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CONSTITUCIONAL II - AULA DE REVISÃO PROVA 1 - 2020 2

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DIREITO CONSTITUCIONAL II
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
(DIVISÃO ESPACIAL DO PODER)
Prof.: BRUNO FERRARO
Prof.: BRUNO FERRARO
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
ORIGEM DO ESTADO FEDERAL
ESTADOS UNIDOS (1787)
INDEPENDÊNCIA DAS 13 COLÔNIAS BRITÂNICAS DA AMÉRICA (1776)
ARTIGOS DE CONFEDERAÇÃO (1781) – CONFEDERAÇÃO AMERICANA – OS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA
ESTADO FEDERAL - CONVENÇÃO DA FILADÉLFIA (1787) – ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA
		
	DESCENTRALIZAÇÃO POLÍTICA	AUTO-ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS-MEMBROS
	REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS	ÓRGÃO REPRESENTATIVO DOS ESTADOS MEMBROS
	CONSTITUIÇÃO RÍGIDA	GUARDIÃO DA CONSTITUIÇÃO
	INEXISTÊNCIA DIREITO DE SECESSÃO	REPARTIÇÃO DE RECEITAS
	SOBERANIA DO ESTADO FEDERAL	
	INTERVENÇÃO FEDERAL	
CARACTERÍSTICAS DA FEDERAÇÃO
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Prof.: BRUNO FERRARO
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
TIPOS DE FEDERALISMO
QUANTO AO SURGIMENTO
POR AGREGAÇÃO (MOVIMENTO CENTRÍPETO);
POR SEGREGAÇÃO (MOVIMENTO CENTRÍFUGO);
QUANTO À REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
DUALISTA;
COOPERATIVO;
INTEGRAÇÃO;
QUANTO À HOMOGENEIDADE NA DISTRIBUIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
SIMÉTRICO
ASSIMÉTRICO
OUTRAS CLASSIFICAÇÕES
ORGÂNICO;
EQUILÍBRIO;
FEDERALISMO DE SEGUNDO GRAU;
3
Prof.: BRUNO FERRARO
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
CONCEITO DE COMPETÊNCIAS: “São faculdades ou poderes de agir dos quais se servem as entidades federadas para tratar de temas que lhes dizem respeito e orientados para a realização do bem comum. Com a atribuição de competências, as entidades federadas estarão dotadas de autonomia” (CUNHA JÚNIOR, 2015);
QUATRO CAPACIDADES
AUTO-ORGANIZAÇÃO;
AUTOLEGISLAÇÃO;
AUTO-GOVERNO;
AUTO-ADMINISTRAÇÃO;
CLASSIFICAÇÃO DAS COMPETÊNCIAS CONSTITUCIONAIS: 
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA (ex.: elaborar suas próprias leis);
COMPETÊNCIA MATERIAL/NÃOLEGISLATIVA (ex.: instituir políticas públicas, organizar serviços públicos);
CLASSIFICAÇÃO JOSÉ AFONSO DA SILVA: i) EXCLUSIVAS*: não admitem delegação; ii) PRIVATIVAS*: admite delegação; iii) COMUM: esforço conjunto; iv) CONCORRENTE: mais de uma entidade pode legislar sobre mesmo tema; v) SUPLEMENTAR: quando os entes complementam as normas gerais com normas específicas (complementar) ou para suprirem a falta dessas normas gerais (supletivas).
4
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
CF/88 adota modelo de Estado Federal de estrutura tríplice, compreendendo a União, os Estados-membros, os Municípios e o Distrito Federal, todos providos de competências próprias;
UNIÃO;
MUNICÍPIOS;
ORGANIZAÇÃO POLÍTICA DO ESTADO BRASILEIRO
PRINCÍPIO DA PREDOMINÂNCIA DO INTERESSE*: Trata-se de princípio geral que norteia a repartição da competência entre as entidades federativas
ESTADOS;
DF
UNIÃO: questões de interesse geral de âmbito nacional;
MUNICÍPIOS: matérias de interesse local; 
ESTADOS: matérias de interesse regional;
DF englobas as competências estaduais e municipais (art. 32, §1º, CF/88);
*Deve-se analisar, ao lado da predominância do interesse, dois princípios:
SUBSIDIARIEDADE: o ente político maior deve deixar para o menor tudo aquilo que puder fazer com maior economia e eficácia;
PROPORCIONALIDADE: respeitar adequação entre meios e fins;
A análise conjugada desses princípios consubstanciaria numa presunção de autonomia em favor dos entes menores para edição de leis de seu interesse (ADI 3356, 3357, 3937 e ADPF 109) – voto do Min. Edson Fachin.
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Prof.: BRUNO FERRARO
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIA NA CF/88: Seguindo o sistema alemão, a CF/88 busca realizar o equilíbrio federativo, através de um sistema complexo de repartição de competências que se fundamenta nas seguintes técnicas:
ORGANIZAÇÃO POLÍTICA DO ESTADO BRASILEIRO
ENUMERAÇÃO DOS PODERES DA UNIÃO (art. 21 e 22);
PODERES DEFINIDOS INDICATIVAMENTE AOS MUNICÍPIOS (art. 30);
PODERES REMANESCENTES AOS ESTADOS (art. 25, §1º);
DF ENGLOBA AMBOS (ART. 32, §1º CF)
COMBINADA COM
POSSIBILIDADES DE DELEGAÇÃO (art. 22, parágrafo único);
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA CONCORRENTE (art. 24)
COMPETÊNCIAS COMUNS (art. 23);
UNIÃO – NORMAS GERAIS;
ESTADOS – NORMAS ESPECÍFICAS;
NÃO EXISTE HIERARQUIA ENTRE NORMAS FEDERAIS, ESTADUAIS E MUNICIPAIS
NÃO EXISTE HIERARQUIA ENTRE LEIS DE DIFERENTES ESPÉCIES
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Prof.: BRUNO FERRARO
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS NA CF/88
COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA/MATERIAL DA UNIÃO (ART. 21, CF/88): O dispositivo elenca as competências materiais ou político administrativas da União.
