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Lista de Exercícios para Segunda Prova
 1. Por que a Biologia Celular é inseparável da Biologia Molecular? A biologia das células é inseparável da biologia das moléculas porque da mesma forma que as células constituem os tecidos e órgãos, as moléculas representam as bases da construção celular visível aos microscópios. Inclusive, resultam de moléculas organizadas de forma precisa e, dentre essas moléculas, os compostos orgânicos derivados dos átomos de carbono representam as moléculas da vida e muitas estruturas celulares são formadas por moléculas muito grandes denominadas de polímeros, que são compostos por unidades repetidas chamadas monômeros, que se unem através de ligação covalentes.
2. Quais os 6 elementos químicos selecionados pela evolução para formar 99% de toda matéria dos organismos vivos? Inorgânicos: água e minerais; Orgânicos: ácidos nucléicos, carboidratos, lipídios e proteínas)
3. Qual a principal diferença entre os componentes químicos inorgânicos e orgânicos da célula?As substâncias orgânicas possuem, obrigatoriamente, o elemento carbono em suas moléculas, ao contrário do que se verifica entre as substâncias inorgânicas. Mas há substâncias, como o monóxido de carbono ( CO ) , o dióxido de carbono ( CO2 ) e o ácido cianídrico ( HCN ) , que, apesar de possuírem carbono em suas moléculas, apresentam propriedades típicas de compostos inorgânicos. Por isso, alguns bioquímicos consideram tais substâncias como compostos de transição entre os componentes inorgânicos e os orgânicos.
4. Quais são os principais componentes inorgânicos e orgânicos da célula? Os componentes químicos da célula são classificados em inorgânicos (água e minerais) e orgânicos (ácidos nucleicos, carboidratos, lipídios e proteínas)
ÁCIDOS, BASES E SAIS
Quando substâncias dissolvem-se na água e liberam íons hidrogênio (H+) e íons negativos (ânions) são denominados ácidos. Uma base se dissocia em íons positivos (cátions) ou íons hidróxido (OH-). E, um sal é uma substância que na água dissocia-se em cátions e ânions nenhum dos quais é o H+ ou OH-. 
As reações bioquímicas são extremamente sensíveis a alterações na acidez ou alcalinidade dos ambientes em que ocorrem por isso, é conveniente medir a quantidade de H+ em uma solução.
A concentração de H+ é expressa por uma escala logarítmica de pH, que varia de 0 a 14 (esquema abaixo). Quando a solução contém mais H+ que OH-, possuem um pH inferior a 7. se uma solução tem mais OH- que H+, o pH é maior que 7 e a solução é básica ou alcalina. E quando os níveis são iguais, a solução é neutra. 
MICROMOLÉCULAS
São moléculas de peso molecular entre 100 e 1000 e contém até trinta ou mais átomos de carbono. Normalmente são encontradas livres em solução, onde algumas delas formam um conjunto de intermediárias a partir das quais as macromoléculas são formadas. As quatro micromoléculas principais são:os açúcares simples, os ácidos graxos, os aminoácidos e os nucleotídeos. 
AÇUCARES
São as mais abundantes moléculas orgânicas na natureza e são primariamente moléculas que reservam energias na maioria dos organismos vivos. Os açúcares mais simples são chamados de monossacarídeos tais como ribose, glicose, frutose, que são formados com uma molécula de açúcar e possuem fórmula geral (CH2O)n, onde o n pode variar de 3 a 7. Por ex. a glicose possui fórmula C6h62O6. 
Os dissacarídeos são formados por dois açúcares ligados covalentemente, por ex. a maltose (açúcar da cana) e a lactose (açúcar do leite). Os polissacarídeos são grandes moléculas formadas por unidades de monossacarídeos, como por ex. o glicogênio, em células animais, e o amido, nos vegetais, são compostos somente de glicose. 
E os oligossacarídeos que não estão livres e sim unidos a lipídeos e proteínas, de modo que são partes de glicolipídeos e de glicoproteínas, que estão na membrana plasmática.
ÁCIDOS GRAXOS
São a gorduras, óleos, fosfolipídios, cutina, suberina, ceras e esteróides. É um composto que possui um ácido carboxílico ligado a uma longa cadeia de hidrocarbonetos. São fontes valiosas de alimento, uma vez que eles podem ser quebrados para produzir o dobro de energia utilizável. Eles são estocados no citoplasma de muitas células na forma de gotas de moléculas de triglicérides (gorduras animais conhecidas da experiência diária). 
A função mais importante dos ácidos graxos está na construção das membranas celulares, que envolvem as células suas organelas, que são compostas de fosfolipídios. 
