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Ação declaratória de Constitucionalidade CONCEITO Ação declaratória de constitucionalidade ou ADC ou ADCON é uma ação do controle de constitucionalidade que busca a declaração de que uma determinada lei seja declarada efetivamente constitucional. Toda lei do ordenamento jurídico tem uma presunção relativa de constitucionalidade, ou seja, pode ser questionada por prova ao contrário a qualquer momento. A Ação Declaratória de Constitucionalidade tem como o objetivo de transformar essa presunção relativa em uma presunção absoluta de constitucionalidade OBJETIVO objeto da ação declaratória de constitucionalidade ter reconhecimento da constitucionalidade de um ato Normativo Federal ou uma Lei Federal frente a constituição federal. COMPETÊNCIA A competência da Ação Declaratória de Constitucionalidade compete exclusivamente, somente ao Supremo Tribunal Federal processa-la e julgá-la. A competência do Supremo Tribunal Federal decorrente do art. 102, inciso I, alínea “a”, da Constituição Federal, na redação da EC n. 3/93: Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I — processar e julgar, originariamente: a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; O STF é o tribunal máximo, ou seja, a última instancia que um processo pode chegar a ser julgado no Brasil, quando se chega no tribunal do STF não existe mais a possibilidade de recurso. Em outras palavras quando o STF julga uma ação de ADC procedente não existe mais a possibilidade decorrer e tal norma será absolutamente constitucional para todos os fins PROCEDIMENTO O procedimento na Ação Declaratória de Constitucionalidade é o mesmo seguido na Ação Direta de Inconstitucionalidade genérica, só que nela o Advogado-Geral da União não será citado, já que não há ato ou texto impugnado. É vedada a intervenção de terceiros e a desistência da ação após a sua propositura. A decisão é irrecorrível, ressalvada a interposição de embargos declaratórios, não podendo ser objeto de ação rescisória. Na ADC, é requisito obrigatório a demonstração de controvérsia relevante sobre a norma objeto da demanda (art. 14, III da Lei 9.868/99). Algumas diversidades processuais nos processos concretos: a) Se o juiz não tinha decidido: não decidirá mais, irá se reportar ao que o STF já decidiu, julgando a ação improcedente. b) Se o juiz tinha decidido pela inconstitucionalidade e transitou: o efeito vinculante não tem força capaz de rescindir automaticamente a sentença transitada em julgado, mas pode servir de fundamento para ação rescisória e cabe liminar. c) Se o juiz já tinha decidido pela constitucionalidade, mas não transitou. Houve recurso e a decisão do STF sobre a prejudicial foi pela constitucionalidade: O Tribunal confirma a decisão do Juiz, aplicando a decisão do STF no recurso da parte. d) Se o juiz tinha decidido pela inconstitucionalidade, mas não transitou. Houve recurso e a decisão do STF sobre a prejudicial foi pela constitucionalidade: O Tribunal irá desfazer a decisão do juiz. LEGITIMADOS a) o Presidente da República; b) a Mesa do Senado Federal; c) a Mesa da Câmara dos Deputados; d) a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; e) o Governador de Estado ou do Distrito Federal; f) o Procurador-Geral da República; g) o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; h) partido político com representação no Congresso Nacional; i) confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. MEDIDA CAUTELAR Competência – a competência para decidir sobre a medida cautelar na ação declaratória de constitucionalidade cabe ao Supremo Tribunal Federal. Legitimidade - Os mesmos legitimados. A medida cautelar sempre será incidental, nunca preparatória. Concessão da medida - O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, poderá deferir pedido de medida cautelar na ação declaratória de constitucionalidade, consistente na determinação de que os juízes e os Tribunais suspendam o julgamento dos processos que envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo objetivo da ação até seu julgamento definitivo. (art. 21 da Lei 9868/99). EFEITOS DA DECISÃO A decisão de concessão da cautelar tem eficácia “erga omnes” (contra todos) e vinculante, em razão do poder geral de cautela do Supremo Tribunal Federal. Ação declaratória de Constitucionalidade
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