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RESUMO 3_KATHE ELLEN SOUSA COSTA

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1 
 
Universidade Federal Do Rio Grande Do Norte 
Licenciatura Em Geografia 2019.1 
Introdução à Geografia 
Kathe Ellen Sousa Costa 
 
RESUMO 
 
FIALHO, L. MACHADO, C. SALES, J. A. M. As correntes do pensamento geográfico 
e a Geografia ensinada no Ensino fundamental: objetivos, objetos de estudo e a 
formação dos conceitos geográficos. Educação em Foco, Belo Horizonte, ano 17, n. 23, 
p. 203-224, jul. 2014. 
 
A Geografia desde seu início como forma de conhecimento, não possuía uma 
sistematização, sendo entendidos como Geografia os estudos voltados à descrição de 
lugares, relatórios estatísticos, informações que serviam para definir e descrever 
espaços. Porém, com o início do séc. XIX começou uma sistematização em movimento 
natural, passando-se a se considerar toda a terra como uma unidade, influenciado por 
novas teorias e tecnologias. 
A sistematização da Geografia deu-se com os estudos realizados por Alexander 
von Humboldt e Carl Rither, sendo estes os principais autores da chamada Geografia 
Tradicional, que abarca o entendimento da Geografia como uma ciência descritiva, 
dando-se por observação dos lugares. O pensamento tradicional pode ser compreendido 
pelo determinismo, afirma que as condições naturais determinam a forma como homem 
se comporta; pelo possibilíssimo, que entende a relação homem e natureza como uma 
troca, a segunda fornece, ao primeiro, possibilidades de modificar o meio, sem 
necessariamente determinar como este age; já regionalismo estuda as áreas através de 
diferenciações que acontecem à partir das descrição e divisões do território . 
 Em sua forma tradicional, a Geografia tem uma tendência tecnicista, sendo o 
professor apenas um reprodutor e transmissor de conteúdos selecionados previamente, 
voltados principalmente à memorização de números (quantidade de rios, vegetação, 
estados, etc) consideradas significativas, porém, externos ao sujeito. Entretanto, essa 
forma de Geografia é considerada ultrapassada e viável apenas para fazer guerra, fins 
políticos, militares e comercias. 
2 
 
 A outra forma de ver a Geografia é pelo pensamento moderno, que considera a 
mesma uma Ciência Social, com crítica ao método positivista, sendo subdividida em 
pragmática e crítica, a primeira baseia-se em dados estatísticos e diagnósticos, aplicada 
à tomada de decisões de empresas e governo com caráter expansionista do capitalismo; 
já a segunda é uma prática social, possui vários teóricos e teóricos e teorias que chegam 
a divergir entre si, porém objetivam criticar e se opor a realidade social, sendo uma 
ciência politizada, em busca de uma sociedade mais justa. 
 Devido ao seu caráter crítico, o pensamento geográfico moderno influenciado 
pelo contexto histórico, pode interferir na forma de ensinar Geografia. A educação neste 
visa a autonomia do aluno, sendo o professor um mediador, considerando o contexto 
social, levando-os a uma análise da realidade social e sua posição de agente 
transformador de meio ambiental/físico e social, considerando que estas relações são 
humanas, além de físicas, e deve abarcar fatores econômicos, sociais, políticos e 
culturais. No entanto, as Geografias se complementam, e para compreendê-las é 
necessário entender as transformações ocorridas no espaço, sendo assim importante 
combina-las para este entendimento dos fenômenos humanos pela superfície do globo. 
 É importante levar em consideração que a educação pode ocorrer de maneira 
formal, não formal e informal, e que essa se inicia no ambiente familiar e social, ou seja, 
informalmente. Já o ensino escolar é a maneira formal que a educação se apresenta. As 
teorias da educação, definição e divisão dos conteúdos a serem estudados dá-se por 
estudos e teorias de desenvolvimento humano, que apontam a limitações do 
conhecimento e entendimento devido às fases etárias e capacidades cognitivas já 
desenvolvidas. 
 Sendo o professor um mediador do conhecimento, este deve conseguir 
identificar os conhecimentos prévios dos alunos promovendo uma problematização, 
deve permitir uma internalização dos conteúdos, tornando o entendimento do que antes 
era externo ao aluno, incentivando a criatividade como ferramenta. 
 A Geografia é entendida como o estudo do espaço, considerando que este é um 
produto histórico, portanto seu estudo dá-se pela compreensão das relações humanas 
com os lugares, que são permeadas por questões econômicas, políticas e sociais. Sendo 
necessário nos anos iniciais do ensino fundamental proporcionar uma alfabetização 
geográfica, para que o aluno possa desenvolver o entendimento da espacialidade, 
3 
 
localização, como o espaço se organiza e como a sociedade se relaciona com o lugar 
físico. 
 Faz-se necessário trabalhar os conceitos geográficos nesta fase, uma vez que 
permitirá a construção da identidade da criança, e assim poderá fazer com que este 
compreenda seu lugar como cidadão consciente no mundo. Portanto se trabalhados 
adequadamente, mesmo com a dificuldade de compreensão causada pelo 
desenvolvimento cognitivo dos alunos devido as suas idades, os conceitos geográficos, 
será possível atingir os objetivos definidos pelos PCN. 
 Os PCN foram desenvolvidos sem a consulta e participação de professores e 
pesquisadores, e por isso, destoam da realidade encontrada nas escolas, os conceitos e 
objetivos são voltados para atender a demandas de uma classe dominante, e mesmo 
assim são usados como parâmetros para o ensino. 
 Sendo a Geografia dividida em duas abordagens, uma sintética, que parte da 
realidade do sujeito para compreensão do mundo, e uma analítica, que a partir da visão 
de mundo permite a compreensão do lugar de convivência, a sintética é a mais utilizada, 
mas considera-se a importância exercida pelo pensamento analítico, que reconstrói o 
saber geográfico. 
 Os conceitos definidos pelos PCN são os de paisagem, lugar, território e espaço 
geográfico, e considera-se importante que as crianças dominem estes conceitos, que se 
desenvolvidos adequadamente permitirão a ampliação da visão, maturação, fazendo o 
sujeito sair do objeto para o projetivo, aí ocorrendo a alfabetização geográfica.

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