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EAD - Direitos Humanos - Unid l

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Prévia do material em texto

Autora: Profa. Maria Ephigênia de A. C. Nogueira
Colaboradoras: Profa. Silmara Machado
 Profa. Angélica L. Carlini
Direitos Humanos
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Professora conteudista: Maria Ephigênia de A. C. Nogueira
Formou-se em Pedagogia pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo – FEUSP, instituição onde 
cursou também mestrado e doutorado. Além disso, realizou um curso de especialização em Gestão Educacional na 
Universidade de Campinas – Unicamp.
Começou sua carreira profissional como professora concursada de Educação Infantil da Secretaria Municipal de 
Educação de São Paulo. Foi membro de Equipe Técnica da Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas – Cenp, 
de 1981 a 1983. Na Universidade Paulista – UNIP, atuou como professora do curso de Pedagogia presencial e a 
distância; foi coordenadora de curso e líder das disciplinas Estrutura e Funcionamento da Educação Básica e Educação 
de Jovens e Adultos, Educação de Jovens e Adultos: Fundamentos e Metodologia, Políticas Públicas de Educação e 
Política e Organização da Educação Básica, de 2007 a 2015. É membro do Grupo de Pesquisas de Políticas Públicas, 
Gestão e Formação de Professores da UNIP. Atua nos cursos de pós-graduação de Formação em Educação a Distância 
e Formação de Professores da UNIP.
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
N778d Nogueira, Maria Ephigênia.
Direitos humanos. / Maria Ephigênia Nogueira. – São Paulo: 
Editora Sol, 2016.
84 p., il.
Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e 
Pesquisas da UNIP, Série Didática, ano XXII, n. 2-072/16, ISSN 1517-9230.
1. Direitos humanos. 2. Instrumentos universais. 3. Sistemas 
Regionais de Proteção. I. Título.
CDU 341.27
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Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora de Unidades Universitárias
Prof. Dr. Yugo Okida
Vice-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Unip Interativa – EaD
Profa. Elisabete Brihy 
Prof. Marcelo Souza
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Prof. Ivan Daliberto Frugoli
 Material Didático – EaD
 Comissão editorial: 
 Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
 Dra. Divane Alves da Silva (UNIP)
 Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
 Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
 Dra. Valéria de Carvalho (UNIP)
 Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
 Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
 Projeto gráfico:
 Prof. Alexandre Ponzetto
 Revisão:
 Giovanna Oliveira
 Lucas Ricardi
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Sumário
Direitos Humanos
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................7
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................................7
Unidade I
1 INTRODUÇÃO AO SISTEMA DE DIREITOS HUMANOS ..........................................................................9
1.1 Processo histórico no Ocidente ...................................................................................................... 11
1.2 Declaração de Direitos da Virgínia ................................................................................................ 12
1.3 Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão ................................................................. 12
2 IMPLEMENTAÇÃO DOS INSTRUMENTOS UNIVERSAIS DE DIREITOS HUMANOS .................. 20
2.1 Normas internacionais de direitos humanos ............................................................................ 20
2.1.1 Tratados ...................................................................................................................................................... 21
2.1.2 Ratificação ................................................................................................................................................. 21
2.1.3 Adesão ......................................................................................................................................................... 21
2.1.4 Sucessão ..................................................................................................................................................... 21
2.1.5 Costume ...................................................................................................................................................... 22
3 DECLARAÇÕES, RESOLUÇÕES E OUTROS DOCUMENTOS 
ADOTADOS PELOS ÓRGÃOS DAS NAÇÕES UNIDAS .............................................................................. 22
3.1 Documentos ........................................................................................................................................... 23
3.1.1 Declaração Universal dos Direitos Humanos ............................................................................... 23
4 DIREITOS HUMANOS NA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL – 1988 ....................................................... 30
4.1 Carta da ONU ......................................................................................................................................... 33
Unidade II
5 SISTEMAS REGIONAIS DE PROTEÇÃO E PROMOÇÃO DE DIREITOS HUMANOS ..................... 37
5.1 Sistema Europeu de Proteção aos Direitos do Homem ........................................................ 37
5.2 Sistema Interamericano de Proteção dos Direitos Humanos ............................................. 38
5.3 Sistema Africano de Proteção dos Direitos Humanos e dos Povos ................................ 39
5.4 Proibição da tortura ............................................................................................................................ 39
5.5 Direito de não viver na pobreza ..................................................................................................... 40
5.6 Antirracismo e não discriminação ................................................................................................. 41
5.7 Direito à saúde....................................................................................................................................... 44
5.8 Direitos humanos das mulheres ..................................................................................................... 45
5.8.1 Origem ......................................................................................................................................................... 46
5.9 Primado do Direito e julgamento justo ....................................................................................... 49
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5.10 Liberdades religiosas ......................................................................................................................... 50
6 DIREITO À EDUCAÇÃO ................................................................................................................................... 51
6.1Direitos humanos da criança ........................................................................................................... 54
6.2 Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) .................... 54
6.3 Direitos humanos em conflito armado ....................................................................................... 55
6.4 Direito ao trabalho ............................................................................................................................... 58
6.5 Direito à privacidade ........................................................................................................................... 59
7 LIBERDADE DE EXPRESSÃO E LIBERDADE DOS MEIOS DE INFORMAÇÃO ............................... 62
7.1 Direitos à democracia ......................................................................................................................... 63
7.2 Direito das minorias ............................................................................................................................ 67
7.3 Direito ao asilo....................................................................................................................................... 68
8 A LUTA GLOBAL PELOS DIREITOS HUMANOS ...................................................................................... 69
8.1 Movimentos de direitos humanos e a construção da cidadania ...................................... 70
8.2 Políticas públicas de direitos humanos 
(órgãos de defesa, proteção e promoção de direitos humanos) .............................................. 71
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APRESENTAÇÃO
Caro aluno,
Nesta disciplina, vamos estudar temas considerados relevantes para o exercício dos direitos humanos 
de todas as pessoas. O estudo dos direitos humanos tem o objetivo de promover a responsabilidade social 
orientada para além de todos os direitos considerados universais e inalienáveis, numa visão holística e 
voltada à missão prática dos direitos humanos como forma de vida para os países democráticos. 
A disciplina, desse modo, deve promover diálogos e debates que conduzam ao pensamento crítico e 
à análise sistêmica sobre o futuro da humanidade em prol da paz, da justiça econômica e social. Além 
disso, deve incentivar o aluno ao entendimento das implicações morais e políticas dos direitos humanos 
para que haja a conscientização de que os indivíduos são protegidos pela Declaração Universal dos 
Direitos Humanos, aceita pela maioria das nações.
 
INTRODUÇÃO
De maneira um pouco mais detida, vamos desenvolver o conhecimento básico dos conceitos 
apresentados na Declaração Universal dos Direitos Humanos, capacitando você para promover a 
responsabilidade social e o pensamento crítico acerca do desenvolvimento humano e social. 
Ao lado dessa reflexão, pretendemos enfatizar práticas como o exercício dos direitos iguais e a 
defesa dos fundamentos da liberdade, da justiça e da paz. O Brasil participa de tratados internacionais 
e a importância desse consentimento, firmado mundialmente, leva ao compromisso de promover 
a cooperação com a Organização das Nações Unidas em ações que semeiem respeito universal e a 
manutenção ou conquista de liberdades. 
Trata-se, como se pode prever, de um tema polêmico e de entendimento até contraditório. Nosso 
intento aqui é apresentar as discussões mencionadas de modo mais generalizado, ou seja, sem nos 
aprofundarmos em seus pormenores. 
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DIREITOS HUMANOS
Unidade I
1 INTRODUÇÃO AO SISTEMA DE DIREITOS HUMANOS
Compreender o sistema de direitos humanos é o que estudaremos e se constitui no grande desafio 
da atualidade. Todos nós, cotidianamente, nos referimos aos direitos humanos, mas será que há a 
compreensão teórica que precisa ser prontamente discutida e explicitada para que os princípios inerentes 
a eles sejam assimilados em toda sua extensão e especificidades? 
