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Primeiros Socorros no Transito e adestramento de cão

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Primeiros Socorros no Transito
Prime cursos
Introdução
Em 23 de setembro de 1997 é promulgada pelo Congresso Nacional a Lei 9.503 que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro, sancionada pela Presidência da República, entrando em vigor em 22 de janeiro de 1998, estabelecendo, logo em seu artigo primeiro, aquela que seria a maior de suas diretrizes, qual seja, a de que o "trânsito seguro é um direito de todos e um dever dos órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito".
No intuito do aprimoramento da formação do condutor, dados os alarmantes índices de acidentalidade no trânsito, que hoje representam 1,5 milhão de ocorrências, com 34 mil mortes e 400 mil feridos por ano, com um custo social estimado em de R$ 10 bilhões, o Código de Trânsito Brasileiro trouxe a exigência de cursos teórico-técnicos e de prática de direção veicular, incluindo direção defensiva, proteção ao meio ambiente e primeiros socorros. Estendeu, ainda, essa exigência aos condutores já habilitados, por ocasião da renovação da Carteira Nacional de Habilitação (art. 150), de modo a também atualizá-los e instrumentalizá-los na identificação de situações de risco no trânsito, estimulando comportamentos seguros, tendo como meta a redução de acidentes de trânsito no Brasil.
Educando com valores
O trânsito é feito pelas pessoas. E, como nas outras atividades humanas, quatro princípios são importantes para o relacionamento e a convivência social no trânsito.
O primeiro deles é a dignidade da pessoa humana, do qual derivam os Direitos Humanos e os valores e atitudes fundamentais para o convívio social democrático, como o respeito mútuo e o repúdio às discriminações de qualquer espécie, atitude necessária à promoção da justiça.
O segundo princípio é a igualdade de direitos. Todos têm a possibilidade de exercer a cidadania plenamente e, para isso, é necessário ter equidade, isto é, a necessidade de considerar as diferenças das pessoas para garantir a igualdade o que, por sua vez, fundamenta a solidariedade.
Um outro é o da participação, que fundamenta a mobilização da sociedade para organizar-se em torno dos problemas de trânsito e de suas consequências.
Finalmente, o princípio da co-responsabilidade pela vida social, que diz respeito à formação de atitudes e ao aprender a valorizar comportamentos necessários à segurança no trânsito, à efetivação do direito de mobilidade a todos os cidadãos e o de exigir dos governantes ações de melhoria dos espaços públicos.
Comportamentos expressam princípios e valores que a sociedade constrói e referenda e que cada pessoa toma para si e leva para o trânsito. Os valores, por sua vez, expressam as contradições e conflitos entre os segmentos sociais e mesmo entre os papéis que cada pessoa desempenha. Ser "veloz", "esperto", "levar vantagem" ou "ter o automóvel como status", são valores presentes em parte da sociedade. Mas são insustentáveis do ponto de vista das necessidades da vida coletiva, da saúde e do direito de todos. É preciso mudar.
Mudar comportamentos para uma vida coletiva com qualidade e respeito exige uma tomada de consciência das questões em jogo no convívio social, portanto na convivência no trânsito. É a escolha dos princípios e dos valores que irá levar a um trânsito mais humano, harmonioso, mais seguro e mais justo.
Riscos, Perigos e Acidentes
Em tudo o que fazemos há uma dose de risco: seja no trabalho, quando consertamos alguma coisa em casa, brincando, dançando, praticando um esporte ou mesmo transitando pelas ruas da cidade.
Quando uma situação de risco não é percebida, ou quando uma pessoa não consegue visualizar o perigo, aumentam as chances de acontecer um acidente.
Os acidentes de trânsito resultam em danos aos veículos e suas cargas e geram lesões em pessoas. Nem é preciso dizer que eles são sempre ruins para todos. Mas você pode ajudar a evitá-los e colaborar para diminuir:
- o sofrimento de muitas pessoas, causados por mortes e ferimentos, inclusive com sequelas físicas e/ou mentais, muitas vezes irreparáveis;
- prejuízos financeiros, por perda de renda e afastamento do trabalho;
- constrangimentos legais, por inquéritos policiais e processos judiciais, que podem exigir o pagamento de indenizações e, até mesmo prisão dos responsáveis.
Custa caro para a sociedade brasileira pagar os prejuízos dos acidentes: estima-se em 10 bilhões de reais, todos os anos, que poderiam ser aproveitados, por exemplo, na construção de milhares de casas populares para melhorar a vida de muitos brasileiros.
Por isso, é fundamental a capacitação dos motoristas para o comportamento seguro no trânsito, atendendo a diretriz da "preservação da vida da saúde e do meio ambiente" da Política Nacional de Trânsito".
Acidentes de trânsito podem acontecer com todos. Mas poucos sabem como agir na hora que eles acontecem. Por isso, para a renovação da Carteira Nacional de Habilitação, todos os motoristas precisam saber os procedimentos básicos no caso de um acidente de trânsito.
Assim, este curso traz Informações Básicas que você deve conhecer para atuar com segurança caso ocorra um acidente.
Para isso, o material foi escrito de forma simples e direta. Mas, atenção: não é objetivo deste curso ensinar Primeiros Socorros que necessitem Treinamento.
Medidas de Socorro, como respiração boca-a-boca, massagens cardíacas, imobilizações, entre outros Procedimentos, exigem treinamento específico, dado por entidades credenciadas. Caso estes aprendizados sejam de seu interesse, procure uma destas entidades.
Importância das Noções de Primeiros Socorros
Se existem os Serviços Profissionais de Socorro, como SAMU e Resgate, por que é importante saber fazer algo pela vítima de um acidente de trânsito?
Dirigir faz parte da sua vida. Mas cada vez que você entra num veículo surgem riscos de acidentes, riscos à sua vida e à de outras pessoas. São muitos os acidentes de trânsito que acontecem todos os dias. Deixando milhares de vítimas, pessoas feridas, às vezes com lesões irreversíveis, muitas mortes.
Cada vez se investe mais na prevenção e no atendimento às vítimas. Mas, por mais que se aparelhem hospitais e pronto-socorros, ou se criem os Serviços de Resgate e SAMUs – Serviços de Atendimento Móvel de Urgência – sempre vai haver um tempo até a chegada do atendimento profissional. E, nesses minutos, muita coisa pode acontecer. Nesse tempo, as únicas pessoas presentes são as que foram envolvidas no acidente e as que passam pelo local.
Nessa hora duas coisas são importantes nessas pessoas:
1) o espírito de solidariedade;
2) informações básicas sobre o que fazer e o que não fazer nas situações de acidente.
São conceitos e técnicas fáceis de aprender e, unidos à vontade e à decisão de ajudar, podem impedir que um acidente tenha maiores consequências, aumentando bastante as chances de uma melhor recuperação das vítimas.
O que são os Primeiros Socorros?
Primeiros Socorros são as primeiras providências tomadas no local do acidente. É o atendimento inicial e temporário, até a chegada de um socorro profissional.
Quais são essas providências?
• Uma rápida avaliação da vítima;
• Aliviar as condições que ameacem a vida ou que possam agravar o quadro da vítima, com a utilização de técnicas simples;
• Acionar corretamente um serviço de emergência local.
Simples, não é?
As técnicas de Primeiros Socorros têm sido divulgadas para toda a sociedade, em todas as partes do mundo. E agora, uma parte delas vai estar disponível para você, neste curso. Leve-as a sério, elas podem salvar vidas. E, não há nada no mundo, que valha mais que isso.
 
A Sequência das Ações de Socorro
O que eu devo fazer primeiro? E depois?
É claro que cada acidente é diferente do outro. E, por isso, só se pode falar na melhor forma de socorro, quando se sabe quais as suas características.
Um veículo que está se incendiando, um local perigoso (uma curva, por exemplo), vítimas presas nas ferragens, a presença de cargas tóxicas etc, tudo isso interfere na forma do socorro.
Suas ações também vão ser diferentes caso haja outras pessoas iniciando os socorros, ou mesmo se vocêestiver ferido. Mas a sequência das ações a serem realizadas vai sempre ser a mesma:
1) manter a calma;
2) garantir a segurança;
3) pedir socorro;
4) controlar a situação;
5) verificar a situação das vítimas;
6) realizar algumas ações com as vítimas.
Cada uma dessas ações vai ser detalhada nos próximos capítulos.
O importante agora é fixar, ter sempre em mente a sequência delas. E também saber que uma ação pode ser iniciada sem que outra tenha sido terminada.
Você pode, por exemplo, começar a garantir a segurança, sinalizando o local, parar para pedir socorro e voltar depois a completar a segurança do local. Com calma e bom senso, os primeiros socorros podem evitar que as consequências do acidente sejam ampliadas.
Como Manter a Calma e Controlar a Situação? Como Pedir Socorro?
Vamos manter a Calma?
Você já viu que manter a Calma é a primeira atitude que você deve tomar no caso de um acidente. Só que cada pessoa reage de forma diferente, e é claro que é muito difícil ter atitudes racionais e coerentes na situação: o susto, as perdas materiais, a raiva pelo ocorrido, o pânico no caso de vítimas, etc.
Tudo colabora para que as nossas reações sejam intempestivas, mal-pensadas. Mas tenha cuidado, pois ações desesperadas normalmente acabam agravando a situação. Por isso, é fundamental que, antes de agir, você recobre rapidamente a sua lucidez, reorganize seus pensamentos e se mantenha calmo.
Mas, como é que se faz para ficar calmo após um acidente?
Num intervalo de segundos a poucos minutos, é fundamental que você siga o seguinte roteiro:
1) Pare e pense! Não faça nada por instinto ou por impulso;
2) Respire profundamente, algumas vezes;
3) Veja se você sofreu ferimentos;
4) Avalie a gravidade geral do acidente;
5) Conforte os ocupantes do seu veículo;
6) Mantenha a calma. Você precisa dela para controlar a situação e agir.
E como Controlar a Situação?
Alguém já tomou a iniciativa e está à frente das ações? Ótimo! Ofereça-se para ajudar, solidariedade nunca é demais.
