas) são interpretados como indicativos de associações inconscientes mais fortes. As atitudes explícitas (autorrelato) e implícitas ajudam a predizer os comportamentos e juízos das pessoas assim, atitudes explícitas e implícitas podem juntas predizer o comportamento melhor do que uma delas isoladamente Identificaram centros cerebrais que produzem reações automáticas implícitas (Stanley et al., 2008). Uma área profunda no cérebro (a amígdala, um centro de percepção de ameaça) é ativada quando avaliamos automaticamente estímulos sociais. Porém, eles observam que, diferentemente do teste de atitude, o IAT não é confiável o suficiente para uso na avaliação e comparação de indivíduos. positivas. Seja como for, a existência de atitudes explícitas e implícitas distintas confirma uma das maiores lições da psicologia do século XXI: nossa capacidade de “processamento dual” tanto para o pensamento controlado quanto para o automático. QUANDO OUTRAS INFLUÊNCIAS SOBRE O COMPORTAMENTO SÃO MÍNIMAS Em qualquer ocasião, não são apenas nossas atitudes internas que nos guiam, mas também a situação que enfrentamos. Os achados definem um princípio de agregação: os efeitos de uma atitude se tornam mais evidentes quando consideramos o comportamento agregado ou mediano do que quando consideramos atos isolados. QUANDO ATITUDES ESPECÍFICAS AO COMPORTAMENTO SÃO EXAMINADAS Mas atitudes previram o comportamento em todos os 26 estudos que puderam encontrar nos quais a atitude medida era diretamente pertinente à situação. Melhor ainda para prever o comportamento é conhecer os comportamentos pretendidos das pessoas e seus controles e autoeficácia percebidos. Para mudar hábitos mediante persuasão, é melhor alterarmos as atitudes das pessoas em relação a práticas específicas. Vimos duas condições nas quais as atitudes predirão o comportamento: 1. quando minimizamos outras influências sobre nossas declarações de atitude e sobre nosso comportamento 2. quando a atitude é especificamente relacionada ao comportamento observado. 3. uma atitude prediz melhor o comportamento quando ela é potente. QUANDO AS ATITUDES SÃO POTENTES Grande parte de nosso comportamento é automático.; A falta de atenção é adaptativa. TRAZER ATITUDE À CONSCIÊNCIA.: nossas atitudes se tornam potentes se pensarmos sobre elas. • Pessoas autoconscientes geralmente estão em contato com suas próprias atitudes; fazer as pessoas se conscientizarem de si mesmas dessa forma promove a coerência entre palavras e atos FORJANDO ATITUDES FORTES POR MEIO DA EXPERIÊNCIA: as atitudes que melhor predizem o comportamento são acessíveis (facilmente trazidas ao pensamento), bem como estáveis; e quando atitudes são forjadas pela experiência, não apenas por boatos, elas são mais acessíveis, mais duradouras e mais tendentes a guiar ações.; QUANDO O COMPORTAMENTO AFETA AS ATITUDES? É verdade que às vezes defendemos o que acreditamos. Mas também é verdade que passamos a acreditar naquilo que defendemos. “AS ATITUDES SEGUEM O COMPORTAMENTO” DESEMPENHO DE PAPÉIS (ROLE PLAY) A palavra papel é tomada do teatro e, como no teatro, refere-se às ações esperadas daqueles que ocupam uma determinada posição social. Ao desempenhar novos papéis sociais, podemos inicialmente nos sentires falsos. Mas nosso desconforto raramente perdura. O comportamento é um produto tanto do indivíduo quanto da situação; Como o que é irreal (um papel artificial) pode sutilmente evoluir para o que é real. DIZER TORNA-SE ACREDITAR As pessoas muitas vezes adaptam o que dizem para agradar seus ouvintes. As pessoas tendem a adaptar suas mensagens a seus ouvintes e, depois de fazê-lo, a acreditar na mensagem alterada. O FENÔMENO PÉ NA PORTA Experimentos sugerem que se você quer que as pessoas lhe façam um grande favor, uma estratégia efetiva é pedir-lhes primeiro um pequeno favor. A tendência de que as pessoas que primeiro concordaram com um pequeno favor concordarão posteriormente com um pedido maior. Veremos repetidas vezes que, quando as pessoas se comprometem com comportamentos públicos e percebem tais atos como causados por si próprias, elas passam a acreditar com mais firmeza no que fizeram. Exploraram uma variante do fenômeno pé na porta experimentando com a técnica da bola baixa, uma tática para fazer as pessoas concordarem com alguma coisa. As pessoas que concordam com um pedido inicial com frequência ainda aquiescerão quando o solicitante aumenta o valor cobrado. As pessoas que recebem apenas o valor mais alto são menos propensas a aceitar, uma tática, ao que consta, utilizada por alguns vendedores de automóvel. O fenômeno pé na porta é uma lição digna de ser lembrada. Alguém tentando nos seduzir – financeira, política ou sexualmente – irá comfrequência usar essa técnica para criar um ímpeto de aquiescência. A lição prática: antes de concordar com um pequeno pedido, pense no que pode vir depois. ATOS MALDOSOS E MORAIS O princípio de que as atitudes decorrem do comportamento também funciona com atos imorais. O mal às vezes resulta de comprometimentos gradativamente maiores. Outra forma de atos maldosos influenciarem atitudes é o fato paradoxal de que tendemos não somente a ferir aqueles de quem não