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Membro Inferior - Ossos e Articulações

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Ossos e Articulações do MI
Considerações Gerais 
O membro inferior é uma extensão do tronco especializada na sustentação do peso do corpo, locomoção e 
manutenção do equilíbrio. 
O membro superior é divido em quatro partes: quadril, coxa, perna e pé. 
Ossos 
❖ Cíngulo do Membro Inferior: 
- O cíngulo do membro inferior ou quadril é o local de conexão óssea entre o esqueleto axial e o membro inferior; é formado 
por um anel ósseo completo; não compreende o sacro (a pelve é entendida como o quadril + sacro); 
- Forma.do por três ossos que se fundem até os 13 anos: ílio, ísquio e púbis. 
 
• Ílio 
✓ Forma a maior parte do osso do quadril. 
✓ O corpo do ílio se une ao púbis e ao ísquio para formar o acetábulo. 
o Acetábulo: grande cavidade caliciforme na face lateral do osso do quadril que se articula com a cabeça do 
fêmur para formar a articulação do quadril. 
✓ Anteriormente, o ílio tem espinhas ilíacas anterossuperiores e anteroinferiores firmes, que propiciam fixação 
para ligamentos e tendões dos músculos do membro inferior. 
✓ A crista ilíaca começa na espinha ilíaca anterossuperior e termina na espinha ilíaca posterossuperior, serve de 
“parachoque” e é um local importante para fixação aponeurótica de músculos finos, laminares, e da fáscia 
muscular. 
o Há uma proeminência no lábio externo da crista, o tubérculo ilíaco. 
o A espinha ilíaca posteroinferior marca a extremidade superior da incisura isquiática maior. 
✓ A face lateral da asa do ílio tem três linhas curvas e ásperas, as linhas glúteas posterior, anterior e inferior, que 
demarcam as fixações proximais dos três grandes músculos glúteos. 
✓ Medialmente, cada asa tem uma depressão grande e lisa, a fossa ilíaca, que é o local de fixação proximal do 
músculo ilíaco. 
✓ Posteriormente, a face medial do ílio tem uma área articular áspera, auriculiforme, denominada face auricular e 
uma tuberosidade ilíaca ainda mais áspera, superior a ela, para articulação sinovial e sindesmótica com as faces 
recíprocas do sacro na articulação sacroilíaca. 
 
• Ísquio 
✓ Forma a parte posteroinferior do osso do quadril., contribuindo para a formação da face posteroinferior do 
acetábulo. 
✓ O ramo do ísquio une-se ao ramo inferior do púbis para formar uma barra de osso, o ramo isquiopúbico, que 
constitui o limite inferomedial do forame obturado. 
o Forame obturado: grande abertura no osso do quadril, fechada pela membrana obturadora, exceto por 
uma pequena passagem para o nervo e vasos obturatórios (canal obturatório) 
✓ A margem posterior do ísquio forma a margem inferior da incisura isquiática maior, que termina na espinha 
isquiática, local de fixação de ligamentos e de separação dessa incisura da incisura isquiática menor, que atua 
como tróclea ou polia para um músculo que emerge da pelve óssea. 
✓ A projeção óssea áspera na junção da extremidade inferior do corpo do ísquio e seu ramo é o grande túber 
isquiático. 
o Na posição sentada, o peso do corpo fica apoiado sobre essa tuberosidade, que é o local de fixação 
tendínea proximal dos músculos posteriores da coxa. 
• Púbis 
✓ Forma a parte anteromedial do osso do quadril, contribuindo para a parte anterior do acetábulo 
✓ Local de fixação proximal dos músculos mediais da coxa. 
✓ É dividido em um corpo achatado e medial, em um ramo superior e um ramo inferior, que se projetam 
lateralmente a partir do corpo. 
✓ Na parte medial, a face sinfisial do corpo do púbis articula-se com a face correspondente do corpo do púbis 
contralateral 
por meio da sínfise púbica. 
✓ A margem anterossuperior dos corpos unidos e da sínfise forma a crista púbica, que é o local de fixação dos 
músculos abdominais. 
✓ Pequenas projeções nas extremidades laterais dessa crista, os tubérculos púbicos, são o local de fixação da 
principal parte do ligamento inguinal e, portanto, de fixação muscular indireta. 
✓ A margem posterior do ramo superior do púbis tem uma elevação nítida, a linha pectínea do púbis, que forma 
parte da abertura superior da pelve. 
 