ART 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
ART. 21, VII a XII e XV a XXV – Atua pela preponderância do interesse nacional;
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA DA UNIÃO (ART. 22, CF/88): Elenca as matérias onde há reserva de competência privativa da União para legislar.
ART. 21, XIII e XIV – Atua tutelando parcialmente a autonomia do DF;
ART. 21, I A V – Atua representando a República Federativa do Brasil (soberania);
OBS 1: Observar que há correspondência entre competências administrativas e competências legislativas, vide art. 21, X e 22, V (CF); art. 21, VII e VIII c/ art. 22, VI e VII (CF); art. 21, XXIII e art. 22, XXVI (CF);
POSSIBILIDADE DE DELEGAÇÃO (art. 22, parágrafo único, CF/88):
ART 22. (...)
Parágrafo Único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo
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Prof.: BRUNO FERRARO
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
POSSIBILIDADE DE DELEGAÇÃO (art. 22, parágrafo único, CF/88):
ART 22. (...)
Parágrafo Único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS NA CF/88
REQUISITOS PARA A DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA
FORMAL – A delegação deve ocorrer mediante Lei Complementar;
MATERIAL – A delegação deve ser para legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas nos incisos do art. 22;
IMPLÍCITO – A delegação, caso feita, deverá se aplicar a todos os Estados-membros, sem distinção, conforme decorre do art. 19, I, CF/88;
COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVAS COMUNS (ART. 23, CF/88): As competências materiais previstas neste dispositivo são de atribuição comum à todos os entes federativos
ART 23. (...)
Parágrafo Único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento nacional e do bem-estar em âmbito nacional. 
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Prof.: BRUNO FERRARO
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS NA CF/88
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA CONCORRENTE (ART. 24, CF/88): As competências legislativas previstas neste dispositivo serão exercidas pela União, a quem incumbe definir as normas gerais, enquanto aos Estados e ao Distrito Federal, incumbirá complementar a legislação de acordo com suas peculiaridades.
ART 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
(...)
§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. (grifo nosso)
§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades;
NA AUSÊNCIA DE LEI FEDERAL, ESTADOS EXERCERÃO A COMPETÊNCIA LEGISLATIVA PLENA
§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário;
EXERCIDA A COMPETÊNCIA LEGISLATIVA PLENA PELO ESTADO, HAVENDO SUPERVENIÊNCIA DE LEI FEDERAL SOBRE NORMAS GERAIS, OCORRERÁ A SUSPENSÃO DA EFICÁCIA DA LEI ESTADUAL APENAS NAQUILO QUE LHE FOR CONTRÁRIO
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Prof.: BRUNO FERRARO
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS NA CF/88
§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário;
EXERCIDA A COMPETÊNCIA LEGISLATIVA PLENA PELO ESTADO, HAVENDO SUPERVENIÊNCIA DE LEI FEDERAL SOBRE NORMAS GERAIS, OCORRERÁ A SUSPENSÃO DA EFICÁCIA DA LEI ESTADUAL APENAS NAQUILO QUE LHE FOR CONTRÁRIOCASO A LEI FEDERAL SUPERVENIENTE SEJA REVOGADA, A LEI ESTADUAL QUE TEVE SUA EFICÁCIA SUSPENSA VOLTARÁ A VIGER, EM DECORRÊNCIA DO EFEITO REPRISTINATÓRIO TÁCITO
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Prof.: BRUNO FERRARO
QUESTÕES
(FGV/OAB – XX EXAME - 2016) O modelo federalista é uma forma de organização e distribuição do poder estatal que pressupõe a relação entre as esferas de governo federal e local, compondo os chamados entes federativos, todos dotados de autonomia. Apresenta-se como oposição ao unitarismo, de modo que haja a repartição de competências entre os entes que integram o Estado federado.
A ordem jurídica estabeleceu elementos, no texto constitucional, que caracterizam essa forma de Estado. A partir das características da Federação brasileira, assinale a afirmativa correta.
A) A forma federativa de Estado autoriza a secessão de um ente federativo por meio de plebiscito popular ou referendum.
B) A forma federativa de Estado é estabelecida por um pacto (ou tratado) internacional entre os estados soberanos.
C) A forma federativa de Estado impõe a necessidade de existência de uma cláusula de garantia ao pacto federativo, tal como a chamada intervenção federal.
D)Uma vez que, na forma federativa, todos os entes federativos são autônomos, eles estão autorizados a representar a soberania do Estado em suas relações internacionais.
(FGV/OAB – XX EXAME - 2016) O modelo federalista é uma forma de organização e distribuição do poder estatal que pressupõe a relação entre as esferas de governo federal e local, compondo os chamados entes federativos, todos dotados de autonomia. Apresenta-se como oposição ao unitarismo, de modo que haja a repartição de competências entre os entes que integram o Estado federado.