A cutina, suberina e as ceras formam barreiras contra perda de água. A superfície das células dos caules e folhas é coberta com uma cutícula, composta de cera e cutina, que protege e previne a perda de água. Os esteróides são moléculas que apresentam quatro anéis hidrocarbônicos interligados, o mais comum é o colesterol. São funcionalmente deferentes de acordo com os grupos químicos que estão unidos a sua estrutura básicos, por ex. vários hormônios importantes como estrogênio, testosterona e a vitamina A. 
NUCLEOTÍDEOS
São moléculas complexas, consistindo em um grupo fosfato, uma base nitrogenada e um açúcar de cinco átomos de carbono – pentose (Figura1). Eles são blocos constitutivos dos ácidos nucléicos, o ácido desoxirribonucléico (DNA) e o ácido ribonucléico (RNA), que transmitem e traduzem a informação genética. Algumas moléculas de RNA funcionam como catalisadores. Os nucleotídeos podem atuar como moléculas carregadoras de energia química, como por ex. o éster trifosfato e adenina (ATP), que participa das transferências de energia em centenas de reações celulares individuais. Eles combinam com outros para formar enzimas como a coenzima A. E são utilizadas como moléculas de sinalização específica na célula.
MACROMOLÉCULAS
Apresentam peso molecular entre 10.000 e 1 milhão, são construídas a partir de subunidades de baixo peso molecular (micromoléculas), que são repetidamente adicionadas para formar um longo polímero em cadeia. Como por ex. os aminoácidos ligados a outros aminoácidos para formar as proteínas. 
A sua formação é mantida por ligações covalentes, as quais são fortes o suficiente para preservar a seqüência de subunidades por longos períodos de tempo. Para realizar a sua função , as macromoléculas dependem de ligação não-covalente, muito mais fraca, que se formam entre as partes distintas da mesma e entre diferentes macromoléculas. Exercendo um importante papel na determinação da estrutura tridimensional de cadeias macromoleculares e a interação com outras. As macromoléculas são: os ácidos nucléicos e as proteínas.
PROTEÍNAS
É um polímero linear de aminoácidos unidos por ligações peptídicas. Sua estrutura é formada por uma variedade de 20 aminoácidos diferentes, chamados de essenciais, que permite à proteína uma variedade de formas e funções na célula.
A estrutura da proteína é descrita em quatro níveis hierárquicos de organização. A estrutura primária é a seqüência de aminoácidos dispostos linearmente, constituindo a cadeia polipeptídica. A estrutura secundária refere-se a conformação espacial que a proteína toma, que depende da posição de certos aminoácidos, a qual é estabilizada por pontes de hidrogênio. No entanto, quando as pontes de hidrogênio estabelecem-se entre certos aminoácidos, o esqueleto se dobra dispondo-as em formas geométrica: a a-hélice, a lâmina b pregueadas, os folhetos e o giro. 
A estrutura terciária resulta de interações - hidrofóbicas, ligações dissulfeto, forças de van der Waal e interações iônicas - que estabilizam a estrutura secundária, dando uma compactação ou conformação a proteína (fibrosas ou globulares). A estrutura quartenária resulta da combinação de dois ou mais polipeptídicos, chamados de subunidades, que originam moléculas com grande complexidade que se mantêm unidas e interagem, como por exemplo à hemoglobina. 
A função da proteína é determinada por sua estrutura tridimensional e da capacidade de ligarem-se covalentemente à outras moléculas (ligantes). O local de fixação dos ligantes nas proteínas e os ligantes correspondentes possuem alto grau de especificidade, ou seja, são complementares.
As proteínas controlam o fluxo de íons através da membrana, regulam a concentração dos metabólicos, confere rigidez a célula, catalisam uma infinidade de reações químicas, atuam como sensores e chaves, produzem movimento e controlam a função genética. 
ENZIMAS: são proteínas catalisadoras que permitem a aceleração das reações celulares aumentando a velocidade desta. São altamente específicas para seus substratos, onde estes se ligam ao sítio ativo, ocorre a catálise formando um complexo enzima-substrato.
5)Do total dos componentes da célula, cerca de 75 a 85% correspondem a água, entre 2 e 3% são constituídos de sais inorgânicos e o restante é formado por compostos orgânicos que representam as moléculas da vida
6) A palavra polímero é utilizada para classificar moléculas orgânicas formadas por um grande número de unidades moleculares repetidas, denominadas meros. Mero significa partes e poli, muitos. Então o significado oriundo da palavra polímeros é muitas partes. Um monômero (do grego "mono", "um" e "meros", "parte") é uma pequena molécula que pode ligar-se a outros monômeros formando moléculas maiores denominadas polímeros.