 
 
❖ Coxa 
- Primeiro seguimento do membro inferior que é livre; formado por apenas um osso: o fêmur. 
• Fêmur 
✓ É o osso mais longo e mais pesado do corpo; transmite o peso do corpo do osso do quadril para a tíbia quando 
a pessoa está de pé. 
✓ Seu comprimento corresponde a aproximadamente 25% da altura da pessoa. 
✓ Epífise proximal 
o A região proximal do fêmur é em forma de L, de modo que o eixo longitudinal da cabeça e do colo se 
projeta em sentido superomedial e forma um ângulo em média de 126° com o corpo oblíquo. 
o Cabeça do fêmur: redonda e representa dois terços de uma esfera coberta por cartilagem articular, 
exceto por uma depressão medial, a fóvea da cabeça do fêmur. 
o Colo do fêmur: é trapezoide, a extremidade estreita sustenta a cabeça e a base mais larga é contínua 
com o corpo. 
o Trocanteres: no local onde o colo se une ao corpo do fêmur há duas grandes elevações arredondadas 
chamadas trocanteres 
➢ O trocanter menor estende-se medialmente da parte posteromedial da junção do colo com o corpo 
e serve de local de fixação tendínea para o flexor primário da coxa (músculo iliopsoas). 
➢ O trocanter maior, posicionado lateralmente, se projeta superior e posteriormente onde o 
colo se une ao corpo do fêmur, oferecendo fixação e alavanca para abdutores e rotadores da coxa. 
o Linha intertrocantérica: local de união do colo e do corpo; estria áspera que, originada no trocânter maior, 
espirala-se ao redor do trocânter maior e continua em sentido posterior e inferior como uma estria 
menos distinta. 
o Crista intertrocantérica: crista lisa e proeminente que se une ao trocânteres posteriormente. 
➢ Tubérculo quadrado: elevação arredondada na crista. 
✓ Diáfise 
o É um pouco curvo (convexo) anteriormente. A maior parte do corpo é arredondada e lisa, e é o local de 
origem dos músculos extensores do joelho 
o Linha áspera: linha larga e rugosa; proporciona fixação aponeurótica para os adutores da coxa; mais 
proeminente no terço médio do corpo do fêmur, onde tem lábios medial e lateral. Superiormente, o lábio 
lateral funde-se à tuberosidade glútea larga e áspera e o lábio medial continua como linha intertrocantérica. 
o Linha pectínea: crista intermediária proeminente que se estende da parte central da linha áspera até a 
base do trocanter menor. Inferiormente, a linha áspera divide-se em linhas supracondilares medial e lateral, 
que levam aos côndilos medial e lateral. 
✓ Epífise distal 
o Os côndilos medial e lateral formam quase toda a extremidade inferior (distal) do fêmur. 
o São separados posterior e inferiormente pela fossa intercondilar, mas se fundem anteriormente formando 
uma depressão, a face patelar. 
o Os côndilos do fêmur articulam-se com os meniscos (lâminas de cartilagem em forma de meia-lua) e os 
côndilos da tíbia para formar a articulação do joelho. 
o A face lateral do côndilo lateral tem uma projeção central denominada epicôndilo lateral. A face medial do 
côndilo medial tem um epicôndilo medial, maior e mais proeminente, superiormente ao qual se forma 
outra elevação, o tubérculo do adutor, em relação a uma fixação tendínea. 
➢ Os epicôndilos são os locais de fixação proximal dos ligamentos colaterais medial e lateral da 
articulação do joelho. 
 
