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BIOTECNOLOGIA DA REPRODUÇÃO INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL TEMPO FIXO IATF

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DA SERRA GAÚCHA 
Curso de Medicina Veterinária 
Disciplina de Fisiopatologia e Biotecnologia da Reprodução 
Prof. Fabiano Trevisan da Rocha 
 
 
 
 
 
 
 
BIOTECNOLOGIA DA REPRODUÇÃO – INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL 
TEMPO FIXO – IATF. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lucas Ariel Rossi RA: 0228339 
 
CAXIAS DO SUL, DEZEMBRO DE 2020. 
 
INTRODUÇÃO 
O Brasil possui o título de maior rebanho comercial bovino do mundo, 
porém, a pecuária no Brasil ainda está em desenvolvimento (ANULAPEC, 2009). 
O Brasil, além de estar entre os maiores produtores do mundo de carne e de 
leite, possui baixa taxa de desfrute e de produtividade de leite/hectare 
(FERREIRA et al., 1996). Tais índices baixos podem estar associados com a 
pouca tecnificação das empresas e dos pecuaristas, como por exemplo a não 
utilização de inseminação artificial (IA) e da informática. 
A pecuária leiteira é uma das atividades mais importantes do setor 
agropecuário do Rio Grande do Sul, sendo o terceiro maior produtor de leite no 
Brasil, com produção anual de 2,3 bilhões de litros (IBGE, 2004) e sendo 
desenvolvida em 80% dos municípios gaúchos. No entanto, o setor leiteiro, tanto 
regional como local, apresenta problemas de eficiência produtiva e de qualidade 
de produto (BITENCOURT et al., 2000). A busca por sistemas de criação de 
gado de leite mais produtivos e compatíveis com as condições ambientais do 
Brasil é uma preocupação constante de pesquisadores, produtores e técnicos 
(FERREIRA et al., 1985) associado com o emprego das biotecnologias, 
principalmente a inseminação artificial (IA) e a inseminação artificial em tempo 
fixo (IATF). 
O primeiro passo num programa de melhoramento consiste na escolha de 
qual biotecnologia utilizar, como por exemplo a IATF e na definição formal dos 
seus objetivos econômicos, uma vez que, são várias as características que 
afetam a eficiência econômica. Para obter padrões ideais de eficiência 
econômica e reprodutiva (produção de cria/ano, intervalo de parto, período de 
lactação) é preciso que ocorra uma ótima interação dos parâmetros genéticos, 
reprodutivos, sanitários e nutricionais do animal. 
 
 
 
 
INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM TEMPO FIXO – IATF 
A inseminação artificial em tempo fixo é um método reprodutivo que tem 
como objetivo eliminar a observação de cios, induzir a ciclicidade em vacas em 
anestro, diminuir o intervalo de partos, aumentar os números de bezerros 
nascidos e sincronizar os cios de retorno das fêmeas falhas. A IATF é uma 
realidade na pecuária brasileira. Sua utilização proporciona tantas vantagens 
que se pode afirmar que ela mudará o perfil do rebanho nacional em curto 
período de tempo (TECNOPEC, 2008). 
Inúmeras vantagens são obtidas com a adoção da IA a rebanhos bovinos. 
No entanto, a baixa taxa de serviço, seja pela ineficiência na detecção do cio ou 
pelo alto grau de anestro no período pós parto, os quais formaram os principais 
fatores que comprometem a eficiência de programas com o emprego dessa 
biotecnologia. Dessa forma, a IATF apresenta-se como alternativa para superar 
esses entraves (BARUCELLI & MARQUES, 2008). Um dos grandes problemas 
relacionados à IA no Brasil, refere-se à dificuldade de detecção de estro, pois 
70% do rebanho é constituído de animais de origem indiana (Bos indicus), puros 
ou mestiços, afetando de forma bastante significativa a taxa de prenhez do 
rebanho, devido a falhas no manejo de detecção do estro (OLIVEIRA, 2007). 
VANTAGENS DA IATF 
O uso desta técnica é bastante vantajoso porque permite inseminar maior 
número de vacas em menos tempo. Utilizando a IATF as vacas têm a ovulação 
induzida e a IA pode ser feita com data e hora marcada, facilitando o trabalho da 
IA. Com utilização da IATF, o produtor dispensa a observação de cio do rebanho, 
economiza mão-de-obra e planeja o nascimento dos bezerros na propriedade. 
Com isso, pode-se fazer planejamento para que os nascimentos ocorram no 
período de entressafra da produção do leite. Além disso, aumenta a produção 
de leite e de bezerros, aumentando a eficiência reprodutiva e diminuindo o 
intervalo entre os partos. Quando utilizada corretamente, quase 50% das fêmeas 
sincronizadas emprenham com apenas uma inseminação realizada no período 
pós-parto recente 80 dias (EMBRAPA, 2002). 
 