Interrogamos: o que são direitos humanos? São os direitos e liberdades básicas de todos os 
seres humanos, inerentes a todas as pessoas, independentemente de raça, cor, sexo, etnia, idioma, 
nacionalidade, religião ou qualquer outra condição. É a dignidade humana. Quais são as ideias presentes 
nessa afirmação? São os conceitos de dignidade, de liberdade de pensamento, de igualdade perante a 
lei e de expressão. Os direitos humanos incluem o direito à vida, à liberdade de expressão e opinião, ao 
trabalho e à educação, sem discriminação. 
Foi a Organização das Nações Unidas – ONU que proclamou a Declaração Universal dos Direitos dos 
Humanos (ASSEMBLEIA GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS, [s.d.]), que é respeitada e adotada mundialmente. 
A Declaração tornou-se um documento que tem uma importância mundial, apesar de sua não 
obrigatoriedade jurídica, isto é, de não ser legislação obrigatória nos países que a adotam. 
Para a Assembleia Geral da ONU, a Declaração Universal dos Direitos Humanos tem sido um ideal a 
ser atingido por todos os povos e todas as nações. É um instrumento cujo objetivo é garantir que todos 
os Estados tenham sempre em mente a importância de promover o respeito aos direitos e liberdades 
tidos como básicos e inerentes ao ser humano.
A ONU, órgão internacional constituído por países ocidentais, foi fundada em 1945, em meio à 
barbárie da Segunda Guerra Mundial, com o objetivo de promover e encorajar o respeito aos direitos 
humanos para todos, convencida de que os povos haviam reafirmado 
[...] sua fé nos direitos humanos fundamentais, na dignidade e no valor 
do ser humano e na igualdade de direitos entre os homens e mulheres 
e que decidiram promover o progresso social e melhores condições de 
vida em uma liberdade mais ampla (ASSEMBLEIA GERAL DAS NAÇÕES 
UNIDAS, [s.d.]).
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Unidade I
 Observação
Veja a seguir alguns organismos que tratam dos direitos humanos:
• Organização das Nações Unidas (ONU);
• Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e 
Cultura (Unesco); 
• Organização Íbero-americana para Educação, Ciência e Cultura (CEI);
• Organização Mundial para a Alimentação e Agricultura (FAO);
• Organização Internacional do Trabalho (OIT);
• Organização Mundial de Propriedade Intelectual (Wipo);
• Organização dos Estados Americanos (OEA);
• Organização Mundial de Saúde (OMS);
• Justiça Internacional;
• Direitos Humanos no Brasil;
• Direitos Humanos na Universidade de São Paulo (USP).
Os direitos humanos são expressos em tratados no direito internacional consuetudinário, que é 
composto por conjuntos de princípios e outras modalidades do Direito. A legislação não estabelece os 
direitos humanos, eles são inerentes às pessoas ou grupos contra ações ou abandono dos governos que 
interferem na possibilidade de cada pessoa de desfrutar os direitos humanos.
O objetivo da ONU ao adotar a Declaração Universal dos Direitos Humanos foi fortalecer a democracia, 
os direitos humanos e a paz e evitar as guerras. A ONU defende que todos os homens nascem livres e 
iguais em dignidade e em direitos. Diferentemente dos outros seres vivos, o homem é dotado de razão e 
de consciência. Essa capacidade lhe dá o poder de escolha com consciência, ética e empatia, e o obriga, 
assim, a agir com os outros em espírito de fraternidade. 
O homem é o centro e o objeto de atenção e valorização. A sua relação com os outros homens e com 
o ambiente social, político, ambiental, econômico e financeiro traz para a discussão os direitos a serem 
garantidos para que a liberdade e a dignidadehumanas sejam garantidas.
A dignidade humana é a grande meta dos direitos humanos e está no centro das discussões desta 
disciplina. Os direitos humanos estão baseados em conceitos que envolvem um sistema de valores 
universal e comum que tem como objetivo proteger a vida. Para isso, devem oferecer um conjunto de 
princípios protegidos por normas e padrões internacionalmente aceitos.
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DIREITOS HUMANOS
Os conceitos envolvidos na compreensão dos direitos humanos não surgiram de modo arbitrário, foi 
a evolução histórica, social, econômica, do conhecimento e tecnológica que influenciou a sua definição 
e o estudo de sua complexidade. Essa evolução se deu no tempo e foi ocasionada por diferentes aspectos 
e situações vividas pelo ser humano.
No século XX, o conceito chegou a ser compreendido como um enquadramento moral, jurídico e 
político e como princípio que deveria orientar para a proteção da vida e para a construção de um mundo 
sem medo e privações. No século XXI, o grande desafio que se coloca é que ainda há muito a ser feito 
para a implementação dos direitos humanos. 
Há que se considerar que o tema direitos humanos é muito amplo e polêmico. Há várias visões e 
compreensões sobre o tema, e essas discussões não farão parte deste trabalho. 
 Observação
Na definição de Ricardo Castilho (2012, p. 137), a dignidade humana:
“Está fundada no conjunto de direitos inerentes à personalidade 
da pessoa (liberdade e igualdade) e também no conjunto de direitos 
estabelecidos para a coletividade (sociais, econômicos e culturais). Por isso, 
a dignidade da pessoa não admite discriminação, seja de nascimento, sexo, 
idade, opiniões ou crenças, classe social e outras.”
1.1 Processo histórico no Ocidente
Os dois marcos fundantes que defendem a dignidade humana no regime democrático e nas 
liberdades civis são a Revolução Francesa e a Revolução Americana, que deram origem à Declaração 
Universal dos Direitos Humanos, documento que parte das tradições da Declaração de Direitos do Bom 
Povo de Virgínia (1776, quando da ocasião da Independência dos Estados Unidos) e da Declaração dos 
Direitos do Homem e do Cidadão (1789, quando da ocasião da Revolução Francesa). Esses documentos 
da história moderna trazem como fato inédito a presença de declarações de direitos, que, aliás, são 
marcadas por momentos de conturbada mudança política e social e foram de grande influência na 
história do Ocidente.
Para Maria Luiza Marcílio (2007, p. 88), os documentos trouxeram ideias inéditas, como “liberdade 
inerente ao homem para escolher seu próprio caminho [...] igualdade entre os homens [...] fraternidade 
que deve reger a relação entre os seres humanos”. 
Segundo Marcilio (2007), os conceitos estão vinculados ao cristianismo e ao mundo ocidental e 
revelam fundamentações religiosas e éticas que são estudadas na teoria e na prática política.
Encontramos a origem do conceito de direitos humanos na filosofia de direitos naturais. Quando do 
surgimento dessa discussão, aliás, pensava-se que esses direitos seriam atribuídos por Deus. 
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Unidade I
John Locke, filósofo do século XIX, foi um dos grandes defensores da inexistência de diferença 
entre direitos naturais e direitos humanos. Como exemplo de pensamento contrário, podemos dar um 
exemplo do movimento a favor dos direitos humanos nos Estados Unidos, no século XX, que defendia a 
igualdade entre todas as pessoas, mas que, em contrapartida, existia numa sociedade onde havia grande 
discriminação contra os negros. 
 Observação
Um dos defensores dos movimentos a favor dos direitos humanos foi 
Martin Luther King Jr., que apontava que os negros não desfrutavam dos 
plenos direitos fundamentais na época.
1.2 Declaração de Direitos da Virgínia
O motivo que levou à Revolução e à elaboração do documento foi a conduta da Inglaterra junto 
às 13 colônias britânicas, com a adoção de leis mercantilistas favoráveis somente à metrópole. Essa 
declaração antecipou outra, a Declaração de Independência dos Estados Unidos da América. As ideias 
filosóficas que influenciaram o documento de direito foram as obras de John Locke e Thomas Paine. Na 
Declaração de Independência, Thomas Jefferson apontou 27 atos cometidos pela Inglaterra, pelo Rei 
Jorge III, que violavam os “direitos naturais” dos colonos (CONGRESSO GERAL DOS ESTADOS UNIDOS DA 
AMÉRICA, [s.d.]).