❖ Perna 
- A perna é formada por dois ossos, a tíbia e a fíbula, que são unidos por uma membrana interóssea. 
• Tíbia 
✓ Articula-se com os côndilos do fêmur superiormente e o tálus inferiormente e, assim, transmite o peso do corpo. 
✓ Alarga-se externamente nas duas extremidades e propicia maior área para articulação e transferência de peso. 
✓ Epífise proximal 
o Côndilos medial e lateral: formam a face articular superior relativamente plana, ou platô tibial. Esse platô é 
formado por duas faces articulares lisas (a medial, ligeiramente côncava, e a lateral, ligeiramente convexa) 
que se articulam com os grandes côndilos dofêmur. 
➢ Tubérculo de Gerdy: projeção anterolateral inferior à face articular, que é o local de fixação distal de 
um espessamento denso da fáscia que cobre a região lateral da coxa, aumentando a estabilidade da 
articulação do joelho. 
➢ Face articular fibular: situada posterolateralmente em sua face inferior para a articulação com a 
cabeça da fíbula. 
o Eminência intercondilar: separa as faces articulares; formada por dois tubérculos intercondilares (medial e 
lateral), ladeados por áreas intercondilares anterior e posterior. 
➢ Os tubérculos encaixam-se na fossa intercondilar entre os côndilos do fêmur. 
➢ Os tubérculos e áreas intercondilares são locais de fixação dos meniscos e ligamentos principais do 
joelho, que mantêm o fêmur e a tíbia juntos. 
✓ Diáfise 
o Está em posição vertical na perna, tem formato aproximadamente triangular ao corte transversal e possui 
três faces e três margens: 
➢ Margem anterior: é a mais proeminente; essa margem e a face medial são conhecidas como “canela”. 
Na extremidade superior da margem anterior, uma tuberosidade da tíbia alongada e larga é o local 
de fixação distal do ligamento da patela, que se estende entre a margem inferior da patela e a 
tuberosidade da tíbia. 
➢ Margem lateral/interóssea: é aguda no local de fixação da membrana interóssea que une os dois 
ossos da perna. Inferiormente, a margem aguda é substituída por um sulco, a incisura fibular, que 
acomoda e garante a fixação fibrosa na extremidade distal da fíbula. 
➢ Margem posterior: na face posterior da parte proximal do corpo da tíbia há uma crista diagonal 
áspera, chamada linha do músculo sóleo, que segue em sentido inferomedial até a margem medial. 
Imediatamente distal à linha do músculo sóleo há um sulco vascular oblíquo, que leva a um grande 
forame nutrício para passagem da artéria principal que irriga a extremidade proximal do osso e sua 
medula óssea. A partir dele, o canal nutrício segue inferiormente na tíbia antes de se abrir na cavidade 
medular. 
✓ Epífise distal 
o A extremidade distal é menor do que a proximal, alargando-se apenas na parte medial. 
o A expansão medial estende-se inferiormente ao restante do corpo como o maléolo medial. A face inferior 
do corpo e a face lateral do maléolo medial se articulam com o tálus e são cobertas por cartilagem 
articular. 
 
• Fíbula 
✓ Atua principalmente como fixação para músculos, já que não sustenta peso, mas também é importante para a 
estabilidade da articulação do tornozelo. 
✓ Situa-se posterolateralmente à tíbia e está firmemente fixada a ela pela sindesmose tibiofibular, que inclui a 
membrana interóssea. 
✓ Epífise proximal: consiste em uma cabeça aumentada superior a um pequeno colo. A cabeça tem um ápice 
pontiagudo. A cabeça da fíbula articula-se com a face fibular da tíbia. 
✓ Diáfise: é torcido e marcado pelos locais de fixação muscular. Assim como o corpo da tíbia, é triangular ao corte 
transversal, tem três margens (anterior, interóssea e posterior) e três faces (medial, lateral e posterior). 
✓ Epífise distal: se alarga e é prolongada lateral e inferiormente como o maléolo lateral. Os maléolos formam as 
paredes externas de um encaixe retangular, que é o componente superior da articulação talocrural, e são o 
local de fixação dos ligamentos que estabilizam a articulação. O maléolo lateral é mais proeminente e posterior 
do que o maléolo medial e estende-se cerca de 1 cm mais distalmente. 
 