7) Nos organismos existem três polímeros importantes:
– 1) ácidos nucleicos: formados pela associação de quatro unidades químicas diferentes denominadas nucleotídeos; a sequência linear dos quatro tipos de nucleotídeos na molécula de DNA é a fonte primária da informação genética; 2) polissacarídeos: que podem ser polímeros de glicose – com os quais se formam glicogênio, amido ou celulose – ou compreender a repetição e outros monossacarídeos, com os quais se formam polissacarídeos mais complexos. 3) proteínas (polipeptídeos), que são constituídas por aminoácidos – existem 20 tipos – combinados em diferentes proporções; as quantidades e as possibilidades de ordenamento desses 20 monômeros permitem um número extraordinário de combinações, o que determina não somente a especificidade, mas também a atividade biológica das moléculas proteicas. 
8) Água, com poucas exceções – por exemplo, o osso e o dente – é o componente encontrado em maior quantidade nos tecidos. O conteúdo de água do organismo está relacionado com a idade e com a atividade metabólica. Também depende do tipo de órgão e tipo de organismo. Isso ocorre...
9) - Atua como solvente universal;
- Meio de dispersão coloidal da maior parte das macromoléculas;
- Indispensável à atividade metabólica, já que os processos fisiológicos ocorrem exclusivamente em meios aquosos. 
- Intervem na eliminação de substâncias da célula
- Absorve calor graças a seu elevado coeficiente calórico;
- Evita que sejam geradas mudanças drásticas da temperatura na célula.
10) A concentração de íons é diferente no interior da célula e no meio que a circunda. Assim, a célula tem uma alta concentração de cátions K+ e Mg2+, enquanto o Na+ e o Cl- estão localizados principalmente no líquido extracelular. Os ânions dominantes nas células são o fosfato (HPO42-) e o bicarbonato (HCO3-). Os sais dissociados em ânions (p. ex. Cl-) e cátions (Na+ e K+) são importantes para manter a pressão osmótica e o equilíbrio ácido-básico da célula. A retenção de íons produz um aumento da pressão osmótica e, portanto, a entrada de água. Alguns íons inorgânicos (como o Mg2+) são indispensáveis como co-fatores enzimáticos. Outros fazem parte de moléculas distintas. O fosfato, por exemplo, é encontrado nos fosfolipídios e nos nucleotídeos; um destes, a adenosina trifosfato (ATP), é a principal fonte de energia para os processos vitais da célula. Os íons de Ca2+ que se encontram nas células desempenham um importante papel como transmissores de sinais. Outros íons presentes na células são o sulfato, o carbonato, etc. 
11)- Ácido desoxirribonucleico (DNA): Informação genética
- Ácido ribonucleico (RNA): Síntese de proteínas
12) Todos os seres vivos contêm dois tipos de ácidos nucleicos, chamados de DNA e RNA. Os vírus contêm um só tipo de ácido nucleico, DNA ou RNA. 
13) Dogma Central da Biologia Molecular
      Os DNAs e as proteínas são macromoléculas que desempenham um papel chave na vida de uma célula. Tanto o DNA como as proteínas são polímeros de unidades repetidas. A informação genética está armazenada no DNA por uma seqüência de quatro tipos de nucleotídeos e a replicação do DNA é o mecanismo de transmissão da informação genética. Porém, são as proteínas que realizam as funções vitais da célula. Então é necessário que os quatros tipos de nucleotídeos sejam traduzidos para os vinte tipos de aminoácidos possíveis. Esta etapa é crucial para a expressão da informação genética. Existe um mecanismo celular que realiza a transcrição do DNA para RNA, gera um RNA a partir dos códigos do DNA, e posterior tradução para proteínas. Na tradução, um conjunto de três nucleotídeos, ou códon, é traduzido para um aminoácido os quais vão se unindo por ligações peptídicas para formarem uma proteína. Os quatros nucleotídeos combinados três a três produzem sessenta e quatro combinações possíveis. Portanto, como temos apenas 20 tipos de aminoácido, existem aminoácidos degenerados, ou seja, existem alguns aminoácidos que podem ser traduzidos por mais de uma seqüência de nucleotídeos. O fluxo de informação para gerar um RNA e do RNA uma proteína, juntamente com o fluxo da transmissão da informação do DNA para DNA, forma o dogma central da biologia molecular (KANEHISA, 2000).