A ordem jurídica estabeleceu elementos, no texto constitucional, que caracterizam essa forma de Estado. A partir das características da Federação brasileira, assinale a afirmativa correta.
A) A forma federativa de Estado autoriza a secessão de um ente federativo por meio de plebiscito popular ou referendum.
B) A forma federativa de Estado é estabelecida por um pacto (ou tratado) internacional entre os estados soberanos.
C) A forma federativa de Estado impõe a necessidade de existência de uma cláusula de garantia ao pacto federativo, tal como a chamada intervenção federal.
D)Uma vez que, na forma federativa, todos os entes federativos são autônomos, eles estão autorizados a representar a soberania do Estado em suas relações internacionais.
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Prof.: BRUNO FERRARO
QUESTÕES
(FGV/OAB – XVIII EXAME – 2015) A Assembleia Legislativa do Estado M, ao constatar a ausência de normas gerais sobre matéria em que a União, os Estados e o Distrito Federal possuem competência legislativa concorrente, resolve tomar providências no sentido de legislar sobre o tema, preenchendo os vazios normativos decorrentes dessa lacuna. Assim, dois anos após a Lei E/2013 ter sido promulgada pelo Estado M, o Congresso Nacional promulga a Lei F/2015, estabelecendo normas gerais sobre a matéria.
Sobre esse caso, assinale a afirmativa correta. 
A) A Lei E/2013 foi devidamente revogada pela Lei F/2015, posto não ser admissível, no caso, que norma estadual pudesse preservar a sua eficácia diante da promulgação de norma federal a respeito da mesma temática.
B) A Lei E/2013 perde a sua eficácia somente naquilo que contrariar as normas gerais introduzidas pela Lei F/2015, mantendo eficácia a parte que, compatível com a Lei F/2015, seja suplementar a ela.
C) A Lei F/2015 não poderá viger no território do Estado M, já que a edição anterior da Lei E/2013, veiculando normas específicas, afasta a eficácia das normas gerais editadas pela União em momento posterior.
D) A competência legislativa concorrente, por ser uma espécie de competência comum entre todos os entes federativos, pode ser usada indistintamente por qualquer deles, prevalecendo, no caso de conflito, a lei posterior, editada pelo Estado ou pela União.
(FGV/OAB – XVIII EXAME – 2015) A Assembleia Legislativa do Estado M, ao constatar a ausência de normas gerais sobre matéria em que a União, os Estados e o Distrito Federal possuem competência legislativa concorrente, resolve tomar providências no sentido de legislar sobre o tema, preenchendo os vazios normativos decorrentes dessa lacuna. Assim, dois anos após a Lei E/2013 ter sido promulgada pelo Estado M, o Congresso Nacional promulga a Lei F/2015, estabelecendo normas gerais sobre a matéria.
Sobre esse caso, assinale a afirmativa correta. 
A) A Lei E/2013 foi devidamente revogada pela Lei F/2015, posto não ser admissível, no caso, que norma estadual pudesse preservar a sua eficácia diante da promulgação de norma federal a respeito da mesma temática.
B) A Lei E/2013 perde a sua eficácia somente naquilo que contrariar as normas gerais introduzidas pela Lei F/2015, mantendo eficácia a parte que, compatível com a Lei F/2015, seja suplementar a ela.
C) A Lei F/2015 não poderá viger no território do Estado M, já que a edição anterior da Lei E/2013, veiculando normas específicas, afasta a eficácia das normas gerais editadas pela União em momento posterior.
D) A competência legislativa concorrente, por ser uma espécie de competência comum entre todos os entes federativos, pode ser usada indistintamente por qualquer deles, prevalecendo, no caso de conflito, a lei posterior, editada pelo Estado ou pela União.
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Prof.: BRUNO FERRARO
QUESTÕES
(FGV/OAB – XVIII EXAME – 2015) A Assembleia Legislativa do Estado M, ao constatar a ausência de normas gerais sobre matéria em que a União, os Estados e o Distrito Federal possuem competência legislativa concorrente, resolve tomar providências no sentido de legislar sobre o tema, preenchendo os vazios normativos decorrentes dessa lacuna. Assim, dois anos após a Lei E/2013 ter sido promulgada pelo Estado M, o Congresso Nacional promulga a Lei F/2015, estabelecendo normas gerais sobre a matéria.
Sobre esse caso, assinale a afirmativa correta. 
A) A Lei E/2013 foi devidamente revogada pela Lei F/2015, posto não ser admissível, no caso, que norma estadual pudesse preservar a sua eficácia diante da promulgação de norma federal a respeito da mesma temática.
B) A Lei E/2013 perde a sua eficácia somente naquilo que contrariar as normas gerais introduzidas pela Lei F/2015, mantendo eficácia a parte que, compatível com a Lei F/2015, seja suplementar a ela.
C) A Lei F/2015 não poderá viger no território do Estado M, já que a edição anterior da Lei E/2013, veiculando normas específicas, afasta a eficácia das normas gerais editadas pela União em momento posterior.
D) A competência legislativa concorrente, por ser uma espécie de competência comum entre todos os entes federativos, pode ser usada indistintamente por qualquer deles, prevalecendo, no caso de conflito, a lei posterior, editada pelo Estado ou pela União.