 
❖ Pé 
- Os ossos do pé são os: tarsais, metatarsais e as falanges. 
• Tarso 
✓ É composto por sete ossos: tálus, calcâneo, cuboide, navicular e três cuneiformes. 
o Tálus: único osso tarsal que se articula com os ossos da perna e que não possui fixações musculares ou 
tendíneas. Possui um corpo (situado sobre o calcâneo), colo e cabeça (apoiada em uma rede 
osteoligamentar – ligamento calcaneonavicular plantar, situado entre o sustentáculo do tálus no calcâneo 
e o osso navicular). A maior parte de sua superfície é coberta por 
cartilagem articular. Possui um sulco para o tendão do músculo flexor longo do hálux, ladeado por um 
tubérculo lateral e um tubérculo medial. 
o Calcâneo: maior e mais forte osso do pé. Na posição de pé, o calcâneo transmite a maior parte do peso 
do corpo do tálus para o solo. Articula-se superiormente com o tálus e anteriormente com o cuboide. A 
face lateral apresenta a tróclea fibular, local de fixação para os músculos eversores do pé (afastam a planta 
do plano mediano). O sustentáculo do tálus é o apoio da cabeça do tálus. A proeminência posterior do 
calcâneo é chamada de tuberosidade do calcâneo que tem tubérculos medial, lateral e anterior (somente 
o tubérculo medial toca o solo na posição de pé). 
o Navicular: é um osso achatado, em forma de barco, situado entre a cabeça do tálus posteriormente e os 
três cuneiformes anteriormente. A face medial do navicular projeta-se inferiormente para formar a 
tuberosidade do navicular, um local importante para fixação tendínea porque a margem medial do pé não 
se apoia no solo, como faz a margem lateral. 
o Cuboide: cujo formato é aproximadamente cúbico, é o osso mais lateral na fileira distal do tarso. 
Anteriormente à tuberosidade do cuboide, nas faces lateral e inferior do osso, está o sulco do tendão do 
músculo fibular longo. 
o Cuneiformes: são três ossos: o medial (o maior deles), o intermédio (o menor deles) e o lateral. Cada 
cuneiforme articula-se com o navicular posteriormente e com a base de seu metatarsal apropriado 
anteriormente (o cuneiforme lateral também se articula com o cuboide). 
 
• Metatarso 
✓ O metatarso consiste em cinco ossos metatarsais, numerados a partir da face medial do pé. 
✓ Cada metatarsal tem uma base proximal, um corpo e uma cabeça distal. As bases dos metatarsais articulam-se 
com o cuneiforme e o cuboide, e as cabeças articulam-se com as falanges proximais. 
o As bases dos metatarsais I e V têm grandes tuberosidades que permitem fixação de tendão. 
o A tuberosidade do quinto metatarsal projeta-se lateralmente sobre o cuboide. 
✓ Na face plantar da cabeça do metatarsal I há ossos sesamoides medial e lateral proeminentes; estão inseridos 
nos tendões que passam ao longo da planta. 
✓ O metatarsal I é mais curto e mais forte do que os outros. 
✓ O metatarsal II é o mais longo. 
 
• Falanges 
✓ São 14 falanges em cada pé, distribuídas da seguinte maneira: o hálux tem duas falanges (proximal e distal) e 
os outros quatro dedos têm três falanges cada (proximal, média e distal). 
✓ Cada falange tem uma base (proximal), um corpo e uma cabeça (distal). 
✓ As falanges do hálux são curtas, largas e fortes. 
✓ Em pessoas idosas, pode haver fusão das falanges média e distal do dedo mínimo. 
 
• Arcos do pé 
✓ O pé tem três arcos: arco longitudinal medial, arco longitudinal lateral e arco transverso. 
✓ Esses arcos “cedem” quando é aplicado peso sobre o pé, depois retornam a sua posição original quando o peso 
é removido. 
✓ Arco longitudinal medial: o tálus, perto da articulação talonavicular, é a “pedra -chave” desse arco, que se origina 
no calcâneo, sobe até o tálus e depois desce aos três metatarsais mais mediais. 
o Se você examinar suas pegadas em areia molhada, vai ver que a margem medial do pé, do calcanhar 
à ponta distal do primeiro metatarso, não deixa impressão. Isso acontece porque esse arco faz a curva 
bem acima do chão. 
✓ Arco longitudinal lateral: é muito baixo, pois eleva a margem lateral do pé apenas o suficiente para redistribuir 
parte do peso do corpo para o calcâneo e parte para a cabeça do quinto metatarsal (isto é, para as duas 
extremidades do arco). O osso cuboide é a pedra-chave desse arco lateral. 
✓ Arco transverso: os dois arcos longitudinais servem como pilares para o arco transverso, que corre obliquamente 
de um lado ao outro do pé, seguindo a linha das articulações tarsometatarsais. 
✓ Juntos, os três arcos formam uma meia cúpula, que distribui para os ossosdo calcanhar aproximadamente 
metade do peso de uma pessoa, em pé e caminhando, e a outra metade para as cabeças dos metatarsais. 
✓ Como mencionado anteriormente, vários tendões correm abaixo dos ossos do pé e ajudam a apoiar os arcos 
do pé. Os músculos associados a esses tendões são menos ativos quando a pessoa está em pé do que 
caminhando. Portanto, pessoas que ficam o dia todo em pé em seu trabalho podem desenvolver arcos caídos, 
ou “pés chatos”. 
 