Se ninguém ainda tomou a frente, verifique se entre as pessoas presentes há algum médico, bombeiro, policial, ou qualquer profissional acostumado a lidar com este tipo de emergência.
Se não houver ninguém mais capacitado, assuma o controle e comece as ações. Com calma você vai identificar o que é preciso fazer primeiro, mas tenha sempre em sua cabeça que:
• A ação inicial define todo o desenvolvimento do atendimento;
• Você precisa identificar os riscos para definir as ações;
Nem todo mundo está preparado para assumir a liderança após um acidente. Este pode ser o seu caso, mas numa emergência, você poderá ter que tomar a frente. Siga as recomendações adiante, para que todos trabalhem de forma organizada e eficiente, diminuindo o impacto do acidente:
• Mostre decisão e firmeza nas suas ações;
• Peça ajuda aos outros envolvidos no acidente e aosque estiverem próximos;
• Distribua tarefas às pessoas, ou
• Forme equipes para executar as tarefas;
• Não perca tempo discutindo;
• Passe as tarefas mais simples, nos locais mais afastados do acidente, às pessoas que estejam mais desequilibradas ou contestadoras;
• Trabalhe muito, não fique só dando ordens;
• Motive todos, elogiando e agradecendo cada ação realizada.
Como Acionar o Socorro?
Quanto mais cedo chegar um socorro profissional, melhor para as vítimas de um acidente. Solicite um, o mais rápido possível.
Hoje, em grande parte do Brasil, nós podemos contar com serviços de atendimento às emergências.
O chamado Resgate, ligado aos Corpos de Bombeiros, os SAMUs, os atendimentos das próprias rodovias ou outros tipos de socorro, recebem chamados por telefone, fazem uma triagem prévia e enviam equipes treinadas em ambulâncias equipadas. No próprio local, após uma primeira avaliação, os feridos são atendidos emergencialmente para, em seguida, serem transferidos aos hospitais.
São serviços gratuitos, que têm, em muitos casos, números de telefone padronizados em todo o Brasil. Use o seu celular, o de outra pessoa, os telefones dos acostamentos das rodovias, os telefones públicos ou peça para alguém que esteja passando pelo local que vá até um telefone ou um posto rodoviário e acione rapidamente o Socorro.
A seguir estão listados os telefones de emergência mais comuns.
Você pode melhorar o Socorro, pelo telefone
Mesmo com toda a urgência de atender ao acidente, os atendentes do chamado de socorro vão fazer algumas perguntas para você. São perguntas para orientar a equipe, informações que vão ajudar a prestar um socorro mais adequado e eficiente.
Dentro do possível, ao chamar o socorro, tenha as respostas para as perguntas:
• Tipo do acidente (carro, motocicleta, colisão, atropelamento, etc.);
• Gravidade aparente do acidente;
• Nome da rua e número próximo;
• Número aproximado de vítimas envolvidas;
• Pessoas presas nas ferragens;
• Vazamento de combustível ou produtos químicos;
• Ônibus ou caminhões envolvidos.
A Sinalização do Local e a Segurança
Como Sinalizar? Como garantir a segurança de todos?
Você já viu que as diversas ações num acidente de trânsito podem ser feitas por mais de uma pessoa, ao mesmo tempo. Enquanto uma pessoa telefona, outra sinaliza o local e assim por diante. Assim, ganha-se tempo para o atendimento, fazer a sinalização e garantir a segurança no local.
A importância de Sinalizar o local
Os acidentes acontecem nas ruas e estradas, impedindo ou dificultando a passagem normal dos outros veículos. Por isso, esteja certo de que situações de perigo vão ocorrer (novos acidentes ou atropelamentos), se você demorar muito ou não sinalizar o local de forma adequada. Algumas regras são fundamentais para você fazer a sinalização do acidente:
Inicie a sinalização em um ponto em que os motoristas ainda não possam ver o acidente
Não adianta ver o acidente quando já não há tempo suficiente para parar ou diminuir a velocidade. No caso de vias de fluxo rápido, com veículos ou obstáculos na pista, é preciso alertar os motoristas antes que eles percebam o acidente. Assim, vai dar tempo para reduzir a velocidade, concentrar a atenção e desviar. Então não se esqueça que a sinalização deve começar antes do local do acidente ser visível.
Nem é preciso dizer que a sinalização deverá ser feita antes da visualização nos dois sentidos (ida e volta) nos casos em que o acidente interferir no tráfego das duas mãos de direção.
Demarque todo o desvio do tráfego até o acidente
Não é só a sinalização que deve se iniciar bem antes do acidente. É necessário que todo o trecho, do início da sinalização até o acidente, seja demarcado, indicando quando houver desvio de direção.
Se isso não puder ser feito de forma completa, faça o melhor que puder, aguardando as equipes de socorro, que deverão completar a sinalização e os desvios.
Mantenha o tráfego fluindo
Outro objetivo importante na sinalização é manter a fluidez do tráfego, isto é, apesar do afunilamento provocado pelo acidente, deve sempre ser mantida uma via segura para os veículos passarem.
Faça isso por duas razões: se ocorrer uma parada no tráfego, o congestionamento, ao surgir repentinamente, pode provocar novas colisões. Além disso, não se esqueça que, com o trânsito parado, as viaturas de socorro vão demorar mais a chegar. Para manter o tráfego fluindo, tome as seguintesprovidências:
• Mantenha, dentro do possível, as vias livres para o tráfego fluir;
• Coloque pessoas ao longo do trecho sinalizado para cuidarem da fluidez;
• Não permita que curiosos parem na via destinada ao tráfego.
Sinalize no local do acidente
Ao passarem pelo acidente, todos ficam curiosos e querem ver o que ocorreu, diminuindo a marcha ou até parando. Para evitar isso, alguém deverá ficar sinalizando no local do acidente, para manter o tráfego fluindo e garantir a segurança.
Que materiais podem ser utilizados na sinalização?
Existem muitos materiais fabricados especialmente para sinalização, mas na hora do acidente, provavelmente, você terá apenas o triângulo de segurança à mão, já que ele é um dos itens obrigatórios de todos os veículos. Use o seu triângulo e os dos motoristas queestejam no local. Não se preocupe, pois com a chegada das viaturas de socorro, eles já poderão ser substituídos por equipamentos mais adequados e devolvidos aos seus donos.
Outros itens que forem encontrados nas imediações também podem ser usados, como: galhos de árvore, cavaletes de obra, latas, pedaços de madeira, pedaços de tecidos, plásticos etc. À noite ou com neblina, a sinalização deve ser feita com materiais luminosos. Lanternas, pisca-alerta e faróis dos veículos devem sempre ser utilizados.
O importante é lembrar que tudo o que for usado para sinalização deve ser de fácil visualização e não pode oferecer risco, transformando-se em verdadeiras armadilhas para os passantes e outros motoristas.
O emprego de pessoas sinalizando é bastante eficiente, porém é sempre arriscado. Ao se colocar pessoas na sinalização, é necessário tomar alguns cuidados:
• Suas roupas devem ser coloridas e contrastar com o terreno;
• As pessoas devem ficar na lateral da pista sempre de frente para o fluxo dos veículos;
• Devem ficar o tempo todo agitando um pano colorido para alertar os motoristas;
• Prestar muita atenção e estar sempre preparado para o caso de surgir algum veículo desgovernado;
• As pessoas nunca devem ficar logo depois de uma curva ou em outro local perigoso. Elas têm que ser vistas, de longe, pelos motoristas.
Onde deve ficar o início da sinalização?
Como você já viu, a sinalização deve ser iniciada para ser visível pelos motoristas de outros veículos antes que eles vejam o acidente. Não adianta falar em metros, é melhor falar em passos, que podem ser medidos em qualquer situação. Cada passo bem longo (ou largo) de um adulto corresponde a aproximadamente um metro.
As distâncias para o início da sinalização são calculadas com base no espaço necessário para o veículo parar após iniciar a frenagem, mais o tempo de reação do motorista.
Assim, quanto maior a velocidade, maior deverá ser a distância para iniciar a sinalização. Na prática, a recomendação é seguir a tabela abaixo, onde o número de passos longos corresponde à velocidade máxima permitida no local.
Não se esqueça que os passos devem ser longos e dados por um adulto. Se não puder, peça a outra pessoa para medir a distância.
Como se vê na tabela, existem casos, onde as distâncias deverão ser dobradas, como à noite, com chuva, neblina, fumaça. À noite, além de aumentar a distância, a sinalização deverá ser feita com materiais luminosos.
Existem ainda outros casos que comprometem a visibilidade do acidente, como Curvas e Lombadas. Veja como proceder nestes casos:
Curvas e Lombadas
Quando você estiver contando os passos e encontrar uma curva, pare a contagem. Caminhe até o final da curva e então recomece a contar a partir do zero. Faça a mesma coisa quando o acidente ocorrer no topo de uma elevação, sem visibilidade para os veículos que estão subindo.
Como identificar Riscos para garantir mais segurança?
O maior objetivo deste curso é dar orientações para que, numa situação de acidente, você possa tomar providências que:
1. Evitem agravamento do acidente, com novas colisões, atropelamentos ou incêndios;
2. Garantam que as vítimas não terão suas lesões agravadas por uma demora no socorro ou uma remoção mal feita. Sempre, além das providências já vistas (como acionar o socorro, sinalizar o acidente e assumir o controle da situação), você deve também observar os itens complementares de segurança, tendo em mente as seguintes questões:
• Eu estou seguro?
• Minha família e os passageiros de meu veículo estão seguros?
• As vítimas estão seguras? • Outras pessoas podem se ferir?
• O acidente pode tomar maiores proporções?
Para isso, é preciso evitar os riscos que surgem em cada acidente, agindo rapidamente para evitá-los.
Quais os riscos mais comuns e quais os cuidados iniciais?
É só acontecer um acidente que podem ocorrer várias situações de risco.
As principais são:
• Novas colisões;
• Atropelamentos;
• Incêndio;
• Explosão;
• Cabos de eletricidade;
• Óleo e obstáculos na pista;
• Vazamento de produtos perigosos;
• Doenças infecto-contagiosas.