      Baseado neste raciocínio, em 1958, Francis Crick afirma que a especificidade de um fragmento de DNA depende apenas da seqüência de suas bases e que essa seqüência é a chave para a disposição dos aminoácidos em uma proteína particular. Propõe, então, o Dogma Central da Biologia Molecular, afirmando que a molécula de DNA é utilizada como molde para se construir RNA o qual será molde para a síntese de proteínas, sendo que a informação contida na proteína não pode ser repassada para a construção de outra proteína nem para a construção de uma molécula de DNA ou RNA (http://www.biomania.com.br/citogenetica/odna.php, acessado em 30/06/03).
 Entretanto, a proposta original, foi ampliada nos últimos anos com a descoberta, em 1970, da enzima transcriptase reversa por Temin & Mizutani e por Baltimore de forma independente, que copia RNA para DNA. Ficou esclarecido, que é possível sintetizar DNA utilizando-se RNA como molde. Um pouco antes disto, por volta de 1965, Spiegelman & Haruna haviam demonstrado que o RNA também podia servir de molde para a síntese de outras moléculas de RNA. Isto foi possível devido ao isolamento da enzima replicase codificada por um vírus infeccioso cuja informação genética está contida numa molécula simples de RNA. Estes estudos permitiram que o dogma central se ampliasse sem, contudo, perder a unidirecionalidade, ou seja, do DNA às proteína (BONATO , 2003).
14)- Localização: DNA: Principalmente no núcleo, mas também nas mitocôndrias e nos cloroplastos; RNA: Principalmente no Citoplasma, mas também no núcleo, nas mitocôndrias e nos cloroplastos;
- Papel na célula: DNA: Informação Genética; RNA: Síntese de proteínas
- Pentose (açúcares): DNA: Desoxirribose; RNA: Ribose
- Bases Pirimidínicas: DNA: Citosina e Timina; RNA: Citosina e Uracila
- Bases purínicas: DNA: adenina e guanina RNA: adenina e guanina
15) Os nucleotídeos consistem em uma base que contêm nitrogênio, um açúcar de cinco carbonos e um ou mais grupos fosfatos. Um nucleosídeo é a combinação de uma base com uma pentose/açúcar (sem fosfato)
16) A hidrólise do DNA ou RNA gera: pentose, bases, ácido fosfórico
17) As pentoses são de dois tipos: desoxirribose no DNA e ribose no RNA. A diferença entre estes açúcares é que a desoxirribose tem um átomo de oxigênio a menos 
18) Pirimidinas: Possuem um anel heterocíclico; Purinas: Tem dois anéis fundidos entre si. No DNA as purimidinas são timina e citosina, e as purinas são a adenina e a guanina. O RNA contém a uracila no lugar da timina. 
19) ADP é a Adenosina difosfato (ou difosfato de adenosina) é um nucleótido, isto é, um composto químico formado por um nucleósido e dois radicais
fosfato. Neste caso, É a parte sem fosforilação da ATP. 
ATP é o Trifosfato de adenosina, é um nucleotídeo responsável pelo armazenamento de energia em suas ligações químicas.O ATP armazena energia proveniente da respiração celular e da fotossíntese, para consumo posterior.
 O composto AMP, adenosina monofosfato ou monofosfato de adenosina é um nucleosídeo de adenina monofosfatado, de baixa energia, diferentemente de seus compostos di e trifosfatados ADP e ATP respectivamente. Considerando esses dois últimos compostos como as verdadeiras moedas energéticas da célula, o AMP só costuma aparecer em grandes concentrações na célula em situação de extrema baixa energética, em que todos as moléculas de ATP e ADP foram defosforiladas para a obtenção de energia para funções celulares fundamentais.
20) Ligações fosfodiéster: Nestas ligações, os fosfatos unem o carbono 3’ da pentose do nucleotídeo com o carbono 5’ da pentose do nucleotídeo seguinte. Como consequência, o eixo de um ácido nucleico é constituído por pentose e fosfatos, e as bases nitrogenadas surgem das pentoses. A extremidade da molécula que contém a pentose com o C5’ livre é chamada extremidade 5’ e a que possui a pentose com C3’ livre é denominada extremidade 3’. 
21)  Watson e Crick ao decifrarem a estrutura molecular do DNA demonstraram como a molécula se auto duplicava, propondo, então, que: 										 - cada uma das fitas serviria de molde para a síntese de uma fita complementar;
- a seqüência dos pares de nucleotídeos nos genes constituiria informação codificada a qual seria seqüencialmente traduzida para aminoácidos nas proteínas.								