Leandro Karnal (2007, p. 94) aponta que esse fato significou uma reviravolta na política do 
mundo ocidental:
Com todas as limitações, o movimento de independência significava um 
fato histórico novo e fundamental: a promulgação da soberania popular 
como elemento suficientemente forte para mudar e derrubar formas de 
governo estabelecidas, e de cada capacidade, tão inspirada em Locke, de 
romper o elo entre os governantes e governados quando os primeiros não 
garantissem aos cidadãos seus direitos fundamentais. Existia uma firme 
defesa da liberdade, a princípio limitada, mas que se foi estendendo em 
diversas áreas.
A Independência dos Estados Unidos teve grande influência na Europa e em especial na França, onde 
agravou a situação entre o povo e o rei Luís XVI. Desencadeou, desse modo, um dos mais importantes 
processos revolucionários do século XVIII, a Revolução Francesa. 
1.3 Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão
Os franceses deram início a um grande processo revolucionário, influenciados pelos princípios 
norteadores que compuseram a Declaração de Independência dos Estados Unidos. Seu objetivo 
era derrubar a monarquia absolutista e dar fim aos privilégios legais da aristocracia e do clero, 
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DIREITOS HUMANOS
organizando, assim, um governo que envolvesse o consentimento popular e preservasse os 
direitos naturais dos homens. Os filósofos que inspiraram esse processo foram Montesquieu, 
Voltaire e Rousseau.
A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão foi o documento que expressou as ideias da 
mudança política proposta.
Os conceitos apontados pela Revolução Francesa, de 1789, são liberdade, igualdade e fraternidade e 
se tornaram referência histórica de maior relevância.
Apesar de as ideias da Revolução Francesa estarem vinculadas ao cristianismo, pelos princípios que 
defende, a revolução não foi feita por cristãos, na realidade, foi feita contra eles.
Entre os filósofos da época, Jacques Maritain (1956, p. 162), aponta essa peculiaridade, que pode ser 
considerada uma contradição:
Sob a inspiração evangélica em trabalho na História, a consciência 
profana compreendeu a dignidade do povo e do homem [...] E foi sob 
a ação do fermento evangélico em trabalho no mundo que as ideias e 
as aspirações que caracterizam o estado de espírito democrático e a 
filosofia democrática se formaram na consciência profana. Por efeito 
da mais absurda das contradições históricas, ao longo do século XIX, 
particularmente na Europa, elas foram engajadas numa soi-disant 
filosofia da emancipação do pensamento, que as esvaziou de toda 
substância, as negou e as desagregou [...]
Liberdade, igualdade e fraternidade compõem uma tríade. Com o processo histórico, essa trilogia de 
1789 caminhou em direção à dimensão política e adquiriu uma interdependência entre seus conceitos, 
que é a característica das democracias atuais. 
Essa conquista se deu por meio de um processo histórico, que não foi percorrido sem problemas, mas 
sim com avanços e retrocessos, típicos de todo processo social. 
 Lembrete
Como já mencionamos nestelivro-texto, ainda há a necessidade, nos 
dias de hoje, de muita reflexão e discussão para que o pleno entendimento 
dos direitos humanos resulte em ações coerentes e de amplo espectro 
dentro da realidade social contemporânea.
O que se observa é que as nações ocidentais ainda não realizaram o ideal da democracia expressos 
nos princípios desde os movimentos do século XVIII. 
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Unidade I
A democracia como regime político é um processo histórico das nações ocidentais que é defendida 
devido à convicção de que é por meio da garantia dos direitos humanos que se garante a dignidade 
humana. Em função dessa consciência é que a democratização das nações se tornou o desafio a partir 
de 1789 e apresentou um processo de aceleração, principalmente após 1870. 
Historicamente, comprovou-se que a democratização política dos Estados após 1789 criou melhora 
nos indicadores sociais da população, o que veio a fortalecer e criar forças políticas ampliadas e 
renovadas. Criaram-se extratos sociais antes não existentes e camadas da população foram inseridas no 
sistema político. Foi o inicio da urbanização, da industrialização e da educação de base e superior. 
Para se viver na democracia, o conceito de cidadania é o que vai garantir o uso pleno dos direitos. 
Podemos definir cidadania como o exercício dos direitos civis, sociais e políticos atualmente previstos 
na Constituição. Para que o cidadão exerça sua cidadania, precisa ter consciência de seus direitos e 
obrigações e se organizar, participando de movimentos sociais que tenham como objetivo que esses 
direitos sejam colocados em prática. 
A cidadania para os membros de uma sociedade significa usufruir os direitos humanos, tanto os 
individuais como os coletivos ou institucionais, envolvendo também o cumprimento dos deveres para o 
bem da sociedade.
 Observação
O que significa cidadão (CIDADÃO, 2016): é um indivíduo que convive 
em sociedade – grupo de indivíduos entre os quais existem relações 
recíprocas. Também pode ser o habitante da cidade e tem o direito de 
gozar de seus direitos civis e políticos do Estado em que nasceu, ou no 
desempenho de seus deveres para com este. 
O cidadão, ao ter consciência e exercer seus direitos e deveres com a 
pátria, está praticando a cidadania. É obrigação da estrutura familiar e 
escolar educar o cidadão para que a Constituição seja respeitada.
Para Norberto Bobbio (1992), a diferença entre a Declaração de Virgínia e a Declaração dos Direitos 
do Homem e do Cidadão é que a primeira expressa a concepção que levou à escrita do texto e também 
apresenta suas finalidades, relacionando-as com o “bem comum da sociedade”, enquanto a segunda 
afirma politicamente os direitos individuais.
Lynn Hunt (2009, p. 179), resumindo os principais artigos da declaração de direitos francesa, afirma:
Os deputados franceses declaravam que todos os homens, e não só os 
franceses, “nascem e permanecem livres e iguais em direitos” (artigo 1). 
Entre os “direitos naturais, inalienáveis e sagrados do homem” estavam 
a liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência à opressão (artigo 
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DIREITOS HUMANOS
2). Concretamente, isso significava que qualquer limite aos direitos tinha 
de ser estabelecido na lei (artigo 4). “Todos os cidadãos” tinham o direito 
de participar da formação da lei, que deveria ser a mesma para todos 
(artigo 6), e consentir na tributação (artigo 14), que deveria ser dividida 
igualmente segundo a capacidade de pagar (artigo 13). Além disso, a 
declaração proibia “ordens arbitrárias” (artigo 7°), punições desnecessárias 
(artigo 8°) e qualquer presunção legal de culpa (artigo 9°) ou apropriação 
governamental desnecessária da propriedade (artigo 17). Em termos um 
tanto vagos, insistia que “ninguém deve ser molestado por suas opiniões, 
mesmo as religiosas” (artigo 10), enquanto afirmava com mais vigor a 
liberdade de imprensa (artigo 11).
Marcilio (2010) aponta que sistemas eleitorais passaram a se basear em cada vez mais amplo direito 
ao voto. Em alguns casos, já haviam adquirido até mesmo o sufrágio universal masculino, em 1870, 
como a França e a Alemanha (para o parlamento alemão), a Suíça e a Dinamarca: 
Na Inglaterra, as leis da Reforma de 1867 e 1883 quase duplicaram o 
eleitorado, que se elevou de 8% a 29% para os homens de mais de 20 
anos. A Bélgica democratizou esses direitos em 1894, após uma greve 
geral realizada por essa reforma (o aumento foi de 3,9% para 37,3%, para 
a população adulta); a Noruega dobrou essas cifras em 1898 (de 16,6% 
para 34,8%). Na Finlândia, uma democracia extensiva única (76% de adultos 
masculinos) surgiu com a Revolução de 1905. Na Suécia, o eleitorado 
dobrou em 1908, alcançando o nível do da Noruega. A metade austríaca do 
Império dos Habsburgos recebeu o sufrágio universal masculino em 1907 e 
a Itália, em 1913. Fora da Europa, os EUA, a Austrália e a Nova Zelândia já 
eram democráticos e a Argentina seguiu-lhes o exemplo em 1912. No Brasil, 
a Constituição de 1891, que instituiu o regime republicano, estabeleceu 
o voto masculino para maiores de 21 anos, mas excluiu os mendigos, os 
analfabetos, os soldados rasos, os religiosos e, claro, todas as mulheres – 
democracia muito limitada, portanto (MARCILIO, 2010). 