(FGV/OAB – XVIII EXAME – 2015) A Assembleia Legislativa do Estado M, ao constatar a ausência de normas gerais sobre matéria em que a União, os Estados e o Distrito Federal possuem competência legislativa concorrente, resolve tomar providências no sentido de legislar sobre o tema, preenchendo os vazios normativos decorrentes dessa lacuna. Assim, dois anos após a Lei E/2013 ter sido promulgada pelo Estado M, o Congresso Nacional promulga a Lei F/2015, estabelecendo normas gerais sobre a matéria.
Sobre esse caso, assinale a afirmativa correta. 
A) A Lei E/2013 foi devidamente revogada pela Lei F/2015, posto não ser admissível, no caso, que norma estadual pudesse preservar a sua eficácia diante da promulgação de norma federal a respeito da mesma temática.
B) A Lei E/2013 perde a sua eficácia somente naquilo que contrariar as normas gerais introduzidas pela Lei F/2015, mantendo eficácia a parte que, compatível com a Lei F/2015, seja suplementar a ela.
C) A Lei F/2015 não poderá viger no território do Estado M, já que a edição anterior da Lei E/2013, veiculando normas específicas, afasta a eficácia das normas gerais editadas pela União em momento posterior.
D) Acompetência legislativa concorrente, por ser uma espécie de competência comum entre todos os entes federativos, pode ser usada indistintamente por qualquer deles, prevalecendo, no caso de conflito, a lei posterior, editada pelo Estado ou pela União.
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS: Possui como funções típicas a prática de atos de chefia de Estado, chefia de Governo e atos de administração. De forma atípica, o Executivo legisla (MP, Lei Delegada) e julga (contencioso administrativo: multas de trânsito, processos administrativos fiscais, ambientais, etc.).
PODER EXECUTIVO
O SISTEMA DE GOVERNO ADOTADO NO BRASIL É O PRESIDENCIALISTA (mantido pelo plebiscito previsto no art. 2º do ADCT). 
FOI O SISTEMA DE GOVERNO ADOTADO PELO BRASIL DESDE A CONSTITUIÇÃO DE 1891, COM EXCEÇÃO DE PEQUENO PERÍODO ENTRE 1961 E 1963. 
PRESIDENCIALISMO X PARLAMENTARISMO
PRESIDENCIALISMO: Funções de Chefe de Estado e Chefe de Governo na mesma pessoa.
PARLAMENTARISMO: Funções de Chefe de Estado e de Chefe de Governo em pessoas distintas. O Chefe de Estado será o Presidente (República Parlamentarista) ou o Monarca (Monarquia Parlamentarista) e o Chefe de Governo será o Primeiro-Ministro 
	PRESIDENCIALISMO	PARLAMENTARISMO
	CRIAÇÃO NORTE-AMERICANA;
ELEITO DIRETAMENTE PELO POVO;
MANDATO COM PRAZO FIXO;
LIBERDADE PARA ESCOLHA MINISTROS;
MINISTROS PODEM SER DEMITIDOS AD NUTUM	FORTE INFLUÊNCIA INGLESA;
PRIMEIRO MINISTRO EXERCE COMANDO DO GOVERNO, DESDE QUE APROVADO PELO PARLAMENTO;
NÃO POSSUI MANDATO FIXO
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PODER EXECUTIVO
PODER EXECUTIVO NA CF/88
PODER EXECUTIVO FEDERAL: Exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado, substituído ou sucedido pelo Vice-Presidente com ele eleito. 
PODER EXECUTIVO ESTADUAL: Exercido pelo Governador, auxiliado pelos Secretários de Estado, substituído ou sucedido pelo Vice-Governador com ele eleito.
PODER EXECUTIVO DISTRITAL: Exercido pelo Governador, auxiliado pelos Secretários de Estado, substituído ou sucedido pelo Vice-Governador com ele eleito.
A ELEIÇÃO DO GOVERNADOR E VICE-GOVERNADOR DE ESTADO SERÁ REALIZADA NO PRIMEIRO DOMINGO DE OUTUBRO, EM PRIMEIRO TURNO, E NO ÚLTIMO DOMINGO DE OUTUBRO, EM SEGUNDO TURNO, SE HOUVER, DO ANO ANTERIOR AO TÉRMINO DO MANDATO DE SEUS ANTECESSORES. 
AS HIPÓTESES DE PERDA DO MANDATO ESTÃO NO ART. 28, CAPUT C/C ART. 14, §5º TODOS DA CF/88.
PODER EXECUTIVO MUNICIPAL: Exercido pelo Prefeito Municipal, com auxílio dos Secretários Municipais, sendo substituído ou sucedido pelo Vice-Presidente com ele eleitor.
Serão eleitos para mandatos de 4 anos, através de pleito simultâneo em todo País, no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato que deva suceder, aplicando as regras do art. 77 (segundo turno) no caso de Municípios com mais de 200 mil eleitores. 
PODER EXECUTIVO NOS TERRITÓRIOS FEDERAIS: Será exercido por Governador nomeado pelo Presidente após aprovação pelo Senado Federal. (art. 33, §3º, CF).
15
PODER EXECUTIVO
ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
REGRAS GERAIS: O art. 84 da CF/88 outorga ao Presidente da República competências privativas, tanto de natureza de Chefe de Estado (representando a República Federativa do Brasil) como de Chefe de Governo (atos de administração e atos políticos).
Prof.: BRUNO FERRARO
O ROL DO ART. 84 É MERAMENTE EXEMPLIFICATIVO. 
