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Cópia de Ação declaratória de constitucionalidade (TRABALHO) (2)

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Ação declaratória de Constitucionalidade 
CONCEITO 
Ação declaratória de constitucionalidade ou ADC ou ADCON é uma ação do controle 
de constitucionalidade que busca a declaração de que uma determinada lei seja 
declarada efetivamente constitucional. 
Toda lei do ordenamento jurídico tem uma presunção relativa de constitucionalidade, ou 
seja, pode ser questionada por prova ao contrário a qualquer momento. A Ação 
Declaratória de Constitucionalidade tem como o objetivo de transformar essa presunção 
relativa em uma presunção absoluta de constitucionalidade 
OBJETIVO 
objeto da ação declaratória de constitucionalidade ter reconhecimento da 
constitucionalidade de um ato Normativo Federal ou uma Lei Federal frente a 
constituição federal. 
 COMPETÊNCIA 
A competência da Ação Declaratória de Constitucionalidade compete exclusivamente, 
somente ao Supremo Tribunal Federal processa-la e julgá-la. A competência do 
Supremo Tribunal Federal decorrente do art. 102, inciso I, alínea “a”, da Constituição 
Federal, na redação da EC n. 3/93: 
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, 
precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: 
I — processar e julgar, originariamente: 
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo 
federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade 
de lei ou ato normativo federal; 
O STF é o tribunal máximo, ou seja, a última instancia que um processo pode chegar a 
ser julgado no Brasil, quando se chega no tribunal do STF não existe mais a 
possibilidade de recurso. 
Em outras palavras quando o STF julga uma ação de ADC procedente não existe mais a 
possibilidade decorrer e tal norma será absolutamente constitucional para todos os fins 
 
PROCEDIMENTO 
O procedimento na Ação Declaratória de Constitucionalidade é o mesmo seguido na 
Ação Direta de Inconstitucionalidade genérica, só que nela o Advogado-Geral da União 
não será citado, já que não há ato ou texto impugnado. 
É vedada a intervenção de terceiros e a desistência da ação após a sua propositura. 
A decisão é irrecorrível, ressalvada a interposição de embargos declaratórios, não 
podendo ser objeto de ação rescisória. 
Na ADC, é requisito obrigatório a demonstração de controvérsia relevante sobre a 
norma objeto da demanda (art. 14, III da Lei 9.868/99). 
Algumas diversidades processuais nos processos concretos: 
a) Se o juiz não tinha decidido: não decidirá mais, irá se reportar ao que o STF já 
decidiu, julgando a ação improcedente. 
b) Se o juiz tinha decidido pela inconstitucionalidade e transitou: o efeito vinculante não 
tem força capaz de rescindir automaticamente a sentença transitada em julgado, mas 
pode servir de fundamento para ação rescisória e cabe liminar. 
c) Se o juiz já tinha decidido pela constitucionalidade, mas não transitou. Houve recurso 
e a decisão do STF sobre a prejudicial foi pela constitucionalidade: O Tribunal confirma 
a decisão do Juiz, aplicando a decisão do STF no recurso da parte. 
d) Se o juiz tinha decidido pela inconstitucionalidade, mas não transitou. Houve recurso 
e a decisão do STF sobre a prejudicial foi pela constitucionalidade: O Tribunal irá 
desfazer a decisão do juiz. 
 
LEGITIMADOS 
a) o Presidente da República; 
b) a Mesa do Senado Federal; 
c) a Mesa da Câmara dos Deputados; 
d) a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; 
e) o Governador de Estado ou do Distrito Federal; 
f) o Procurador-Geral da República; 
g) o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; 
h) partido político com representação no Congresso Nacional; 
i) confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. 
 
MEDIDA CAUTELAR 
Competência – a competência para decidir sobre a medida cautelar na ação 
declaratória de constitucionalidade cabe ao Supremo Tribunal Federal. 
Legitimidade - Os mesmos legitimados. A medida cautelar sempre será 
incidental, nunca preparatória. 
Concessão da medida - O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria 
absoluta de seus membros, poderá deferir pedido de medida cautelar na ação 
declaratória de constitucionalidade, consistente na determinação de que os 
juízes e os Tribunais suspendam o julgamento dos processos que envolvam a 
aplicação da lei ou do ato normativo objetivo da ação até seu julgamento 
definitivo. (art. 21 da Lei 9868/99). 
 
 EFEITOS DA DECISÃO 
A decisão de concessão da cautelar tem eficácia “erga omnes” (contra todos) e 
vinculante, em razão do poder geral de cautela do Supremo Tribunal Federal. 
 
	Ação declaratória de Constitucionalidade

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