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- interfásico → entre as divisões celulares - importância do núcleo: (i) separação do processo de transcrição (que acontece no núcleo e tradução (que acontece no citoplasma); (ii) organização espacial do material genético; (iii) determinação da forma (formato do núcleo acompanha o formato da célula) e proteção mecânica nuclear → envoltório nuclear - posição nuclear: interação com o citoesqueleto - tamanho do núcleo: depende do metabolismo da célula e quantidade de DNA - funções: separa o núcleo do citoplasma → formação de uma barreira seletiva - realiza a manutenção do núcleo como compartimento distinto - permite controle do acesso ao material genético - visível somente em microscopia eletrônica → na microscopia ótica, apenas a heterocromatina mais periférica ao núcleo (mais próxima do envoltório) consegue ser visualizada, pois ela reage mais com os corantes e fica mais destacada - formado por duas unidades de membrana, que se organizam de forma concêntrica, de característica lipoproteica (30% lipídios e 70% de proteínas) 1. Membrana nuclear interna: associam-se com elementos da lâmina nuclear (componentes de citoesqueleto) e interagem diretamente com a cromatina 2. Espaço perinuclear: espaço intermembranas preenchido de proteínas solúveis que foram sintetizadas pelos ribossomos aderidos à membrana nuclear externa 3. Membrana nuclear externa: possui ribossomos aderidos e é contínua ao RER - células podem apresentar de 3 a 4 mil complexos de poro nuclear → quanto maior a atividade da célula, mais complexos de poro que ela apresenta (relação diretamente proporcional) - estima-se a passagem de aproximadamente 500 macromoléculas/segundo em cada CP → tanto no sentido citoplasma-núcleo quanto no sentido núcleo-citoplasma - formado por associação de proteínas: aproximadamente 30 proteínas diferentes que se repetem - função: permitir e regular o trânsito de macromoléculas entre núcleo e citoplasma - relação atividade e número de complexos de poro: quanto maior a atividade de síntese proteica, maior o número de poros → maior é a síntese de RNA e, consequentemente, sua passagem para o citoplasma para que a tradução aconteça; da mesma forma, quanto maior a atividade da célula, maior a necessidade de síntese de enzimas as quais são sintetizadas no citosol e precisam ser deslocadas para o núcleo (para participarem em processos de divisão celular, por exemplo) - organização da proteínas formadoras do CP: dois anéis proteicos estabelecem o perímetro do poro 1. Anel citoplasmático: anel proteico que está em contato com o citoplasma, do qual emergem os filamentos citoplasmáticos que interagem com macromoléculas provenientes do citoplasma e que devem ser transportadas para o núcleo Núcleo Interfásico COMPONENTES DO NÚCLEO INTERFÁSICO Envoltório Nuclear Complexo de Poro Nuclear (CP) 2. Anel nuclear: anel proteico que está em contato com o núcleo, do qual emergem os filamentos nucleares que se organizam em uma estrutura chamada “cesta de basquete”. Macromoléculas provenientes do núcleo e que devem ir para o citoplasma interagem com os filamentos. 3. Canal central: passagem delimitada pelo anel; possui diversos filamentos proteicos que estão relacionados tanto com a estrutura do CP quanto com interação com macromoléculas - CP é formado por mais de 100 moléculas proteicas que são denominadas nucleoporinas (Nups) - regulação do trânsito das moléculas pelo CP: - moléculas com até 60kDa atravessam o poro por difusão → água, íons e pequenas moléculas - moléculas com mais de 60kDa atravessam o poro por transporte ativo → RNA e proteínas - devem apresentam sinais de localização nuclear (NLS - molécula que deverá ser direcionada ao núcleo) e sinais de exportação (NES - molécula que deverá ser direcionada ao citoplasma - em ambos os sentidos, o transporte é realizado em função de gasto de energia: transporte ativo (hidrólise