APENAS AS ATRIBUIÇÕES PREVISTAS NO ART. 84, VI, XII e XXV, primeira parte, PODERÃO SER DELEGADAS PELO PRESIDENTE AOS MINISTROS DE ESTADO, AO PGR OU AO AGU, NOS TERMOS DO ART. 84, Parágrafo Único, da CF/88
POR SIMETRIA, MESMO RACIOCÍNIO DEVE SER APLICADO NO ÂMBITO ESTADUAL
DECRETOS AUTÔNOMOS
Trata-se da hipótese do art. 84, VI, da CF/88, que, apesar de receber a denominação de decreto, trata-se de ato normativo primário (diferente do decreto regulamentar, que é ato normativo secundário). Apesar de parte da doutrina não admitir, o STF entende por sua constitucionalidade, podendo inclusive ser objeto de ADI. 
16
PODER EXECUTIVO
CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE
As condições de elegibilidade definidas pela Constituição para o cargo de Presidente e Vice são:
PROCESSO ELEITORAL
Conforme regras do art. 77 da CF/88, a eleição ocorrerá no primeiro domingo de outubro (em primeiro turno) e no último domingo de outubro (em segundo turno, se houver) do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente. 
Para que não haja segundo turno, é necessário que o candidato obtenha a maioria absoluta dos votos, não computados brancos e nulos. 
SER BRASILEITO NATO (art. 12, §3º, I);
PLENO EXERCÍCIO DOS DIREITOS POLÍTICOS (art. 14, §3º, II);
ALISTAMENTO ELEITORAL (art. 14, §3º, III);
DOMICÍLIO ELEITORAL NA CIRCUNSCRIÇÃO (art. 14, §3º, IV);
FILIAÇÃO PARTIDÁRIA (art. 14, §3º, V e art. 77, §2º);
IDADE MÍNIMA DE 35 ANOS (art. 14, §3º, VI, “a”);
NÃO SER INALISTÁVEL NEM SER ANALFABETO (art. 14, §4º);
NÃO SER INELEGÍVEL NOS TERMOS DO ART. 14º, §7º
EM CASO DE SEGUNDO TURNO, E, SE ANTES DELE SER REALIZADO OCORRER MORTE, DESISTÊNCIA OU IMPEDIMENTO LEGAL DE CANDIDATO, SERÁ CONVOCADO O MAIOR VOTADO ENTRE OS REMANESCENTES, E, HAVENDO EMPATE, O MAIS IDOSO DISPUTARÁ O SEGUNDO TURNO. 
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PODER EXECUTIVO
POSSE E MANDATO
Presidente e Vice tomarão posse em sessão do Congresso Nacional, prestando o compromisso previsto no art. 78, CF/88.
IMPEDIMENTO: Situação temporária (p.ex. doença, viagem).
VACÂNCIA: Situação definitiva (p.ex. cassação, renúncia ou morte). 
Exercerão mandatos de 4 anos, tendo início em 1º de janeiro do ano seguinte ao de sua eleição, permitida a reeleição para um único período subsequente (EC 16/97).
IMPEDIMENTO E VACÂNCIA
Art. 79. Substituirá o Presidente, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga, o Vice-Presidente.
SUBSTITUTOS EVENTUAIS OU LEGAIS
Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal.
CASO OS SUBSTITUTOS EVENTUAIS ACIMA PREVISTOS OSTENTEM A QUALIDADE DE RÉU CRIMINAL PERANTE O STF, NÃO PODERÃO EXERCER O OFÍCIO DE PRESIDENTE DA REPÚBICA, MANTENDO APENAS A TITULARIDADE FUNCIONAL DA CHEFIA E DIREÇÃO DE SUA CASA LEGISLATIVA RESPECTIVA. (ADPF 402).
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PODER EXECUTIVO
MANDATO TAMPÃO E ELEIÇÃO INDIRETA
HAVENDO VACÂNCIA DE AMBOS OS CARGOS NOS DOIS PRIMEIROS ANOS DE MANDATO A ELEIÇÃO SERÁ FEITA 90 DIAS DEPOIS DE ABERTA A ÚLTIMA VAGA E SERÁ UMA ELEIÇÃO DIRETA
OCORRENDO A VACÂNCIA NOS ÚLTIMOS DOIS ANOS DO MANDATO, A ELEIÇÃO SERÁ FEITA 30 DIAS DEPOIS DE ABERTA A ÚLTIMA VAGA, PELO CONGRESSO NACIONAL, NA FORMA DA LEI. UMA HIPÓTESE EXCEPCIONAL DE ELEIÇÃO INDIRETA ADMITIDA
Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga.
§ 1º Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.
§ 2º Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus antecessores.
Prof.: BRUNO FERRARO
19
PODER EXECUTIVO
AUSÊNCIA DO PAÍS DO PRESIDENTE E DO VICE
A licença do Congresso Nacional se dará por Decreto Legislativo (art. 49, III, CF). É uma norma de observância obrigatória pelos Estados-membros. 
Art. 83. O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se do País por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo.
MINISTROS DE ESTADO
São meros auxiliares do Presidente no exercício do Poder Executivo, sendo por ele escolhidos e nomeados, podendo serem exonerados ad nutum, não possuindo qualquer estabilidade no cargo. 
Segundo o art. 87, caput da CF os requisitos para assumir o cargo de Ministro de Estado são:
Ser brasileiro nato ou naturalizado (exceto o cargo de Ministro da Defesa, que é reservado ao brasileiro nato, vide art. 12, §3º, VII, CF/88)/
Ter mais de 21 anos de idade;
Estar no exercíciodos direitos políticos. 
