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26 Princípios Administrativos em Quadros Esquematizados

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SOBRE ESTE MATERIAL 
Olá, tudo bem com você? Este é um material exclusivo da Escola do Mazza 
(www.escoladomazza.com.br), feito com muito carinho para você. 
Este e-book é parte do conteúdo dos meus cursos na Escola. 
O objetivo deste material é oferecer uma base sólida em Direito Administrativo para sua 
aprovação nos concursos públicos mais concorridos do Brasil. 
Estude direitinho porque este e-book esgota completamente o assunto de que ele trata e 
você nunca mais vai errar nada nesse tema, seja qual for o concurso que deseja prestar 
O Direito Administrativo costuma ser uma das maiores disciplinas dos editais e, por várias 
razões, os candidatos temem nossa matéria. Mas não será o seu caso. Vamos trabalhar um 
conteúdo bastante completo e profundo, como você nunca viu, mas de forma bastante 
didática, resolvendo seu problema com a matéria. 
Não são poucos os obstáculos que uma preparação em altíssimo nível em Direito 
Administrativo apresenta: falta de um código sistematizando a disciplina, diplomas 
normativos caóticos e de má qualidade, divergência doutrinária, jurisprudência confusa. 
Isso sem falar que você ainda tem todas as demais matérias para estudar. Não é fácil. Mas 
vou te ajudar. 
O ponto de partida para construção dos meus materiais é sempre o que tem sido perguntado 
recentemente pelas bancas. Meu objetivo é que você passe rapidamente no concurso dos 
seus sonhos estudando o essencial e indispensável para atingir esse objetivo. Não precisa 
saber tudo, nem aprofundar exageradamente como se fosse uma pós-graduação, mas tem 
que saber exatamente o que cai na prova. E quanto a isso não se preocupe porque essa é a 
minha parte. 
Vamos combinar assim: você faz a sua parte dando 100% ao estudar e a minha parte é dar 
meus 100% oferecendo um conteúdo incrível e focado na sua aprovação. 
Combinado?
Eu PRECISO QUE VOCÊ PASSE. 
Outra coisa: fiz esse material gratuito com muito carinho pra você, ele é seu. Preciso que 
você repasse este material aos seus amigos que também precisam ser aprovados. Pode 
circular este e-book à vontade, pra mim isso será excelente pra divulgar meu trabalho. 
Obrigado 
Mazza 
Instagram: @professorMazza 
Youtube: Canal do Mazza 
 
Conheça os cursos da Escola: (www.escoladomazza.com.br) 
 
 
http://www.escoladomazza.com.br/
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QUEM SOU EU 
Eu sou Alexandre Mazza, tenho 44 anos. Sou casado com a Tatiana, que é Procuradora do 
Estado/SP, e temos duas filhas, a Duda (12) e a Luísa (8). 
Sou bacharel (1998), Mestre (2003) e Doutor (2009) em Direito Administrativo pela PUC/SP, 
tendo como orientador no Mestrado e Doutorado o Professor Celso Antônio Bandeira de 
Mello. Tive também o privilégio de estudar no exterior fazendo meu Pós-Doutorado em 
Coimbra (2018) e Salamanca (em conclusão). No meu Mestrado escrevi sobre o Regime 
Jurídico das Agências Reguladoras; no Doutorado defendi a tese sobre a Relação Jurídica de 
Administração Pública, ambos trabalhos publicados em livro pelas Editoras Malheiros e 
Saraiva, respectivamente. 
No Pós-Doutorado em Coimbra/Portugal pesquisei sobre a intersecção entre Direito 
Administrativo e a teoria dos Direitos Humanos, sustentando que todas as decisões da 
Administração Pública contrárias aos Direitos Humanos são juridicamente inexistentes 
autorizando desobediência civil pelos particulares. Em Salamanca/Espanha, minhas 
pesquisas são sobre Direito Administrativo na perspectiva dos direitos sociais. 
Embora eu tenha me dedicado bastante à formação acadêmica, minha grande paixão sempre 
foi dar aula. Logo que me formei em 1998, um mês depois eu já era professor de cursinho. 
Todo o restante da minha vida profissional – como livros, palestras, pesquisas, 
aperfeiçoamento – surgiu em função das minhas aulas e d@s alun@s. Meu objetivo central 
é ser um professor cada vez melhor, ensinando os temas mais sofisticados de maneira clara 
e objetiva. 
Tenho cerca de 20 livros publicados, sendo os mais conhecidos o Manual de Direito 
Administrativo e o Manual de Direito Tributário, ambos pela Editora Saraiva, feitos para 
aprovação em concursos públicos. 
É importante te dizer isso: sempre dei aula em cursinho. Há 20 anos essa é minha maior 
paixão: ajudar @s alun@s a conseguir aprovação nos concursos mais concorridos do Brasil. E 
quero te ajudar também! 
Exerci algumas outras atividades na área jurídica: fui assessor parlamentar do Presidente da 
Câmara Municipal de São Paulo; advoguei dando consultoria a um grande escritório na área 
de contratos de infraestrutura; já dei centenas de palestras em praticamente todos os 
Estados brasileiros (só faltam 3 para fechar o Brasil todo!). Mas eu gosto mesmo é de dar 
aula. 
Nos últimos anos tenho investido também na utilização de estratégias diferenciadas para 
memorização de conteúdo jurídico, como audiolivros, paródias jurídicas, além do uso 
intensivo das redes sociais para difundir gratuitamente conteúdo a alun@s de todo Brasil. 
Conte sempre comigo,
Eu PRECISO QUE VOCÊ PASSE!
 