O avanço da democracia mostrava que não havia mais volta. Nas nações ocidentais, desde o início 
do século XX, novas posturas passaram a ser adotadas para essa nova realidade que estava ocorrendo 
nos Estados ocidentais. A realidade desse processo de desenvolvimento da democracia foi muito diversa, 
complexa e contextualizada em cada região, país ou continente. Podemos citar que houve a preocupação 
com a manipulação política das massas e com a criação e a organização de movimentos sociais. Foi 
nesse contexto, aliás, que surgiu a mídia de massas. 
Os políticos perceberam a importância do eleitorado popular. A população exigia a criação de novos 
partidos políticos, populares. 
Em fins do século XIX, os novos movimentos de massas realizam defesas ideológicas. Bandeiras 
foram hasteadas em defesa da república e da revolução, mas não só: também passou-se a defender 
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o socialismo e o anarquismo, que caracterizaram os movimentos populares de esquerda. A batalha 
para incluir os operários e as classes desfavorecidas nessa discussão política foi difícil até o inicio 
do século XX.
Foi o desenvolvimento dos países ocidentais avançados que favoreceu a difusão e o avanço da 
república liberal e também da democracia.
 Observação
Democracia, de acordo com Marcilio (2010), é uma forma de governo 
em que o poder não está nas mãos de um só ou de poucos, mas nas 
de todos, contrapondo-se às formas autocráticas, como a monarquia 
absolutista e a oligarquia.
Para Maria Luiza Marcilio (2010), os pontos positivos do avanço do processo histórico da democracia 
como regime político de defesa dos direitos humanos garantindo a dignidade humana que podem ser 
observados nesse período são:
• A alfabetização estava em franca expansão na Europa e daí para 
o resto do mundo. Um povo que soubesse ler e escrever passaria a 
constituir-se numa nova preocupação política. Conforme nossas 
pesquisas sobre a história da alfabetização, a educação popular 
tornou-se gradualmente uma instituição mundial. Praticamente 
todas as sociedades nacionais inscreveram como sua aspiração maior 
completar a matrícula universal da educação de base. A educação 
de massas expandiu-se nos países pioneirosda Europa e Estados 
Unidos, a partir da década de 1870. Uma vez estabelecida nessas 
duas áreas, a educação de massas difundiu-se por todo o mundo e 
a taxas mais aceleradas depois da Segunda Guerra Mundial. A partir 
dos anos de 1950, a expansão da educação passou a contar com o 
apoio efetivo da Organização das Nações Unidas, quando ela própria 
assumiu seu papel norteador e articulador. A educação para todos 
difundiu-se, então, ao redor do mundo sob o modelo do sistema 
ocidental, com seus princípios associados, de cidadania nacional e 
de autoridade do Estado. O direito à educação elementar, gratuita, 
obrigatória, laica e universal está inscrito na Declaração dos Direitos 
Humanos da ONU, proclamada em 1948. Os congressos, assembleias 
gerais e instrumentos internacionais exarados pela ONU desde então 
mostraram a preocupação desse organismo supranacional com a 
educação para todos e educação de qualidade. 
• Outro fator positivo que se desenvolveu a partir de fins do século XIX 
foi a revolução da mídia, que foi se transformando em meio de 
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informação de massas. Só para citar um único exemplo, nos EUA, em 
1880, eram publicados mensalmente 186 milhões de exemplares de 
jornais e revistas, contra apenas pouco mais de três centenas (330) 
cem anos antes (1788). No século XX, a difusão popular do radio, 
da televisão e, mais recentemente, da internet, tornaram-se meios 
de ajuda à implantação e ao universalismo do sistema democrático 
representativo.
• Não se pode deixar de lembrar o importante fator favorável à 
implantação da liberdade política e da democracia, que foi a 
emancipação feminina. Esta se iniciou em fins do século XIX 
na Europa, estando inicialmente quase restrita à classe média. 
As pioneiras saíram dos meios burgueses. De 1870 em diante, as 
mulheres do mundo desenvolvido visivelmente começaram a ter 
menos filhos. Era a fase da “transição demográfica”. As mulheres 
dos países ocidentais de final do século XIX adquiriram maior 
independência de movimentos, com o fim das armaduras de 
tecidos, barbatanas e corpetes, já antecipando as roupas soltas e 
flutuantes, popularizadas antes da Primeira Grande Guerra. Maior 
liberdade de movimentos significava maior liberdade sexual para as 
mulheres de classe média. O direito de voto feminino nas eleições 
parlamentares tornava-se a luta principal e de maior evidência nas 
questões políticas do feminismo. Antes de 1914, este direito não fora 
ganho em praticamente nenhuma nação (MARCILIO, 2010).
Se a libertação sexual ainda precisava ser ganha, as mulheres estavam às vésperas de conseguir 
igualdade de direitos de cidadania e, embora de modo reduzido e estreito, abriam-se carreiras para seus 
talentos, na busca de equiparação aos direitos dos homens.
 Observação
Albert Einstein (apud POZZOLI, 2001, p. 109) escreveu que:
“Nós, cientistas, cujo trágico destino tem sido ajudar a fabricar os 
mais hediondos e eficazes métodos de aniquilação [...] por uma penosa 
experiência, aprendemos que o pensamento racional não é suficiente para 
resolver os problemas de nossa vida social. [...] O intelecto tem um olho 
aguçado para os métodos e ferramentas, mas é cego quanto aos fins e 
valores [...] A ciência pode apenas determinar o que é, não o que deve ser. 
Esse é o campo da ética e da religião”. 
No texto Democracia, Cidadania e Direitos Humanos, Benevides ([s.d.]) discute os três conceitos 
que dão título à obra e sua evolução histórica, contextualizando-os na atualidade. Para tanto, a 
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autora parte da definição de democracia como “regime político fundado na soberania popular e 
no respeito integral aos direitos humanos, regime baseado nos princípios da liberdade, igualdade 
e solidariedade” (ibidem).
Considerando democracia política e social como os pilares da democracia moderna, uma vez que 
fundadas no ideal republicano e nos valores do liberalismo político, Benevides ([s.d.]) reúne as exigências 
da cidadania plena, das liberdades civis e da participação política, reivindicando a igualdade e a prática 
da solidariedade. Defende, ainda, a cidadania ativa e social, ou seja, a efetiva e autônoma participação 
popular e a garantia de suas liberdades de direito.
Cidadania surge na pólis grega e nas cidades-estado romanas, em italiano, civitas (cidade – cidadão 
– cidadania). Na origem clássica da palavra, não havia o conceito de liberdade na vida privada, existia 
somente o conceito de cidadania social aos homens que participavam da vida pública na cidade, únicos 
detentores dos “direitos políticos”. Na Idade Moderna, a Revolução Inglesa (século XVII) e a ascensão 
da burguesia (século XVIII) configuram aquela que passou a ser chamada de reação individualista. 
A Revolução Americana e a Revolução Francesa resultaram em conquistas para o mundo ocidental, 
no direito do indivíduo e do cidadão, com novos significados. Destaca-se que o legado da Revolução 
Francesa traz e faz a ligação entre democracia e cidadania, ao reconhecer três direitos fundamentais: 
liberdade, solidariedade e igualdade.
Para Benevides ([s.d.]) distingue-se cidadania ativa, que institui o cidadão como portador de direitos e 
de deveres, mas, essencialmente, criador de direitos para abrir espaços de participação de outra, passiva, 
que é outorgada pelo Estado, com a ideia moral da tutela e do favor. Conclui, assim, que a cidadania 
ativa requer a consciência do papel formador da educação.