PARA A MAIORIA DA DOUTRINA, O ATO DE NOMEAÇÃO E EXONERAÇÃO DE MINISTRO DE ESTADO É DISCRICIONÁRIO, DEVENDO HAVER A POSSIBILIDADE APENAS DECONTROLE JUDICIAL DOS REQUISITOS FORMAIS DO ATO ADMINISTRATIVO (CONTROLE DE LEGALIDADE, NÃO DE MÉRITO).
20
PODER EXECUTIVO
MINISTROS DE ESTADO
SUAS ATRIBUIÇÕES ESTÃO PREVISTAS NO ART. 87 DA CF/88, PODENDO LHES SEREM DELEGADAS COMPETÊNCIAS PRIVATIVAS DO PRESIDENTE, PARA EXERCÊ-LAS NOS LIMITES DA DELEGAÇÃO (ART. 84, VI, XII e XXV).
ALÉM DAS CONDUTAS PREVISTAS NA LEI 1.079/50, OS MINISTROS COMETERÃO CRIME DE RESPONSABILIDADE QUANDO:
Convocado pela CF, SF ou qualquer de suas comissões, para prestar informações ou esclarecimentos, não comparecer, salvo adequada justificação.
Quando as Mesas da CF ou do SF lhe enviar pedido de informação e ele se recusar a fornecer, não fornecer no prazo de 30 dias ou fornecer informações falsas. 
Quando praticar crimes de responsabilidade conexos e da mesma natureza que o Presidente. 
CONSELHO DA REPÚBLICA E CONSELHO DE DEFESA
São órgãos superiores de consulta do Presidente, por este convocado e presidido. Os pareceres e manifestações são meramente opinativos. 
Prof.: BRUNO FERRARO
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PODER EXECUTIVO
CONSELHO DA REPÚBLICA E CONSELHO DE DEFESA
Prof.: BRUNO FERRARO
	CONSELHO DA REPÚBLICA (art. 89)	CONSELHO DE DEFESA NACIONAL (art. 91)
	Vice-Presidente	Vice-Presidente
	Presidente da Câmara dos Deputados	Presidente da Câmara dos Deputados
	Presidente do Senado Federal	Presidente do Senado Federal
	Líderes da maioria e da minoria da CD	-
	Líderes da maioria e da minoria no SF	-
	Ministro da Justiça	Ministro da Justiça
	6 brasileiros natos com mais de 35 anos (2 nomeados pelo Presidente, 2 eleitos pelo Senado, 2 eleitos pela CD) todos com mandato de 3 anos, vedada a recondução	-
	Presidente poderá convocar Ministro de Estado para participar da reunião, quando constar da pauta questão relativa ao respectivo Ministério (art. 90, §1º)	Ministro da Defesa;
Ministro das Relações Exteriores;
Ministro do Planejamento;
Comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica
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PODER EXECUTIVO
CRIMES DE RESPONSABILIDADE
Apesar da nomenclatura, não se trata de um crime comum propriamente dita, uma infração penal, e sim uma infração político-administrativa, que o submeterá a um processo de impeachment. 
Dispõe o art. 85 da CF/88:
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:
I - a existência da União;
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação;
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV - a segurança interna do País;
V - a probidade na administração;
VI - a lei orçamentária;
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e julgamento.
CONFORME ENTENDIMENTO DO STF, AS CONDUTAS TÍPICAS DEFINIDORAS DO CRIME DE RESPONSABILIDADE, O ESTABELECIMENTO DE REGRAS QUE DEFINAM O PROCESSO E JULGAMENTO DOS AGENTES POLÍTICOS (FEDERAIS, ESTADUAIS, DISTRITAIS OU MUNICIPAIS) SÃO DE COMPETÊNCIA LEGISLATIVA PRIVATIVA DA UNIÃO. 
A Lei 1.079/50 regulamenta a matéria, tendo entendido o STF que cabe aplicação subsidiária do Regimento Interno da CD e do Senado, quando tais normas limitarem a disciplinar matérias interna corporis. 
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PODER EXECUTIVO
CRIMES DE RESPONSABILIDADE - PROCEDIMENTO
SENADO FEDERAL
JUÍZO DE ACUSAÇÃO: Será instituída uma Comissão no Senado Federal para elaboração de parecer, que, independente de seu conteúdo, haverá discussão e votação nominal do parecer pelo Plenário, em voto aberto, um só turno e por maioria simples. 
Aprovado o parecer, está formalmente instaurado no Senado Federal o processo de impeachment, a ser presidido pelo Presidente do STF, nos termos do art. 52, p. único, CF.
Conforme art. 86, §1º, II, CF, o Presidente ficará suspenso de suas funções pelo prazo de até 180 dias. A suspensão é cautelar, automática e temporária. 
JUÍZO DE PRONÚNCIA: Iniciado o processo, passa a fase de instrução probatória, para, finalmente, o Plenário do Senado discutir e votar o parecer final da Comissão Especial do Senado. (apenas um turno, voto aberto e maioria simples) 
Se entender que não procede a acusação, arquiva o processo, caso seja aprovado, passa para a última fase de julgamento. 
REJEITANDO A DENÚNCIA, ACABA O PROCESSO, ARQUIVANDO-SE OS AUTOS. 
JUDICIUM CAUSAE: O julgamento deverá ser realizado pelo Plenário do Senado Federal, por voto aberto, só sendo admitida a condenação se atingido o quórum de 2/3 dos membros do Senado (54 votos)
COMO SE TRATA DE UM CONTROLE POLÍTICO REALIZADO PELO SENADO, VIA DE REGRA NÃO SE ADMITE O CONTROLE JUDICIAL DO PROCESSO, EXCETO NO QUE TANGE AO ASPECTO DA LEGALIDADE DO PROCEDIMENTAL.