de GTP ⇒ GDP + Pi) - existem receptores de importação que reconhecem o NLS e receptores de exportação que reconhecem o NES: receptores são chamados de importinas e exportinas → interação com as nucleoporina (canal de checagem): sequência de fenilalanina e glicina que auxilia no processo de interação com as proteínas de importação e exportação - importina/exportina: um sítio de ligação para a molécula a ser transportada e um sítio de ligação para uma molécula de Ran → capacidade de ligação e cligavem de GTP (Ran-GTP e Ran-GDP) IMPORTAÇÃO DE MOLÉCULAS 1) a proteína a ser importada deve estar marcada com NLS 2) Importina reconhece a NLS e se liga à molécula 3) complexo importina-proteína entra no núcleo através da interação com o complexo de poro 4) uma vez dentro do núcleo da célula, Ran-GTP, presente dentro do núcleo, liga-se ao seu sítio de ligação na molécula de importina 5) quando acontece a ligação importina-Ran-GTP, a molécula que está sendo transportada perde sua afinidade à importina e, assim, é liberada dentro do núcleo 6) a importina, ligada ao Ran-GTP, sai do núcleo e volta ao citossol através do CP 7) uma vez no citossol, a enzima GAP catalisa o processo de clivagem de Ran-GTP em Ran-GDP +Pi, permitindo a liberação da importina 8) importina disponível no citossol para ser utilizada em outro ciclo de importação EXPORTAÇÃO DE MOLÉCULAS 1) a proteína a ser exportada deve estar marcada com NES 2) exportina reconhece a NES e se liga à molécula 3) complexo molécula-exportina liga-e a uma Ran-GTP e atravessa o CP em direção ao citossol 4) uma vez no citossol, a enzima GAP catalisa o processo de clivagem de Ran-GTP em Ran-GDP + Pi, permitindo a liberação da exportina e da proteína que está sendo transportada 5) exportina livre volta para o núcleo da célula atravessando o CP onde fica disponível para ser utilizada em outro ciclo de exportação Condições de núcleo e citoplasma para importação e exportação: decorrente dos processos, há grande quantidade de Ran-GTP no meio intranuclear e uma quantidade menor de Ran-GTP no citossol - no núcleo: presença de GEF (fator de troca de guanina) confere a fosforilação de GDP formando GTP novamente, garantindo altas concentrações intranucleares de Ran-GTP - as Ran-GDP acumuladas no citossol voltam ao núcleo pelo CP e sofrem ação da GEF - no citoplasma: presença de GAP (proteína ativadora de GTPase) realiza a hidrólise de GTP ligada ao RAN para a liberação das proteínas carreadoras (importina/exportina) - está associada à superfície interna do envoltório nuclear - formada por filamentos intermediários: laminas A-C e B - função: manutenção da forma e suporte estrutural nuclear - associação de fibras cromatínicas ao envoltório → principalmente heterocromatina - participação no controle da expressão gênica, na manutenção do citoesqueleto e na sobrevivênciada célula - fosforilada temporariamente durante a divisão celular para que as fibras do fuso tenham acesso ao material genético para promover a separação dos cromossomos → desfosforilação reorganiza o núcleo LAMINOPATIAS Distrofia de Emery-Dreyfuss: mutação de laminas A/C e emerina - atinge células do músculo estriado e cardíaco pois são células abundantes em laminas A/C e pobre em laminas B - desestruturação do envoltório nuclear com extravasamento do conteúdo para o citoplasma - encurtamento nos músculos da perna e antebraço - problemas cardíacos se manifestam entre 20-40 anos - disritmia ventricular → pode levar à morte súbita - alta concentração plasmática de creatinina → lesões em células musculares Lipodistrofia familiar do tipo Dunnigan: mutação de laminas A/C - desaparecimento progressivo do tecido adiposo subcutâneo nos membros, região glútea, abdome e tronco, que se inicia na puberdade - acúmulo de gordura na face, queixo, grandes lábios e região intra-abdominal Lâmina Nuclear - mulheres: resistência à insulina, intolerância à glicose, SM, hipertrigliceridemia, redução