Novas Colisões
Você já viu como sinalizar adequadamente o local do acidente. Seguindo as instruções fica bem reduzida a possibilidade de novas colisões. Porém, imprevistos acontecem. Por isso, nunca é demais usar simultaneamente mais de um procedimento, aumentando ainda mais a segurança.
Atropelamentos
Adote as mesmas providências empregadas para evitar novas colisões. Mantenha o fluxo de veículos na pista livre. Oriente para que curiosos não parem na área de fluxo e que pedestres não fiquem caminhando pela via.
Isole o local do acidente e evite a presença de curiosos. Faça isso, sempre solicitando auxílio e distribuindo tarefas entre as pessoas que querem ajudar, mesmo que precisem ser orientadas para isso.
Incêndio
Sempre existe o risco de incêndio. E, ele aumenta bastante quando ocorre vazamento de combustível.
Nesses casos é importante adotar os seguintes procedimentos:
• Afaste os curiosos;
• Se for fácil e seguro, desligue o motor do veículo acidentado;
• Oriente para que não fumem no local;
• Pegue o extintor de seu veículo e deixe-o, pronto para uso, a uma distância segura do local de risco;
• Se houver risco elevado de incêndio e, principalmente com vítimas presas nas ferragens, peça a outros motoristas que façam o mesmo com seus extintores, até a chegada do socorro.
Há dois tipos de extintor para uso em veículo: o do tipo BC, destinado a apagar fogo em combustível e em sistemas elétricos, e o do tipo ABC, que também apaga o fogo em componentes de tapeçaria, painéis, bancos e carroçaria.
Verifique o tipo do extintor e a validade do cilindro. Saiba sempre onde ele está em seu veículo. Normalmente, seu lugar é próximo ao motorista para facilitar a utilização. Dependendo do veículo, ele pode estar fixado no banco sob as pernas do motorista, na lateral próximo aos pedais, na lateral do banco ou sob o painel do lado do passageiro.
Verifique também, como é que se faz para tirá-lo de sua posição, não deixe para ver isso numa emergência. Nunca um extintor deve ser guardado no porta-malas ou em outro lugar, de difícil acesso. Mantenha sempre seuextintor carregado e com a pressão adequada. Troque a carga conforme a regulamentação de trânsito e também, sempre que o ponteiro do medidor de pressão estiver na área vermelha.
Para usar seu extintor, siga as instruções:
• Mantenha o extintor em pé, na posição vertical;
• Quebre o lacre e acione o gatilho;
• Dirija o jato para a base das chamas e não para o meio do fogo;
• Faça movimentos em forma de leque, cobrindo toda a área em chamas;
• Não jogue o conteúdo aos poucos. Para um melhor resultado, empregue grandes quantidades de produto, se possível com o uso de vários extintores ao mesmo tempo.
Explosão
Se o acidente envolver algum caminhão de combustível, gás, ou outro material inflamável, que esteja vazando ou já em chamas, a via deve ser totalmente interditada, conforme as distâncias recomendadas e todo o local evacuado.
Cabos de eletricidade
Nas colisões com postes é muito comum que cabos elétricos se rompam e, fiquem energizados, na pista ou mesmo sobre os veículos. Alguns desses cabos são de alta voltagem, e podem causar mortes. Jamais tenha contato com esses cabos, mesmo que ache que eles não estão energizados.
No interior dos veículos, as pessoas estão seguras, desde que os pneus estejam intactos e não haja nenhum contato com o chão. Se o cabo estiver sobre o veículo, elas podem ser eletrocutadas ao tocar o solo. Isso já não ocorre se permanecerem no seu interior, pois o mesmo está isolado pelos pneus. Outro risco é do cabo chicotear próximo a um vazamento de combustível, pois a faísca produzida poderá causar um incêndio.
Mesmo não havendo esses riscos, não mexa nos cabos, apenas isole o local e afaste os curiosos. Caso exista qualquer dos riscos citados ou alguém eletrocutado, use um cano longo de plástico ou uma madeira seca e, num movimento brusco, afaste o cabo. Não faça isso com bambu, metal ou madeira molhada. Nem nunca imagine que o cabo já esteja desligado.Óleo e obstáculos na pista
Os fragmentos dos veículos acidentados devem ser removidos da pista onde há trânsito de veículos e, se possível, jogue terra ou areia sobre o óleo derramado. Normalmente isso é feito depois, pelas equipes de socorro, mas se você tiver segurança para se adiantar, pode evitar mais riscos no local.
Vazamento de produtos perigosos
Interdite totalmente a pista e evacue a área, quando veículos que transportam produtos perigosos estiverem envolvidos no acidente e existir algum vazamento. Faça a sinalização como já foi descrito.
Doenças infectocontagiosas
Hoje, as doenças infectocontagiosas são uma realidade. Evite qualquer contato com o sangue ou secreções das vítimas nos acidentes. Tenha sempre em seu veículo, um par de luvas de borracha para tais situações. Podem ser luvas de procedimentos usadas pelos profissionais ou simples luvas de borracha para uso doméstico.
Limpeza da pista
Encerrado o atendimento e não havendo equipes especializadas no local, retire da pista a sinalização de advertência do acidente e outros objetos que possam representar riscos ao trânsito de veículos.
 
Iniciando o Socorro às Vítimas
O que é possível fazer? As limitações no atendimento às vítimas.
Você não é um profissional de resgate e por isso deve se limitar a fazer o mínimo necessário com a vítima até a chegada do socorro. Infelizmente, vão existir algumas situações que o socorro, mesmo chegando rapidamente e com equipamentos e profissionais treinados, pouco poderá fazer pela vítima.
Você, mesmo com toda a boa-vontade, também poderá encarar uma situação em que seja necessário mais que a solidariedade que você pode oferecer. Mesmo nestas situações difíceis, não se espera que você faça algo para o qual não esteja preparado ou treinado.
Fazendo contato com a vítima
Depois de garantido, pelo menos o básico em segurança e a solicitação do socorro, é o momento em que vocêpoderá iniciar contato com a vítima. Se a janela estiver aberta, fale com a vítima sem abrir a porta. Se for abrir a porta, faça-o com muito cuidado para não movimentar a vítima. Você poderá pedir a algum ocupante do veículo para destravar as portas, caso necessário.
Ao iniciar seu contato com a vítima, faça tudo sempre com base em 4 atitudes: informe, ouça, aceite e seja solidário. Informe à vítima o que você está fazendo para ajudá-la e, com certeza ela vai ser mais receptiva aos seus cuidados. Ouça e aceite suas queixas e a sua expressão de ansiedade respondendo as perguntas com calma e de forma apaziguadora. Não minta e não dê informações que causem impacto ou estimulem a discussão sobre a culpa no acidente. Seja solidário e permaneça junto à vítima em um local onde ela possa ver você, sem que isso coloque em risco sua segurança.
Algumas vítimas de um acidente podem tornar-se agressivas não permitindo acesso ou auxílio. Tente a ajuda de familiares ou conhecidos dela, se houver algum, mas se a situação colocar você em risco, afaste-se.
Cintos de segurança e a respiração
Veja se o cinto de segurança está dificultando a respiração da vítima. Neste caso, e só neste caso, você deverá soltá-lo, sem movimentar o seu corpo.
Impedindo movimentos da cabeça
É procedimento importante e fácil de ser aplicado, mesmo em vítimas de atropelamento. Segure a cabeça da vítima, pressionando a região das orelhas, impedindo a movimentação da cabeça. Se a vítima estiver de bruços ou de lado, procure alguém treinado para avaliar se ela necessita ser virada e de como fazê-lo, antes do socorro chegar. Em geral ela só deverá ser virada se não estiver respirando. Se estiver de bruços e respirando, sustente acabeça nesta posição e aguarde o socorro chegar.
Se a vítima estiver sentada no carro, mantenha a cabeça na posição encontrada. Como na situação anterior, ela poderá ser movimentada se não estiver respirando, mas a ajuda de alguém com treinamento prático será necessária.
Vítima inconsciente
Ao tentar manter contato com a vítima, faça perguntas simples e diretas como:
– Você está bem? Qual é seu nome? O que aconteceu? Você sabe onde está?
O objetivo dessas perguntas é apenas identificar a consciência da vítima. Ela poderá responder bem e naturalmente suas perguntas, e isto é um bom sinal, mas poderá estar confusa ou mesmo nada responder. Se ela não apresentar nenhuma resposta demonstrando estar inconsciente ou desmaiada, mesmo depois de você chamá-la em voz alta, ligue novamente para o serviço de socorro, complemente as informações e siga as orientações que receber. Além disso, indague entre as pessoas que estão no local, se existe alguém treinado e preparado para atuar nesta situação.
Em um acidente, a movimentação de vítima inconsciente e mesmo a identificação de uma parada respiratória ou cardíaca, exige treinamento prático específico.
Controlando uma Hemorragia Externa
São diversas as técnicas para conter uma hemorragia externa. Algumas são simples e outras complexas que só devem ser aplicadas por profissionais. A mais simples, que qualquer pessoa pode realizar, é a compressão do ferimento, diretamente sobre ele, com uma gaze ou pano limpo. Você poderá necessitar de luvas para sua proteção, para não se contaminar. Naturalmente você deverá cuidar só das lesões facilmente visíveis que continuam sangrando e daquelas que podem ser cuidadas sem a movimentação da vítima.
Só aja em lesões e hemorragias se você se sentir seguro para isso.
Escolha um local seguro para as vítimas
Muitas das pessoas envolvidas no acidente já podem ter saído sozinhas dos seus veículos, e também podem estar desorientadas e traumatizadas com o acontecido.
É importante que você localize um local sem riscos e junte estas pessoas nele. Isto irá facilitar muito o atendimento e o controle da situação, quando chegarem as equipes de socorro.