Abs,
do seu professor de Direito Administrativo, 
Alexandre Mazza 
 
 
 
 
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1. ESQUEMATIZANDO 
 
QUAL A IMPORTÂNCIA DOS PRINCÍPIOS 
Os princípios administrativos desempenham a tarefa de conferir unidade e sistematização ao ramo, o que, 
nas outras disciplinas jurídicas, é realizado pelas codificações. Assim, a falta de codificação aumenta a 
importância sistêmica dos princípios no Direito Administrativo brasileiro. 
 
 DUPLA FUNÇÃO DOS PRINCÍPIOS 
Integrativa 
É a função que surge para superar ausências normativas, ou seja, permite que 
os princípios atuem no processo de preenchimento de lacunas normativas 
ante a ausência de regra expressa para disciplinar determinada situação. 
Hermenêutica 
Também conhecida como função interpretativa, permite que o operador do 
Direito possa recorrer aos princípios do Direito Administrativo sempre que vier 
a se deparar com uma dúvida sobre o significado de determinada norma 
jurídica. 
 
Interesse Público Primário Interesse Público Secundário 
Interesse da coletividade Interesse patrimonial do estado 
Verdadeiro interesse público Falso interesse público 
Aplicação adequada do Direito Aplicação inadequada 
Supremacia sobre interesse privado Igualdade com interesse privado 
Sua defesa é legítima por si mesma 
Defesa só é legítima se compatível com o interesse 
primário 
 
Princípios Expressos ou Explícitos 
Princípios Reconhecidos, Implícitos ou 
Doutrinários 
Legalidade Autotutela 
Impessoalidade Obrigatória Motivação 
Moralidade Finalidade 
 
 
 
 
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Publicidade Razoabilidade 
Eficiência Proporcionalidade 
Devido Processo Legal Responsabilidade 
Contraditório Segurança Jurídica 
Ampla Defesa Boa Administração 
Celeridade Processual Sindicabilidade 
Participação Continuidade 
 Supremacia do Interesse Público 
 Indisponibilidade 
 Descentralização 
 Presunção de Legitimidade 
 Isonomia 
 Hierarquia 
 Republicano 
 Democrático 
 Dignidade da Pessoa Humana 
 Realidade 
 Responsividade 
 Sancionabilidade 
 Ponderação 
 Subsidiariedade 
 Consensualidade 
 Monocrático 
 Colegiado 
 Coerência 
 
 
 
 
 
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BLOCO DA LEGALIDADE 
a) Constituição Federal; 
b) Emendas Constitucionais; 
c) Constituição Estadual; 
d) Leis Orgânicas; 
e) medidas provisórias; 
f) tratados e convenções internacionais; 
g) costumes; 
h) atos administrativos normativos, como decretos e regimentos internos; 
i) decretos legislativose resoluções (art. 59 da CF); 
j) princípios gerais do direito. 
LEMBREM-SE: pelo princípio da juridicidade, os agentes públicos estão obrigados a respeitar a lei e 
outros instrumentos normativos existentes na ordem jurídica. Fala-se em um “bloco de legalidade” 
integrado por diversos veículos normativos. 
 