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PODER EXECUTIVO
CRIMES COMUNS
Segundo entendimento do STF, são crimes comuns todas as modalidades de infrações penais, inclusive os delitos eleitorais, contravenções penais, etc. 
Também haverá controle político de admissibilidade, a ser realizado pela Câmara dos Deputados, que poderá autorizar ou não o recebimento da denúncia ou queixa-crime pelo STF, através do voto de 2/3 de seus membros (art. 86, caput). 
Admitida a denúncia, ele será submetido a julgamento pelo STF, ficando suspenso de suas funções por até 180 (cento e oitenta) dias. Decorrido tal prazo sem julgamento, ele retorna as suas funções, sem prejuízo do prosseguimento do processo. 
O art. 86, §4º, estabelece que o Presidente, durante a vigência de seu mandato, não poderá ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções, assim, a persecução penal ficará provisoriamente inibida, com a consequente suspensão da prescrição. 
As regras procedimentais para processo de crimes comuns está prevista na Lei 8.038/90 e nos arts. 230 a 246 do RISTF.
IMUNIDADE PRESIDENCIAL
PRISÃO
§ 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão.
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PODER EXECUTIVO
PRISÃO
§ 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão.
Prof.: BRUNO FERRARO
ATENÇÃO: ESSA NORMA NÃO PODERÁ SER REPRODUZIDA PELOS ESTADOS MEMBROS PARA SEUS GOVERNADORES OU PELOS MUNICÍPIOS PARA SEUS PREFEITOS. (ADI 978-PB)
ATENÇÃO: AS NORMAS CONSTITUCIONAIS QUE ESTABELECEM A LICENÇA PRÉVIA PELO LEGISLATIVO LOCAL PARA JULGAMENTO DO CHEFE DO EXECUTIVO NÃO PODE SER REPRODUZIDA NO ÂMBITO ESTADUAL, DISTRITAL E MUNICIPAL. (ADI 5.540)
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PODER LEGISLATIVO
PODER LEGISLATIVO FEDERAL
Prof.: BRUNO FERRARO
COMPOSIÇÃO DO CONGRESSO NACIONAL:
Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
CONGRESSO NACIONAL
SENADO FEDERAL
CÂMARA DOS DEPUTADOS
ATRIBUIÇÕES DO CONGRESSO NACIONAL: Art. 48 da CF estabelece que incumbe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, dispor sobre as matérias de competência da União, especialmente sobre as matérias estabelecidas nos incisos do referido dispositivo.
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PODER LEGISLATIVO
PODER LEGISLATIVO FEDERAL
Prof.: BRUNO FERRARO
ATRIBUIÇÕES DO CONGRESSO NACIONAL: Art. 48 da CF estabelece que incumbe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, dispor sobre as matérias de competência da União, especialmente sobre as matérias estabelecidas nos incisos do referido dispositivo.
Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre:
I - sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas;
II - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito, dívida públicae emissões de curso forçado;
III - fixação e modificação do efetivo das Forças Armadas;
IV - planos e programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento;
V - limites do território nacional, espaço aéreo e marítimo e bens do domínio da União;
VI - incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de Territórios ou Estados, ouvidas as respectivas Assembléias Legislativas;
VII - transferência temporária da sede do Governo Federal;
VIII - concessão de anistia;
IX - organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública da União e dos Territórios e organização judiciária e do Ministério Público do Distrito Federal; 
X - criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas, observado o que estabelece o art. 84, VI, b; 
XI - criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública; 
XII - telecomunicações e radiodifusão;
XIII - matéria financeira, cambial e monetária, instituições financeiras e suas operações;
XIV - moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida mobiliária federal.
XV - fixação do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º; 150, II; 153, III; e 153, § 2º, I.  
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PODER LEGISLATIVO
PODER LEGISLATIVO FEDERAL
COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DO CONGRESSO NACIONAL: Estabelece o art. 49 da CF determinadas matérias que são de competência exclusiva o Congresso Nacional, que, ao contrário das previstas no art. 48, não precisarão de sanção do Presidente da República. Serão materializadas por Decreto Legislativo.
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional;
II - autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a permitir que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente, ressalvados os casos previstos em lei complementar;
III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem do País, quando a ausência exceder a quinze dias;
IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas;
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa;
VI - mudar temporariamente sua sede;
VII - fixar idêntico subsídio para os Deputados Federais e os Senadores, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;
VIII - fixar os subsídios do Presidente e do Vice-Presidente da República e dos Ministros de Estado, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;   
IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo;
X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta;
XI - zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa dos outros Poderes;
XII - apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão;
XIII - escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União;
XIV - aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes a atividades nucleares;
XV - autorizar referendo e convocar plebiscito;
XVI - autorizar, em terras indígenas, a exploração e o aproveitamento de recursos hídricos e a pesquisa e lavra de riquezas minerais;
XVII - aprovar, previamente, a alienação ou concessão de terras públicas com área superior a dois mil e quinhentos hectares.