Proteção contra frio, sol, chuva
Você já deve ter ouvido que aquecer uma vitima é um procedimento que impede o agravamento de seu estado. É verdade, mas aquecer uma vítima não é elevar sua temperatura, mas sim protegê-la para que ela não perca o calor de seu próprio corpo. Ela também não pode ficar exposta ao Sol. Por isso, proteja-a do Sol, da chuva ou do frio, utilizando qualquer peça de vestimenta disponível.
Em dias frios ou chuvosos as pessoas andam com os vidros dos veículos fechados, muitas vezes sem agasalho. Após o acidente ficam expostas e precisam ser protegidas do tempo, que pode agravar sua situação.
 
O que NÃO se Deve Fazer com uma Vítima de Acidente
Não Movimente.
Não Faça Torniquetes.
Não tire o Capacete de um Motociclista.
Não dê nada para beber.
Você só quer ajudar, mas muitos são os procedimentos que podem agravar a situação das vítimas.
Os mais comuns e que você deve evitar são:
• movimentar uma vítima
• retirar capacetes de motociclistas
• aplicar torniquetes para estancar hemorragias
• dar alguma coisa para a vítima tomar
Não movimente a vítima
A movimentação da vítima poderá causar piora de uma lesão na coluna ou em uma fratura de um braço ou perna.
A movimentação da cabeça ou do tronco de uma vítima que sofreu um acidente com impacto que deforma ou amassa veículos, ou num atropelamento, pode agravar muito uma lesão de coluna. Num acidente pode haver uma fratura ou deslocamento de uma vértebra da coluna, por onde passa a medula espinhal. É ela que transporta todo o comando nervoso do corpo, que sai do cérebro e atinge o tronco, os braços e as pernas.
Movimentando a vítima nessa situação, você pode deslocar ainda mais a vértebra lesada e danificar a medula, causando paralisia dos membros ou ainda da respiração, o que com certeza vai provocar danos muito maiores, talvez irreversíveis.
No caso dos membros fraturados, a movimentação pode causar agravamento das lesões internas no ponto de fratura, provocando o rompimento de vasos sanguíneos ou lesões nos nervos, levando a graves complicações. Assim, a movimentação de uma vítima só deve ser realizada antes da chegada de uma equipe de socorro, se houver perigos imediatos como incêndio, perigo do veículo cair, ou seja, desde que esteja presente algum risco incontrolável.
Não havendo riscoimediato, não movimente as vítimas. Até mesmo no caso das vítimas que saem andando do acidente, é melhor que não se movimentem e aguardem o socorro chegar para uma melhor avaliação. Aconselheas a aguardar sentadas no veículo, ou em outro lugar seguro.
Não tire o capacete de um motociclista
Retirar o capacete de um motociclista que se acidenta é uma ação de alto risco. A atitude será de maior risco ainda, se ele estiver inconsciente. A simples retirada do capacete pode movimentar intensamente a cabeça e agravar lesões existentes no pescoço ou mesmo no crânio. Aguarde a equipe de socorro ou pessoas habilitadas para que eles realizem essa ação.
Não aplique torniquetes
O torniquete não deve ser realizado para estancar hemorragias externas. Atualmente este procedimento é feito só por profissionais treinados e mesmo assim, em caráter de exceção, quase nunca é aconselhado.
Não dê nada para a vítima ingerir
Nada deve ser dado para ingerir a uma vítima de acidente que possa ter lesões internas ou fraturas e certamente será transportada para um hospital. Nem mesmo água. Se o socorro já foi chamado, aguarde os profissionais que vão decidir sobre a conveniência ou não.
O motivo é que a ingestão de qualquer substância poderá interferir de forma negativa nos procedimentos hospitalares. Por exemplo, se a vítima for submetida a cirurgia, o estômago com água ou alimentos, é fator que aumenta o risco no atendimento hospitalar.
Como exceção, os casos de pessoas cardíacas que fazem uso de alguns medicamentos em situações de emergência, geralmente aplicados em baixo da língua. Não os impeça de fazer uso dos medicamentos se for rotina para eles.
Primeiros Socorros – A Importância de um Curso Prático
Você já estudou este curso e já sabe quais são as primeiras ações a serem tomadas num acidente. Mesmo assim, é importante fazer um Curso Prático de Primeiros Socorros?
Um treinamento em Primeiros Socorros vai ser sempre de grande utilidade em qualquer momento de sua vida, seja em casa, no trabalho ou no lazer. Podem ser muitas e variadas as situações em que o seu conhecimento pode levar a uma ação imediata e garantir a sobrevida de uma vítima. Isso, tanto em casos de acidente, como em situações de emergência que não envolvem trauma ou ferimentos.
Atuar em Primeiros Socorros requer o domínio de habilidades que só podem ser adquiridas em treinamentos práticos, como a compressão torácica externa, conhecida como massagem cardíaca, apenas para citar um exemplo. Outras técnicas de socorro são diferentes para casos de trauma e emergências sem trauma, como por exemplo,a abertura das vias aéreas para que uma vítima respire, ou ainda a necessidade e a forma de se movimentar uma vítima, etc. Estas diferenças, que implicam em procedimentos distintos devem ser adquiridas em treinamentos sob supervisão de um instrutor qualificado.
Outras habilidades a serem desenvolvidas em treinamentos são as maneiras de se utilizar os materiais (como talas, bandagens triangulares, máscaras para realizar a respiração), como atuar em áreas com material contaminado, quando e quais materiais se pode utilizar para imobilizar uma coluna cervical (o pescoço), etc. São muitas situações que poderão ser aprendidas em um curso prático. Mesmo assim, nenhum treinamento em Primeiros Socorros dará a qualquer pessoa a condição de substituir completamente, um sistema profissional de socorro.
 
Conclusão
Por que um motorista deve conhecer noções de Primeiros Socorros relacionados aos acidentes de trânsito?
Para reduzir alguns riscos e prestar auxílio inicial em um acidente de trânsito.
Para que você possa auxiliar uma vítima em um acidente de trânsito é necessário:
Ter o espírito de solidariedade e os conhecimentos básicos sobre o que fazer e o que não fazer nestas situações.
Se após um acidente de trânsito, você adotar corretamente algumas ações iniciais mínimas de socorro, espera-se que:
Os riscos de ampliação do acidente ficam reduzidos.
Uma boa sequência no atendimento ou auxílio inicial em caso de acidente é:
1. recobrar a calma;
2. garantir a segurança inicial, mesmo parcial;
3. pedir socorro.
Considerando a sequência das ações que devem ser realizadas em um acidente antes da chegada dos profissionais de socorro, podemos afirmar:
Podemos passar para a ação seguinte e depois retornar para ações anteriores para completá-las, melhorá-las ou revisá-las.
Respirar profundamente algumas vezes, observar o seu próprio corpo em busca de ferimentos e confortar os ocupantes do seu veículo, são providências que devem ser tomadas para:
Recobrar a calma.
Você pode assumir a liderança das ações após um acidente automobilístico:
Sentindo-se em condições, e até a chegada do profissional que deverá prestar o socorro.
Você sabe quais as providências iniciais que devem ser tomadas em um acidente. Quais maneiras abaixo são mais adequadas na tentativa de assumir a liderança?
Sempre motivar a todos, elogiando e agradecendo cada ação bem-sucedida.
Na maioria das regiões do Brasil, os telefones dos Bombeiros, SAMU-Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e Polícia, são: Bombeiro: 193, SAMU: 192 e Polícia: 190
Por que devemos sinalizar o local de um acidente?
Para alertar outros motoristas sobre a existência de um perigo, antes mesmo que tenham visto o acidente.
Em um acidente com vítimas, quando possível, devemos manter o tráfego fluindo por vários motivos. Para a vítima, o motivo mais importante é:
Possibilitar a chegada mais rápida de uma equipe de socorro.
Qual a distância correta para iniciar a sinalização em uma avenida com velocidade máxima permitida de 60 quilômetros por hora, em caso de acidente?
60 passos largos ou 60 metros.
Qual a distância correta para iniciar a sinalização em uma rua com velocidade máxima permitida de 40 quilômetros por hora, em caso de acidente?
40 passos largos ou 40 metros.
Você está medindo a distância para sinalizar o local de um acidente, mas existe uma curva antes de completar a medida necessária. O que você deverá fazer?
Iniciar novamente a contagem a partir da curva.
Em relação às condições adotadas durante o dia, a distância para sinalizar o local de um acidente à noite ou sob chuva deverá ser:
Dobrada com a utilização de dispositivos luminosos.
Ao utilizar o extintor de incêndio de um veículo, o jato de seu conteúdo deverá ser:
Dirigido para a base das chamas, com movimentos horizontais na forma de um leque.
O extintor de incêndio de um veículo deve ser recarregado sempre que:
O ponteiro estiver no vermelho ou se já venceu o prazo de validade.
O extintor de incêndio de um veículo sempre deverá estar posicionado:
Em um local de fácil acesso para o motorista, sem que ele precise sair do veículo.
Sempre que auxiliar vítimas que estejam sangrando é aconselhável que:
Utilize uma luva de borracha ou similar.
Quais são os aspectos que você deve ter em mente ao fazer contato com a vítima?
Informar, ouvir, aceitar e ser solidário.
Em que situação e como você deve soltar o cinto de segurança de uma vítima que sofreu um acidente?
Quando o cinto de segurança dificultar a respiração, solte-o sem movimentar o corpo da vítima.
Segurar a cabeça da vítima, pressionando a região das orelhas é procedimento para:
Impedir que a vítima movimente a cabeça.
O que você pode fazer para controlar uma hemorragia externa de um ferimento?
Fazer uma compressão no local do ferimento com gaze ou pano limpo.
Qual é o procedimento inicial mais adequado, se você não estiver treinado e encontrar uma vítima inconsciente (desmaiada), após acidente de trânsito?
Ligar novamente para o serviço de emergência, se a ligação já tiver sido feita, completar as informações e depois indagar entre as pessoas que estão no local, se existe alguém treinado e preparado para atuar nesta situação.
Que atitude você deve tomar quando uma vítima sai andando após um acidente?
Aconselhá-la a parar de se movimentar e aguardar o socorro em local seguro.