 
❖ Aplicação Clínica 
- Lesões do osso do quadril: as fraturas pélvicas por avulsão geralmente estão 
relacionadas a acelerações e desacelerações súbitas, como na corrida de velocidade. Há 
avulsão de uma pequena parte do osso com um pedaço do tendão ou ligamento fixado. 
Ocorrem nos locais de fixação dos músculos: espinhas ilíacas, túberes isquiáticos e ramos 
isquiopúbicos. 
 
 
 
 
 
 
- Coxa vara e valga: a diminuição do ângulo de inclinação entre o eixo longitudinal do colo do fêmur 
e o corpo do fêmur é chamada de coxa vara, que pode causar leve encurtamento do membro 
inferior e limitar a abdução passiva do quadril, enquanto o aumento, é chamado de coxa valga. 
 
- Luxação da epífise proximal do fêmur: em crianças e adolescentes (10 a 17 anos) pode ocorrer deslizamento da epífise 
proximal do fêmur em relação ao colo, devido ao enfraquecimento da lâmina epifisial. Pode ser causada por traumatismo 
agudo ou por microtraumatismos repetitivos. 
- Fraturas do fêmur: o colo do fêmur é fraturado com maior frequência por ser a parte mais estreita e mais fraca do osso 
e por fazer um ângulo acentuado com a linha de sustentação de peso. Fraturas na parte proximal: fratura transcervical e 
fratura intertrocantérica, decorrentes de traumatismo indireto, podendo levar ao encurtamento do membro. Fraturas 
intracapsulares (dentro da cápsula articular) são complicadas devido ao traumatismo vascular que pode levar a degeneração 
da cabeça do fêmur. As fraturas dos trocânteres geralmente ocorrem de traumatismo direto. Fraturas da parte distal do 
fêmur podem ser complicadas pela separação dos côndilos, resultando em prejuízo da articulação do joelho., ou pela 
hemorragia da artéria poplítea que segue na face posterior do osso, podendo comprometer a irrigação sanguínea da perna. 
 
- Fraturas da tíbia: o corpo da tíbia estreito na junção de seus terços médio e inferior, local mais frequente de fratura e de 
menor vascularização. A fratura da tíbia através do canal nutrício predispõe o paciente à não consolidação dos fragmentos 
ósseos em razão da lesão da artéria nutrícia. As fraturas transversais geralmente ocorrem no terço inferior da tíbia por 
estresse. Além disso, a torção grave pode causar fratura diagonal do corpo da tíbia na junção dos terços médio e inferior, 
também, pode haver encurtamento do membro, devido ao cavalgamento das extremidades fraturadas. 
 
- Fraturas das lâminas epifisiais: as fraturas que incluem as lâminas epifisiais são mais graves, pois pode haver risco para o 
crescimento normal contínuo do osso. A ruptura da lâmina epificial na tuberosidade da tíbia pode causar inflamação da 
tuberosidade e dor recorrente crônica durante a adolescência (doença de Osgood-Schlatter), sobretudo em atletas jovens. 
 
- Fraturas da fíbula: ocorrem geralmente 2 a 6 cm acima da extremidade distal do maléolo lateral, decorrente de inversão 
excessiva do pé, já que pode ocorrer rompimento dos ligamentos do tornozelo. Comuns em jogadores de futebol e basquete. 
Há comprometimento da marcha em razão do papel da fíbula na estabilidade do tornozelo. 
 
- Enxertos ósseos: Se uma grande parte do osso for destruída por lesão ou doença, o membro torna-se inútil. A substituição 
do segmento afetado por um transplante ósseo pode evitar amputação. A fíbula é uma fonte comum de osso para enxerto. 
Mesmo depois da retirada de um segmento do corpo, a caminhada, a corrida e o salto podem ser normais. 
 
