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TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO Módulo 401 –Transtornos Mentais e de Comportamento 2 GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL Agnelo Queiroz SECRETÁRIO DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL E PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÚDE - FEPECS Rafael Aguiar Barbosa DIRETOR-EXECUTIVO DA FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA EM CIÊNCIAS DA SAÙDE – FEPECS Luciano Gonçalves de Souza Carvalho DIRETOR DA ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – ESCS Mourad Ibrahim Belaciano COORDENADOR DO CURSO DE MEDICINA Paulo Roberto da Silva ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde 3 Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde – FEPECS Escola Superior de Ciências da Saúde – ESCS Transtornos Mentais e de Comportamento Módulo 401 Módulo do Estudante Grupo de Planejamento Maria Dilma Alves Teodoro Nancy Luiza C. Oliveira Ricardo Augusto V. Aboudib Brasília FEPECS/ESCS 2011 Módulo 401 –Transtornos Mentais e de Comportamento 4 Transtornos mentais e de comportamento : módulo 401 : manual do estudante / Maria Dilma Alves Teodoro ... [et al.]. -- Brasília : Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde / Escola Superior de Ciências da Saúde, 2011. 31 p. (Curso de Medicina, Módulo 401, 2011). 4ª Série do Curso de Medicina 1. Psiquiatria. 2. Psicologia. 3. Distúrbos do comportamento. I. Teodoro, Maria Dilma Alves. II.Oliveira, Nancy Luiza C. III. Aboudib, Ricardo Augusto Vieira. IV. Escola Superior de Ciências da Saúde - ESCS. CDU – 616.921:159.9 Copyright © 2011 - Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde - FEPECS Curso de Medicina – 4ª série Módulo 401: Transtornos mentais e de comportamento Período: 21/03 a 29/04/2011 A reprodução do todo ou parte deste material é permitida somente com autorização formal da FEPECS/ESCS. Impresso no Brasil Tiragem: 15 exemplares Capa: Gerência de Recursos Audiovisuais – GERAV/CAO/FEPECS Editoração gráfica: Núcleo de Informática Médica – NIM/GEM/CCM/ESCS Normalização Bibliográfica: Núcleo de Atendimento ao Usuário – NAU/BCE/ESCS Coordenador do Curso de Medicina: Paulo Roberto da Silva Coordenador da 1ª Série: Rosa Tereza Portela Coordenador da 2ª Série: Karlo Josefo Quadros de Almeida Coordenador da 3ª Série: Francisco Diogo Rios Mendes Coordenador da 4ª Série: Maria Luisa B. Maia Felizola Grupo de elaboração: Coordenador: Maria Dilma Alves Teodoro Vice-coordenador: Nancy Luiza C. de Oliveira Tutores: André Luiz de Aquino Carvalho Cláudio Luiz Viegas Carmélia Matos S. Reis Elysio Moraes Garcia Flávio Alberto Botelho Francisco Plácido de Sousa Frederico Jorge Vieira Nitão Ivan Rud de Moraes Márcia Cardoso Rodrigues Nancy Luiza C. de Oliveira Ricardo Augusto Vieira Aboudib Rita de Cássia Pinto C. Laranjeira. Rosangeles Konrad Brito Dados Internacionais de catalogação na Publicação (CIP) NAU/BCE/ESCS SMHN – Quadra 03 – Conjunto A – Bloco I – Brasília-DF - CEP: 70707-700 Tel/Fax: 55 61 326-0433 Endereço eletrônico: http://www.saúde.df.gov.br/escs E-mail: escs@saude.df.gov.br ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde 5 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO, p. 07 2 ÁRVORE TEMÁTICA, p. 08 3 OBJETIVOS, p. 09 3.1 Objetivo geral, p. 09 3.2 Objetivos especificos, p. 09 4 SEMANA PADRÃO DO MÓDULO 401, p. 10 5 PALESTRAS, p. 10 6 PRÁTICA DO MÓDULO, p. 10 7 CRONOGRAMA, p. 11 8 AVALIAÇÃO DO MÓDULO, p. 13 8.1 Avaliação do Estudante, p. 13 8.2 Avaliação do Docente, p. 13 8.3 Avaliação do Módulo 401, p. 13 9 PROBLEMAS, p. 14 9.1 Problema 01: Socorro, estou infartando!, p. 14 9.2 Problema 02: A dor que nunca passa, p. 15 9.3 Problema 03: Paraplegia feliz, p. 16 9.4 Problema 04: Um perfeito hipertenso, p. 17 9.5 Problema 05: Minha filha borderline, p. 18 9.6 Problema 06: Meu filho é um estranho, p. 19 9.7 Problema 07: As duas mascaras, p. 20 9.8 Problema 08: Perda de controle, p. 21 9.9 Problema 09: Formigas brilhantes, p. 22 9.10 Problema 10: A vovó perdeu a razão, p. 23 REFERÊNCIAS, p. 26 GLOSSÁRIO PSIQUIÁTRICO, p. 28 Módulo 401 –Transtornos Mentais e de Comportamento 6 “O medo de enlouquecer sempre perturbou o ser humano. O fato de perder o juízo, não discernir a realidade, desorganizar o pensamento, romper com a consciência de si mesmo e do mundo angustia milhões de pessoas de todas as eras e todas as sociedades”. (Augusto Cury – O futuro da humanidade) ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde 7 1 INTRODUÇÃO Hipócrates dizia “os homens precisam saber que nada mais além do cérebro vêm alegrias, prazeres, divertimentos e esportes, tristezas, desapontamentos, desesperanças e lamentações. E por isso, de uma maneira especial, nós adquirimos visão e conhecimento, e nós vemos e ouvimos. E pelo mesmo órgão nos tornamos loucos ou delirantes, e medos e temores nos assaltam, alguns de noite e outros de dia. Todas essas coisas nós suportamos do cérebro quando ele não é sadio”. A compreensão sobre a organização e o funcionamento do cérebro tem tornado possível analisar o comportamento, até mesmo a nível molecular. Os avanços na metodologia diagnóstica têm ajudado a caracterizar as anormalidades estruturais, metabólicas e eletrofisiológicas nos cérebros de pacientes portadores de doenças psiquiátricas. Estreita- se cada vez mais a separação cartesiana entre a mente e o cérebro, melhorando nossa habilidade de correlacionar a experiência com processos cerebrais, o que é crucial para uma prática interdisciplinar e humanística. De acordo com o Ministério da Saúde 3% da população geral apresenta algum transtorno mental severo, 6% da população apresenta algum transtorno mental grave em decorrência do uso de álcool e drogas ilícitas, 12% da população necessita de algum atendimento em saúde mental contínuo ou eventual. Pesquisa realizada pela Universidade Federal de São Paulo e Ministério da Saúde constatou que entre as 10 principais causas de afastamento do trabalho, cinco estão relacionadas a transtornos mentais. O Módulo Transtornos Mentais e do Comportamento tem como objetivo maior proporcionar ao estudante o conhecimento dos transtornos mentais mais prevalentes na prática médica dentro de uma perspectiva integrada, buscando a compreensão do homem como um ser bio-psico-social. Sejam bem vindos a esse novo conhecimento! Módulo 401 –Transtornos Mentais e de Comportamento 8 2 ÁRVORE TEMÁTICA TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO Transtornos Psicóticos e do Humor Transtornos Neuróticos Transtornos Mentais Orgânicos Transtornos decorrentes do uso de Substâncias Psicoativas ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde 9 3 OBJETIVOS 3.1 Objetivo geral Possibilitar ao estudante a compreensão do funcionamento do aparelho psíquico e dos transtornos mentais mais prevalentes na prática clínica geral. 