As lesões da coluna vertebral são algumas das principais consequências dos acidentes de trânsito. O que fazer para não agravá-las?
Não movimentar a vítima e aguardaro socorro profissional.
Em qual situação devemos retirar uma vítima do veículo, antes da chegada do socorro profissional?
Quando houver perigo imediato de incêndio ou outros riscos evidentes.
Quanto ao uso de torniquete, podemos afirmar que:
É utilizado apenas por profissionais e, mesmo assim, em caráter de exceção.
Como proceder diante de um motociclista acidentado?
Não retirar o capacete, porque movimentar a cabeça pode agravar uma lesão da coluna.
Por que é importante termos algum treinamento em Primeiros Socorros?
Porque são diversas as situações em que uma ação imediata e por vezes simples, pode melhorar a chance de sobrevida de uma vítima ou evitar que ela fique com graves sequelas.
Por que é importante frequentarmos um curso prático se quisermos aprender Primeiros Socorros?
Porque muitas técnicas precisam ser praticadas na presença de um instrutor para que possamos realizar as ações de socorro de forma correta.
Um curso prático de Primeiros Socorros deve ser ministrado por um instrutor qualificado". Com esta afirmação podemos considerar que:
Um instrutor qualificado está preparado para nos ensinar técnicas atuais e corretas em Primeiros Socorros.
  Adestramento Canino Básico
Prime cursos
Introdução - Entendendo a vida social de um cão
Apesar dos cães de hoje serem vistos como companheiros e guardiões de nossas famílias e bens materiais, na verdade, eles são animais que vivem, por hábito, em uma complexa organização, chamada matilha.
Sendo assim, é importante que você e todos os seres humanos que lidam com os cães conheçam essa realidade tão comum. Pois, apesar da atual condição desses cães, eles ainda mantêm os mesmos instintos de caçadores e demais necessidades que possuíam quando viviam na natureza, como seus semelhantes selvagens.
A importância desse tipo de entendimento faz com que se compreenda que os cães não agem, reagem ou sentem como nós, seres humanos, e, sim, possuem as próprias necessidades. Desta forma, não corremos o risco de frustrarmo-nos e comprometer todo o resultado do adestramento ou educação que estamos oferecendo ao nosso querido filhote.
Por viverem em matilha, os cães precisam da existência de um líder que coloque regras e limites para que toda a convivência e o bem-estar em grupo possa realmente existir. Se, no convívio em nosso lar, o cachorro não reconhecer alguém como líder, acredite, não importando a idade, o animal fará esse papel, queira ou não, e é, nesse momento, que incômodos e acidentes acontecem.
Por mais incrível ou improvável que seja, quando o cão vive no seio familiar, não importando a quantidade de animais ou de membros da família, até mesmo se for apenas ele e o seu proprietário(a), o cão enxerga essa relação como uma matilha e, intrinsecamente, precisará de regras e limites, ou seja, da existência do líder.
Ser líder não é agir com violência ou qualquer tipo de agressão, como diz o famoso comportamentalista César Millan, é necessário que haja uma energia calma e assertiva. Um bom líder é um educador que coloca seu respeito com ações e uma postura firme, impõe suas regras e determina os limites de forma adequada.
Apesar do que se pensa, a disciplina é mais importante que o afeto, pois a disciplina oferece estabilidade e afeto, principalmente, quando fora de hora, pode criar instabilidade e a fixação de algum comportamento indesejado, como o de pular em visitas ou destruição de objetos.
O conceito de matilha e da existência do líder é tão normal para os cães como para nós, seres humanos, é a existência de uma hierarquia durante a nossa relação, seja na família, no trabalho, na ginástica ou em qualquer outro tipo de relacionamento que possamos ter ou vir a construir, a nossa diferença para com os cães é que damos nomes para cada tipo de interação.
O cão não dá nomes e ainda enxerga tudo da mesma forma, como referido anteriormente, não importando com quem ou com quantos ele irá conviver, pois para o cachorro que vive com outro ser, essa interação é vista como matilha. Simples, assim.
Quantas vezes você, vendo documentários ou filmes sobre cães ou alcateias de lobos ou cães selvagens, não se perguntou porque que, em sua casa, seus cães não te obedecem como os animais dos filmes ou não demonstram ter uma boa relação entre os seus pares, como acontece com os lobos?
Na matilha, há uma relação poderosa que poucos realmente entendem a força que há por trás de toda essa interação. Não é difícil que toda essa “mágica” aconteça em seu lar, basta ter disciplina e afeto na medida certa e logo verá a transformação acontecer.
As Fases de Desenvolvimento do Cão
Período Inicial - Do Nascimento Até O 50ª Dia
Os filhotes devem ficar com a mãe e os irmãos neste período, pois, a partir do 21º dia até o 50º dia, eles aprendem a lidar com outros cães, seja brincando ou brigando, e a aceitar a disciplina imposta pela mãe.
Os animais que são removidos da ninhada antes do fim deste estágio têm mais dificuldade para se relacionar com outros cães, são mais agressivos, apresentam problemas para cruzar e respondem pouco ao treinamento.
Nesta fase podemos auxiliar no desenvolvimento dos órgãos sensoriais. Massageá-los, deixar o rádio ligado em baixo volume ou, ainda, não deixá-los totalmente no escuro, são providências que estimulam o desenvolvimento do sistema nervoso e intensificam a relação entre as funções cerebrais e as atividades sensoriais.
Quando não são garantidas as condições necessárias para o desenvolvimento cerebral, pode ocorrer, por exemplo, o problema conhecido como nerve-blind, explicado pelo doutor Joel Dehasse e pela doutora Colette Buyser, em seu livro Comportamento e Educação do Cão. Eles afirmam que, se os filhotes forem criados na escuridão até a maturação do nervo óptico, ficarão cegos.
Os sentidos dos cães são extremamente aguçados, por isso devemos tomar alguns cuidados para que se desenvolvam corretamente.
Período De Socialização - Do 50ª Ao 85ª Dia
Ao atingir esta fase, o cérebro do filhote já está neurologicamente completo e ele é capaz de aprender tanto quanto um cachorro adulto aprende. É muito importante, durante este período, apresentar tudo o que você puder ao cãozinho. Por exemplo: aspirador de pó, carros, sons da rua, programas de televisão, pessoas de todas as etnias, outros animais, etc. Mas, nessas ocasiões, não se esqueça das recomendações do seu veterinário sobre os cuidados que devem ser tomados para que o animalzinho não corra o risco de contrair doenças; procure não deixá-lo entrar em contato com animais não-vacinados.
Por que devemos mostrar tudo o que for possível ao cãozinho? A resposta é simples: porque é a melhor fase para ele socializar-se. Passado este período, o cérebro do cão modifica-se, e qualquer socialização será muito mais difícil e demorada. Para entendermos melhor o porquê disto, devemos imaginar o cão vivendo numa matilha: até os três meses, os filhotes só entram em contato com outros cães do grupo e animais que não oferecem perigo para eles, pois os membros da matilha impedem a aproximação de animais perigosos para os cãezinhos; mas, depois dos três meses, é importante que os filhotes já percebam sozinhos a diferença entre "amigos" e "inimigos", sejam eles seres vivos ou inanimados, e não queiram socializar-se com qualquer coisa, já que nesta idade começam a querer explorar o território mais longe da mãe e a ter contato com presas e predadores naturais.
Cães novos mantidos isolados do contato social com o homem e outros animais apresentam uma síndrome caracterizada por extrema redução tanto da atividade em geral quanto da procura por esses mesmos contatos. Os filhotes permanecem imaturos e insociáveis e desenvolvem comportamentos anormais e movimentos estereotipados. O cão treme, corre atrás de seu rabo, torna-se agressivo por sentir medo, além de mostrar deficiência na aprendizagem e apresentar reações vagarosas a novos estímulos.
Estimulações variadas e progressivas na fase da socialização geram animais física e psiquicamente superiores, segundo o doutor Joel Dehasse e a doutora Colette Buyser.A primeira fase do medo, que atinge seu auge entre a 8ª e a 11ª semana, encaixa-se neste período, por isso procure não expor seu filhote a experiências assustadoras, porque é uma fase de extrema vulnerabilidade, e qualquer ocorrência que o atemorize causará um medo permanente da coisa ou da situação envolvida. Alguns veterinários recomendam dar calmante para filhotes desta idade quando houver tempestades ou em dias de festa ou jogos (devido aos fogos de artifício), para que ele não fiquem traumatizados com os estampidos. Só as pessoas que têm cães que sofrem com o terror de trovão e fogos é que sabem do que eles são capazes de fazer nessas ocasiões. Uma vez fui chamado para auxiliar a resolver o problema de um Mastiff que atravessou uma janela de vidro, cortando-se todo, só por causa de um trovão!
Se o cãozinho apresentar hérnia ou algum outro problema que exija uma intervenção cirúrgica, caso não seja possível adiá-la, procure um veterinário que seja extremamente habilidoso tanto no trato físico quanto no emocional.
Período De Dominância - Da 12ª À 16ª Semana
Nesta fase os filhotes começam a testar os outros membros da matilha para saber quem é o líder. É importante mostrar ao cãozinho, carinhosamente, que você é o líder. Ele irá testá-lo, na maioria das vezes, por meio de brincadeiras. Evite brincar de cabo-de-guerra com o filhote ou ficar puxando algo que ele tenha na boca; e também não permita que seu cachorro o morda, mesmo que seja de brincadeira.
Qualquer tipo de atividade violenta, mesmo que lúdica, é desaconselhável, principalmente nesta fase.
Ensine ao cão comandos simples e exija-os em troca de comida, atenção ou qualquer outra recompensa - esse é um processo que ajuda incrivelmente a estabelecer uma hierarquia correta.
Segundo Clarence Pfaffenberger, o temperamento de seu cachorro no final desta fase se estabilizará, e ele provavelmente manterá suas características para o resto da vida.