 A Replicação do DNA é o processo de auto-duplicação do material genético, concretizando desta forma a transmissão das características hereditárias para gerações futuras.					
Três hipóteses tentaram explicar a replicação do DNA e foram testadas por Mathew Meselson e Franklin Stahl em 1958:
- teoria conservativa: Cada fita do DNA sofre duplicação e as fitas formadas sofrem pareamento resultando num novo DNA dupla fita, sem a participação das fitas "parentais". Assim, fita nova com fita nova formam uma dupla hélice e fita velha com fita velha formam a outra dupla fita;
- teoria semi-conservativa: Cada fita serve de molde para replicar uma nova fita complementar, produzindo duas moléculas de DNA filhas. Cada molécula filha contém duas fitas de DNA com orientação antiparalela. Este processo é chamado de replicação semi-conservativa, porque o par parental é separado em duas metades. A nova molécula filha contém apenas uma fita parental intacta (CHAMPE, 1996);
- teoria dispersivo: Haveria quebras continuadas na espinha-dorsal de açúcar-fosfato e subseqüente reconstituição após a duplicação que poderia resultar numa mistura de segmentos velhos e novos na mesma fita (Bonato, 2003).
    
Nos organismos procarióticos a replicação inicia-se em um único ponto, denominada origem de replicação. Nos eucarióticos a replicação inicia em múltiplos pontos ao longo da dupla fita de DNA. Como a molécula de DNA nos eucarióticos é muito comprida, os vários pontos de início possibilitam uma rápida replicação (CHAMPE, 1996).
22) A cadeia que cresce no mesmo sentido que o deslocamento da forquilha de replicação, e cuja síntese ocorre continuamente, é chamada de cadeia leading, conforme pode ser visto na figura 1 acima.
A cadeia que cresce no sentido oposto ao deslocamento da forquilha de replicação, e cuja síntese ocorre descontinuamente, é chamada de cadeia lagging.
Esse modo de replicação do DNA, em que uma das cadeias é sintetizada continuamente e a outra, descontinuamente, é chamado de síntese semidescontínua. Costuma-se dizer também qua a síntese do DNA na forquilha de replicação é assimétrica, pois em uma das cadeias (cadeia leading) ela ocorre continuamente, enquanto que na outra (cadeia lagging) ela ocorre de modo descontínuo, em fragmentos. Esses fragmentos são denominados fragmentos de Okazaki
23) Um oligonucleotídeo (ou oligonucleótido) é um fragmento curto de uma cadeia simples de ácido nucleico (ADN ou ARN), tipicamente com 20 ou menos bases. Os oligonucleotídeos são frequentemente usados como sondas para detectar ADN complementar ou ARN porque eles se ligam prontamente aos seus complementares. Exemplos de procedimentos que utilizam oligonucleotídeos são os microarrays de ADN, Southern blots e hibridização fluorescente in situ.	Os oligonucleotídeos compostos por ADN (desoxioligonucleotídeos) são frequentemente utilizados em PCRs, um procedimento que pode ser empregue a fim de amplificar quase todos os pedaços de ADN. Neste exemplo, o oligonucleotídeo é frequentemente chamado de iniciador (termo em inglês: primer), e um curto pedaço de ADN que se liga à sua sequência, alvo complementar. Esta gera um local para a polimerase se ligar e estende o iniciador através da adição de nucleotídeos a fim de fazer uma cópia da sequência alvo.É a molécula responsável pelo início dos processos que geram cópia da molécula original de ácido nuclêico (replicação, transcrição, transcrição reversa ou amplificação sintética de ácidos nuclêicos, como PCR).
24) A helicase ou DNA helicase é uma enzima que promove a abertura da hélice de DNA, separando-o em duas fitas simples para que possa sofrer replicação[1]. A helicase quebra as ligações de hidrogénio entre as bases azotadas (purinas ou pirimidinas) de ambas as cadeias de DNA, fazendo com que estas se separem. Esta enzima move-se ao longo da cadeia dupla de DNA utilizando energia da hidrólise de ATP para separar as duas cadeias da molécula.Ao funcionarem durante o processo de replicação do DNA, as helicases recebem "ajuda" da enzima DNA-girase (ou topoisomerase), que desenrola a cadeia, diminuindo a tensão à medida que as helicases avançam, facilitando assim o seu trabalho. Depois de aberta, a dupla cadeia de DNA não se volta a ligar devido à acção das proteínas ligadoras de fita simples, que mantêm a cadeia aberta, para poder ser replicada.