3.2 Objetivos específicos • Caracterizar as funções psíquicas superiores e suas alterações, sistematizando o exame do estado psíquico; • Correlacionar as estruturas anatômicas do Sistema Nervoso Central ao comportamento humano; • Compreender os mecanismos da neurotransmissão química relacionada com o funcionamento psíquico; • Identificar e caracterizar os principais transtornos mentais e de comportamento, considerando os aspectos epidemiológicos, etiológicos, quadro clínico, diagnóstico, evolução, tratamento, reabilitação e aspectos psicossociais; • Compreender a relação entre o biológico, o psicológico e o social nos diferentes transtornos mentais e de comportamento; • Discutir o manejo de situações de crise e de urgência mais freqüentes na prática clínica; • Identificar os recursos laboratoriais e de imagem importantes para elucidação do diagnóstico de transtornos mentais e de comportamento;• Identificar os princípios básicos da Psicofarmacologia; • Identificar os principais recursos psicoterápicos e suas indicações clínica; • Discutir as atitudes básicas necessárias ao profissional de saúde em relação ao paciente, a família, comunidade e a equipe de saúde mental. Módulo 401 –Transtornos Mentais e de Comportamento 10 4 SEMANA PADRÃO DO MÓDULO 401 Segunda-Feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Manhã Tutorial Prática Horário protegido para estudo Tutorial Horário protegido para estudo Tarde Palestra H.A IESC H.A. IESC H.A. IESC H.A. IESC 5 PALESTRAS DATA TEMA PALESTRANTE 21/03/11 ANAMNESE E EXAME PSIQUICO Profª. Maria Dilma Alves Teodoro 28/03/11 NEUROTRANSMISSORES E FUNCIONAMENTO PSIQUICO Profª. Maria Dilma Alves Teodoro 04/04/11 MECANISMOS DE DEFESA Profª. Maria Dilma Alves Teodoro 11/04/11 ABORDAGENS PSICOTERÁPICAS Profª. Maria Dilma Alves Teodoro 18/04/11 NOÇÕES BÁSICAS DE PSICOFARMACOLOGIA Profª. Maria Dilma Alves Teodoro 25/04/11 EMERGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS Profª. Maria Dilma Alves Teodoro 6 PRÁTICA DO MÓDULO 401 LOCAL: Unidade de Psiquiatria – Hospital de Base do Distrito Federal HORÁRIO: 08 às 12h GRUPOS: Divulgados no quadro da série VESTUÁRIO: Roupa Branca ou jaleco, sendo obrigatório o uso do crachá. DOCENTE RESPONSÁVEL: Profª. Maria Dilma DATA GRUPO 22/03/11 Terça-feira 1 25/03/11 Sexta-feira 2 29/03/11 Terça-feira 3 01/04/11 Sexta-feira 4 05/04/11 Terça-feira 5 08/04/11 Sexta-feita 6 12/04/11 Terça-feira 7 15/04/11 Sexta-feira 8 19/04/11 Terça-feira 9 ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde 11 7 CRONOGRAMA Primeira Semana - 21/03 a 25/03 DATA HORÁRIO ATIVIDADE 08 às 09h Apresentação do módulo 09 às 12h Abertura do problema 1 21/03 Segunda-feira 16 às 18 h Palestra 08 às 12h Prática do grupo 01 22/03 Terça-feira 14 às 18h H.A. 08 às 12h Horário protegido para estudo 23/03 Quarta-feira 14 às 18h H.A 08 às 12h Fechamento do problema 1 e Abertura do problema 2 24/03 Quinta-feira 14 às 18h H.A 08 às 12h Prática do grupo 02 25/03 Sexta-feira 14 às 18h H.A. Segunda Semana: 28/03 a 01/04 DATA HORÁRIO ATIVIDADE 08 às 12h Fechamento do problema 2 e Abertura do problema 3 28/03 Segunda-feira 16 às 18h Palestra 08 às 12h Prática para o Grupo 03 39/03 Terça-feira 14 às 18h H.A. 08 às 12h Horário protegido para estudo 30/03 Quarta-feira 14 às 18h H.A. 08 às 12h Fechamento do problema 3 e Abertura do problema 4 31/03 Quinta-feira 14 ás 18 h H.A 08 ás 12h Prática do grupo04 01/04 Sexta-feira 14 ás 18 h H.A Terceira Semana: 04/04 a 08/04 DATA HORÁRIO ATIVIDADE 08 às 12 h Fechamento do problema 4 e Abertura do problema 5 04/04 Segunda-feira 16 às 18 h Palestra 08 às 12 h Prática do grupo 05 05/04 Terça-feira 14 às 18 h H.A 08 às 12 h Horário protegido para estudo 06/04 Quarta-feira 14 às 18 h H.A. 08 às 12 h Fechamento do problema 5 e Abertura do problema 6 07/04 Quinta-feira 14 às 18 h H.A. 08 às 12 h Prática do grupo 06 08/05 Sexta-feira 14 às 18 h H.A. Quarta Semana: 11/04 a 15/04 DATA HORÁRIO ATIVIDADE 08 às 12h Fechamento do problema 6 e Abertura do problema 7 11/04 Segunda-feira 16 às 18 h Palestra 08 às 12 h Prática para o Grupo 07 12/04 Terça-feira 14 às 18 h H.A. 08 às 12 h Horário protegido para estudo 13/04 Quarta-feira 14 às 18 h H.A. 08 às 12 h Fechamento do problema 7 e Abertura do problema 8 14/04 Quinta-feira 14 às 18 h H.A. 08 às 12 h Prática do grupo 08 15/04 Sexta-feira 14 às 18 h H.A. Módulo 401 –Transtornos Mentais e de Comportamento 12 Quinta Semana: 18/04 a 22/04 DATA HORÁRIO ATIVIDADE 08 às 12 h Fechamento do problema 9 e Abertura do problema 10 18/04 Segunda- feira 16 às 18h Palestra 08 às 12 h Prática do grupo 09 19/04 Terça-feira 14 às 18 h H.A. 08 ás 12 h Horário protegido para estudo 20/04 Quarta-feira 14 ás 18 h H.A. 21/04 Quinta-feira FERIADO RECESSO ESCOLAR 22/04 Sexta-feira Sexta Semana: 25/04 a 29/04 DATA HORÁRIO ATIVIDADE 08 às 12h Fechamento do problema 10 25/04 Segunda-feira 16 às 18 h Palestra 08 às 12 h Horário protegido para estudo 26/04 Terça-feira 14 às 18 h HÁ 08 às 12 h Horário protegido para estudo 27/04 Quarta-feira 14 às 18 h H.A. 08 às 12 h EAC 28/04 Quinta-feira 14 às 18 h H.A. 08 às 12 h Horário protegido para estudo 29/04 Sexta-feira 14 às 18 h H.A. ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde 13 8 AVALIAÇÃO DO MÓDULO 8.1 Avaliação do estudante Da mesma forma que ocorre com os demais módulos verticais, a avaliação do estudante no Módulo 401 será formativa e somativa. Avaliação Formativa Serão formativas a auto-avaliação, a avaliação interpares e a avaliação do estudante pelo tutor, realizadas oralmente ao final de cada sessão de tutoria. Avaliação Somativa Serão somativas as avaliações do estudante feitas a partir dos seguintes formatos e instrumentos: Formato 3: Avaliação do desempenho nas sessões de tutoria. Instrumento 1: Exercício de avaliação cognitiva (EAC). O EAC do Módulo 401 poderá incluir, além do conteúdo relacionado diretamente aos problemas, conteúdos das práticas e palestras. Datas dos Exercícios de avaliação cognitiva (EAC): Avaliação: 28/04/2011 - 08 às 12h Local: Salas de 01 a 05 (Tutorial) 1ª Reavaliação: - 20/05/2011 - 08 às 12h Local: Salas 01 e 02 (Tutorial) 2ª Reavaliação: – 10/06/2011 - 08 às 12h Local: Sala 01 (Tutorial) 8.2 Avaliação dos docentes Os estudantes avaliarão os docentes utilizando-se do formato 4. 8.3 Avaliação do módulo 401 Docentes e estudantes avaliarão o módulo 401 utilizando-se do formato 5. Módulo 401 –Transtornos Mentais e de Comportamento 14 9 PROBLEMAS 9.1 Problema 01: Socorro, estou infartando!! Carla, 38 anos chega ao Pronto Socorro do HRAN, com queixa de aperto no peito, palpitação, sudorese, falta de ar, sensação de desmaio e de morte. Relata ser esse o terceiro episódio em duas semanas. Como seu pai morreu vítima de Infarto Agudo do Miocárdio, está muito apreensiva. O primeiro episódio ocorreu em um dia comum, quando se dirigia ao trabalho. É professora do ensino fundamental e nega dificuldades na esfera profissional e pessoal. Já foi submetida a uma avaliação cardiológica sendo diagnosticado um pequeno prolapso de válvula mitral, que de acordo com especialista não justifica os seus sintomas. Tem sentido medo de sair de casa de passar mal e não ser socorrida a tempo. Durante o atendimento Carla melhorou progressivamente, persistindo ansiedade. Realizado exame físico minucioso, não sendo encontrado alterações. O plantonista a tranquilizou quanto a possibilidade de uma doença grave e sugeriu uma avaliação psiquiátrica, o que muito a contrariou, pois sempre se considerou uma pessoa tranquila e equilibrada emocionalmente. Este respondeu que ansiedade pode causar sintomas semelhantes. Ana e Thiago, alunos da 4ª serie do curso de Medicina da ESCS, que assistiram o atendimento, também questionaram o encaminhamento. Como alguém sem antecedentes psiquiátricos, apresenta, de forma aguda, um quadro tão rico de sintomas físicos? Foram orientados a buscar respostas as questões levantas para discutirem no próximo encontro. ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde 15 9.2 Problemas 02: A dor que nunca passa Luciana, 39 anos procura o ambulatório da Clínica Médica com queixa de dor nas costas nos últimos sete meses. Essa dor se iniciou após sofrer uma queda no trabalho. A dor é na base da coluna, a nível de L4. Descrita como intensa e que não passa com nada. No dia do acidente foi levada a um Pronto Socorro, os exames não mostraram fratura, sendo diagnosticado distensão muscular, foi orientado repouso e analgésico. Desde então não conseguiu voltar ao trabalho, fica maior parte do tempo deitada, anda com dificuldade e a noite não consegue dormir. Já procurou diversos especialistas sem melhoracom os tratamentos instituídos, o último disse que estava somatizando e a encaminhou para psicoterapia. Recusou-se. Nega doenças sistêmicas, diz que sempre foi saudável e trabalhadeira. O marido confirma as informações, mas acrescenta que tem dificuldades com frustrações e que é de temperamento difícil. Dias antes do acidente havia se aborrecido muito no trabalho, por não ter recebido reconhecimento do chefe por tarefa executada. Ao exame mantém postura rígida, expressa dor a qualquer movimento, irrita-se quando muito estimulada, chora falando do seu sofrimento. Seu humor é deprimido. Nega ideação suicida, mas diz que a sua dor às vezes é tão intensa que preferia morrer. O Dr. Luis prescreveu analgésico e sugeriu uma avaliação psiquiátrica, alegando que estava muito ansiosa e que talvez precisasse fazer uso de um antidepressivo. Luciana respondeu: quem não fica deprimida e ansiosa com uma dor tão grande que não passa com nada? Psiquiatra não vai resolver! Marcos, estudante da 5ª série que acompanhou a consulta ficou pensando de que maneira Luciana poderia ser ajudada. Será que não deveria ser investigado mais uma vez uma causa orgânica? Será que a Psiquiatria poderia mesmo ajudar? Não seria melhor encaminhá-la para uma psicoterapia? Dr. Luis lembrou que existem algumas doenças que tem sintomas e sinais físicos como principal componente e sugeriu que estudassem a respeito. Módulo 401 –Transtornos Mentais e de Comportamento 16 9.3 Problema 03: Paraplegia feliz Joana, 28 anos, estudante de jornalismo, foi levada ao Pronto Socorro pela genitora, com relato de ter apresentado desmaio seguido de abalos musculares. A vizinha que ajudou a socorrer informa “só não mordeu a língua, mas era igual a convulsão”. Ao recuperar a consciência Joana estava confusa, melhorando aos poucos, mas passou a dizer que não sentia as pernas e não conseguiu mais andar desde então. Sua mãe estava muito nervosa porque uma tia sofrera derrame cerebral, tendo ficado também sem sentir as pernas. Informou que viu no Fantástico que jovens estavam sendo acometidos por derrame cerebral. Joana foi descrita como pessoa alegre, comunicativa, de muitos amigos, mas nervosa, preocupada com tudo. Quando diante de estresse perdia o controle, gritava e às vezes desmaiava. É muito ciumenta e horas antes do desmaio havia discutido com o namorado, por achar que estivesse sendo traída. Ao exame encontrava-se em cadeira de rodas, segurando a mão do namorado, aparência cuidada, receptiva ao contato, colaborando com exame, sem demonstrar angustia ou preocupação com seu estado, não questionou sobre seu quadro, parecendo indiferente ao fato de não está conseguindo andar. Exame neurológico sem alterações com exceção de diminuição de sensibilidade nos membros inferiores. Submetida a exames de imagem (cerebral e de coluna) que foram normais. O médico tranqüilizou a família, orientou deixá-la em observação, dizendo que às vezes as pessoas convertem suas dificuldades em alguma doença, que iria se recuperar. Após 24 horas recebeu alta, em completa recuperação. ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde 17 9.4 Problema 04: Um perfeito hipertenso João Luis, 38 anos, casado, advogado. Encaminhado ao ambulatório de saúde mental por seu cardiologista, por está muito ansioso. Após o diagnóstico de HAS, há dois anos, passou a controlar rigidamente a dieta e os horários de medicação, qualquer mudança em sua programação gera ansiedade intensa. Sua esposa percebeu que passou a dormir mais tarde porque confere a agenda de atividades do dia seguinte repetidas vezes, também verifica se a medicação da manhã está devidamente separada. Sempre foi perfeccionista, muito rígido em seus valores e consciencioso em excesso. Com manias que a família achava engraçado, mas não interferia no convívio familiar. Nos últimos dois anos a convivência tem ficado difícil. João passou a conferir as portas várias vezes, mesmo quando ele próprio as fechou. No trabalho perde muito tempo com detalhes, redige uma mesma petição várias vezes e pede para esposa opinar, sempre achando que deve melhorar. Considera absurdo seu comportamento, mas não consegue se portar de forma diferente, passou a se sentir maluco e tem se isolado de todos, por vezes fica muito triste, mas não consegue modificar seu comportamento. Relata que seu pai era muito exigente, perfeccionista e tinha algumas manias, mas eram menos intensas e não traziam transtornos para a família, todos diziam é o jeito dele, mas sabia que este se sentia às vezes incomodado. O psiquiatra que o atendeu, orientou uma medicação e encaminhou para psicoterapia de base cognitiva comportamental. Módulo 401 –Transtornos Mentais e de Comportamento 18 9.5 Problema 05: Minha filha borderline Letícia foi levada ao Pronto Socorro Ortopédico após se jogar da janela do seu apartamento no segundo andar. Sofreu fratura em MID, foi realizado procedimento adequado para o caso e em seguida encaminhada para avaliação psiquiátrica. Letícia diz ter ficado muito deprimida porque seu pai viajou a trabalho e não se despediu dela, achou um falta de consideração, de amor pela família. Tem 22 anos e segundo sua mãe desde a infância é uma pessoa difícil, muito instável, às vezes extremamente afetiva, carinhosa e cuidadosa com todos, em outros momentos é explosiva, agressiva e irreverente. Quando inicia um namoro é intensa na relação, até sufoca o outro, de repente rompe completamente e inicia uma nova relação. Tem dificuldade em respeitar os limites e as regras. Quando frustrada torna-se agressiva, assume papel de vítima e tende a colocar nos outros a culpa do seu insucesso. Quando tinha entre 14 e 16 anos, costumava se autoagredir quando sentia raiva de algo ou de alguém. Já esteve internada várias vezes em serviços de saúde mental, devido quadros de agressividade e de tentativas de suicídio. “Frequentemente eu fico deprimida, os sintomas duram horas ou poucos dias, nos quais fico péssima, quero morrer, acabar com tudo, depois passa e fico bem de novo, mas é muito ruim, me sinto infeliz”. As internações são breves, melhora após 2 – 3 dias. Fica amiga de todo mundo, convence o médico que está ótima e volta para casa diz a mãe. Apenas uma vez ficou dizendo ouvir vozes e sentir-se perseguida, mas logo melhorou e passou a dizer que era coisa de sua cabeça. Nenhum remédio melhora, já usou vários. Ao exame Letícia está vigil, orientada auto e alopsicamente, discurso coerente, sem evidencias de delírio. Sua postura é sedutora, assume papel de vítima, faz chiste com sua história, mostrando-se muito confortável com a situação. Foi orientado alta com encaminhamento para tratamento psicoterápico. A mãe diz “estou cansada doutor, psicólogo nunca deu jeito ela passa a conversa em todos, eu não sei mais o que fazer. Isso é da natureza dela, é caráter, é genético, é o que?”. O médico esclarece que algumas pessoas desenvolvem certas características no curso da vida, mas que podem se beneficiarem com tratamento. ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde 19 9.6 Problema 06: Meu filho é um estranho Durante prática do Módulo 401, Sônia e Camila estavam no Pronto Socorro de Psiquiatria, quando Flávio, um rapaz de 22 anos, foi trazido pelo pai, com ajuda do SAMU, por estar muito agressivo com a família. Há uma semana se isolou no quarto, sem comer, sem tomar banho, sem falar, assumindo posturas bizarras. Quando a família insistiu para tomar banho tornou-se violento e agrediu fisicamente o pai e o irmão, sendo necessário ajuda do SAMU. Adoeceu aos 19 anos, não falava, não dormia, ficava na mesma posição por horas, parecia não cansar, deixou de comer tendo ficado muito fraco, explicava que o jejum o salvaria das tentações do demônio, foi necessário internação. Com a medicação melhorou, aos poucos foi se recuperandoe voltou para casa. A principio parecia tudo como antes, mas logo abandonou tratamento. Não conseguiu voltar a estudar, afastou-se dos amigos e às vezes fala sozinho. Na época da internação informou ter feito uso de maconha, tinha delírios persecutórios e risos imotivados. Quando usa o remédio melhora muito, mas alega que este lhe deixa preso e sem pensamento. Não mais usou maconha ou outra droga ilícita, mesmo assim não conseguiu voltar a ser como era. Ás vezes parece um estranho, é muito sofrimento ver um filho jovem, inteligente, ficar assim, lamenta o pai. Ao exame manteve-se cabisbaixo, fáceis de contrariedade, com insistência iniciou um diálogo, mostrando-se orientado auto e alopsicamaente, discurso com conteúdo místico religioso, refere que lhe foi dado uma missão, que em breve salvará a humanidade de todos os males. Acredita precisar se preservar e meditar por isso se isolou, mas que o demônio tentou sua família para que o incomodasse tirando a sua concentração. De repente parou de falar, virou-se para o lado oposto e falou “calma eu vou vencê-lo”. Questionado a respeito apenas disse “não foi nada, eu posso ir embora?” Passando a apresentar mussitação, completamente alheio ao que a família falava a seu respeito. O pai informa que Flávio