Período De Independência - Do 4° Ao 8° Mês
É assim chamado porque abrange o período em que o cão começa a querer se mostrar independente e dono do seu focinho. Mantenha o controle do seu cão durante esta fase para que ele não se acostume a ignorá-lo. Continue adestrando-o e procure fazer com que ele o obedeça para ser alimentado, para passear, etc. Nesta fase é aconselhável que você mantenha seu cão numa guia longa quando estiverem passeando em parques e jardins, para que ele não aprenda a ir para o lado oposto quando você chamá-lo.
Com início no 6º mês e prolongando-se até o 14º, invadindo portanto o período da adolescência, ocorre a segunda fase do medo. Não é tão preocupante quanto a primeira fase, mas você deve continuar aumentando a autoconfiança de seu cão através do adestramento. Ele demonstrará medo de coisas novas ou mesmo de situações familiares. Simplesmente evite traumas, e o medo logo irá desaparecer.
Período Da Adolescência Até a Maturidade - De 1 A 4 Anos
No momento em que seu cão alcança a maturidade sexual, o que ocorre antes nas raças menores e, mais tarde, nas raças maiores, ele testa novamente o "poder" do líder da matilha.
Mais do que nunca é importante não deixar o cão ganhar nenhuma disputa que envolva agressividade ou contato físico.
Embora muitos cães sintam-se confortáveis sem ocupar a posição de liderança da matilha, outros tentam dominar seu dono mostrando sinais de agressividade.
Não se assuste, este é um comportamento normal, embora deva ser cuidadosamente inibido.
Para que seu cão volte a aceitar sua posição na hierarquia, continue o treino e jamais se mostre atemorizado. Todo sinal de agressividade deve fracassar; ou seja, não se afaste da vasilha de ração do seu cachorro se ele rosnar; não desista de lhe dar banho caso ele morda a sua mão, etc. Se sentir que seu cachorro o está dominando com demonstrações de agressividade e que você não conseguirá reverter a situação, procure imediatamente um profissional competente e peça-lhe ajuda.
Entendendo e Praticando a Linguagem Canina
Os cães se testam continuamente para saber quem é o líder. Como descrito anteriormente, não é necessário que briguem para estabelecer o domínio. A liderança é assegurada por atitudes e posições que formam a linguagem canina. A seguir daremos alguns exemplos da linguagem usada pelos cães e seus significados, por exemplo:
a) Um cão pode rosnar e ameaçar brigar até que o opositor saia de perto, corra ou fique numa posição que queira dizer "ok, você é o chefe". Esse é o sentido que têm as posições vulneráveis que permitem ao vencedor fazer o que quiser, inclusive tirar a vida do subordinado. Existem duas posições clássicas: ou o animal vencido se deita com a barriga virada para cima (expondo a parte frágil da barriga) ou se curva mostrando a nuca (que também é frágil). Em ambas as posições as orelhas ficam coladas à cabeça (ou para trás) e a ponta da língua permanece fora da boca.
b) Ou pode andar todo esticado em torno do oponente, com a cauda erguida e o pêlo arrepiado Isso significa: "Sou líder!" Se o outro aceitar o domínio, irá assumir uma posição de submissão; se não aceitar a hierarquia proposta, irá partir para a briga até que haja um vencedor que submeterá o outro.
Como Fazer Uso Da Linguagem Canina
Às vezes, ladrões são encontrados vivos em casas protegidas por cães ferozes que deixaram de atacar os invasores assim que esses se curvaram ou deitaram no chão e não se mexeram mais. Por sorte, os ladrões ficaram numa posição de submissão diante dos cachorros, para quem a disputa perdeu o sentido. Se esses ladrões tivessem tomado outra atitude poderiam ter morrido na ocasião. É claro que este não é um manual para ladrões, com truques de como assaltar uma casa, mas todas essas reações e comportamentos se mostram importantes para transmitir um sentimento de domínio e confiança ao animal. Por exemplo, quando o seu cachorro estiver aterrorizado com raios e trovões em meio a uma tempestade, estufar o peito e andar firmemente significa que você tomará conta da situação. Isto o acalmará. Se você, em vez disso, se abaixar e acariciar o cachorro, poderá amedrontá-lo ainda mais, pois na linguagem canina estará passando o comando para ele e mostrando que também está com medo.
Entender a matilha e o comportamento de seus membros também auxilia o treinador a aumentar a confiança de cães excessivamente submissos e corrigir comportamentos decorrentes disso. Um cão excessivamente submisso costuma urinar e virar de barriga para cima toda vez que seu dono chega em casa ou fala com ele. Nessas circunstâncias, a pior maneira de lidar com o problema é gritar com esse cão ou dar uma surra nele por urinar. Ele já está mostrando sinais de submissão e, se você gritar, isso significará que a mensagem que ele transmitiu ainda não está clara. Isso o levará a urinar mais ainda ou sair correndo.
O conhecimento de cada expressão corporal do seu cão auxilia incrivelmente a determinar a eficiência da punição, da recompensa e a prevenir ataques.
A Liderança
Desde filhotes, os cães já demonstram disposição para disputar a liderança do grupo, e as brincadeiras são fundamentais. É através delas que o cãozinho desde logo percebe como controlar a força de suas mordidas, aprende a se comportar, a brincar e a disputar.
Os líderes das matilhas geralmente indicam o rumo aos demais caminhando à frente. É possível distinguir logo cedo o cãozinho com maiores chances de ser líder pois, para onde ele vai, os outros o seguem.
Quem É o Líder da Matilha
Ser o líder da matilha significa estabelecer as regras.
Qualquer pessoa que tenha um cão e queira morar numa casa que não funcione de acordo com padrões caninos, terá todo o interesse em estabelecer as regras. Para isso, paradoxalmente, precisará se comportar como se fosse o líder da matilha.
Ao contrário do que muita gente pensa, o líder da matilha costuma ser o membro mais querido do grupo. É impressionante o carinho e a alegria demonstrados pelos cães quando o líder os agrada, ou quando volta de uma caçada ou de algum passeio. Se você conseguir ser o líder do seu cão, ele o respeitará mais e gostarámais de você.
Para Nosso Cão Nós Somos Cachorros
Para o cão, a nossa família é a matilha à qual ele pertence. É isto mesmo, para ele, nós também somos cachorros! Ele tentará descobrir qual a posição que ocupa entre os membros da família. Mesmo que goste muito das pessoas, se o seu cão acreditar que poderá liderar a matilha, irá disputar o poder com você de inúmeras formas, a maioria delas super desagradáveis! Carinho e afeto para ele não impedem disputas pela hierarquia. Ser o líder da matilha significa proteger os demais membros e impor as regras para que a matilha prospere. Podemos observar dois cães se lambendo e mostrando afetividade não muito depois de terem disputado a liderança a mordidas.
Liderando Com Violência
Uma das maneiras do cão aprender é por imitação, por isso, se uma pessoa conseguir impor respeito ao seu cão pela violência, provavelmente fará com que esse cão imite a sua técnica para obter respeito ou, quem sabe, chegue um dia a disputar violentamente com ela a posição de liderança. Alguns fortões riem, incrédulos, quando são informados de que seu cão poderá disputar algo violentamente com eles, pois dizem que o cachorro não terá a menor chance. Nisso talvez estejam certos, mas o que acontecerá se o cachorro for mostrar o que aprendeu para os filhos do Doutor Fortão ou para qualquer outra pessoa não tão vigorosa e agressiva?
Uma pessoa que grita com o seu cão ou bate nele é um péssimo líder, pois só consegue sua posição por meio de ameaças e agressões. Cães que recebem esse tipo de tratamento adquirem seqüelas graves que dificultam muito o adestramento e, às vezes, tornam-se perigosos ao redirecionar sua agressividade para alguém da casa que não consiga dominá-los. Um cão que é submetido com o uso de violência aprende que é assim que as regras são estabelecidas. Por isso, não devemos culpar nosso cão por sua agressividade quando é tratado violentamente, pois está simplesmente seguindo nosso exemplo.
Existem inúmeras maneiras de nos tornarmos líderes de nossos cães sem praticar nenhuma violência. Qualquer tipo de agressão contra o animal atrapalha o condicionamento e altera negativamente seu padrão de comportamento. A violência não é uma maneira eficiente de se comunicar com seu cão ou de puni-lo.
Ande Na Frente
Como o líder geralmente anda à frente, a maioria dos cães procura ocupar essa posição. Modificar esse comportamento já é uma boa maneira de controlar a escalada da hierarquia pelo seu cão. Mas como fazer isto? É muito fácil, simplesmente engane o seu cachorro algumas vezes, finja que vai para um lado, vire para o lado oposto e saia andando; quando ele ultrapassá-lo novamente, vire para o outro lado, e assim por diante. Não demorará muito para que ele desista de andar à frente e passe a prestar mais atenção a seus movimentos. Pronto, não doeu nada e, por incrível que pareça, esse cachorro já estará em melhores condições de ser educado e treinado. O mesmo cuidado deve ser tomado ao passar por portas ou portões: sempre conduza seu cão. Algumas pessoas ficam impressionadas com o fato de seu cão magicamente deixar de fazer xixi pela casa ou de parar de morder as visitas, simplesmente por terem exigido que ele esperasse que elas passassem em primeiro lugar. De mágica isso não tem nada. O fato é que, ao restaurar o domínio, automaticamente outros comportamentos foram alterados, como o da demarcação de território.
Inverta A Situação
Quando o seu cão latir ou pedir de alguma maneira que você o alimente, leve-o para passear ou qualquer outra coisa; se você o satisfizer imediatamente, estará obedecendo as ordens dele, e ele interpretará isso como uma prova de que ele é o líder do grupo. Por isso, não entenderá nada quando for corrigido ao demarcar o seu território, ou ao decidir quem entra ou não na sua casa. Não é preciso fazer seu cão passar fome, nem deixar de ir passear com ele para resolver esse problema. A situação é invertida simplesmente se comandarmos algo ao cachorro antes de fazer o que ele está esperando. Qualquer comando serve, mas para cachorros mais mandões é aconselhável algo como o comando "deita", pois um simples "senta" ou então "dá a pata" não se mostram suficientemente eficazes. O que fazer se ele não obedecer? Ignore-o completamente e não faça o que ele quer ou está esperando. Resultados surpreendentes podem ser obtidos com essa técnica. Mas é importantíssimo que não haja nenhum tipo de correção ou castigo caso o cachorro não o obedeça. Lembre-se de que o tom de voz ao dar o comando deve ser normal; não é necessário falar alto. A audição dos cães é muito superior à nossa e seu cachorro terá todo o interesse em obedecê-lo, caso contrário, além de não conseguir o que quer, será ignorado por seu querido dono.