A topoisomerase ou DNA topoisomerase é uma enzima que desempenha importante papel nos processo de replicação e empacotamento de DNA. Seria uma nuclease reversível [1]. Ela catalisa uma quebra nas moléculas de DNA, mas usa ligações covalentes para segurar as moléculas de DNA que foram quebradas.
Existem dois tipos de topoisomerases, são elas:
Topoisomerase I
Produz quebras numa cadeia do DNA e permite o giro da cadeia quebrada sobre a cadeia intacta. A topoisomerase I conserva a energia do rompimento da ligação fosfodiéster, estocando-a na forma de ligação covalente que ocorre entre ela e os grupamentos fosfatos, no ponto de clivagem. Depois ela utiliza essa energia para restaurar a ligação fosfodiéster e selar a quebra. Algumas topoisomerases I podem relaxar superespiralamentos positivos e negativos no DNA.
Topoisomerase II
Produz quebras nas duas cadeias do DNA. Ela quebra as duas cadeias de DNA ao mesmo tempo e pode introduzir ou retirar superespiras, duas de cada vez, em um mecanismo que é dependente de ATP. Ela corta as duas cadeias de DNA, prendem-se às extremidades através de ligações covalentes, passa a dupla cadeia através do corte e sela a quebra.
RNA PRIMASE: A replicação inicia-se numa zona da cadeia denominada tripleto de iniciação. Neste local as helicases começam a abrir a cadeia para ambos os lados da origem quebrando as ligações de hidrogênio existentes entre as bases complementares e dando origem a uma bolha de replicação que é constituída por duas forquilhas de replicação. Em seguida liga-se às cadeias de DNA a enzima RNA primase que sintetiza um Primário (tinta), que consiste numa sequência de bases de RNA que iniciam a síntese, visto que a DNA polimerase III não tem a capacidade de o fazer pela ausência de grupos hidroxila -OH expostos. Após a síntese do Primário (tinta), a DNA polimerase III vai continuar o processo que ocorre no sentido da extremidade 5' para a extremidade 3' da nova cadeia. Como a DNA polimerase vai atuar para ambos os lados da origem de replicação, por cada cadeia simples de DNA existente, uma
parte da nova cadeia será sintetizada na direção da replicação. Esta cadeia é sintetizada de modo contínuo e denomina-se cadeia contínua. Existe uma outra parte da cadeia em que a direção da replicação é contrária à direção da síntese, esta cadeia é sintetizada descontinuamente, isto é, a RNA primase vai sintetizar vários Primário (tinta)s ao longo da cadeia, inicialmente próximo da origem de replicação e posteriormente a maior distância. Os fragmentos formados são denominados fragmentos de Okazaki. Entre estes fragmentos existem os Primário (tinta)s que serão removidos e substituídos por DNA, pela ação de uma outra DNA polimerase, a DNA polimerase I. Como a DNA polimerase não consegue estabelecer a ligação entre esses nucleótidos e os que se encontram nas extremidades dos fragmentos de Okazaki, formam-se lacunas entre o grupo fosfato de um e o carbono 3' do outro. Esses nucleótidos são posteriormente ligados pela DNA ligase. A esta cadeia chama-se cadeia descontínua. As partes finais da cadeia de DNA denominadas telômeros são sintetizadas pela enzima telomerase. A telomerase é uma DNA polimerase com atividade de transcriptase reversa. Apresenta um molde interno de RNA e a partir daí é capaz de sintetizar o DNA das extremidades cromossômicas, evitando a perda progressiva e encurtamento dos telômeros. Durante todo o processo de replicação atuam outras enzimas entre elas as SSB e as topoisomerases que têm como função evitar o enrolamento da cadeia durante a síntese.
DNA POLIMERASE: O DNA não se replica sozinho Para que o processo de replicação se inicie é necessário que a actuação de uma enzima, a DNA polimerase. A enzima liga-se à cadeia de DNA e desliza sobre esta, quebrando as ligações entre as duas cadeias de nucleótidos - ligações por pontes de hidrogénio - ficando então as duas cadeias de DNA separadas. Em seguida, os nucleótidos livres existentes no núcleo ligam-se, por complementaridade de bases, às cadeias de DNA. De uma cadeia original de DNA formam-se duas novas cadeias. Replicação do DNA é o processo de auto-duplicação do material genético mantendo assim o padrão de herança ao longo das gerações. Duas teorias tentaram explicar a replicação do DNA: Teoria conservativa: Cada fita do DNA sofre duplicação e as fitas formadas sofrem pareamento resultando num novo DNA dupla fita, sem a participação das fitas quot;parentaisquot; (fita nova com fita nova formam uma dupla hélice e fita velha com fita velha formam a outra dupla fita).