Em nosso País, discutir os direitos humanos ainda é polêmico, apesar da criação da Secretaria Especial 
de Direitos Humanos, dos Planos Nacionais, Estaduais e Municipais, pois ainda existem ambiguidades 
e deturpações. Direitos humanos são direitos essenciais, engendrados a partir do núcleo fundador do 
direito à vida, que reconhecem a dignidade de todo ser humano, e hoje fazem parte da consciência 
moral e política da humanidade. 
Estamos tratando dos direitos comuns, sem discriminação de origem, etnia, especificidade de 
fenótipo (cor da pele, traços fisionômicos), nacionalidade, sexo, classe social, nível de instrução, religião, 
opinião pública, faixa etária, orientação sexual, ou qualquer tipo de julgamento moral. Esses direitos 
são naturais e universais e não se referem a um membro de uma nação ou Estado, mas à pessoa e à sua 
universalidade. Naturais porque estão vinculados à natureza humana e estão acima de qualquer lei, não 
precisam estar legalmente explicitados para serem evocados. Ainda assim, o fato de estarem presentes, 
no caso do Brasil, na Constituição Federal de 1988 (CF/88) e, de modo mais abrangente, em acordos e 
declarações internacionais, é um avanço civilizatório no sentido humanista e progressista do termo, o 
que facilita o trabalho de sua proteção e promoção.
Direitos humanos são essencialmente públicos, de fruição individual e pública, diferindo-se 
dos “direitos” entendidos como prerrogativas autoconcedidas dentro de um grupo social, como 
parlamentares, doutores, ricos em geral, que, de fato, constituem privilégios típicos dos estamentos 
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das classes, na noção antiga da Lex privata. São, por isso, reclamáveis contra o Estado e instâncias 
nacionais e internacionais.
Historicamente, há uma distinção aceita entre os direitos humanos – liberdades individuais ou 
direitos civis, consagrados por declarações e constituições de diversos países – e direitos políticos. Além 
disso, há os direitos sociais, dos séculos XIX e XX, ligadosao mundo do trabalho, à educação, saúde, 
habitação, lazer e acesso aos bens culturais. Esses direitos foram conquistados por lutas dos socialistas 
e da social-democracia, que resultaram em revoluções e no Estado de bem-estar social. 
É preciso destacar, dentro dos direitos sociais, o direito fundamental à educação, a uma escola 
republicana, laica, gratuita e de qualidade, que invista na qualidade de formação e de trabalho de todos 
os profissionais que nela trabalham, principalmente dos professores. 
Falta acrescentar a isso a educação infantil, já reconhecida na Constituição Federal e na Lei nº 9.394, de 20 
de dezembro de 1996 (também conhecida como LDB), como parte integrante da formação plena da pessoa. 
Além disso, são direitos coletivos da humanidade: defesa ecológica, paz, desenvolvimento, 
autodeterminação dos povos e partilha do patrimônio científico, cultural e tecnológico. Benevides 
([s.d.]) chama-os de direitos sem fronteira, de solidariedade planetária. 
Os direitos já reconhecidos e proclamados oficialmente, na Constituição Federal e em todas as 
convenções e pactos internacionais dos quais o Brasil é signatário, não podem ser revogados por 
emendas constitucionais, leis ou tratados internacionais posteriores.
Os direitos, além de naturais, universais e históricos, são indivisíveis e irreversíveis.
São irreversíveis, pois, uma vez proclamados, tornam-se direitos positivos fundamentais irrevogáveis. 
Em adição, são indivisíveis, na medida em que numa democracia efetiva, não se pode opor o respeito 
às liberdades individuais da garantia dos direitos sociais, não se pode considerar natural o fato de que o 
povo seja livre para votar, mas continue preso às teias da pobreza e da discriminação.
Discutir o sentido da igualdade como princípio fundador da democracia e dos direitos humanos não 
significa homogeneidade. Neste sentido, o conceito de igualdade está associado ao direito às diferenças. 
Desigualdade, definida como inferior ou superior em termos de hierarquia ou dignidade, é discriminação. 
A diferença é uma relação horizontal, e um direito, na medida em que iguala dignidade e 
igualdade, reconhecendo todas as diferenças como existentes. A igualdade decorrente dos direitos 
sociais, econômicos, culturais e ambientais é uma meta a ser alcançada, um compromisso desde as 
esferas municipais e estaduais até a federal. Liberdade e igualdade, para que subsistam na época atual, 
necessitam da solidariedade no plano pessoal e grupal.
Na luta contra o capitalismo como um tipo de sociedade onde tudo se compra e vende, firmaram-se 
e foram reconhecidos os direitos econômicos e sociais, assim como os direitos individuais garantidos 
contra o absolutismo e o feudalismo.
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Solidariedade ativa como pilar da dignidade enquanto fonte de direitos significa que todos somos 
responsáveis pelo bem comum. Trata-se, desse modo, de criar uma nova cultura política. 
 Observação
Baxi (1994, tradução nossa) afirma que “[...] na recente história da 
humanidade, nenhuma expressão tem tido maior privilégio de suportar a 
missão e o peso do destino da humanidade do que “direitos humanos” […] 
– o melhor presente do pensamento humano clássico e contemporâneo 
é a noção dos direitos humanos. De fato, mais do que qualquer outra 
linguagem moral que esteja disponível neste tempo histórico, [encontra-se] 
a linguagem dos direitos humanos […]”. 
2 IMPLEMENTAÇÃO DOS INSTRUMENTOS UNIVERSAIS DE DIREITOS 
HUMANOS 
Depois da Revolução Francesa de 1789 e do estabelecimento dos princípios da dignidade humana 
nos ideais de liberdade, fraternidade e igualdade, a Declaração Universal dos Direitos Humanos foi o 
primeiro documento legal aceito pelos países ocidentais como expressão do valor e da ética humana, 
assim como da dignidade do homem. O documento foi elaborado e publicado pela ONU e tem sido 
aceito por todos os países membros da organização. O documento foi elaborado pela ONU e publicado 
em 1948, logo após a Segunda Guerra Mundial.
Os direitos humanos são expressos em tratados, no direito internacional consuetudinário, composto 
por conjuntos de princípios e outras modalidades do Direito. 
 Lembrete
A legislação não estabelece os direitos humanos, eles são inerentes às 
pessoas ou grupos contra ações danosas ou abandono dos governos.
2.1 Normas internacionais de direitos humanos
A expressão formal “direitos humanos inerentes” surgiu por meio das normas internacionais de direitos 
humanos. A partir de 1945, surgiram tratados e instrumentos internacionais de direitos humanos que 
possibilitaram conferir uma forma legal dos direitos humanos inerentes. A criação da ONU tornou possível a 
constituição de um fórum ideal para a adoção de instrumentos internacionais de direitos humanos. 
Há, entretanto, também instrumentos regionais, muito importantes porque revelam as 
necessidades e peculiaridades locais de cada região. Para viabilizar o desenvolvimento de ações, 
programas e outros instrumentos de ação, as constituições e outras leis dos países protegem 
formalmente os direitos humanos. 
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O Direito Internacional dos Direitos Humanos estabelece obrigações dos Estados de agirem 
segundo determinadas diretrizes para promover e proteger os direitos humanos e as liberdades 
dos grupos ou indivíduos. O estabelecimento dessas diretrizes e obrigações acontece nas 
normas internacionais de direitos humanos, que consistem em tratados, declarações, princípios, 
diretrizes etc. 
2.1.1 Tratados
Chamamos de tratado o acordo entre os Estados que se comprometem com regras específicas 
concernentes aos diferentes aspectos e especificidades dos direitos humanos.
Os tratados internacionais podem apresentar diferentes designações, como pactos, cartas, 
protocolos, convenções e acordos. Um tratado é legalmente vinculativo para os Estados que 
tenham consentido em se comprometer com as disposições do documento. Um Estado pode 
participar de vários modos e em momentos diversos de um tratado, o que pode ocorrer por meio 
de adesão, ratificação ou sucessão.
2.1.2 Ratificação
A expressão formal do consentimento dos Estados em se comprometerem com um tratado é 
ratificação. Somente o Estado que assinou o tratado quando ele estava aberto a assinaturas pode 
participar da ratificação.