Alguns cães recusam-se a executar comandos, abrindo mão até de alimento como forma de testar a liderança. Mais cedo ou mais tarde, porém, eles se convencem de que você é o líder e de que a sobrevivência deles depende de você.
Ganhe Respeito E Dê Bons Exemplos
A questão da liderança é importantíssima para o treinamento. Ser um líder não é tão difícil, mas ser um ótimo líder demanda treinamento, conhecimento e atenção. Quanto mais respeito e mais carinho o seu cão sentir por você, mais fácil e mais prazeroso será o adestramento. Ele terá todos os motivos do mundo para querer obedecê-lo.
Um líder perfeito só passa bons exemplos aos seus subordinados e não exige respeito - ganha-o.
Infelizmente, boas intenções não bastam, portanto não aconselho que se brinque com a boca do cachorro ou se permita que ele a use para disputar algum objeto com você, fazendo cabo-de-guerra. Se você ou qualquer pessoa estiver do outro lado do brinquedo, embora o que se tenha em mente seja um divertimento, poderá estar incentivando o cão a utilizar a boca e a disputar fisicamente com quem estiver na outra extremidade. Quando o cachorro brinca de mordê-lo, adquire confiança e aprende a usar sua arma (boca) contra você. Quando brincamos de puxa-puxa, para o cachorro isso pode ser uma disputa de liderança, e ele a ganha cada vez que sai com o objeto na boca. Pode parecer inofensivo, mas, se ocorrer algum problema ou disputa na hierarquia, alguém poderá sair machucado. Se não estiver disposto a parar ou evitar essas brincadeiras, pelo menos tenha certeza de que será você quem sairá vencedor e não seu cachorro.
Devemos ganhar, sempre, qualquer disputa física.
E por último, quando seu cão se comportar ou mostrar submissão, elogie-o. Assim, além de mostrar que você é o líder, dará a ele o prêmio de receber atenção ao deixar que você ocupe essa posição.
Aplicação Da Lei Da Matilha:
1. Seja o líder da matilha.
2. Ganhe respeito e não o exija.
3. Faça o seu cão merecer o que quer e o quem precisa: peça-lhe para executar algum comando simples antes de receber comida, sair para passear, ou quando quiser que você abra a porta para ele, etc.
4. Caminhe na frente do seu cachorro e passe sempre antes dele por portas e portões.
5. Nunca grite ou bata em seu cachorro.
6. Jamais deixe que ele ganhe qualquer disputa física. Se você tiver que segurá-lo, qualquer não o solte se ele espernear ou mordê-lo. Só o solte quando você decidir, e de preferência quando ele parar de espernear.
7. Não deixe que ele o morda, nem de brincadeira, e evite as disputas de cabo-de-guerra.
8. Não o machuque e nem o enforque.
9. Elogie a submissão dele a você e aos demais membros de sua família.
Veja nas ilustrações a seguir e entenda o que significa os diferentes gestos e posturas que o seu cão faz o tempo todo:
 
10 Dicas Para Iniciar na Educação do Seu Cão
Assim como na natureza, na vida selvagem, o cão também tem de esforçar-se para ter a boa vida que merece, em sua casa, não pode nem deve ser diferente. Seja o líder desde o primeiro momento de encontro com o cão até o fim da sua vida, isso fará com que o seu cachorro tenha uma vida equilibrada e feliz.
Por mais difícil que seja, tudo começa a partir do tipo da relação que você terá com o seu cachorro. Dar carinhos e mimos em excesso é algo que nos faz bem (realmenteé prazeroso). Para evitar qualquer incômodo na relação entre você e o seu cão, pode-se começar a seguir 10 dicas simples que irão lhe auxiliar na educação do cachorro.
1. Eduque e estabeleça regras, desde cedo, ao seu cão. Independente da idade, todos irão aprender qual é o próprio limite. O importante é começar assim que chegar ao lar onde irá viver por toda a vida. É claro que cães mais velhos exigem mais dedicação, pois possuem alguns hábitos já definidos e precisam deixar de tê-los.
2. Numa educação firme, não quer dizer que tenha de existir agressividade. O respeito deve estar sempre presente. Para um bom resultado é necessário que seja combinado o respeito com a gentileza, a motivação com a dedicação; bastando, muitas vezes, apenas cinco minutos diários para se ter o resultado desejado.
3. Preste SEMPRE atenção no comportamento do seu cão e como este reage aos seus comandos, pois, se ele não obedece em sua residência, fora dela, não será diferente. Então, seja firme, sem ser agressivo, e reforce, com carinho ou petisco, apenas quando o cão fizer o que você deseja. Assim, ele logo irá perceber que se lhe obedecer será recompensado.
4. Seja sempre mais teimoso que o seu cão, aprenda a controlar as suas emoções e a firmeza em sua postura e voz. Nunca eduque o seu cachorro quando estiver nervoso, com raiva ou impaciente. Não será dessa forma que obterá o seu respeito.
5. Procure socializar o cão com o maior número de pessoas, animais e ambientes que lhe for possível. Quanto mais cedo e maior for essa experiência, mais sociável ele será e menores serão os riscos de acidentes.
6. Quando chamar o seu cão pelo nome, jamais o faça junto a castigo ou qualquer tipo de repressão. O nome deve ser sempre associado à motivação ou qualquer tipo de ação positiva; se fizer o oposto, algo que infelizmente é comum, o cão irá hesitar e até mesmo evitar a aproximação toda vez que for chamado por seu próprio nome.
7. Jamais esqueça de praticar atividade física com o seu cão. Além de ser uma ótima ferramenta na diminuição da ansiedade e na manutenção da saúde do animal, o exercício também traz benefícios para você, que o pratica junto a ele, reforça os laços nessa relação, que deve ser cada vez melhor construída e diminui comportamentos destrutivos.
8. Todos os membros da família devem participar dessa educação. Porque se as ordens e os limites não forem bem-definidos, o cão ficará confuso e não saberá como agir. Quando os membros da família agem como uma unidade, não existem incômodos.
9. Seja regular nas idas ao veterinário, respeite a cartilha de vacinação e procure sempre manter o cão saudável. Quando se conhece o animal, o menor desvio de comportamento é sinal de que algo está errado e, muitas vezes, isso é causado por dores ou doenças.
10. Ao educar o cão, preocupe-se com o momento certo de reforçar um comportamento. Um reforço malfeito é capaz de desfazer todo um bom trabalho. Só dê atenção quando o animal fizer algo que você realmente deseja. Um bom exemplo seria: ao chegar em casa, o cão pula em você; em vez de procurar afastá-lo, simplesmente, ignore-o e só dê atenção quando ele se acalmar. Desta forma, ele aprenderá que só irá receber atenção ao manter-se calmo e tranquilo.
Você pode dar carinho e atenção, mas nunca esqueça que isso deve ocorrer em momentos adequados e jamais aja por impulso. Ao educar um cão recém-chegado, estará evitando um problema mais tarde. O que nós desejamos é que essa relação seja a mais duradoura e agradável possível.
Uma matilha equilibrada e com regras claras não cria membros com desvios de comportamentos ou qualquer possibilidade de existir incômodos e, muito menos, acidentes. Todos na matilha têm responsabilidades e regras a cumprir.
Na natureza, o lobo ou cão alfa tem a função de liderar e ditar as regras, e existe, por exemplo, aqueles que servem de sentinelas quando os demais descansam, enfim, todos precisam conhecer o seu papel no meio em que vivem, seja na natureza ou na cidade, em uma matilha ou apenas entre o cão e seu único dono(a).
 
Quando se Aplica a Recompensa e a Punição
A educação é realizada por meio de reforço positivo para o cão (recompensa) e não para você. Portanto, é de extrema importância que isso fique claro, e, desta forma, possa se realizar de uma maneira que o cachorro perceba que será bom para ele obedecer e responder ao adestramento e à educação que recebe.
Saiba que existe o reforço negativo (punição) e o reforço positivo (recompensa), dois reforços importantes de serem conhecidos e aplicados no momento exato. Um exemplo de reforço negativo é quando um cachorro puxa demais a coleira durante o passeio e você faz com que o enforcador entre em ação todas as vezes que isso acontece, o cão irá perceber que se não puxar a coleira não irá apertar o seu pescoço e irá, desta forma, parar de puxar a guia no passeio.
Já um bom exemplo de um reforço positivo é oferecer uma recompensa, petisco ou fazer festa quando o cão fizer as suas necessidades exatamente onde se deseja.
O objetivo da recompensa é, literalmente, fazer o que a palavra significa, recompensar, presentear o animal com a ação que foi realizada por ele. Então, quando você presenteia de forma agradável e positiva, dando carinho e petiscos, está literalmente reforçando aquela ação que o cachorro fez. No exemplo anterior, do cão que puxa a guia, o enforcador funciona de forma negativa por simplesmente impedir uma ação indesejada, que é a de puxar a guia.
Então, já sabendo que uma recompensa positiva reforça uma ação feita pelo cão, deve-se prestar atenção ao que irá presentear e como, pois é isso que faz a diferença entre um cão bem-educado e um com desvios de comportamento.
Existem várias formas de reforçar seu cão positivamente. Temos petiscos, palavras de motivação, afeto e brinquedos. Não importando qual seja o prêmio, este deve ser dado assim que o cão executar aquilo que se deseja.
Particularmente, gosto do afeto e palavras de motivação como presente, apesar de saber que para alguns cães o petisco tem bons resultados na fase de aprendizado, além de acelerar o ensinamento.
Então, com esses animais, presenteio com petisco, mas, com o tempo, troco o petisco pelo afeto e pelas palavras de motivação.
