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Protocolo 
Podologia
Uso do Laser de Baixa Intensidade
 
 
 
Protocolo Clínico 
Podologia 
Uso do Laser de Baixa Intensidade
 
Prof. Armando Bega 
 
 
 
MM Optics Ltda 
Clínico 
Uso do Laser de Baixa Intensidade 
2 
 
Apresentação 
 
A Podologia é a ciência da área da saúde que estuda, previne, diagnostica 
e trata as alterações dos pés e as suas repercussões no corpo humano. 
A palavra Podologia deriva do grego: “podo” significa pé e “logos” significa 
tratado. Assim, podemos definir Podologia como “estudo e tratamento 
dos pés”. 
Tal como noutras ciências da saúde, verificou-se nos últimos tempos uma 
grande evolução na qualidade e no tipo de serviços prestados nesta área, 
o que faz com que a definição anterior se torne insuficiente para 
caracterizar a Podologia no seu estado atual. 
Esta evolução foi possível também graças à aplicação de novas tecnologias 
nos métodos de diagnóstico e aplicação de novos tratamentos, tornando a 
Podologia numa área da saúde altamente especializada, que nada tem a 
ver com simples tratamentos de estética. 
 Assim, de forma mais rigorosa, pode-se definir Podologia como o ramo 
das ciências da saúde que tem por objetivo a prevenção, o estudo, a 
investigação e o tratamento dos processos patológicos do pé. 
 
3 
 
Prof. Armando Bega 
 
Podólogo - IBRAP 
Coordenador e Professor do curso de Podologia - UAM 
Enfermeiro especializado em Podiatria Clínica - UNIFESP 
Mestrando em Educação Física - USJT 
Autor dos livros: Tratado de Podologia; Podologia - Bases Clínicas e 
Anatômicas; Podologia Básica; Feridas e Curativos em Podologia 
Organizador das Jornadas Internacionais de Podologia 
Diretor do Instituto Científico de Podologia Armando Bega 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
ÍNDICE 
 
INTRODUÇÃO ............................................................................................. 5 
INTERAÇÃO DO LASER COM OS TECIDOS ................................................... 6 
EFEITOS PRIMÁRIOS E SECUNDÁRIOS DA LASERTERAPIA ........................... 9 
DOSIMETRIA GERAL ................................................................................. 10 
PODOPATIAS ............................................................................................ 10 
1. Onicomicose LBI .............................................................................. 10 
2. Onicocriptose .................................................................................. 12 
3. Perfurante Plantar e feridas em geral: ............................................ 14 
4. Fascite Plantar e esporão de calcâneo ............................................ 18 
5. Metatarsalgia / Neuroma de Morton .............................................. 20 
 
 
 
 
 
 
5 
 
PROTOCOLO DE PODOLOGIA - LBI (LASER em Baixa Intensidade) 
 
INTRODUÇÃO 
Em 1917 Albert Einstein apresentou os princípios da emissão estimulada. 
Algumas décadas mais tarde, precisamente no ano de 1960 foi construído 
o primeiro LASER utilizando esses princípios. 
A palavra LASER significa, em Português, Amplificação da luz pela emissão 
estimulada da radiação (Light Amplification by Stimulated Emission of 
Radiation”). 
O primeiro LASER utilizava moléculas de rubi que ao serem estimuladas 
produziam um feixe de luz com características e propriedades distintas da 
luz comum. 
Enquanto a luz comum não é coerente e nem mesmo pura, o feixe de luz 
produzido pelo aparelho denominado LASER apresenta coerência e 
monocromaticidade o que lhe confere a denominada pureza. 
Portanto, estas são as características do LASER: monocromático (luz pura), 
coerente no tempo e no espaço, além de apresentar um feixe colimado 
(unidirecional). 
Todas essas características juntas conferem uma quantidade muito 
superior de energia ao feixe produzido pelo LASER quando comparamos 
com uma luz comum. 
Desde que foi produzido pela primeira vez o LASER vem sendo testado e 
utilizado em pesquisas científicas, bem como em procedimentos cirúrgicos 
e terapêuticos. É possível afirmar que existem milhares de estudos no 
6 
 
mundo todo sobre o LASER na área da saúde, quase todos demonstrando 
avanços nos procedimentos cirúrgicos e terapêuticos. 
Desta forma o uso do LASER terapêutico por parte do profissional da 
saúde está amparado em pesquisas e práticas cotidianas no âmbito 
clínico. No que diz respeito ao seu uso pelos podólogos brasileiros existem 
registros que datam de 1995 a sua implementação através do podólogo 
Armando Bega através da SCPB (Sociedade Científica de Podologia do 
Brasil). 
 
