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Contratos administrativos Contrato da adm. (sentido amplo) é gênero e contrato administrativo é espécie; Contratos da administração, regulará o direito privado no todo, o ente estatal atuará sob a ótica do direito civil, sem prerrogativa de Estado; A adm. pode celebrar contratos regidos pelo direito público (Concessão de uso de bens públicos, Permissão de serviços públicos); Pode celebrar os regidos pelo direito privado (Contratos de locação, de compra e venda); Independente do contrato a adm. está sujeita ao Tribunal de Contas, por se referir sobre dinheiro público; dependem de procedimento licitatório regular e obediência às restrições da adm.; ainda que privado, deve respeitar as regras da lei 8.666 e de licitações. No contrato administrativo, a Administração age como poder público, com poder de império na relação jurídica contratual; não agindo nessa qualidade o contrato será privado; - Uma característica inerentes ao contrato administrativo, vista atuação com supremacia em face do particular, é a verticalidade; As prerrogativas ensejam a existências das Cláusulas Exorbitantes (Art. 58); Elas estarão presentes, implicitamente, em todos os contratos administrativos; Definem garantias ao poder público contratante: a) Alteração unilateral dos contratos, para adequá-los ao interesse público; b) Rescisão unilateral por motivo de inadimplemento do contratado ou por razões de interesse público; c) Aplicação de penalidades previstas em lei; d) Fiscalização e controle dos contratos celebrados; Competência Legislativa: União federal deve editar as leis gerais, cabendo aos Estados, Municípios e Distrito Federal a edição de normas suplementares, em obediência às regras da federal; Se não houver edição de lei local a legislação federal será aplicada integralmente; Características do contrato administrativo (além da busca pelo interesse público): a) Consensual (manifestação da vontade finaliza contrato, entrega do objeto é consequência); b) Adesão (não se rediscute cláusula contratual); c) Comutativo (direitos e obrigações recíprocos e pré- estabelecidos); e)Sinalagmático (obrigações recíprocas) d) Formal; -Art. 55 da 8.666/93 – Cláusulas necessárias para a validade do contrato – Regra! -Ausência gera vício de forma! O termo de contrato é OBRIGATÓRIO para contratações de valor que exija as modalidades de concorrência ou tomada de preço; Obras acima de R$330.000; Bens e serviços acima de R$176.000. *O que define é o valor! Contratos Parte 2 Contratos de valores mais baixos, o instrumento de contrato pode ser substituído por: nota de empenho, ordem de serviço ou carta contrato; O contrato adm. sempre é escrito. - É nulo e de nenhum efeito os contratos verbais com a adm. pública; Exceção: pequenas compras e de pronta entrega e pronto pagamento; Pequenas compras Até 5% do valor do convite – R$16.500. Garantia (art. 55 – garantia como cláusula necessária e art. 56 – caução para garantia execução do contrato): A caução visa ressarcir o Estado em caso de descumprimento contratual pelo particular; Pode ser em dinheiro, títulos da dívida pública, fiança bancária ou seguro, a critério do contratado privado Valor da garantia é definida no contrato e determinado pela administração pública; Máximo de 5% do valor do contrato – Art. 56, §2° Exceção: (Art. 56, §3° da 8.666) – Contratos de grande vulto, que envolvam alta complexidade técnica ou riscos financeiros consideráveis até 10% Cláusulas exorbitantes: só previstas pela adm. em razão da supremacia do interesse público; são implícitas em todo contrato adm. de direito público. (art.58): - Alteração Unilateral do contrato; Rescisão unilateral do contrato; Fiscalização da execução do contrato; Ocupação temporária de bens; Aplicação de penalidades Alteração Unilateral do Contrato: Para adequar as necessidades; Não pode alterar o objeto em si, mas pode alterar o valor ou tamanho do projeto; Obs.: Até 25% se quiser diminuir ou aumentar mais do que isso terá que ter acordo; Obs.2: Contrato de reforma pode acrescer 50% e suprimir 25%; Obs.: 3: (Art. 65, §4°): Garantir equilíbrio financeiro do particular – A margem de lucro é garantia imodificável; Rescisão unilateral do contrato: Colocar fim ao contrato sem precisar de consentimento ou de decisão judicial; Pode ser por: a) Inadimplemento do particular (É garantido contraditório e ampla defesa); b) Interesse público (Tem que haver indenização) Obs.: Nos contratos de