Para a participação de um Estado na ratificação de um tratado internacional, há dois processos que 
devem ser respeitados. O primeiro ocorre em nível interno e requer a aprovação do tratado pelo órgão 
interno constitucional adequado. Cada Estado tem sua estrutura formal legal, assim, há diferentes órgãos 
que devem participar, segundo a realidade de cada Estado e sua Constituição. O segundo ocorre em 
nível internacional: a entidade com as disposições do tratado em questão deve transmitir o instrumento 
de ratificação ao depositário. Assim, isso será feito pela ONU, quando o tratado for internacional, ou por 
um Estado, quando este for o depositário do tratado. O Estado deve ratificar o tratado antes e depois 
que ele tenha entrado em vigor.
2.1.3 Adesão
A adesão significa que o Estado consentiu em participar do tratado após sua ratificação. Os Estados 
assinam a adesão antes e depois de o tratado ter entrado em vigor.
2.1.4 Sucessão
A participação de um Estado por sucessão significa que, em virtude de uma disposição específica 
do tratado, consente em participar. Os tratados não são autoexecutáveis: em algumas nações, são 
superiores à legislação interna; em outras, adquirem status constitucional; em outras ainda, somente 
alguns dispositivos de um tratado são incorporadosà legislação interna.
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Dessa maneira, alguns Estados podem, ao ratificar um tratado, fazer reservas a ele, apontando 
que aceitam algumas disposições internas, mas outras, não. A ressalva para essa possibilidade é que 
a objeção apontada por um Estado não pode contrariar o objeto de discussão do tratado ou derrotar 
o propósito do documento.
 Saiba mais
Todos os tratados das Nações Unidas podem ser encontrados em: 
<https://treaties.un.org/>.
2.1.5 Costume
Costume ou direito internacional consuetudinário é o termo utilizado para descrever uma prática 
geral e consistente seguida por Estados, decorrente de um sentimento de obrigação legal.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos não se constitui, como um todo, num tratado vinculativo, 
pois somente algumas de suas disposições têm o caráter de direito internacional consuetudinário.
3 DECLARAÇÕES, RESOLUÇÕES E OUTROS DOCUMENTOS ADOTADOS PELOS 
ÓRGÃOS DAS NAÇÕES UNIDAS
É importante destacar que o que constitui normas gerais do direito internacional, ou seja, princípios 
e práticas com os quais a maioria dos Estados “concordariam”, muitas vezes constam de declarações, 
proclamações, regras, diretrizes, recomendações e princípios.
Esses documentos, apesar de não terem nenhum efeito legal sobre os Estados, representam um 
consenso na comunidade internacional. Dessa forma, o reconhecimento internacional tem o efeito 
de produzir uma força moral forte e inegável na prática dos Estados. Enquanto conduta nas relações 
internacionais do Estado com órgãos internacionais, o consenso tem peso de legalidade.
Entendemos que o reconhecimento e a anuência de um documento por um grande número de 
Estados, mesmo sem vínculo legal, significam que uma declaração de princípios é aceita pela comunidade 
internacional.
Podemos citar como exemplo a Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas, 
que recebeu o apoio dos Estados Unidos em 2010, o último dos quatro-Estados membros que se opuseram 
a ela. Nesse caso, ao adotar essa declaração, os Estados se comprometem a reconhecer os direitos dos 
povos indígenas sob a lei internacional que diz que eles têm o direito de serem respeitados como povos 
distintos e o direito de determinar seu próprio desenvolvimento de acordo com sua cultura, prioridades 
e leis consuetudinárias (costumes).
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DIREITOS HUMANOS
3.1 Documentos
3.1.1 Declaração Universal dos Direitos Humanos
Adotada e proclamada pela Resolução nº 217 a (III) da Assembleia Geral das Nações Unidas, em 
10 de dezembro de 1948, a Declaração foi assinada pelo Brasil na mesma data.
É um marco histórico dos direitos humanos. Foi elaborada por diferentes origens jurídicas e 
culturais de todas as regiões do mundo e estabelece pela primeira vez a proteção universal dos 
direitos humanos.
O documento foi traduzido para mais de 360 idiomas e inspirou as constituições de muitos 
Estados e democracias recentes. Em conjunto com o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos 
(BRASIL, 1992b) e seus dois Protocolos Opcionais – procedimento sobre queixa e pena de morte 
– e com o Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (BRASIL, 1992a) e seu 
Protocolo Opcional, forma a chamada Carta Internacional dos Direitos Humanos. 
Declaração Universal dos Direitos Humanos
Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros 
da família humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, 
da justiça e da paz no mundo,
Considerando que o desprezo e o desrespeito pelos direitos humanos resultam 
em atos bárbaros que ultrajam a consciência da humanidade e que o advento de um 
mundo em que os homens gozem de liberdade de palavra, de crença e da liberdade de 
viverem a salvo do temor e da necessidade foi proclamado como a mais alta aspiração 
do homem comum,
Considerando essencial que os direitos humanos sejam protegidos pelo Estado de 
Direito, para que o homem não seja compelido, como último recurso, à rebelião contra 
a tirania e a opressão, 
Considerando essencial promover o desenvolvimento de relações amistosas entre 
as nações,
Considerando que os povos das Nações Unidas reafirmaram, na Carta, sua fé 
nos direitos humanos fundamentais, na dignidade e no valor da pessoa humana e 
na igualdade de direitos dos homens e das mulheres, e que decidiram promover o 
progresso social e melhores condições de vida em uma liberdade mais ampla, 
Considerando que os Estados-Membros se comprometeram a promover, em 
cooperação com as Nações Unidas, o respeito universal aos direitos humanos e 
liberdades fundamentais e a observância desses direitos e liberdades, 
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Unidade I
Considerando que uma compreensão comum desses direitos e liberdades é da mais 
alta importância para o pleno cumprimento desse compromisso,
A Assembleia Geral proclama
A presente Declaração Universal dos Direitos Humanos como o ideal comum a ser 
atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e 
cada órgão da sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração, se esforce, através 
do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela 
adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o 
seu reconhecimento e a sua observância universal e efetiva, tanto entre os povos dos 
próprios Estados-Membros, quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição. 
Artigo 1º 
Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão 
e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade. 
Artigo2º 
Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidas 
nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, 
religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, 
nascimento, ou qualquer outra condição. 
Não será tampouco feita qualquer distinção fundada na condição política, jurídica 
ou internacional do país ou território a que pertença uma pessoa, quer se trate de um 
território independente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a qualquer outra 
limitação de soberania. 
Artigo 3º 
Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. 
Artigo 4º 
Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de 
escravos serão proibidos em todas as suas formas. 
Artigo 5º 
Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano 
ou degradante. 
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DIREITOS HUMANOS
Artigo 6º 
Toda pessoa tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecida como pessoa 
perante a lei. 
Artigo 7º 
Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual proteção 
da lei. Todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a 
presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação. 
Artigo 8º 
Toda pessoa tem direito a receber dos tribunais nacionais competentes remédio 
efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos 
pela constituição ou pela lei. 
Artigo 9º 
Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado. 
Artigo 10 
Toda pessoa tem direito, em plenaigualdade, a uma audiência justa e pública por 
parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir sobre seus direitos e deveres 
ou do fundamento de qualquer acusação criminal contra ele. 
Artigo 11 
§1. Toda pessoa acusada de um ato delituoso tem o direito de ser presumida 
inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, 
em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias 
necessárias à sua defesa. 
§2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no momento, 
não constituíam delito perante o direito nacional ou internacional. Tampouco será 
imposta pena mais forte do que aquela que, no momento da prática, era aplicável ao 
ato delituoso. 
Artigo 12 
Ninguém será sujeito a interferências na sua vida privada, na sua família, no seu lar 
ou na sua correspondência, nem a ataques à sua honra e reputação. Toda pessoa tem 
direito à proteção da lei contra tais interferências ou ataques. 