INTERAÇÃO DO LASER COM OS TECIDOS 
Varia de acordo com o comprimento da onda, potência de entrega do 
LASER, densidade de energia, modo de entrega, absorção, reflexão, 
difusão/transmissão e tipo de pele. 
• Comprimento de onda: cada onda no espectro eletromagnético 
possui um comprimento diferente e esse é um fator determinante 
na ação terapêutica do LASER. A luz vermelha cujo comprimento de 
onda vai de 620nm a 670nm age na superfície da pele penetrando 
muito pouco, apenas alguns milímetros, nesse tecido e a sua 
absorção acontece na membrana da mitocôndria estimulando a 
produção de Adenosina Trifosfato (ATP) que é a energia utilizada 
pela célula. Já a onda no comprimento do infravermelho (IR), entre 
780nm e 960nm chega a penetrar em torno de 10mm nos tecidos 
corpóreos e chega a atingir o tecido subcutâneo, fáscias, músculos, 
tendões, articulações, ligamentos, periósteo e o osso, porém suas 
ondas são absorvidas pela membrana citoplasmática estimulando a 
bomba de sódio e potássio (Na +k+), um tipo de transporte ativo, 
 
portanto dependente de ATP. Vale dizer que além dessas diferenças 
entre os comprimentos de ondas mais comuns nos 
terapêuticos (660nm e 78
comprimento de uma onda é proporcional à sua frequência, ou seja, 
quanto menor a onda maior é a sua frequência e a sua quantidade 
de energia; quanto maior a onda menor é a sua 
quantidade de energia.
 
 
• Potência de entrega
equipamento emissor de LASER menor será o tempo necessário 
para depositar uma quantidade de energia (J = Joule) num tecido 
alvo. 
• Densidade de energia: é a quantidade de energia que é depositada 
no tecido alvo e é medid
 
portanto dependente de ATP. Vale dizer que além dessas diferenças 
entre os comprimentos de ondas mais comuns nos 
terapêuticos (660nm e 780nm), a geração de energia relacionada ao 
comprimento de uma onda é proporcional à sua frequência, ou seja, 
quanto menor a onda maior é a sua frequência e a sua quantidade 
de energia; quanto maior a onda menor é a sua frequ
quantidade de energia. 
Potência de entrega do LASER: quanto mais potente for o 
equipamento emissor de LASER menor será o tempo necessário 
para depositar uma quantidade de energia (J = Joule) num tecido 
Densidade de energia: é a quantidade de energia que é depositada 
no tecido alvo e é medida em Joule por centímetro quadrado J/cm².
DE (J) = P (W) x (t) (s) 
 A (cm²) 
7 
portanto dependente de ATP. Vale dizer que além dessas diferenças 
entre os comprimentos de ondas mais comuns nos LASERs 
relacionada ao 
comprimento de uma onda é proporcional à sua frequência, ou seja, 
quanto menor a onda maior é a sua frequência e a sua quantidade 
uência e a sua 
 
do LASER: quanto mais potente for o 
equipamento emissor de LASER menor será o tempo necessário 
para depositar uma quantidade de energia (J = Joule) num tecido 
Densidade de energia: é a quantidade de energia que é depositada 
a em Joule por centímetro quadrado J/cm². 
8 
 
• Modo de entrega e área da ponteira: dependendo do modo de 
entrega a relação da potência x tempo de aplicação / área pode 
estar alterada, resultando que um LASER com 100mW de potência 
pode demorar mais do que um LASER com 30mW de potência para 
depositar 1 J de energia sobre um determinado tecido. O que 
determina esta variável é a proximidade do emissor de fótons dalente de colimação e da entrega. O tempo é maior quando o 
emissor está mais distanciado da saída e é menor quando o emissor 
está mais próximo. Sem contar que a distância entre o emissor e a 
saída resulta em perda de energia. 
• Absorção: a proximidade da emissão em relação ao tecido alvo 
indica que os fótons são direcionados sobre esse tecido e que os 
fotorreceptores, dessa forma, absorvem a maior quantidade 
possível de energia, produzindo o efeito esperado devido às reações 
fotobiológicas “in sito”. 
• Reflexão: pode acontecer quando parte dos fótons que são emitidos 
sobre um determinado tecido encontram um obstáculo que 
promove ação parecida com um espelho fazendo uma reflexão, 
como no caso da presença de exsudato sobre o tecido ou se algum 
tipo de medicamento, cosmecêutico ou cosmético for aplicado 
antes da laserterapia. Isto significa que uma parte considerável dos 
fótons se perde através do fenômeno da reflexão diminuindo o 
efeito desejado. 
• Difusão/transmissão: este mecanismo faz com que parte dos fótons 
emitidos transpasse o tecido no sítio da aplicação atingindo tecidos 
9 
 
mais profundos. É o que acontece comumente com o LASER 
infravermelho cuja absorção se dá em tecidos mais profundos. 
• Tipo de pele: algumas variáveis estão associadas ao tipo de pele, 
seja pela espessura ou pela cor (melanina) presente. A presença de 
melanina influencia no aumento da absorção dos fótons, o que 
significa maior absorção por parte de pele negra e menor absorção 
na pele branca. Mas, em se tratando da planta dos pés a presença 
de melanina praticamente não importa, devido à ausência de 
pigmentação, porém a espessura da pele é um fator importante que 
deve ser levado em consideração. 
 