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PODER LEGISLATIVO
PODER LEGISLATIVO FEDERAL
ASPECTOS GERAIS: 
CÂMARA DOS DEPUTADOS
É COMPOSTA PELOS REPRESENTANTES DO POVO;
DEPUTADOS SÃO ELEITOS PELO PRINCÍPIO PROPORCIONAL: Art. 45, §1º, CF – O número total de deputados será fixado em Lei Complementar proporcionalmente à população, observando-se que nenhum Estado tenha menos que 8 representantes ou mais de 70. 
QUANTIDADE DE DEPUTADOS FEDERAIS: Será proporcional à população do Estado (mínimo 8 e máximo 70). LC 78/93 fixou o número total de Deputados Federais em 513. 
CF FOI EXPLICITA AO PREVER QUE A LEI COMPLEMENTAR DEVE FIXAR O NÚMERO TOTAL DE DEPUTADOS FEDERAIS E A SUA DIVISÃO POR ESTADOS. PORÉM, A LC78/93, AO DISCIPLINAR O ASSUNTO, DELEGOU A DIVISÃO POR ESTADOS AO TSE, QUE EDITOU A RES. 23.389/13, JULGADA POSTERIORMENTE INCONSTITUCIONAL PELO STF (ADI´s 4.497, 4.963, 4.965, 5.020, 5.028, 5.130)
DURAÇÃO DO MANDATO: 4 anos, período correspondente à legislatura (art. 44, parágrafo único;
RENOVAÇÃO DOS DEPUTADOS: Ao fim de cada legislatura (4 anos) renovam-se todos os deputados através de Eleições Gerais, sendo permitida a reeleição;
REMUNERAÇÃO: DLG 276/14 fixou em R$ 33.763,00 a partir de 01/02/2015
REQUISITOS PARA A CANDIDATURA:
BRASILEIRO NATO OU NATURALIZADO (ART. 14, §3º, I);
MAIOR DE 21 ANOS (ART. 14, §3º, VI, “c”);
PLENO EXERCÍCIO DIREITOS POLÍTICOS (ART. 14, §3º, II);
ALISTAMENTO ELEITORAL;
DOMICÍLIO ELEITORAL NA CIRCUNSCRIÇÃO;
FILIAÇÃO PARTIDÁRIA
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PODER LEGISLATIVO
PODER LEGISLATIVO FEDERAL
COMPETÊNCIA PRIVATIVA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS: Em verdade, são matérias de competência exclusiva, pois não admitem delegação. Tais matérias não dependerão de sanção do Presidente da República, e serão materializadas por meio de Resoluções. 
CÂMARA DOS DEPUTADOS
Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados:
I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado;
II - proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa;
III - elaborar seu regimento interno;
IV - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; 
V - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII.
A COMPETÊNCIA NESSE CASO SERÁ APENAS DA INICIATIVA DA LEI, DEVENDO ELA, APÓS APROVAÇÃO NAS DUAS CASAS DO CONGRESSO, SER SUBMETIDA À SANÇÃO PRESIDENCIAL.
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PODER LEGISLATIVO FEDERAL
SENADO FEDERAL
ASPECTOS GERAIS: 
É COMPOSTA PELOS REPRESENTANTES DO ESTADO E DO DF;
SENADORES SÃO ELEITOS PELO PRINCÍPIO MAJORITÁRIO: Quem tiver a maior votação é eleito. 
QUANTIDADE DE SENADORES: Cada Estado e o Distrito Federal elegerão 3 Senadores (sendo que cada qual é eleito com 2 suplentes)
DURAÇÃO DO MANDATO: 8 anos, período correspondente à duas legislaturas (art. 44, parágrafo único);
RENOVAÇÃO DOS DEPUTADOS: Ao fim de cada legislatura (4 anos) renovam-se alternadamente os senadores, em 1/3 e 2/3 (Ex. Eleição passada elegemos 2 senadores, na próxima elegeremos apenas 1);
REMUNERAÇÃO: DLG 276/14 fixou em R$ 33.763,00 a partir de 01/02/2015
REQUISITOS PARA A CANDIDATURA:
BRASILEIRO NATO OU NATURALIZADO (ART. 14, §3º, I);
MAIOR DE 35 ANOS (ART. 14, §3º, VI, “a”);
PLENO EXERCÍCIO DIREITOS POLÍTICOS (ART. 14, §3º, II);
ALISTAMENTO ELEITORAL;
DOMICÍLIO ELEITORAL NA CIRCUNSCRIÇÃO;
FILIAÇÃO PARTIDÁRIA;
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PODER LEGISLATIVO FEDERAL
SENADO FEDERAL
COMPETÊNCIA PRIVATIVA DO SENADO FEDERAL: Em verdade, são matérias de competência exclusiva, pois não admitem delegação. Tais matérias não dependerão de sanção do Presidente da República, e serão materializadas por meio de Resoluções. 
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:
I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles; 
II processare julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade;   III - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição pública, a escolha de:
a) Magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constituição;
b) Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo Presidente da República;
c) Governador de Território;
d) Presidente e diretores do banco central;
e) Procurador-Geral da República;
f) titulares de outros cargos que a lei determinar;
IV - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição em sessão secreta, a escolha dos chefes de missão diplomática de caráter permanente;
V - autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios;
VI - fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
VII - dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder Público federal;
VIII - dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito externo e interno;
IX - estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal;
XI - aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da República antes do término de seu mandato;
XII - elaborar seu regimento interno;
XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; 	
XIV - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII.
XV - avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, em sua estrutura e seus componentes, e o desempenho das administrações tributárias da União, dos Estados e do Distrito Federal e dos Municípios.
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