DESVANTAGENS DA IATF 
A desvantagem da IATF relaciona-se à viabilidade econômica desta 
técnica, pois, em algumas situações, o custo-benefício pode ser desfavorável, a 
julgar pelo preço dos medicamentos utilizados. Desta forma, pensa-se que em 
um menor tempo a viabilidade econômica da IATF seja conseguida em rebanhos 
comerciais, pois, em criações destinadas à produção de touros ou matrizes, já 
se verifica um retorno financeiro favorável. Portanto, para que se tenha uma 
produção eficaz, é necessário realizar uma seleção de vacas com finalidade de 
permitir uma decisão mais precisa sobre a permanência ou a eliminação delas 
no rebanho (NUNES, 2007). 
PROTOCOLO DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM TEMPO FIXO (IATF) 
Os protocolos hormonais para controlar os problemas na detecção de cios 
e taxa de gestação, são fundamentais para avaliar o controle folicular, durante 
a fase luteal, e o momento da ovulação, permitindo o momento de IATF, sem 
apresentar a detecção de estro (PURSLEY et. al ., 1995). Esse procedimento de 
IATF pode aumentar a taxa de prenhez do rebanho, podendo chegar até 100%, 
em alguns casos de anestro pós-parto atividade ovariana podem ser induzir a 
estimulação através do IATF (SARTORI, 2006). 
A realização deste procedimento que garanta a suficiência, os protocolos 
hormonais unem-se as ondas de crescimento folicular promovendo a regressão 
do corpo lúteo e a induzir a ovulação dos folículos maduros (FERNANDES, 2007; 
SARTORI, 2007). Para que a implementação do protocolo tenha um índice de 
sucesso mais elevado, alguns princípios devem ser considerados do protocolo: 
I. Dia 0: Sincronizar uma nova onde de três a quatro dias pelo meio de atresia 
folicular, a implantação do dispositivo de liberação lenta de progesterona com 
aplicação intramuscular de Benzoato de estradiol ou em outros meios a indução 
da ovulação pela aplicação de GnRH. 
II. Dia 8: com os níveis diminuídos de plasmáticos a progesterona é retirada,as 
aplicação dos agentes luteolítico análogos a prostaglandina F2a. 
III. Dia 9: promovendo a liberação do LH e do GnRH ocorrido pela ação do estradiol, 
induzir a ovulação entre 41 a 46 horas. 
IV. Dia 10: a inseminação em todos os animais procede à tarde, ou seja, depende 
da aplicação de GnRH e do horário que realizou. 
Em relação à aplicação propriamente dita, alguns pontos também devem 
ser analisados previamente, sendo eles: 
I. A nutrição adequada para o animal para possuírem condições corporais maiores 
ou iguais a 2,5 em uma escala de 1 a 5 para inseminar as fêmeas. 
II. Sanidade: estar isento de doenças do rebanho. 
III. Organização no manejo: ter controle sobre os fármacos aplicados nos animais 
em todas etapas realizados do protocolo. 
IV. Boa qualidade do sêmen. 
V. Rodízio de inseminação: entre 40 a 50 animais por inseminador. 
VI.Acompanhamento de técnicos especializados. 
 
Fonte: Fernandes (2007). 
 
CONCLUSÃO 
O método de IATF proporciona inúmeras vantagens ao produtor, tais 
como planejamento da inseminação artificial e nascimento dos bezerros e a 
dispensa de observação de cio. A IATF só é indicada se o produtor estiver com 
pastagens de qualidade, se tiver como fornecer sal mineral e água a vontade 
para o animal suprir todas as demandas nutricionais e que possa responder a 
utilização dos hormônios utilizados. O sucesso desta técnica vai depender desde 
a seleção dos animais, escorre corporal ideal, equipe de trabalho, manejo, 
sanidade e a compra dos protocolos utilizados. 
REFERÊNCIAS 
ANULAPEC 09. Anuário Estatístico da Pecuária de Leite. FNP – Consultoria & Comércio. São 
Paulo, 2009 
BARUSELLI,P. S.; MARQUES, M. O. Superovulação de doadoras de embriões bovinos sem 
observação de cio. Disponível em:< 
http://www.beefpoint.com.br/?actA=7&areaID=60&secaoID=181&notciaID=5056>. 
BITENCOURT, D. et al. Sistemas de pecuária de leite: uma visão na região de Clima 
Temperado. Pelotas: Embrapa Clima Temperado, 2000. 195p. 
EMBRAPA. Nelore: Base genética e evolução seletiva no Brasil. Planaltina: Embrapa, 2002. P. 
50. 
FERNANDES, C. A. C. Entendendo os protocolos hormonais de inseminação artificial em 
tempo fixo (IATF) – Como obter resultados satisfatórios. Leite Integral, p. 14-22, 2007 
(Embrapa- Documento 261). 
FERREIRA, A.M Causas de repetição de cios em bovinos: uma revisão. Coronel Pacheco – 
MG, Embrapa CNPGL, 1985. 48 p. (Embrapa – CNPGL, Documentos, 17) 
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. 2004. Disponível em: 
Acesso em: 10/01/04. 
NUNES, P-ABL. Inseminação Artificial em tempo fixo – IATF. Disponível em: 
http://www.limousin.com.br/pages/artigos/vendo.asp?ID=130 
OLIVEIRA, D. J. G. C. de. Inseminação Artificial em Tempo Fixo: Uma biotecnologia a serviço do 
empresário rural. 2007. Artigo em Hypertexto. Disponível em: 
http://www.infobibos.com/Artigos/2007_4/inseminacao/index.htm 
PURSLEY, J. R.; MEEZ, M. O.; WILTBANK, M. C. Synchronization of ovulation in dairy cows 
using PGF 2aand GnRH. Theriogenology, v. 44, p. 915-923, 1995. (Embrapa- Documento, 261). 
SARTORI, R. Manejo reprodutivo da fêmea leiteira. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE 
REPRODUÇÃO ANIMAL, 26., Belo Horizonte. Anais... Belo Horizonte: [S. n.], 2007. p. 153-159. 
(Embrapa- Documento, 261) 
(TECNOPEC) MANUAL TÉCNICO SOBRE SINCRONIZAÇÃO E INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL 
EM TEMPO FIXO (IATF) EM BOVINOS (TECNOPEC) Disponível em: 
http://www.tecnopec.com.br/filearchive/453d3138d2a55ca7fddc0374988effc6.pdf 
 
 
http://www.infobibos.com/Artigos/2007_4/inseminacao/index.htm

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