 
- Fraturas do pé: 
• Calcâneo: geralmente ocorre por meio de queda com força sobre o calcanhar, causando uma fratura cominutiva 
(fratura em vários fragmentos). Na maior parte dos casos é incapacitante, pois rompe a articulação talocalcânea. 
• Tálus: geralmente ocorre a fratura do colo do tálus durante a dorsiflexão forçada do tornozelo. Pode haver em 
outros casos, luxação posterior do corpo do tálus. 
 
• Metatarsais: ocorrem geralmente quando um objeto pesado cai sobre o pé ou quando um objeto pesado com 
uma roda passa por cima do pé. São comuns em bailarinos, especialmente nos que utilizam a técnica da meia-ponta. 
Essas fraturas geralmente são transversais. Ainda, quando há inversão súbita e violente do pé, a tuberosidade do 
quinto metatarsal pode ser avulsionada pelo tendão do músculo fibular curto, lesão comum em jogadores de 
basquete e tênis. 
 
• Sesamoides: os ossos sesamoides do hálux sustentam o peso do corpo, principalmente na última parte da marcha. 
A fratura desses ossos pode ser causada por esmagamento. 
 
- Osso trígono: ossículo acessório que surge quando o centro de ossificação secundária, que se torna o tubérculo lateral do 
tálus, não se une ao corpo do tálus. Essa falha pode ser causada por estresse (flexão plantar forçada). 
 
Articulações 
❖ Relembrando 
- A maioria das articulações do Membro Inferior são estruturalmente classificadas como sinoviais, podendo ser de diferentes 
formatos: 
 
 
 
❖ Resumo 
 
❖ Aplicações Clínicas 
- Artroplastia do quadril: embora a articulação do quadril seja forte e estável, ela está sujeita a lesão traumática grave e 
doença degenerativa. Para a artroplasia do quadril, a cabeça e o colo do fêmur são substituídos por uma prótese metálica 
fixada ao fêmur por cimento ósseo. 
 
 
- Luxação da articulação do quadril: ocorre quando a cabeça do fêmur não está em localizada no acetábulo. A incapacidade 
de abduzir a coxa é a característica da luxação congênita, além disso, o membro afetado parece mais curto pois a cabeça 
do fêmur está situada mais alto do que no lado normal. A luxação adquirida da articulação do quadril é rara, mas pode ocorrer 
durante acidente automobilístico. O tipo mais comum é a luxação posterior, que ocorre quando o joelho se choca contra o 
painel do carro, gerando encurtamento do membro e rotação medial. 
 
 
- Joelhos valgo e varo: a posição do fêmur na coxa é diagonal, enquanto a posição da tíbia é quase vertical, criando um 
ângulo entre esses dois ossos. Quando há uma angulação medial da perna em relação a coxa, é chamado de joelho varo. 
Quando essa angulação é lateral, é chamado de joelho valgo. Esse desalinhamento pode causar artrose, já que há uma 
pressão excessiva. 
 
- Luxação da patela: é quase sempre lateral e mais comum em mulheres. Essa tendência à luxação lateral normalmente é 
neutralizada pela tração medial e mais horizontal do músculo vasto medial. Além disso, a projeção anterior do côndilo lateral 
do fêmur e a inclinação mais profunda para a face patelar lateral maior constituem um impedimento mecânico à luxação 
lateral. 
- Síndrome patelofemoral: dor profundamente a patela geralmente causada por corrida excessiva, principalmente em declive. 
Causada por microtraumatismos repetitivos. Pode ser causada também por golpe direto na patela ou por osteoartrite do 
compartimento patelofemoral. O músculo vasto medial tende a corrigir essa disfunção, já que se fixa na margem medial da 
patela e a traciona. 
- Lesões da articulação do joelho: a lesão mais comum em esportes de contato, é a distensão dos ligamentos, principalmente 
dos ligamentos colaterais tibial e fibular (LCT e LCF) e o ligamento cruzado anterior (LCA). A ruptura do LCT geralmente 
causa ruptura concomitante do menisco medial. A ruptura do LCA geralmente ocorre após ruptura do LCT, causando o 
deslizamento anterior da tíbia livre sob o fêmur fixado, conhecido como sinal da gaveta anterior, avaliado clinicamente pelo 
teste de Lachman.As rupturas do menisco costumam acometer o medial. A dor causada pela rotação lateral da tíbia sobre 
o fêmur indica lesão do menisco lateral. 
 
