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MEDICINA PSICOSSOMÁTICA NO BRASIL - Eksterman -Psiscanálise

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MEDICINA PSICOSSOMÁTICA NO BRASIL 
Abram Eksterman 
O autor inicia o capitulo falando que a medicina psicossomática integra a doença com sua dimensão psicológica, a relação médico-paciente com seus múltiplos desdobramentos e a ação terapêutica voltada para a pessoa do doente, este estendido como um todo biopsicossocial. O início do movimento se deu na década de 1950, por médicos ou psicanalistas, nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo. 
 A psicossomática traz uma nova visão da patologia: tratar doentes e não a doença. E com isso o autor destaca a importância da psicanálise para medicina. Pois foi ao destacar o valor da palavra e a relação médico-paciente como função terapêutica, assim como sonhos, impulsos, fantasias são derivados de tensões internas que desenvolveu teorias e técnicas para fins terapêuticos.
 Durante o texto cita como marco psicossomático na Medicina brasileira uma tese de livre-docência do Médico Danilo Perestrello (“A Psiquiatria Atual como Psicobiologa”,1945) e apresenta uma citação da mesma que fala do homem como unidade psicossomática, onde enxerga o paciente além da sua doença, entendendo que há um história, um ser humano em sua subjetividade. Esse mesmo médico fundou em 1958 a “Divisão de Medicina Psicossomática”. Em setembro de 1965, no Rio de Janeiro, durante um encontro cientifico fundava-se a associação Brasileira de medicina psicossomática. Que tinha como objetivo a promoção da educação, pesquisa e uma nova atitude na assistência psicossomática. Em 1967 sob a presidência de Danilo Perestrelo, o autor organizou a I Reunião Nacional de Medicina Psicossomática, que se daria no primeiro congresso brasileiro da área, com o tema “Relação Médico Paciente”. Ainda ressalta a importância de diversos médicos, psicanalistas e pesquisadores no desenvolvimento e nos escritos sobre doenças psicossomáticas, alguns como: Luiz Miller de Paiva, com o estudo da tensão pré-menstrual sob o ângulo psicossomático; Danilo Perestrello, Julio Mello Filho, Fernando Pontes, Luiz Chiozza, entre outros. 
 A psicossomática no brasil hoje foi inspirada no movimento psicanalítico brasileiro e toma outros rumos com intervenções do estado e formação de equipes multidisciplinares, incorporando enfermagem, psicologia, nutrição, assistência social no cuidado e comprometimento de olhar o paciente em sua subjetividade. O autor destaca a importância que o papel do psicólogo e do psiquiatra tem atualmente e faz uma crítica aos psicólogos nas áreas de saúde que tem a necessidade de ajustar os pacientes a modelos assistenciais, que não favorece a relação médico-paciente. E finaliza falando da importância do ser humano se conhecer e conhecer o outro.

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