 Legalidade Privada Legalidade Pública 
Destinatário Particulares Agentes públicos 
Princípio Fundamental Autonomia da vontade Subordinação à lei 
Conceito 
Podem fazer tudo o que a lei não 
proíbe ou obriga 
Só podem fazer o que a lei 
autoriza 
Lacuna Legislativa Equivale a uma permissão Equivale a uma proibição 
Norma Geral Implícita Permissiva Proibitiva 
Conteúdo da Norma Geral 
Implícita 
Em princípio, tudo é permitido Em princípio, tudo é proibido 
Significado da Norma Específica 
Normas permissivas excepcionam 
proibições gerais ou reforçam 
liberdades 
Normas proibitivas excepcionam 
permissões gerais ou reforçam 
vedações 
 
NEPOTISMO 
QUEM PODE SER NOMEADO QUEM NÃO PODE SER NOMEADO 
 
 
 
 
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Primos, Sobrinhos-Netos E Tios Avós 
cônjuge; companheiro; pais; padrasto; madrasta; avós 
(bisavós etc.); filhos; netos (bisnetos etc.); irmãos; tios 
(e seus cônjuges); sobrinhos (e seus cônjuges); sogros 
(inclusive padrasto e madrasta); genros (e seus 
cônjuges); noras (e seus cônjuges); enteados do 
cônjuge/companheiro; avós do cônjuge/companheiro; 
filhos do cônjuge/ companheiro; bisnetos do 
cônjuge/companheiro; tios do cônjuge/companheiro (e 
seus cônjuges); sobrinhos do cônjuge/companheiro (e 
seus cônjuges). 
 
LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO (L. 12.527/2011) 
Pessoas privadas estranhas à estrutura estatal em princípio não estão vinculadas ao cumprimento da Lei 
de Acesso à Informação, exceto quanto à aplicação de recursos públicos eventualmente recebidos pela 
entidade, sem prejuízo das prestações de contas a que estejam legalmente obrigadas (art. 2º). 
A parte mais importante da Lei n. 12.527/2011, para concursos públicos, são prazos máximos de sigilo. 
Nos termos do art. 23, a informação considera-se: 
• a) ultrassecreta: tendo 25 anos como prazo máximo de sigilo contados da data de sua produção; 
• b) secreta: com sigilo de no máximo 15 anos; 
• c) reservada: com sigilo de no máximo 5 anos. 
DICAS 
DICA 01 DICA 02 DICA 03 
§ 2º As informações que 
puderem colocar em risco a 
segurança do Presidente e Vice-
Presidente da República e 
respectivos cônjuges e filhos(as) 
serão classificadas como 
reservadas e ficarão sob sigilo 
até o término do mandato em 
exercício ou do último mandato, 
em caso de reeleição (Art. 24, § 
2º); 
Transcorrido o prazo de 
classificação ou consumado o 
evento que defina o seu termo 
final, a informação tornar-se-á, 
automaticamente, de acesso 
público (Art. 24, § 4º); 
As informações pessoais relativas à 
intimidade, vida privada, honra e 
imagem terão seu acesso restrito, 
independentemente de 
classificação de sigilo e pelo prazo 
máximo de 100 (cem) anos a contar 
da sua data de produção, a agentes 
públicos legalmente autorizados e à 
pessoa a que elas se referirem (Art. 
31, § 1º) 
 
PRINCÍPIO DA EFICÊNCIA, VETORES: 
• a) economicidade; 
• b) metas de desempenho; 
• c) redução de desperdícios; 
• d) controle de resultados; 
• e) qualidade; 
 
 
 
 
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• f) rapidez; 
• g) produtividade; 
• h) rendimento funcional. 
LEMBREM-SE: eficiência é o modo como é exercida a função administrativa; eficácia está relacionada 
aos meios e instrumentos empregados pelo agente; e efetividade está voltada para os resultados 
concretos da atuação. 
 