 
- Artroscopia do joelho: exame endoscópico que permite visualização do interior da cavidade articular do joelho e provoca 
ruptura tecidual mínima. Essa técnica também permite a retirada de meniscos lacerados e corpos livres na articulação, 
desbridamento em casos avançados de artrite e reparo ou substituição de ligamentos. 
 
- Aspiração do joelho: a infecção e a inflamação da articulação do joelho podem causar aumento da quantidade de líquido 
sinovial na cavidade articular. Como a bolsa suprapatelar comunica-se livremente com a cavidade sinovial da articulação do 
joelho, essa bolsa pode ser aspirada para retirar o líquido para exame. A aspiração direta da articulação do joelho geralmente 
é feita com o paciente sentado sobre uma mesa e com o joelho fletido. 
 
- Bursite na região do joelho: pode ocorrer de três maneiras diferentes. A bursite pré-patelar é causada por atrito entre a 
pele e a patela ou por forças compressivas resultantes de um golpe direto ou queda sobre o joelho fletido., é também 
conhecida como “joelho de faxineira”. A bursite subcutânea infrapatelar é causada por atrito excessivo entre a pele e a 
tuberosidade da tíbia, é também chamada de “joelho de padre”. A bursite suprapatelar pode ocorrer devido a escoriações ou 
feridas penetrantes, levando a uma infecção por bactérias que entram na bolsa suprapatelar pela ruptura da pele. 
 
- Cistos poplíteos: também chamados de cistos de Baker são sacos anormais, cheios de líquido, da membrana sinovial na 
região da fossa poplítea. Quase sempre são uma complicação do derrame articular crônico do joelho, quando o líquido sinovial 
escapa da articulação do joelho e se acumula na fossa poplítea. 
- Substituição do joelho: ocorre, por exemplo, em casos de osteoartrite, com a substituição por uma prótese (artroplastia 
total do joelho). A prótese consiste em componentes plásticos e metálicos cimentados às extremidades ósseas femoral e 
tibial após remoção das áreas defeituosas. 
 
- Lesões do tornozelo: é a articulação do corpo lesada com maior frequência. As entorses do tornozelo, rupturas de fibras 
dos ligamentos, são mais comuns. Geralmente, ocorre a partir da inversão, que inclui a rotação do pé em flexão plantar e 
sustentando peso. Fratura-luxação do tornozelo de Pott ocorre quando o pé é evertido à força. 
 
- Hálux valgo: caracterizado pelo desvio lateral do hálux, devido à pressão do calçado e doença articular degenerativa. 
Impossibilidade de afastar o hálux do segundo dedo. Muitas vezes, há edema dos tecidos adjacentes e a pressão e o atrito 
contra o sapato causam a formação de uma bolsa subcutânea, quando dolorosa e inflamada, a bolsa é chamada de joanete. 
 
- Dedos em martelo: ocorre quando a falange proximal se encontra em doriflexão permanente e acentuada (hiperextensão) 
na articulação metatarsofalângica e a falange média apresenta-se em flexão plantar forte na articulação interfalângica proximal. 
Também é frequente a hiperxtensão da falange distal do dedo. 
 
- Dedos em garra: caracterizados pela hiperextensão das articulações metatarsofalângicas e flexão das articulações 
interfalângicas distais. 
 
- Pé plano: pode ser de dois tipos, flexível (plano quando sustenta peso) ou rígido (plano em todas as situações). O flexível 
geralmente é causado por frouxidão ou degeneração dos ligamentos intrínsecos. Já, o rígido tende a ser causado por 
deformidade óssea. Ambos os casos, geralmente são secundários à disfunção do músculo tibial posterior e é comum, também, 
que ocorra o deslocamento inferomedial da cabeça do tálus. 
 
- Pé torto equinovaro: torção anormal e congênita do pé. Há inversão do pé, flexão plantar do tornozelo e adução da parte 
anterior do pé. O indivíduo não consegue colocar o calcanhar e a planta do pé em posição plana, assim, sustenta o peso com 
a superfície lateral do pé, por isso, a marcha é dolorosa.

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