DNA ligase é a enzima que une os fragmentos de Okazaki, após a retirada dos iniciadores (ou primers) pela enzima primase.Também é utilizada como ferramenta em técnicas de Biologia Molecular para “colar” fragmentos de DNA de interesse
25) Trifosfato de Adenosina (ATP) - Tipo especial de nucleotídeo, formado por adenina, ribose e três fosfatos. Tem a função de armazenar energia nas ligações fosfato.
A hidrólise do ATP libera uma molécula de fosfato formando um composto denominado de ADP (difosfato de adenosina), reação essa que libera aproximadamente 7,3 Kcal por molécula de ATP hidrolisado. Quando o ATP libera 2 moléculas de fosfato, forma-se o AMP (monofosfato de adenosina). A hidrólise do ATP ocorre com ou sem a disponibilidade de oxigênio, sendo essa uma reação rápida e anaeróbica. Esse processo permite a liberação de energia rápida para uso imediato, o que não ocorreria se o processo em questão fosse dependente do oxigênio.
26)
27)
28) 1 Ångstrom = 0,10 nanometros
29)
30) Como todos nós aprendemos na escola existem três tipos diferentes de RNA envolvidos nos processos de síntese proteica. Essas etapas de transcrição e tradução das informações genéticas que levam à produção de proteinas são de extrema importancia para o nosso corpo já que elas exercem boa parte das funções de um organismo.
* RNA mensageiro (RNAm): este RNA é produzido no núcleo a partir das informações do DNA e é fundamental para a trasncrição do DNA uma vez que é ele quem “anota” as informações dos genes e leva-os até a próxima etapa. Para isso o RNAm se posiciona no início das cadeias do DNA e com a ajuda de uma enzima quedra as pontes de hidrogênio fazendo com que elas se separem. Então ele se emparelha a “cadeia molde” que é qualquer uma das duas que foram separadas e os genes são transcritos.Feito isso o RNAm atravessa os poros da carioteca e vai até o citoplasma levando a “receita” que será usada na produção das proteinas.
* RNA ribossômico (RNAr): este RNA é produzido no núcleo, mais específicamente nos nucléolos e formam os ribossômos. É no ribossomo que será feita a tradução de todas as informações contidas na “receita” do RNAm, Para isso o RNAm passa entre duas estruturas conhecidas como subunidade maior e subunidade menor. Lá suas informações serão lidas e com a ajuda do RNAt os aminoácidos correspondentes a cada códon serão selecionados. O ribossomo possui ainda duas regiões conhecidas como sítio A e sítio P. Os aminoácidos trazidos pelo RNAt penetram no sítio A, são selecionados, incorporados aos peptídeos e a síntese acontece no sítio P. Assim se dá a tradução do RNAm e a conclusão da síntese proteica
* RNA transportador (RNAt): este RNA é produzido também no núcleo da célula e atua no transporte e entrada do aminoácido no sítio A para a produção da proteina. Isso se dá porque o RNAt é formado por uma extremidade com ligação para aminoácidos e outra com anticódons, anticódons esses que complemenarão os códon do RNAm para que os aminoácidos corretos sejam selecionados. Vale lembrar que todo o processo de síntese proteica realizado no ribossomo sempre é iniciado pelo códon AUG (metionina) conhecido como códon de iniciação uma vez que é sempre o primeiro aminoácido a ser reconhecido.
31) Diz-se que o código genético é degenerado ou redundante por existirem vários codões que codificam o mesmo aminoácido. Por exemplo, os codões UCU, UCC,UCA e UCG codificam todos o aminoácido Serina (Ser). Este fenómeno é também apelidado de degenerescência. Já o contrário não é possível e não existe nenhum codão que possa codificar mais do que um único aminoácido e, logo, nunca é ambíguo. Com apenas 20 palavras necessárias para os 20 aminoácidos comuns, para que são usadas as outras palavras, se o forem? O trabalho de Crick sugeriu que o código genético é redundante, significando que cada uma das trincas deve ter um significado no código. Para que seja verdadeiro, alguns aminoácidos devem ser especificados, por pelo menos duas ou mais trincas diferentes.
Afirma-se que o Código Genético é universal porque os códons têm o mesmo significado em quase todos os organismos. Assim, o códon AAU codifica o aminoácido Asparagina (Asn) tanto em um ser humano como em um Streptococcus.
32) códon: Seqüência de três nucleotídeos do ácido ribonucleico mensageiro que, na síntese de proteínas, representa a codificação da informação genética para um determinado aminoácido ou para a terminação da cadeia polipeptídica. 