concessão de serviços públicos a rescisão unilateral é chamada de caducidade/encampação Fiscalização da execução do contrato: Poder e dever do Estado – Sob pena de responsabilização; Ocupação temporária de bens da contratada: Garantia ao princípio da continuidade; Visa manter a prestação do serviço público, evitando transtornos a coletividade; Serviços essenciais; obs.: em caso de danos durante a ocupação, deverá indenizar. Aplicação de Penalidades: Em virtude do descumprimento total ou parcial; Decorre do vínculo contratual Poder disciplinar; é garantido o contraditório e a ampla defesa; São elas: Advertência – Infrações mais leves, por escrito; Multa – Pena pecuniária (independe do ressarcimento ao erário); Suspensão de contratar com o poder público por até 02 anos; Declaração de inidoneidade por até 02 anos Contratos Parte 3 Equilíbrio econômico financeiro do Contrato: Mesmo diante de situações imprevisíveis o Estado tem que garantir a margem de lucro estipuladaPagamento da administração ao particular contratado; a) Correção monetária Atualização da moeda – manter o valor real; b)Reajuste de preço Ajustar em face do aumento de custos e insumos; c) Recomposição de preços aumento inesperado, exagerado nos custos ou insumos Teoria da imprevisão Teoria da imprevisão: O particular sofre um aumento não esperado nos preços dos insumos, forçando a administração pública a reajustar o preço; Hipóteses da teoria são: a) Caso fortuito e força maior; b)Interferências imprevistas c) Fato do príncipe; d)Fato da administração. Caso fortuito ou força maior – caso imprevisível, inesperado que desequilibra a relação contratual; (Pode decorrer de fato humano – desde que o humano não seja uma das partes do contrato; e fatos da natureza) Interferências imprevistas – sujeições imprevistas Situações preexistentes mas desconhecidas pelas partes; Fato do Príncipe – Desequilíbrio decorre de uma atuação da administração pública que, atuando fora do contrato acaba por atingir de forma involuntária a relação (Art. 65, §5° da lei 8.666); Se feita por ente diferente: Ente diferente caso fortuito, haja vista a independência dos entes da federação; - Para que uma situação se caracterize como fato do príncipe, é relevante que o agente que pratica a conduta onerosa seja da mesma esfera de governo daquele que celebrou o contrato atingido. Fato da administração – Desequilíbrio decorrente de uma atuação da administração pública dentro do contrato administrativo; Subcontratação: A Contratação do objeto integral, é fraude ao procedimento licitatório; -Existe a possibilidade legal de subcontratação parcial, desde que cumpridos alguns requisitos definidos em lei; - Para que a subcontratação seja lícita, deve haver previsão no edital e no contrato administrativo celebrado e, além disso, a subcontratação deve-se restringir a partes do contrato, ilícito transferir todo o objeto do contrato a terceiro que não foi o vencedor; Em casos de subcontrataçãopermitidas, a adm. poderá exigir a demonstração de que o subcontratado cumpre com todos os requisitos exigidos na fase de habilitação; Duração dos contratos administrativos: Todo contrato administrativo deve ter um prazo determinado; O prazo deve ser expresso no contrato administrativo; duração adstrita à vigência de crédito orçamentário; prazo máximo de 1ano para atender a previsão orçamentária. Exceção: I – Projetos contemplados na lei de Plano Plurianual – Até 04 anos; II – Prestação de serviços contínuas – Limpeza, segurança, etc. Podem sofrer sucessivas prorrogações em períodos iguais até 60 meses; III – Aluguel de equipamentos e programas de informática – até 48 meses; IV – Contratos que não geram despesas e consequentemente não precisam de previsão na lei orçamentária anual – Longos prazos (10, 15, 20 anos...) Possibilidade de prorrogação é possível, desde que dentro do período de vigência máxima prevista em lei, além de que o contrato ainda deve estar vigente para que seja prorrogado; Demonstração de vantagem de prorrogação no lugar de uma nova licitação; Autorização da autoridade máxima do órgão; Extinção do contrato: a) Natural – conclusão do objeto do termo; b) Anulação – Existência de um vício (ex tunc) 0bs.: vício no procedimento licitatório induz vício no contrato. Serviços prestados pelo particular devem ser indenizados (independente de má-fé ou boa-fé); - A não contraprestação resultaria em enriquecimento ilícito do estado;
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