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Curso de Bacharelado em Direito 
Filosofia do Direito 
Prof. Msc. Messias Silva 
ATIVIDADE AVALIATIVA DA P2 (3.0) 
 
OBSERVAÇÕES: 
- A atividade avaliativa será aceita apenas as que estiverem postadas no portal eorbit. 
- A data de deposito da atividade não será alterada por motivo algum. 
- Data do deposito da atividade será no dia 25 de novembro até as 23h 
 
 
Aluno: Weslaine Damaceno Oliveira 
 
QUESTÃO 1. Leia os fragmentos a seguir. 
 
A monarquia absoluta é incompatível com a sociedade civil, não podendo ser uma 
forma de governo civil, porque o objetivo da sociedade civil consiste em evitar e remediar os 
inconvenientes do estado de natureza que resultam necessariamente de poder cada homem 
ser juiz em seu próprio caso, estabelecendo-se uma autoridade conhecida para a qual todos 
os membros dessa sociedade podem apelar por qualquer dano que lhe causem ou 
controvérsia que possa surgir, e à qual todos os membros dessa sociedade terão que 
obedecer. 
[...] 
Quem julgará se o príncipe ou o legislativo agem contrariamente ao encargo 
recebido? A isto respondo: O povo será o juiz; porque quem poderá julgar se o depositário 
ou o deputado age bem e de acordo com o encargo a ele confiado senão aquele que o 
nomeia, devendo, por tê-lo nomeado, ter ainda o poder para afastá-lo quando não agir 
conforme seu dever? (Adaptado de: LOCKE, 
J. Segundo Tratado sobre o Governo (ou Ensaio sobre o Governo Civil). 5.ed. São Paulo: 
Nova Cultural, 1991. p.250 e p.312.) 
 
Com base nos fragmentos acima e sobre a teoria jusnaturalista e contratualista de John Locke, 
descreva o modelo de governo civil proposto pelo filósofo. 
 
 Para Locke, legislar era a função suprema do gover, um dos principais motivos pelos 
quais as pessoas estariam dispostas a aceitar um contrato social e se submeter ao governo é que 
elas esperariam que o governo regulasse os desacordos e conflitos com neutralidade. Seguindo 
essa lógica, ele também foi capaz de descrever as características de um governo ilegítimo. 
Concluiu-se disso que o governo que não respeitasse e protegesse os direitos naturais dos 
indivíduos, ouos limitasse, desnecessariamente, sua liberdade não seria legítima. 
 
 
QUESTÃO 2. Leia os textos a seguir. 
 
A única maneira de instituir um tal poder comum é conferir toda sua força e poder a um 
homem ou a uma assembleia de homens. É como se cada homem dissesse a cada homem: 
Cedo e transfiro meu direito de governar-me a mim mesmo a este homem, ou a esta 
assembleia de homens, com a condição de transferires a ele teu direito, autorizando de 
maneira semelhante todas as suas ações. Feito isso, à multidão assim unida numa só 
pessoa se chama Estado. (Adaptado de: HOBBES, T. Leviatã. Trad. de João Paulo Monteiro 
e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Abril Cultural, 1974. p.109. Coleção Os 
Pensadores.) 
 
 
O ponto de partida e a verdadeira constituição de qualquer sociedade política não é nada 
mais que o consentimento de um número qualquer de homens livres, cuja maioria é capaz de 
se unir e se incorporar em uma tal sociedade. Esta é a única origem possível de todos os 
governos legais do mundo. (Adaptado de: LOCKE, J. Segundo tratado do governo civil: 
ensaio sobre a origem, os limites e os fins verdadeiros do governo civil. Trad. de Magda 
Lopes e Marisa Lobo da Costa. Petrópolis: Vozes, 1994. p.141. Coleção Os Pensadores.) 
 
A partir da análise dos textos REDIJA um texto que explique as diferenças entre o contrato 
social proposto por Hobbes e o proposto por Locke. 
 
 O contrato social para Locke é fazer a transição do estado de natureza para o estado civil, 
onde, por meio dele, e independente da forma de governo, estariam preservadas as propriedades 
e a comunidades de conflitos internos e externos. Já para Hobbes o contrato é uma espécie de 
pacto de submissão onde os indivíduos se submetem a um terceiro (homem ou assembléia). Já 
no contrato de Locke, o contrato social assume um papel de pacto de consentimento em que os 
homens concordam em construir a sociedade civil com a finalidade de preservar e consolidar os 
direitos naturais. A idéia é que os direitos naturais fiquem amparados sobre uma norma e da 
força do comum representado pelo centro de tomada de decisões. 
 
 
3. Leia o texto abaixo com atenção e responda as questões a seguir. 
 
A respeito da origem do Estado, em seu livro Leviatã, Hobbes afirma que um homem 
abandona o direito a todas as coisas, transferindo este direito para um poder soberano. “O 
modo pelo qual um homem transfere seu direito é uma declaração ou expressão, mediante 
um sinal ou sinais voluntários e suficientes (...) que podem ser apenas palavras ou apenas 
ações ou então tanto palavras como ações.” Esta “(...) transferência mútua de direitos é 
aquilo que se chama contrato.” Feito este contrato, “(...) à multidão assim unida numa só 
pessoa se chama Estado (...).” (HOBBES. Leviatã. São Paulo: Abril Cultural, 1979, p. 78-79. 
Col. Os pensadores.) 
 
REDIJA um texto explicando o que é necessário para a criação do Estado e a necessidade do 
contrato social para Hobbes. 
 