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Unidade I
Artigo13 
§1. Toda pessoa tem direito à liberdade de locomoção e residência dentro das 
fronteiras de cada Estado. 
§2. Toda pessoa tem o direito de deixar qualquer país, inclusive o próprio, e a 
este regressar. 
Artigo 14 
§1. Toda pessoa, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar asilo 
em outros países. 
§2. Este direito não pode ser invocado em caso de perseguição legitimamente 
motivada por crimes de direito comum ou por atos contrários aos propósitos e princípios 
das Nações Unidas. 
Artigo 15 
§1. Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade. 
§2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito de 
mudar de nacionalidade. 
Artigo 16 
Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer restrição de raça, 
nacionalidade ou religião, têm o direito de contrair matrimônio e fundar uma 
família. Gozam de iguais direitos em relação ao casamento, sua duração e sua 
dissolução. 
§1. O casamento não será válido senão como o livre e pleno consentimento dos 
nubentes. 
§2. A família é o núcleo natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção 
da sociedade e do Estado. 
Artigo 17 
§1. Toda pessoa tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros. 
§2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade. 
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DIREITOS HUMANOS
Artigo 18 
Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este 
direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar 
essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada 
ou coletivamente, em público ou em particular. 
Artigo 19 
Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui 
a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir 
informações e ideias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras. 
Artigo 20 
§1. Toda pessoa tem direito à liberdade de reunião e associação pacíficas. 
§2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação. 
Artigo 21 
§1. Toda pessoa tem o direito de tomar parte no governo de seu país, diretamente 
ou por intermédio de representantes livremente escolhidos. 
§2. Toda pessoa tem igual direito de acesso ao serviço público do seu país. 
§3. A vontade do povo será a base da autoridade do governo; esta vontade será 
expressa em eleições periódicas e legítimas, por sufrágio universal, por voto secreto ou 
processo equivalente que assegure a liberdade de voto. 
Artigo 22 
Toda pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança social e à 
realização, pelo esforço nacional, pela cooperação internacional de acordo com a 
organização e recursos de cada Estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais 
indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento da sua personalidade. 
Artigo 23 
§1. Toda pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições 
justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego. 
§2. Toda pessoa, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por 
igual trabalho. 
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Unidade I
§3. Toda pessoa que trabalha tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, 
que lhe assegure, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade 
humana, e a que se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social. 
§4. Toda pessoa tem direito a organizar sindicatos e a neles ingressar para a proteção 
de seus interesses. 
Artigo 24 
Toda pessoa tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das horas 
de trabalho e a férias periódicas remuneradas. 
Artigo 25 
§1. Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua 
família saúde e bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos 
e os serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de desemprego, 
doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência 
em circunstâncias fora de seu controle. 
§2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais. Todas 
as crianças, nascidas dentro ou fora de matrimônio, gozarão da mesma proteção social. 
Artigo 26 
§1. Toda pessoa tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos 
graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução 
técnico-profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada 
no mérito. 
§2. A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade 
humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades 
fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre 
todas as nações e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações 
Unidas em prol da manutenção da paz. 
§3. Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que será 
ministrada a seus filhos. 
Artigo 27 
§1. Toda pessoa tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, 
de fruir as artes e de participar do processo científico e de seus benefícios. 
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DIREITOS HUMANOS
§2. Toda pessoa tem direito à proteção dos interesses morais e materiais decorrentes 
de qualquer produção científica, literária ou artística da qual seja autor. 
Artigo 28 
 Toda pessoa tem direito a uma ordem social e internacional em que os direitos e 
liberdades estabelecidos na presente Declaração possam ser plenamente realizados. 
Artigo 29 
§1. Toda pessoa tem deveres para com a comunidade, em que o livre e pleno 
desenvolvimento de sua personalidade é possível. 
§2. No exercício de seus direitos e liberdades, toda pessoa estará sujeita apenas 
às limitações determinadas por lei, exclusivamente com o fim de assegurar o devido 
reconhecimento e respeito dos direitos e liberdades de outrem e de satisfazer às justas 
exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar de uma sociedade democrática. 
§3. Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma, ser exercidos 
contrariamente aos propósitos e princípios das Nações Unidas. 
Artigo 30
Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada como o 
reconhecimento a qualquer Estado, grupoou pessoa, do direito de exercer qualquer 
atividade ou praticar qualquer ato destinado à destruição de quaisquer dos direitos e 
liberdades aqui estabelecidos.
Fonte: Assembleia Geral das Nações Unidas ([s.d.]).
O artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) refere-se aos principais pilares 
do sistema de direitos humanos, isto é, liberdade, igualdade e solidariedade. Liberdades tais como 
a liberdade de pensamento, de consciência e de religião, bem como de opinião e de expressão, estão 
protegidas pelos direitos humanos. Do mesmo modo, os direitos humanos garantem a igualdade, tal 
como a proteção igual contra todas as formas de discriminação no gozo de todos os direitos humanos, 
incluindo a igualdade total entre mulheres e homens.
A solidariedade relaciona-se com os direitos econômicos e sociais, tais como o direito à segurança 
social, remuneração justa, condições de vida condignas, saúde e educação acessíveis, que são parte 
integrante do sistema de direitos humanos.
Aqueles pilares surgem em detalhe, sob cinco títulos, sendo estes os direitos políticos, civis, 
econômicos, sociais e culturais, juridicamente definidos em dois pactos paralelos que, juntamente com 
a DUDH, formam a Carta Internacional dos Direitos Humanos, como já mencionamos.
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Unidade I
4 DIREITOS HUMANOS NA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL – 1988
No Brasil, a Constituição Federal de 1988 (CF/88) é conhecida como Constituição Cidadã, apelido que 
se deve à ampla participação popular em sua elaboração. 
Na Constituição – mais precisamente em seu artigo 3°– a República apresenta seus objetivos: 
construir uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a 
pobreza e a marginalização; reduzir as desigualdades sociais e regionais; promover o bem de todos, 
sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação 
(BRASIL, 1988). 
Já no artigo 6º, o texto apresenta os fundamentos do Estado democrático de direito, afirmando a 
soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa 
e o pluralismo político (BRASIL, 1988). Os direitos sociais incluem educação, saúde, moradia, trabalho, 
lazer, segurança, previdência social, proteção à maternidade e à infância e assistência aos desamparados. 
No artigo 7º, são apresentados os direitos dos trabalhadores, que não ficam atrás dos das democracias 
populares socialistas e das democracias progressistas do primeiro mundo. A emenda constitucional nº 
26, de 14 de fevereiro de 2000, inclui a conquista ao direito à moradia. A Constituição de 1988 trata de 
forma combinada dos direitos humanos e dos do cidadão. E assim, lutando pela cidadania democrática 
no Brasil também se luta pelos direitos humanos, sendo que ambos são resultado de longa história 
de lutas sociais e de reconhecimento ético, político e da dignidade intrínseca de todo ser humano, 
independentemente de quaisquer distinções.
A seguir veremos alguns trechos da nossa Constituição.
Constituição 
Texto promulgado em 5 de outubro de 1988.
Título II – Dos Direitos e Garantias Fundamentais 
Capítulo II – Dos Direitos Sociais 
Art. 6° São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a 
previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, 
na forma desta Constituição. 
Art. 7° São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à 
melhoria de sua condição social: 
XXXIIII Proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre aos menores de dezoito e 
de qualquer trabalho a menores de quatorze anos, salvo na condição de aprendiz; 
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DIREITOS HUMANOS
Título VIII – Da Ordem Social 
Capítulo VIII – Da Família, da Criança, do Adolescente e do Idoso 
Art. 227 É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, 
com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à 
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar 
e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, 
exploração, violência, crueldade e opressão. 