TEORIA DOS ATOS PRÓPRIOS PROTEÇÃO À CONFIANÇA LEGÍTIMA 
Exige a legalidade do ato vinculante anterior. Aplica-se na hipótese de atos inválidos. 
Exige uma mesma relação jurídica. Não depende da unidade de relação jurídica. 
 
DECORRÊNCIAS DA CONTINUIDADE DO SERVIÇO PÚBLICO 
Limitação ao direito de greve dos servidores públicos. 
Restrição à aplicabilidade da “exceptio non adimpleti contractus”. 
Possibilidade de intervenção na concessionária. 
Ocupação provisória de bens, pessoal e serviços do contratado. 
Reversão de bens do concessionário. 
Encampação do contrato de concessão. 
Suplência, delegação e substituição de servidores públicos. 
 
ISONOMIA 
Não caracterizam violação à isonomia as diferenciações realizadas pela lei e/ou pela Administração Pública 
quando houver coerência entre a distinção e o tratamento diferenciado decorrente. 
 
PRINCÍPIOS MEIO PRINCÍPIOS FIM 
Legalidade Impessoalidade 
Publicidade Moralidade 
Participação Eficiência 
 
 
 
 
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Duração razoável Devido processo material 
Devido processo formal Razoabilidade 
Ampla defesa Proporcionalidade 
Contraditório Finalidade 
Autotutela Isonomia 
Obrigatória motivação Boa administração 
Segurança jurídica 
Obrigatoriedade 
Continuidade do serviço 
Hierarquia 
Responsabilidade 
Especialidade 
Presunção de legitimidade 
Supremacia do interesse público 
Indisponibilidade do interesse público 
 
INCISO ENUNCIADO PRINCÍPIO CORRESPONDENTE 
I Atuação conforme a lei e o Direito. Legalidade 
II 
Atendimento a fins de interesse geral, 
vedada a renúncia total ou parcial de 
poderes ou competências. 
Finalidade 
III 
Objetividade no atendimento do interesse 
público, vedada a promoção pessoal de 
agentes ou autoridades. 
Impessoalidade 
IV 
Atuação segundo padrões éticos de 
probidade, decoro e boa-fé. 
Moralidade 
V 
Divulgação oficial dos atos administrativos, 
ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas 
na Constituição. 
Publicidade 
 
 
 
 
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VI 
Adequação entre meios e fins, vedada a 
imposição de obrigações, restrições e 
sanções em medida superior àquelas 
estritamente necessárias ao atendimento 
do interesse público. 
Proporcionalidade 
VII 
Indicação dos pressupostos de fato e de 
direito que determinarem a decisão. 
Obrigatória Motivação 
VIII 
Observância das formalidades essenciais à 
garantia dos direitos dos administrados. 
Segurança Jurídica 
IX 
Adoção de formas simples, suficientes 
para propiciar adequado grau de certeza, 
segurança e respeito aos direitos dos 
administrados. 
Informalismo 
X 
Garantia dos direitos à comunicação, à 
apresentação de alegações finais, à 
produção de provas e à interposição de 
recursos, nos processos de que possam 
resultar sanções e nas situações de litígio. 
Contraditório e Ampla Defesa 
XI 
Proibição de cobrança de despesas 
processuais, ressalvadas as previstas em 
lei. 
Gratuidade dos processos 
administrativos 
XII 
Impulsão, de ofício, do processo 
administrativo, sem prejuízo da atuação 
dos interessados. 
Impulsão Oficial ou Oficialidade 
XIII 
Interpretação da norma administrativa da 
forma que melhor garanta o atendimento 
do fim público a que se dirige, vedada 
aplicação retroativa de nova 
interpretação. 
Segurança Jurídica

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