gostamos, mas também a não gostar daqueles que ferimos. Ações e atitudes se alimentam mutuamente, às vezes a ponto do entorpecimento moral. Quanto mais ferimos o outro e ajustamos nossas atitudes, mais fácil torna-se ferir. A consciência é corroída. Atos nocivos moldam o self, mas, felizmente, atos morais também. Nosso caráter se reflete no que fazemos quando pensamos que ninguém está vendo. Comportamento positivo promove o apreço pela pessoa.; POR QUE O COMPORTAMENTO AFETA AS ATITUDES? A teoria da autoapresentação presume que, por razões estratégicas, expressamos atitudes que nos fazem parecer consistentes. A teoria da dissonância cognitiva presume que para reduzir o desconforto, justificamos nossas ações para nós mesmos. A teoria da autopercepção presume que nossas ações são autorreveladoras (quando não temos certeza sobre nossos sentimentos ou crenças, observamos nosso comportamento, como qualquer outra pessoa faria). AUTOAPRESENTAÇÃO: MANEJO DE IMPRESSÕES Entendemos que causar uma boa impressão é um modo de obter recompensas sociais e materiais, sentirmo-nos melhores a nosso próprio respeito e até mesmo nos tornarmos mais seguros de nossas identidades sociais As pessoas exibem uma mudança de atitude muito menor quando um falso detector de mentiras as inibe de tentar causar uma boa impressão AUTOJUSTIFICAÇÃO: DISSONÂNCIA COGNITIVA Uma teoria é que nossas atitudes mudam porque somos motivados a manter a consistência entre nossas cognições. • Teoria da dissonância cognitiva: Tensão que surge quando se está simultaneamente consciente de duas cognições incompatíveis. Por exemplo, pode ocorrer dissonância quando percebemos que, com pouca justificativa, agimos contra nossas atitudes ou tomamos uma decisão que favorece uma alternativa a despeito de razões que favorecem outra.; ela presume que sentimos tensão, ou falta de harmonia (“dissonância”), quando dois pensamentos ou crenças simultaneamente acessíveis (“cognições”) são psicologicamente incompatíveis. A teoria da dissonância refere-se principalmente a discrepâncias entre comportamento e atitudes. JUSTIFICAÇÃO INSUFICIENTE • justificação insuficiente= Redução da dissonância justificando internamente o próprio comportamento quando justificação externa é “insuficiente”. Anteriormente, assinalamos como o princípio da justificação insuficiente funciona com punições. As crianças eram mais propensas a internalizar o pedido de não brincarem com um brinquedo atraente quando receberam uma ameaça branda que justificava insuficientemente sua obediência. Observe que a teoria da dissonância cognitiva se concentra não na relativa efetividade de recompensas e punições administradas depois daquele ato, e sim no que induz uma desejada ação. O manejo autoritário será efetivo, prevê a teoria, somente quando a autoridade estiver presente – pois as pessoas tendem a não internalizar comportamento forçado. A teoria da dissonância insiste que o incentivo e a persuasão devem ser suficientes para produzir a ação desejada DISSONÂNCIA APÓS DECISÕES AUTOPERCEPÇÃO • A teoria da autopercepção= proposta por Daryl Bem, 1972) presume que fazemos inferências semelhantes quando observamos nosso próprio comportamento. O pioneiro psicólogo William James propôs uma explicação semelhante para a emoção um século atrás. Inferimos nossas emoções, ele sugeriu, observando nossos corpos e nossos comportamentos. O comportamento pode modificar o autoconceito. EXCESSO DE JUSTIFICAÇÃO E MOTIVAÇÕES INTRÍNSECAS o menor incentivo que fará as pessoas fazerem alguma coisa geralmente é o mais efetivo para fazê-las gostarem da atividade e continuarem fazendo-a. A teoria da dissonância cognitiva oferece uma explicação para isso: quando induções externas são insuficientes para justificar nosso comportamento, reduzimos a dissonância internamente, justificando o comportamento. A teoria da autopercepção oferece uma explicação diferente: as pessoas explicam seu comportamento observando as condições em que ele ocorre. adiante. Contrária à noção de que as recompensas sempre aumentam a motivação, ela sugere que recompensas desnecessárias podem ter um custo oculto. Efeito de justificação excessiva: O resultado de subornar as pessoas para que elas façam o que já gostam de fazer; elas podem então ver suas ações como controladas externamente e não como intrinsecamente atraentes. Como implica a teoria da autopercepção, uma recompensa imprevista não diminui o interesse intrínseco, porque as pessoas ainda podem atribuir suas ações a sua própria motivação O efeito de justificação excessiva ocorre quando alguém oferece uma recompensa desnecessária de antemão em um esforço óbvio para controlar o comportamento. COMPARAÇÃO ENTRE TEORIAS Além disso, vimos dois modos de explicar por que nossas ações afetam genuinamente nossas atitudes: (1) a suposição da teoria da dissonância de que justificamos nosso comportamento para reduzir nosso desconforto interno e; (2) a suposição da teoria da autopercepção de que observamos nosso comportamento e fazemos inferências razoáveis sobre nossas atitudes, muito como observamos outras pessoas e inferimos as atitudes delas.
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