do HDL, elevação da pressão arterial, elevação do ácido úrico, esteatose hepática e aterosclerose, com aumento do risco de DCV e predisposição à SOP Síndrome de Hutchinson-Gilford (Progéria): mutação de aminas A - envelhecimento acelerado → morte antes dos 13 anos - calvície, doenças cardíacas, osteoporose, artrite - DNA complexado a proteínas específicas → DNA + histonas: radicais fosfato do DNA ligam-se aos radicais amino da histonas - interação DNA-histona não depende da sequÊncia de nucleotídeos de DNA - organização dinâmica → compactada (heterocromatina) X descompactada (eucromatina) - com o núcleo em divisão, a cromatina está altamente condensada → formação cromossomos - nucleossomo: unidade estrutural (de organização) básica da cromatina → 200pb de DNA + octâmero de histonas (1 tetrâmero de H3-H4 e 2 dímeros de H2A-H2B) - nucleossomo: centro do nucleossomo + DNA de ligação - DNA de ligação: liga um nucleossomo a outro - fibra de 10nm (eucromatina ativa): primeiro nível de compactação da cromatina → aspecto de colar de contas (centro de nucleossomos ligados por DNA de ligação - 15-80pb DNA - não associado a histonas) - fibra de 30nm (eucromatina inativa): histona H1 se associa a dois segmentos de DNA de ligação → segundo nível de compactação da cromatina EPIGENÉTICA: alterações no DNA sem que haja alteração na sequência de pares de base → alteração em histonas - metilação/desacetilação: silenciamento da transcrição gênica (aumento da condensação dos genes o que causa o silenciamento da transcrição gênica) → exemplo: genes supressores tumorais (perda de um dos controles celulares que impedem a proliferação exacerbada) - demetilação/acetilação/ubiquitinação: aumento da transcrição gênica (afrouxamento das ligações entre histonas e DNA, facilitando a transcrição gênica) → exemplo: oncogenes - estrutura esférica não envolvida por membrana, presente em todas as células (uma mais visíveis, outras nem tanto) - tamanho depende da intensidade de síntese proteica da célula - geralmente único - desorganizado durante a divisão celular → parada de transcrição - constituído por rRNA, rDNA, proteínas estruturais, RNA polimerase I, topoisomerase I e II, snoRNA (responsáveis pela clivagem de rRNA) - localização do nucléolo: regiões organizadoras do nucléolo (NOR) → sequências de rDNA são obrigatórias no NOR - RNAr: forma subunidades ribossômicas que são encaminhadas ao citossol e vão se associar ao mRNA para a síntese proteica → explicação da correlação entre nucléolo e síntese proteica Cromatina EUCROMATINA HETEROCROMATINA Distribuída por todo o núcleo de forma descondensada, sendo constituída por genes que codificam proteínas, ou seja, genes transcricionalmente ativos Preferencialmente na periferia do núcleo; constituída por sequências de DNA que não codificam proteínas, permanece altamente condensada, sendo esta porção bem visível em microscopia Nucléolo REGIÕES DO NUCLÉOLO: 1. Centro Fibrilar: região mais central onde acontece a transcrição do rRNA a partir de rDNA, além de conter todos os componentes necessários para que a transcrição ocorra (RNA pol I, DNA topoisomerase I e II, fatores de transcrição do rRNA) 2. Componente fibrilar denso: local de acúmulo de molécula de rRNA recém-transcritas e de processamento pós-transcricional de rRNA 3. Componente granular: local da montagem das subunidades ribossômicas, processamento final do rRNA e associação com proteínas para que as subunidades sejam formadas - solução aquosa contendo proteínas, RNA, nucleosídeos, nucleotídeos e íons, onde estão mergulhados nucléolos e cromatina - matriz nuclear: formado por citoesqueleto nuclear → organização da cromatina nos territórios cromossômicos: eucromatina no centro do núcleo e heterocromatina na periferia - proteossomos: degradação de proteínas envolvidas no controle do ciclo celular Nucleoplasma RESUMO
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