§ l.º O Estado promoverá programas de assistência integral à saúde da criança e do 
adolescente, admitida a participação de entidades não governamentais e obedecendo aos 
seguintes preceitos: 
I – aplicação de percentual dos recursos públicos destinados à saúde na assistência 
materno-infantil; II – criação de programas de prevenção e atendimento especializado 
para os portadores de deficiência física, sensorial ou mental, bem como de integração 
social do adolescente portador de deficiência, mediante o treinamento para o trabalho e 
a convivência, e a facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos, com a eliminação de 
preconceitos e obstáculos arquitetônicos. 
§ 2.º A lei disporá sobre normas de construção dos logradouros e dos edifícios de uso 
público e de fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso adequado 
às pessoas portadoras de deficiência. 
§3.º O direito a proteção especial abrangerá os seguintes aspectos: 
I – idade mínima de quatorze anos para admissão ao trabalho, observado o disposto no 
art. 7.º 9, XXXIII; 
II – garantia de direitos previdenciários e trabalhistas; 
III – garantia de acesso do trabalhador adolescente à escola; 
IV – garantia de pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, igualdade 
na relação processual e defesa técnica por profissional habilitado, segundo dispuser a 
legislação tutelar especifica;
V – obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição 
peculiar de pessoa em desenvolvimento, quando da aplicação de qualquer medida privativa 
da liberdade;
VI – estímulo do poder público, através de assistência jurídica, incentivos fiscais 
e subsídios, nos termos da lei, ao acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou 
adolescente órfão ou abandonado;
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Unidade I
VII – programas de prevenção e atendimento especializado à criança e ao adolescente 
dependente de entorpecentes e drogas afins. 
§ 4.º A lei punirá severamente o abuso, a violência e a exploração sexual da criança e do 
adolescente. 
§ 5.º A adoção será assistida pelo poder público, na forma da lei, que estabelecerá casos 
e condições de sua efetivação por parte de estrangeiros. 
§ 6.º Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos 
direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação. 
§ 7.º No atendimento dos direitos da criança e do adolescente levar-se-á em consideração 
o disposto no art. 204.
Fonte: Brasil (1988).
Veja, a seguir, alguns documentos que tratam dos direitos humanos no Brasil:
• Lei de Resíduos Sólidos (2010); 
• Lei Maria da Penha (2006);
• Guia de Direitos Humanos de São Paulo (2004); 
• Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos (2003); 
• Estatuto do Desarmamento (2003);
• Estatuto do Idoso (2003);
• I Programa Nacional de Direitos Humanos (1996); 
• II Programa Nacional de Direitos Humanos (2002); 
• Plano Nacional de Educação – Lei n° 10.172 (2001); 
• Relatório sobre a Tortura no Brasil (2001); 
• Prioridade de Atendimento a Idosos, Deficientes e Gestantes – Lei n° 10.048 (2000); 
• Lei de Crimes Ambientais (1998); 
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DIREITOS HUMANOS
• Programa Estadual de Direitos Humanos – São Paulo (1997); 
• Plano Municipal de Direitos Humanos – PMDH (1997);
• Política Nacional Antidrogas (1997);
• Estatuto dos Refugiados (1997); 
• Loas – Lei Orgânica da Assistência Social (1993); 
• ECA – Estatuto da Criança e Adolescente (1990); 
• Código de Defesa do Consumidor (1990); 
• Direitos Humanos na Constituição do Brasil (1988); 
• Estatuto do Índio – Lei n° 6.001 (1973); 
• Novo Código Florestal Brasileiro – com emendas (1965). 
 Saiba mais
A Biblioteca Virtual de Direitos Humanos da Universidade de São Paulo 
disponibiliza documentos importantes produzidos por órgãos nacionais e 
internacionais que abordam ou afetam questões relevantes para o âmbito 
dos direitos humanos. Consulte seu acervo:
BIBLIOTECA Virtual de Direitos Humanos. Acervo, [s.d.]a. Disponível em: 
<http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Table/Acervo/>. Acesso 
em: 13 jul. 2016.
4.1 Carta da ONU
Foi assinada em São Francisco, no dia 26 de junho de 1945, ao final da Conferência das Nações 
Unidas sobre Organização Internacional. Entrou em vigor dia 24 de outubro de 1945. O Estatuto da 
Corte Internacional de Justiça faz parte da Carta. 
A seguir listamos alguns documentos que fazem parte das publicações da ONU:
• O Campo de Ação da Sociedade Civil e o Sistema dos Direitos Humanos das Nações Unidas – Guia 
Prático para a Sociedade Civil;
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Unidade I
• Guia de orieNtação das Nações Unidas no Brasil para Denúncias de Discriminação Étnico-racial;
• Mapa do Encarceramento – Os Jovens no Brasil;
• Relatório do Subcomitê de Prevenção da Tortura (SPT) sobre o Brasil 2012;
• Relatório sobre Execuções Extrajudiciais, Sumárias e Arbitrárias (2007);
• Declaração de Durban (2001).
 Resumo
Fizemos uma introdução ao sistema de direitos humanos e abordamos 
a implementação dos instrumentos universais de direitos humanos.
 Exercícios
Questão 1.
Fonte: <http://auschwitz.org/en/history/liberation/>. Acesso em: 8 jun. 2016.
A foto anterior registra o portão de entrada do campo de concentração de Auschwitz localizado 
na Polônia, que é considerado um dos maiores símbolos do holocausto. Ao final da II Grande Guerra 
Mundial, estima-se que um milhão e cem mil judeus tenham sido mortos nesse conjunto de campos de 
concentração que ficou conhecido como Auschwitz. Na atualidade, o local é utilizado como um museu 
e a data da libertação dos prisioneiros, 27 de janeiro de 1945, é comemorada como Dia Internacional 
da Lembrança do Holocausto, conforme determinação da Assembleia Geral das Nações Unidas, de 1 de 
novembro de 2005.
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DIREITOS HUMANOS
O holocausto pode ser tratado como um momento da história recente da humanidade em 
que os direitos humanos foram integralmente desrespeitados, em especial o direito à vida e à 
dignidade humana.
O que justificava a barbárie era a existência de uma suposta superioridade ariana, muito utilizada 
pelo Partido Nacional Socialista alemão para unir o povo alemão e lançar as bases da perseguição contra 
os judeus considerados inferiores.
Considere as proposições a seguir:
I – A Declaração Universal dos Direitos Humanos determina que todos os seres humanos nascem 
livres e iguais em dignidade e direitos e devem agir com os outros com espírito de fraternidade
PORQUE
II – O holocausto foi a maior manifestação de ausência de fraternidade entre os homens, capaz de 
ensejar medidas de grande importância, como a criação da ONU e a escrita da Declaração Universal dos 
Direitos do Homem.
Assinale a alternativa correta:
A) A afirmativa I está correta e a afirmativa II está correta.
B) A afirmativa I está incorreta e a afirmativa II está correta.
C) A afirmativa I está correta e a afirmativa II está incorreta.
D) A afirmativa I está correta e justifica a afirmativa II.
E) A afirmativa II está correta e justifica a afirmativa I.
Resposta correta: alternativa C.
I – Afirmativa correta.
Justificativa: a afirmativa I está correta porque o artigo I da Declaração Universal dos Direitos 
Humanos tem essa previsão, ou seja, de que todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade 
e direitos e que são dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito 
de fraternidade 
II – Afirmativa incorreta.
Justificativa – a afirmativa II está incorreta porque não é possível afirmar que o holocausto tenha sido 
a maior manifestação de ausência de fraternidade entre os homens, uma vez que outros acontecimentos 
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Unidade I
mundiais foram igualmente violentos, como a escravidão dos negros e o massacre dos curdos pelos 
turcos na década de 1930. 
Questão 2.
O desenho anterior faz referência direta:
A) À morte de crianças pela desnutrição na África.
B) Aos migrantes que estão sendo acolhidos pelos países europeus.
C) Aos refugiados que estão sendo acolhidos pelos países europeus para conseguirem melhorar suas 
condições econômicas e sociais.
D) Aos refugiados que estão sendo perseguidos em seus países por motivos de raça, religião, 
nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas.
E) Aos turistas que são surpreendidos por guerras e conflitos em países aos quais foram em 
razão de visitas.
Resolução desta questão na plataforma.

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