tem um primo materno que faz tratamento psiquiátrico e às vezes fica muito agitado. O bisavô paterno teria morrido em hospital psiquiátrico. Após exame foi internado e introduzido neuroléptico atípico, uma vez que tem história de impregnação com baixa dose de Haloperidol. Sônia e Camila ficaram pensando o que fazer para que Flávio possa seguir o tratamento regularmente e como ajudar seus pais a enfrentarem esse problema. Resolveram acompanhar o caso para entender melhor. Módulo 401 –Transtornos Mentais e de Comportamento 20 9.7 Problema 07: As duas máscaras! Fabiana, 38 anos, empresária, é trazida ao Pronto Socorro do Hospital de Base, pela sua irmã com relato de que nas últimas duas semanas tem estado inquieta, agressiva, falando excessivamente, com projetos grandiosos e dormindo em média duas horas por noite. Adoeceu pela primeira vez aos 28 anos, quando começou a ficar insone, falando muito, fazendo compras excessivas, desinibida sexualmente. Sem critica do seu comportamento, passou a se envolver em relacionamentos afetivos de risco. Não sentindo-se doente recusava qualquer abordagem terapêutica sendo necessário internação. Houve completa remissão dos sintomas, fez uso regular de medicação por aproximadamente dois anos, porém interrompeu alegando está muito bem e que a medicação lhe engordava. Aos 34 anos, sem motivo aparente iniciou quadro de apatia, anedonia, isolamento social, idéias de menosvalia e de suicídio. Foi introduzido antidepressivo com boa resposta. Em decorrência da história de episódio anterior de exaltação, foi associado um estabilizador de humor e posteriormente suspenso o antidepressivo. Estava evoluindo bem usando a medicação até um ano atrás quando, sentindo- se curada, suspendeu novamente o tratamento. A irmã de Fabiana informa que um tio paterno tem sintomatologia semelhante e um primo suicidou-se aos 30 anos. Ao exame paciente mostra-se desinibida, veste roupas de cores intensas, muitos adornos, cabelos com mechas vermelhas e outras amarelas. Orientada globalmente, hipervigil, pensamento rápido com fuga de idéias. Sem qualquer critica de doença, afirma que apenas tem duas fáceis, como se fossem duas mascaras, uma triste e uma feliz. “Ninguém compreende, agora estou feliz e serei assim para sempre!” Após exame foi indicado internação, a principio Fabiana rejeitou, mas logo iniciou contato com demais pacientes e, sentindo-se melhor que todos eles se propôs a ficar para “ajudar aqueles que necessitam de cuidados”. Durante o período de internação conheceu Clara, uma senhora de 42 anos que tentara suicídio ingerindo grande quantidade de medicação. Nunca apresentou episódio de exaltação e essa era sua terceira tentativa de suicídio.Tornaram-se próximas e falavam de suas vivências, Fabiana questionou com seu médico porque seu quadro oscilava tanto e o da Clara era sempre igual. O psiquiatra esclareceu que ambas tinham o mesmo transtorno, porém com formas diferentes. ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde 21 9.8 Problema 08: Perda de controle O SAMU leva ao Pronto Socorro um rapaz jovem que foi encontrado na Rodoviária com comportamento estranho, gritando, gesticulando como se falasse com alguém ao seu lado, embora estivesse sozinho. Sua aparência era cuidada, com roupas em bom estado, tênis de marca, falando excessivamente, discurso de difícil compreensão, parecendo uma salada de palavras. Pedia para deixá-lo em paz, parecia tentar tirar alguma coisa de suas costas o que lhe deixava bastante angustiado, repetia, tira, tira, saiam daqui. Sua pupilas estavam bem dilatadas, FC de 100 bat/min e PA 140 X 90 mmHg Encontrado seus documentos foi identificado como Mário, 21 anos. Foi localizado a família, que compareceram ao hospital. O pai de Mário informa que seu filho tem estado estranho, não mais se dedica aos estudos como antes, interrompeu a faculdade por ter sido reprovado por faltas. Tornou-se agressivo, volta para casa sempre muito tarde e dorme até meio dia. Passou a gastar sua mesada rapidamente, está sempre precisando de dinheiro. A família percebeu o desaparecimento do aparelho de som do seu quarto e questionado disse que havia emprestado. Acreditam que tem usado drogas ilícitas, tornando-se dependente, mas este nega, alegando uso eventual, sem abuso. Estava fora de casa há dois dias, saiu após discutir com a mãe e se tornar extremamente agressivo verbalmente. A família tem buscado ajuda profissional, porém tem encontrado dificuldades, não sabem o que fazer para ajudar o filho e sentem que o estão perdendo. Diante do quadro apresentado por Mário foi orientado mantê-lo em observação no Pronto Socorro. Após 12 h, já tranqüilo, ele admite uso de várias drogas e expressa dificuldade de interromper o uso, “a vontade é maior que o meu controle”. Foi encaminhado para tratamento no CAPS-AD. Módulo 401 –Transtornos Mentais e de Comportamento 22 9.9 Problema 09: Formigas brilhantes Antônio, 50 anos, casado, bombeiro hidráulico, trazido ao Pronto Socorro após crise convulsiva generalizada. De acordo com a esposa, seu marido faz uso de bebida alcoólica desde os 20 anos. Inicialmente finais de semanas, mas foi aumentando progressivamente o consumo. Atualmente bebe aproximadamente um litro de destilado por dia. O uso excessivo de bebida alcoólica tem gerado muitos conflitos na família, não consegue se manter no trabalho e as vezes fica agressivo com a esposa, o que tem gerado revolta dos filhos. Recusa-se a fazer tratamento dizendo que não é dependente. Devido investigação de aumento da glicemia e dores abdominais, reduziu o consumo de álcool nos últimos quatro dias. Aparentemente estava bem, mas não dorme há duas noites tem ficado falando sozinho e acredita ter gente rondando a casa. Na madrugada apresentou a crise convulsiva. Ao chegar ao Pronto Socorro, Antônio estava orientado autopsicamente, desorientado alopsicamente, com expressão de medo diante de estímulos sonoros. Discurso dirigido coerente, porém com atenção flutuante. Por várias vezes saindo do assunto em tela e passando a um dialogo confuso com um interlocutor não visível. Sudorético, taquicardico, com tremores de extremidades e PA 150X90 mmHg Durante o exame físico interrompeu pedindo para que lhe ajudasse a retirar formigas do seu corpo, as descrevia como grandes e brilhantes, parecia assustado. A esposa se mostrou muito preocupada, pois nunca vira o marido assim, Pergunta se ele está ficando louco. O plantonista indica internação e esclarece a cerca do tratamento. ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde23 9.10 Problema 10: A vovó perdeu a razão Dona Sônia, tem 78 anos, caiu no quintal de sua casa e apresentou fratura de fêmur. Foi submetida a cirurgia sem intercorrencias. Após 24 h do procedimento iniciou, por volta das 23h, um quadro de confusão mental, inquietação, falando em amigas de sua juventude, comportamento bizarro e agressivo. Não conseguia dormir, insistia para levantar-se e ir para a feira, pois o dia já havia clareado. A família ficou assustada, ela nunca apresentara alterações mentais, era considerada muito ativa para sua idade e tinha uma memória boa. Nunca trocou nome dos familiares. Costumava sair para tomar chá com as amigas, era muito alegre e divertida. Hipertensa desde os 50 anos, mas sempre seguiu as orientações médicas, sem qualquer outra patologia. Pela manhã foi avaliada pelo cirurgião, que não encontrou razões do ponto de vista cirúrgico, para o quadro. Solicitou exames laboratoriais de rotina e CT de crânio. A tomografia mostrou atrofia cerebral difusa compatível com a idade. Exames laboratoriais estavam normais, com exceção do sódio e potássio que no limite mínimo de normalidade. Foi avaliada por um psiquiatra que tranqüilizou a família, esclareceu a cerca do quadro e da evolução habitual. Após uma semana D. Sônia foi para casa sem alterações no exame mental. Módulo 401 –Transtornos Mentais e de Comportamento 24 FORMATO 5 MT AVALIAÇÃO DE MÓDULO TEMÁTICO 1 – Avalie os objetivos educacionais, quanto à clareza, pertinência e adequação? Justifique. Os objetivos educacionais foram alcançados? Justifique. • Conceito: Satisfatório Insatisfatório 2.1–Título do 1º problema: Como foi o problema para o processo de aprendizagem? Justifique. • Conceito Satisfatório Insatisfatório 2.2–Título do 2º problema: Como foi o problema para o processo de aprendizagem? Justifique. • Conceito Satisfatório Insatisfatório 2.3–Título do 3º problema: Como foi o problema para o processo de aprendizagem? Justifique. • Conceito Satisfatório Insatisfatório 2.4–Título do 4º problema: Como foi o problema para o processo de aprendizagem? Justifique. • Conceito Satisfatório Insatisfatório 2.5–Título do 5º problema: Como foi o problema para o processo de aprendizagem? Justifique. • Conceito Satisfatório Insatisfatório 2.6–Título do 6º problema: Como foi o problema para o processo de aprendizagem? Justifique. Conceito Satisfatório Insatisfatório 2.7–Título do 7º problema: Como foi o problema para o processo de aprendizagem? Justifique. • Conceito Satisfatório Insatisfatório ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde 25 2.8–Título do 8º problema: Como foi o problema para o processo de aprendizagem? Justifique. • Conceito Satisfatório Insatisfatório 2.9–Título do 9º problema: Como foi o problema para o processo de aprendizagem? Justifique. • Conceito Satisfatório Insatisfatório 2.10–Título do 10º problema: Como foi o problema para o processo de aprendizagem? Justifique. • Conceito Satisfatório Insatisfatório 3 – Comentários adicionais e/ou recomendações sobre objetivos educacionais e problemas: 4 – Como foram as atividades práticas no processo de aprendizagem? Justifique. • Conceito Satisfatório Insatisfatório 5 – Como foram as palestras, mesas redondas ou conferências no processo de aprendizagem? Justifique. • Conceito Satisfatório Insatisfatório 6 – Como foram os recursos educacionais no processo de aprendizagem? Justifique. • Conceito Satisfatório Insatisfatório 7 – Comentários adicionais e/ou recomendações: Conceito Final Satisfatório Insatisfatório Módulo 401 –Transtornos Mentais e de Comportamento 26 REFERÊNCIAS BOTEGA, N. J. Prática psiquiátrica no hospital geral. Porto Alegre: Artmed, 2001. DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000. GLEN O, GABBARD .Tratamento dos transtornos psiquiátricos. 4. ed. São Paulo: Artmed, 2009. KAPLAN, H. I.; SADDOCK, B. J.; GREBB, J. A. Compêndio de psiquiatria. 9. ed. Porto Alegre: Artmed, 2007. KAPLAN, H. I.; SADDOCK, B. J. Manual de farmacologia psiquiátrica. Porto Alegre: Artmed, 2002. QUEVEDO, J. Emergências psiquiátricas. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. SÁ JÚNIOR, L. S. M. Compêndio de psicopatologia e semiologia psiquiátricas. Porto Alegre: Artmed, 2001. STAHL, S. M. Psicofarmacologia: bases neurocientíficos e aplicações clínicas. 2 ed. Rio de Janeiro: MEDSI, 2002. YUDOFSKY, Stuart C.; HALES, Robert E. Neuropsiquiatria e neurociências na prática clínica. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. ______. Tratado de psiquiatria clínica. 4. ed. São Paulo: Artmed, 2006. REVISTAS DE PSIQUIATRIA (on-line) BRITISH JOURNAL OF PSYCHIATRY. Disponível em: <http://intl-bjp.rcpsych.org/>. PSIQUIATRIA NA PRÁTICA MÉDICA (Escola Paulista de Medicina). Disponível em: <www.unifesp.br/dpsiq/polbr/ppm/index.htm>. REVISTA CÉREBRO & MENTE (UNICAMP). Disponível em: <www.epub.org.br/cm/home.htm>. REVISTA DE PSIQUIATRIA CLÍNICA (Instituto de Psiquiatria da USP). Disponível em: <www. hcnet.usp.br/ipq/revista/index.html>. REVISTA BRASILEIRA DE PSIQUIATRIA. Disponível em: <www.scielo.br/scielo.php? script=sci_serial&pid= 1561-4446&Ing=em&nrm=iso>. REVISTA DE PSIQUIATRIA DO RIO GRANDE DO SUL. Disponível em: <www.revistapsiqrs.org.br>. SITES DE PSIQUIATRIA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSIQUIATRIA. Disponível em: <www.abpbrasil.org.br/ servicos/biblioteca.asp>. THE NATIONAL INSTITUTE OF MENTAL HEALTH. Disponível em: <www.nimh.nih.gov/>. ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde 27 PSIQWEB. Disponível em: <www.psiqweb.med.br>. PSIQUIATRIA ON-LINE BRAZIL (Part of the International Journal of Psychiatry). Disponível em: <www.priory.com/brazil.htm>. Módulo 401 –Transtornos Mentais e de Comportamento 28 GLOSSÁRIO PSIQUIÁTRICO ABULIA – Falta de vontade ou motivação ACATISIA – Inquietação motora que vai desde uma sensação de inquietação interior, geralmente localizada nos músculos, até a incapacidade para sentar ou deitar. Efeito colateral de alguns medicamentos. AFETO – Sentimento, emoção ou humor AFETO EMBOTADO – Transtorno do afeto manifestado por uma redução grave na intensidade do tom sentimental externalizado. AFROUXAMENTO DE ASSOCIAÇÕES – As idéias mudam de um tema para outro de forma não relacionada. Quando o afrouxamento é severo a fala fica incoerente AGITAÇÃO – Atividade motora excessiva, geralmente sem finalidade e associada com tensão interna. ALEXITIMIA – Perturbação da função afetiva e cognitiva que superpõe entidades diagnósticas. A manifestação principal é dificuldade para descrever ou reconhecer as próprias emoções ALUCINAÇÃO – Percepção sensorial na ausência de um estímulo externo real. ALUCINAÇÃO HIPNAGÓGICA – Percepção sensorial falsa que ocorre ao pegar no sono, geralmente considerada não patológica. ALUCINAÇÃO HIPNOPÔMPICA – Falsa percepção que ocorre ao despertar do sono, geralmente considerada não patológica. ALUCINOSE – Uma condição na qual o paciente sofre alucinações em um estado de clara consciência ANEDONIA – Incapacidade para experimentar prazer em atividades que geralmente produzem sensações agradáveis AMBIVALÊNCIA – Coexistência de emoções, atitudes, idéias ou desejos contraditórios, com relação a uma pessoa, objeto ou situação particular. ANSIEDADE – Apreensão, tensão ou inquietação pela antecipação de perigo de fonte grandemente desconhecida ou não reconhecida. ANSIEDADE FLUTUANTE – Ansiedade severa, generalizada, persistente, não especificamente relacionada com um objeto ou evento particular e sendo, frequentemente, precursora do pânico. ANULAÇÃO – Mecanismo de defesa que opera inconscientemente,no qual algo inaceitável e já feito é simbolicamente atuado ao contrário, geralmente de forma repetida, na esperança de se obter alívio da ansiedade. BINGE - Consumo de doses altas e repetidas de substâncias psicoativas, em geral estimulantes para manutenção do estado de euforia causado por tais substâncias. CARÁTER – Soma dos traços de personalidade relativamente fixos e modos habituais de resposta de uma pessoa. CATARSE – Liberação saudável (terapêutica de idéias através de “por para fora” da consciência materiais acompanhados por uma reação emocional apropriada). CATATONIA – Imobilidade com rigidez muscular ou inflexibilidade e, às vezes, excitabilidade. COMPULSÃO – Uma ânsia insistente, repetitiva, intrusiva e indesejada para realizar um ato que é contrário aos padrões ou desejos comuns da pessoa. CONFABULAÇÃO – Criação de histórias em resposta a questões sobre situações ou eventos que não são recordados. ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde 29 CONSCIENCIA – Parte moralmente autocrítica dos padrões próprios de comportamento, desempenho e juízo crítico. Comumente igualada a superego. CONVERSÃO – Mecanismo de defesa que opera inconscientemente a fim de evitar a ansiedade derivada de conflitos psíquicos. As idéias e impulsos reprimidos são convertidos em uma variedade de sintomas somáticos envolvendo o sistema nervoso. CRASH – É a diminuição da euforia durante um episódio de consumo de doses altas e repetidas de estimulante. Com aumento de ansiedade. CRAVING – Fenômeno de natureza subjetiva que corresponde à experiência da necessidade de obtenção dos efeitos de uma substância psicoativa. (Fissura). DELÍRIO – Falsa crença firmemente sustentada, apesar de provas óbvias ou evidências do contrário. Pode ser de perseguição, de grandeza, de ciúme. DÉJÀ VU – Sensação ou ilusão de que está vendo o que já foi visto antes. DESLOCAMENTO – Mecanismo de defesa que opera inconscientemente no qual emoções, idéias ou desejos são transferidos de um objeto original para um mais aceitável. Frequentemente utilizado para alivio da ansiedade. DESORIENTAÇÃO – Perda da percepção da posição do self em relação a espaço, tempo ou outras pessoas. DESPERSONALIZAÇÃO – Sentimento de irrealidade ou estranheza envolvendo tanto o ambiente, o self ou ambos. DESREALIZAÇÃO – Sentimento de distanciamento do próprio ambiente. DISFORIA – Humor desanimado. DISSOCIAÇÃO – Divisão e separação de grupos de conteúdos mentais da consciência, um mecanismo central para a conversão histérica e transtornos dissociativos. DISTRAIBILIDADE – Incapacidade para manter a atenção; mudança de uma área ou tópico para outro com mínimo estímulo. ECOLALIA – Repetição como um eco, das últimas palavras escutadas pelo paciente. ECOPRAXIA – Repetição imitativa dos movimentos de uma outra pessoa. EGO – Na teoria psicanalítica, uma das três divisões no modelo do aparelho psíquico, sendo as outras o id e o superego. O ego representa a soma de certos mecanismos mentais, tais como percepção e memória, e mecanismos de defesa específicos. Serve para mediar entre as demandas das pulsões instintivas primitivas (Id) e proibições parentais e sociais internalizadas (superego) e a realidade. Os compromissos entre essas forças tendem a resolver o conflito intrapsíquico e servir a uma função adaptativa e executiva. EGODISTÔNICO – Aspectos do comportamento, pensamentos e atitudes de uma pessoa visualizados como repugnantes ou inconsistentes com a personalidade. EGOSINTÔNICO – Aspectos do comportamento, pensamentos e atitudes de uma pessoa vistos como aceitáveis e consistentes com a personalidade total. ESTERIOTIPIA – Repetição persistente e mecânica da fala ou atitude motora. Observado na esquizofrenia. EUFORIA – Sensação exagerada de bem estar físico e emocional geralmente de origem psicológica. FANTASIA – Seqüência imaginativa de eventos ou imagens mentais. FOBIA – Medo intenso, obsessivo, persistente, irrealista, de um objeto ou situação. FORMAÇÃO REATIVA – Mecanismo de defesa que opera inconscientemente e no qual uma pessoa adota afetos, idéias, atitudes e comportamentos que são opostos aos impulsos que guarda consciente e Módulo 401 –Transtornos Mentais e de Comportamento 30 inconscientemente (por ex. zelo moral excessivo pode ser uma reação a impulsos associais fortes, mas