Anticódon: Seqüência de três nucleotídeos da molécula de ácido ribonucleico de transferência que se liga ao códon de uma molécula de ácido ribonucleico mensageiro durante a síntese de proteínas.
A diferença entre códon e anticondon, está na sua localização. Enquanto o códon está localizado na fita de RNA mensageiro (mRNA) o anticodon fica no RNA transportador (tRNA). É esse tRNA, que carrega em sua porçao os aminoácidos.
33) 61 códons codificam aminoácidos e 3 sinalizam o término da tradução
34) A tradução ocorre em três etapas (iniciação, alongamento e terminação), nas quais a informação presente no mRNA e organizada em codões (conjunto de 3 nucleótidos), é reconhecida pelos anticodões presentes nos tRNA’s que transportam os resíduos de aminoácidos. Cada codão do mRNA e o respectivo aminoácido são incapazes de se “reconhecer” mutuamente, sendo necessário um “adaptador” que possibilite esse reconhecimento. Esta função de “adaptador” é então executada por moléculas de tRNA que servem de ponte entre os aminoácidos e o mRNA, de forma a ser permitida a tradução da informação codificada no mRNA, em proteína
nos ribossomas.
Iniciação – a subunidade pequena do ribossoma liga-se ao mRNA na região de AUG, o codão de iniciação. O tRNA, que transporta o aminoácido metionina, liga-se ao codão de iniciação. A subunidade grande ribossomal liga-se à pequena subunidade. O ribossoma está então funcional.
Alongamento – o anticodão de um novo tRNA, que transporta um segundo aminoácido, liga-se ao segundo codão por complementaridade. Seguidamente, estabelece-se uma primeira ligação peptídica entre o aminoácido que ele transporta e a metionina. O ribossoma avança três bases e o processo repete-se ao longo do mRNA. Continua a tradução dos sucessivos codões e da ligação dos aminoácidos para a construção da proteína.
Finalização – quando o ribossoma chega a um codão de finalização (UAA) e por complementaridade o reconhece, termina a síntese. Os codões de finalização constituem verdadeiras pontuações da mensagem. A cadeia polipeptídica destaca-se. Os componentes do complexo de tradução separam-se. As subunidades ribossomais podem ser utilizadas para formar um novo complexo e iniciação com uma molécula da mRNA.
35)
36)
37)
38)
39) Designação dos hidratos de carbono que estruturalmente provêm da junção de duas moléculas de monossacarídeos do mesmo tipo ou de tipos diferentes. Os principais dissacarídeos são a sacarose, a trealose, a lactose e a melibiose, e existem na forma livre e em quantidades significativas nos tecidos ou em produtos de excreção. A sacarose é fundamental no metabolismo das plantas superiores e a trealose é fundamental no metabolismo dos fungos e plantas fotossintéticas inferiores. Devido a terem sabor doce, os dissacarídeos estão incluídos na designação de açúcar, mas o seu poder adoçante é muito variável.
40) Uma ALDOSE é um monossacarídeo que apresenta um grupamento aldeído em uma extremidade, por exemplo a glicose. Já a CETOSE é um monossacarídeo que tem um grupo cetona, normalmente no carbono 2, como exemplo temos a frutose.
41) A reação de condensação é uma reação química em que duas moléculas se combinam para formar uma única molécula, descartando outra molécula menor durante o processo.[1] Quando essa molécula menor é a água, a reação é conhecida como reação de desidratação; outras moléculas menores perdidas na reação podem ser o cloreto de hidrogênio, metanol ou ácido acético.
42)
43) A principal diferença entre a alfa e beta glicose é a posição da hidroxila do C2 em relação à hidroxila do C1 e, assim, a distribuição das cargas na molécula. A alfa-glicose apresenta a hidroxila para baixo do plano do anel. O polissácarídeo formado por alfa-glicoses é amido. Já na beta glicose, a hidroxila fica para cima do plano do anel e o seu polissácarídeo é a celulose.
44) Isômeros são compostos em que ocorre a Isomeria: fenômeno caracterizado pela ocorrência de duas ou mais substâncias diferentes que possuem a mesma fórmula molecular, mas fórmulas estruturais diferentes.
Quando se coloca um átomo de hidrogênio do etano no lugar de um átomo de cloro, o resultado é de apenas uma substância, pois qualquer que seja o hidrogênio substituído, a estrutura obtida geralmente será igual.
Quando se substitui dois átomos de hidrogênio por dois átomos de cloro, o resultado é de duas substâncias diferentes.
45) celulose
46) amido
47)
48)
49)
50)

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