 Hobbes desenvolveu a organização da sociedade em forma de Estado, a partir da ideia 
de um Contrato Social, a criação do consenso marca uma transição do estado de natureza para o 
estado social. No estado de natureza, o homem possui liberdade e características naturais que 
nascem com ele. Hobbes tinha uma visão pessimista do homem em seu estado de natureza. Para 
ele, o natural seria o egoísmo e o homem, sem o contrato, viveria em guerras permanentes e 
constantes. 
 Para acabar com esse cenário violento, o Contrato de Hobbes propõe um governo 
superior que controlaria as guerras e conflitos humanos. Dessa forma, ele teria todo o poder 
como governante, que seria transferido dos cidadãos diretamente para ele a fim de manter a vida 
e paz, além de controlar o “instinto de lobo” do homem. Essa autoridade com o poder absoluto 
seria o Leviatã. 
 
4. Locke foi um dos principais representantes do liberalismo político. Sobre a passagem do 
estado de natureza para a sociedade civil, o autor, a respeito desse tema, fez a seguinte 
afirmação: 
 
“Assim os homens, apesar de todos os privilégios do estado de natureza, mantendo-se em 
más condições enquanto nele permanecerem, são rapidamente levados à sociedade.” 
(LOCKE, John. Segundo Tratado sobre o governo. São Paulo: Abril Cultural, 1983. Coleção 
 
“Os Pensadores”. p. 83.) 
 
REDIJA um texto explicando o que leva os homens a escolher a vida em sociedade civil. 
 
 Para Locke, o que leva os homens a escolher a vida em sociedade é a preservação da 
propriedade, o homem precisava estar em sociedade para ter seus diretos garantidos, pois a 
criação das regras da vida na sociedade é essencial para a preservação da vida. As pessoas 
acabavam sendo submetidas ao estado que elas mesmas deram o poder, por isso, ele defendia 
que a relação deveria ser inversa. Locke era defensor da liberdade, ele foi um dos responsáveis 
pelas ideias liberais relacionadas ao estado e a vida humana. Para John Locke o povo tem que 
ser o soberano em detrimento ao governo, defendia o direito do povo promulgar as leis, cabendo 
aos reis apenas executar. 
 
 
5. Se separar-se, pois, do pacto social aquilo que não pertence à sua essência, ver-se-á que 
ele se reduz aos seguintes termos: ‘Cada um de nós põe em comum sua pessoa e todo o seu 
poder sob a direção suprema da vontade geral, e recebemos, enquanto corpo, cada membro 
como parte indivisível do todo. [...] essa pessoa pública, que se forma desse modo, pela 
união de todas as outras, tomava antigamente o nome de cidade e, hoje, o de república ou 
de corpo político o qual é chamado por seus membros de Estado quando passivo, soberano, 
quando ativo, e potência, quando comparado aos seus semelhantes. Quanto aos associados, 
recebem eles, coletivamente,o nome de povo e se chama, em particular, cidadãos enquanto 
partícipes da autoridade soberana e súditos enquanto submetidos à autoridade do Estado. 
Estes termos, no entanto, confundem-se frequentemente e são usados, indistintamente; 
basta saber distingui-los quando são empregados com inteira precisão.’ (ROUSSEAU, Jean- 
Jacques. Do contrato social. Coleção Os Pensadores. Tradução: Lourdes Santos 
Machado. São Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 39.) 
 
 
a) Explique por que a expressão “Cada um de nós põe em comum sua pessoa e todo o seu 
poder sob a direção suprema da vontade geral” não conduz a um regime autoritário. 
 
 Como o resultado do Contrato Social em Rousseau é um Estado republicano ou 
democrático, no qual a soberania reside no povo e é garantida pelo respeito à vontade geral, os 
indivíduos abdicam da liberdade natural, em uma circunstância conflituosa causada pela 
propriedade, e adquirem a liberdade civil, que em função do respeito à vontade geral e à 
soberania popular, garante a liberdade suficiente dos cidadãos. 
 
b) Disserte, a partir do excerto acima, sobre a diferença entre cidadãos e súditos na teoria do 
Contrato Social de Jean-Jacques Rousseau. 
 
 O contrato, que gera a sociedade civil, implica a criação de um conjunto de instituições 
que gerem os indivíduos, e que é denominado de Estado. Enquanto estão sob a coordenação das 
leis do Estado, os indivíduos devem ser compreendidos como súditos das leis. A questão é que 
as leis do Estado são um produto da atuação da vontade geral, em função do princípio basilar da 
soberania popular. Desse modo, na medida em que os indivíduos obedecem a leis elaboradas por 
eles mesmos por meio das relações democráticas e do respeito à vontade geral, eles precisam ser 
considerados cidadãos plenos, e o povo assim constituído deve ser entendido como soberano. 
 
6. O ponto de partida da filosofia de Rousseau é uma concepção de natureza humana 
representada pela famosa ideia segundo a qual “O homem nasce bom, a sociedade o 
corrompe”. (Contrato Social, livro I, cap. 1) (MARCONDES, D., Iniciação à história da 
Filosofia, p. 200) 
 
 
REDIJA um texto que explique a afirmação acima. 
 
 Rousseau afirma que, se alguém é obrigado a oferecer obediência a outro, quando faz é 
para possa um dia exigir a sua liberdade. Liberdade é a busca. O Homem nasce livre, porem é 
acorrentado pela ordem social, desde o simples cidadão até o mais alto governante. Rousseau, 
deixa claro que liberdade é um direito sagrado, já a ordem das convenções, não está 
fundamentada nas origens naturais.

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