É natural o seu cão ser capaz de aguardar a recompensa conforme o treinamento evolui.
É importante ter paciência durante todos os momentos da educação do seu filhote, não se deve obrigar o cachorro a nada. Porque, dessa forma, ele não irá aprender e você ficará cada vez mais frustrado(a). Sempre que estiver ensinando o seu cão, faça-o de forma calma e divertida, use esse tempo para interagir com ele, conhecê-lo um pouco mais e aproveitar cada momento.
É fato que para aprendermos é preciso ter atenção àquilo que fazemos, e com os animais não é diferente. Os lobos aprendem com as suas mães e com toda a matilha na qual estão inseridos. Sabem quando têm de caçar ou fugir, o momento de ficarem silenciosos ou barulhentos, qual planta podem ou não comer, qual animal devem caçar e dentre outras coisas. A atenção é importante para aprender, quando se tem mais atenção, mais se aprende, mais rápido e eficiente é o ensinamento, e isso deve ser aplicado na educação do seu cão.
Já que o cachorro está todo o tempo observando todos os membros da família, aprendendo com cada um e conhecendo cada qual de forma tão profunda que muitos sequer imaginam, então, por que não usar isso a nosso favor?
Quanto mais agradável for o adestramento mais o cão irá querer ficar com você, sendo assim, vamos usar essa atenção natural como ferramenta para nos auxiliar na aprendizagem do cão:
1. Quando der carinho ou brinquedo, deixe-o desfrutar o máximo que puder e quando ele estiver totalmente entregue, pare de fazer carinho ou retire o brinquedo, deixando um gosto de “quero mais”, se ele ficar em cima, literalmente, ignore-o, devolvendo aquilo que o seu cachorro quer somente quando ele ficar quieto e calmo. Com o passar do tempo, aumente os intervalos gradativamente e, logo, o seu cachorro vai entender que deve ficar quieto para tero que deseja de você.
2. Não force o cão a fazer aquilo que deseja, ensina-o de forma prática e procure sempre estimular com brincadeiras e recompensas positivas.
3. Ignorar o seu cão é a pior das punições e a mais eficiente. Não agrida, não grite, e, sim, ignore-o quando ele estiver fazendo alguma coisa errada, como latir em excesso ou pedir carinho em momento desnecessário.
É você que decide quando deve dar atenção, não o seu filho de 4 patas. Como todas as artes, ignorar leva tempo, paciência e aprendizado, mas o resultado é fantástico.
Um bom adestramento ou educação não deixará seu cão ou qualquer outro animal como um robô, o principal resultado é a melhora da comunicação entre vocês. Ele continuará sendo o cão e tendo as próprias necessidades, como correr e brincar, mas, assim que você pedir por algo, ele irá atendê-lo tão feliz quanto prontamente.
Durante todo o momento em que o cão está aprendendo, teremos de impedir que um comportamento indesejado aconteça, se este já existe, então, iremos diminuir gradativamente a intensidade do mesmo para que se chegue a um momento em que o desvio comportamental seja completamente esquecido e assim inexistente.
O caminho mais correto a seguir é punir o cão todas as vezes em que o animal fizer algo que não desejamos. Por exemplo: se o cão pula inúmeras vezes em você, para punir essa ação podemos usar um spray com água e borrifar o líquido no focinho do cão. O importante é criar uma sensação que seja realmente desagradável ao cão, mas sem a necessidade de ter violência envolvida.
Quando a punição é feita no momento exato, com intensidade certa e de forma precisa, acredite, o cão rapidamente deixa de se comportar mal.
Brinquedos para Distração Divertimento e Redução do Estresse
Além de tratar-se de um divertimento para seu cão, os brinquedos ajudam a evitar que ele eleja o pé da mesa, o controle remoto da televisão ou outras peças de uso doméstico como objetos próprios para serem roídos e/ou destruídos.
Os brinquedos também diminuem o estresse e auxiliam incrivelmente no adestramento.
Os cãezinhos, como as crianças, costumam enjoar dos brinquedos, portanto é aconselhável trazer sempre novidades e guardar parte dos brinquedos mais antigos, por algum tempo, para depois devolvê-los ao filhote. Pode ser também que seu cão se apaixone por um brinquedo e passe a idolatrá-lo. Ótimo!, você já terá, então, uma excelente ferramenta para o adestramento, que poderá ser usada como recompensa!
Para demonstrar que os brinquedos são para o seu cãozinho, brinque com os que estiver trazendo para ele e incentive-o a fazer o mesmo. Dessa forma você estará deixando claro quais são os objetos que seu cão tem permissão para mastigar e brincar.
Os brinquedos mais recomendados são os de borracha mole ou de náilon duro, grandes o suficiente para que o cão não os engula.
Dicas: Congelar o brinquedo antes de dar ao seu filhote alivia a dor que ele sente na gengiva na troca de dentição, controlando melhor a ansiedade que ele tem de roer tudo.
Existem ainda alguns brinquedos que, além de aliviar o estresse, proporcionam algum tipo de jogo que envolve o seu cão e estimula seus reflexos ou seu raciocínio.
Atenção: Há objetos e produtos que não devem ser empregados como brinquedos.
Devemos tomar cuidado com produtos naturais pois, se não esterilizados corretamente, poderão contaminar seu cachorro com vírus ou bactérias.
Tenha cuidado ao escolher os brinquedos para o seu cão, pois muitos deles podem causar sérios prejuízos a saúde do animal ou até mesmo matá-lo.
Conforme a médica veterinária Paola Lazaretti, do Hospital Veterinário da Universidade de São Paulo, muitos cães são socorridos por danos causados por brinquedos inadequados, que causam desde quebra de dentes até obstruções gastrointestinais.
Outros brinquedos, apesar de não causar nenhum dano imediato ao cão, podem, com o tempo, gastar excessivamente os dentes do animal. Essa categoria abrange os ossos naturais ou defumados, além de outros brinquedos duros.
Objetos não-digeríveis, como bolas de gude, apitos, pedaços de borracha, sininhos, linha, etc., que possam ser engolidos pelo cão, podem causar obstrução do aparelho digestivo.
Para evitar problemas, procure brinquedos para cães que não despedacem a fim de que seu cachorro não corra o risco de engolir parte deles, que não liberem nenhum produto químico nocivo e que não gastem excessivamente os dentes do seu cão. Brinquedos digeríveis podem ser "comidos" sem grandes problemas, como os courinhos para cães.
Brinquedos Recomendados
Bolas de tênis: São resistentes, podem molhar e não despedaçam. Algumas raças de cães conseguem furá-las com os dentes, murchando-as.
Brinquedos de borracha macia: Alguns brinquedos de borracha macia são indestrutíveis, permitem que o cachorro os morda sem gastar ou quebrar os dentes e pulam de maneira desordenada, aumentando a diversão com o brinquedo.
Brinquedos de materiais digeríveis: Apesar de poderem ser despedaçados e engolidos, não causam obstrução do aparelho digestivo pois são digeríveis.
Ossos de náilon duro: São brinquedos de excelente qualidade, não desgastam os dentes excessivamente e alguns deles podem até prevenir acúmulo de tártaro. "Cubo Mágico": Este cubo, dependendo da maneira pela qual é virado, solta quantidades variadas de ração. Brinquedos deste tipo estimulam o raciocínio do cão e podem entretê-los por horas. São recomendados para cães ansiosos e ativos.
Cuidado Com Estes Brinquedos !
Ossos naturais: Devem estar esterilizados para que não haja perigo de contaminações. Podem gastar excessivamente os dentes do cão e até quebrá-los, além do risco de perfurar o esôfago, estômago e intestino.
Bichos de pelúcia: Podem ser despedaçados e engolidos causando problemas à saúde do animal.
Bolas de gude: Podem quebrar os dentes do cão, podem ser ingeridas ou, se quebradas, podem machucar a boca do cão.
Bolas ou brinquedos de borracha que se despedaçam: Podem ser engolidos pelo cão, causando obstruções no aparelho digestivo.
Plaquetas De Identificação
Plaquetas de plástico: Não enferrujam. A marcação deve ser em relevo para não se apagar facilmente.
Plaquetas de metal: Procure metais que não enferrujam, como latão, aço ou alumínio.
A coleira pode ser colocada no cão desde o período em que ele ainda é um filhote, mas lembre-se de reajustar o tamanho com freqüência, já que os filhotes crescem muito rápido. Caso seu cão fique muito constrangido ou se machuque tentando tirá-la, coloque-a por períodos curtos nas horas de distração ou ao alimentá-lo, aumentando aos poucos o tempo em que seu cão fica com ela.
Coleiras E Guias
A coleira deve estar sempre no cachorro, independentemente de você o estar treinando ou não. A coleira, além permitir que você contenha o cachorro em situações de emergência, segurando-a, também possibilita, se tiver o nome e o telefone gravados, ,a identificação do seu cão, caso ele fuja ou se perca.
A coleira, assim como qualquer equipamento de contenção, deve ser confiável. Você precisa ter certeza de que ela não arrebentará quando você estiver contendo seu cachorro para que ele não atravesse uma avenida, por exemplo.
Além de confiável, ela deverá ser confortável e antialérgica.
A coleira deve estar justa no pescoço do cão para evitar que ele se enrasque em algo e possa se machucar ou mesmo se enforcar. Para isso, ajuste a coleira de modo que você consiga enfiar o dedo entre ela e o pescoço do seu cão sem esforço, mas também sem espaço de sobra.
É comum alguns cães desenvolverem alergia à coleira, portanto, caso isto ocorra, procure uma coleira e outro material.
Não se esqueça de colocar algum tipo de identificação na coleira para que seu cão possa ser devolvido caso se perca ou fuja.
Coleiras de couro: São resistentes e duram bastante, mas podem começar a apodrecer ou cheirar mal se ficarem molhadas. Algumas têm borda arredondada para evitar que seu uso contínuo marque o pêlo.
Coleiras de náilon: Costumam desbotar, mas permanecem muito mais limpas e raramente cheiram mal.
Fivelas: Dê preferência às coleiras com fivelas,

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