reprimidos). FLEXIBILIDADE CÉREA – A pessoa pode ser moldada e depois mantida em uma posição, parecendo ser feita de cera. FRANGOFILIA – Impulso ao estraçalhamento de objetos, deixando tudo em frangalhos. FUGA DE IDÉIAS – Salto verbal de uma idéia para outra. As idéias parecem ser contínuas, mas são fragmentárias e determinadas pelo acaso ou associações temporais. GLOSSOLALIA – Expressão de uma mensagem reveladora por meio de palavras ininteligíveis (falar em línguas). HIPNAGÓGICO – Refere-se ao estado semi-consciente imediatamente anterior ao sono, pode incluir alucinações, que não possui significado patológico. HIPOMANIA – Estado psicopatológico e anormalidade do humor que fica em algum ponto entre a euforia normal e a mania. É caracterizado por otimismo irrealista, pressão da fala e atividade e necessidade diminuída do sono. HUMOR – Emoção global e constante que, ao extremo, colore acentuadamente a percepção do individuo a cerca do mundo. HUMOR EXPANSIVO – Expressão de sentimento sem limitações, frequentemente com superestimação de seu significado ou importância. IDENTIFICAÇÃO – Mecanismo de defesa que opera inconscientemente pelo qual uma pessoa padroniza suas ações de acordo com outra pessoa. Deve ser diferenciado da imitação que é um processo consciente. ILUSÃO – Percepção errônea de um estímulo externo real. INSIGHT EMOCIONAL – Nível profundo de entendimento ou consciência que pode levar a mudanças positivas na personalidade e no comportamento. INTROJEÇÃO – Mecanismo de defesa que opera inconscientemente através do qual objetos externos amados ou odiados são simbolicamente incorporados pelo indivíduo. ISOLAMENTO – Mecanismo de defesa que opera inconscientemente e é central nos fenômenos obsessivo-compulsivos, nos quais o afeto vinculado a uma idéia é tornado inconsciente, deixando a idéia consciente sem cores e emocionalmente neutra. JULGAMENTO – Capacidade de avaliar corretamente uma situação e de agir de forma adequada em relação a ela. LA BELLE INDIFÉRENCE – Literalmente, “a bela indiferença”. Visto em certos pacientes com transtorno de conversão que mostram uma falta inapropriada de preocupação a cerca de suas deficiências. LOGORRÉIA – Fala incontrolável, excessiva. MECANISMO DE DEFESA – Processos intrapsíquicos inconscientes que servem para aliviar conflito emocional. MUSSITAÇÃO – É a expressão da linguagem em voz muito baixa, o doente movimenta os lábios de maneira automática produzindo murmúrio ou som confuso. MUTISMO – Recusa de falar por razões conscientes ou inconscientes. NEGAÇÃO – Mecanismo de defesa que opera inconscientemente, utilizado para resolução de conflito emocional e alívio da ansiedade, pela desconsideração de pensamento, sentimentos, desejos e necessidades que são conscientemente intoleráveis. NEGATIVISMO – Oposição ou resistência, encoberta ou manifesta, a sugestão ou conselhos externos. ESCS – Escola Superior de Ciências da Saúde 31 NEOLOGISMO – Uma nova palavra ou combinação condensada de várias palavras criada por uma pessoa para expressar uma idéia altamente complexa não prontamente compreendida por outros. NEUROSE – Estrutura psíquica, na qual o paciente não perde o contato com a realidade e os sintomas são experimentados como egodistônicos; o comportamento não viola as regras sociais. OBSESSÃO – Uma idéia ou impulso persistente e indesejado que não pode ser expurgado pela lógica e raciocínio. ORIENTAÇÃO - Consciência de si mesmo em relação a tempo, lugar e pessoa. ORIENTAÇÃO ALOPSIQUICA – Orientação no tempo e espaço. ORIENTAÇÃO AUTOPSIQUICA- Orientação quanto a si mesmo.PENSAMENTO ABSTRATO – Capacidade de apreciar as nuances do significado; pensamento multidimensional com capacidade de usar metáforas e hipóteses de forma adequada. PENSAMENTO CONCRETO – Pensamento caracterizado pela experiência imediata e não por abstração. PENSAMENTO MÁGICO – Convicção de que o pensamento equaciona-se pela ação. Ocorre em crianças, em sonhos, em pessoas primitivas. PERCEPÇÃO – Processos mentais pelos quais os dados intelectuais, sensoriais e emocionais são organizados logicamente ou de modo significativo. PERSEVERAÇÃO – Tendência para emitir a mesma resposta verbal ou motora a variados estímulos, vezes sem conta. PROJEÇÃO – Mecanismo de defesa que opera inconscientemente, no qual o que é emocionalmente inaceitável no self é inconscientemente rejeitado e atribuído a outros. PSICOSE – Transtorno no qual a capacidade da pessoa para pensar, responder emocionalmente, recordar, comunicar, interpretar a realidade e comportar-se apropriadamente está bastante prejudicada de modo a interferir amplamente com a capacidade para satisfazer as demandas comuns da vida. RACIONALIZAÇÃO – Mecanismo de defesa pelo qual um indivíduo tenta justificar ou tornar conscientemente toleráveis os sentimentos, comportamentos ou motivos que, de outro modo, seriam intoleráveis. REGRESSÃO – Retorno parcial ou simbólico a padrões mais infantis de reação ou pensamento. REPRESSÃO – Mecanismo de defesa que opera inconscientemente, que bane idéias, fantasias, afetos, e impulsos inaceitáveis da consciência ou que mantém fora desta o que jamais esteve consciente. RUMINAÇÃO – Preocupação obsessiva com idéias e recordações. SIMBOLIZAÇÃO – Mecanismo geral em todo o pensamento humano pelo qual alguma representação mental representa uma outra coisa, classe de coisas ou atributo de algo é subjacente à formação dos sonhos e de alguns sintomas, como reações de conversão, obsessões e compulsões. A ligação entre o significado latente do sintoma e o símbolo é geralmente inconsciente. SUBLIMAÇÃO – Mecanismo de defesa que opera inconscientemente pelo qual os impulsos instintivos, conscientemente inaceitáveis, são desviados para canais pessoal e socialmente aceitáveis. TANGENCIALIDADE – Resposta a uma pergunta de modo oblíquo ou irrelevante. TEMPERAMENTO – Predisposição constitucional para reagir de determinada maneira aos estímulos TRANSE – Estado de atenção focalizada e atividade sensorial e motora diminuída. VERBIGERAÇÃO – Repetição esteriotipada e aparentemente sem sentido de palavras ou sentenças.
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