EFEITOS PRIMÁRIOS E SECUNDÁRIOS DA LASERTERAPIA 
Efeitos primários: 
• Fotobioelétrico: significa o estímulo na produção de ATP; 
• Fotobioquímico: indução de mitoses através da síntese de DNA e 
RNA; estímulo na produção e liberação de histamina, serotonina, 
bradicinina e prostaglandina, entre outras substâncias; 
• Fotobioenergético: reequilíbrio do bioplasma. 
 
Efeitos secundários: 
• Estímulo à microcirculação (efeito anti-edematoso) 
• Estímulo do sistema imunológico (efeito anti-inflamatório); 
• Estímulo às mitoses (cicatrização); 
• Efeito analgésico; 
10 
 
DOSIMETRIA GERAL 
1 a 3 J/cm² = anti-inflamatório 
4 a 6J/cm² - cicatrizante 
≥ 8J/cm² = analgésico 
 
PODOPATIAS 
 
1. Onicomicose LBI 
A onicomicose é uma infecção causada por fungos que destroem o corpo 
da unha. Os fungos podem ser dermatófitos, outros fungos filamentosos e 
oportunistas ou leveduras. 
O tratamento das onicomicoses pode ser realizado através de 
antimicóticos administrados por via oral ou tópicos, mas muitas vezes se 
associa a administração combinada dessas duas apresentações 
farmacêuticas; o uso de fitoterápicos, bem como de óleos essenciais 
também são formas de tratamento usualmente encontradas; outra 
terapia pode ser o uso do ozônio, porém a terapia fotodinâmica, que 
associa o LASER com um agente fotossensível, tem se mostrado eficiente 
na maioria dos casos de onicomicose 
Mecanismo de ação: a associação do LBI, 660nm, feixe de cor vermelha, 
com um agente fotossensibilizador aplicados sobre o tecido alvo produz 
uma espécie reativa de oxigênio, cuja ação se resume na destruição da 
célula irradiada através de dois mecanismos: apoptose e oxidação das 
membranas celulares. 
11 
 
Laserterapia (Terapia Fotodinâmica): 
Aplicação nas unhas: deve-se desbastar o corpo da unha, limpar com 
solução fisiológica ou álcool 70; após secar a região, aplicar o 
fotossensibilizador e esperar a sua absorção pelo tecido, o que pode levar 
de cinco a dez minutos, em média; depois aplica-se o LBI, pontual, 18J por 
cm² da área afetada; as aplicações devem ser repetidas uma a duas vezes 
por semana até que a unha apresente aspecto saudável. 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
2. Onicocriptose 
A onicocriptose é uma das mais frequentes causas de procura por 
tratamento podológico. 
Estágios da onicocriptose: 
• Grau I: com presença de espícula; 
• Grau II: com presença de inflamação; 
• Grau III: com presença de granuloma; 
• Grau IV: com presença de granuloma piogênico. 
 
Intervenção podológica: 
• Remoção da espícula (espiculectomia); 
• Antissepsia da área lesada; 
 
Laserterapia: 
Irradiação do LBI com comprimento de onda de 660nm, cor vermelha, 
para a terapia da ferida ocasionada pela onicocriptose. 
Mecanismo de ação: o LBI quando irradiado sobre um determinado 
tecido, em condições adequadas, ele age na membrana da mitocôndria 
estimulando a produção de ATP, que é a energia utilizada pela célula para 
realizar o seu metabolismo. A seguir uma reação em cadeia é estimulada e 
são obtidos efeitos de mediação do processo inflamatório induzindo o 
tecido lesado a cicatrizar mais rápido. 
13 
 
Aplicação sobre o granuloma ou sobre a área da remoção da espícula: 
após a espiculectomia deve ser realizada a limpeza da área com solução 
fisiológica e bactericida, aplicando posteriormente o LBI com feixe de 
onda de 660nm, cor vermelha, sobre a área lesada. 
As aplicações devem ser pontuais, respeitando-se o limite de 1cm² por 
ponto. 
A dose pode ser: 3J para a inflamação; 4J para cicatrização. 
O limite da dose deve ser respeitado da seguinte forma: de 1J a 3J por cm² 
para inflamação e de 4J a 6J para cicatrização. 
A aplicação de doses iguais ou maiores do que 8J por cm² induzem à 
analgesia. 
Doses superiores a 12J por cm² podem levar à inibição de processos 
metabólicos e devem ser utilizadas apenas na TFD (Terapia Fotodinâmica). 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
3. Perfurante Plantar e feridas em geral: 
A lesão por solução de continuidade está definida como a perda da 
integridade da epiderme atingindo a derme e em muitas ocasiões 
podendo atingir o tecido subcutâneo, músculos, tendões, articulações e 
ossos. 
No diabético existe um agravante que é o “pé diabético”, caracterizado 
pela neuropatia, vasculopatia e a predisposição para processos 
inflamatórios, lesões e instalação de infecções que costumam resultar em 
amputações e óbito. 
Em qualquer situação em que esteja presente uma lesão tecidual com a 
ruptura de células, as membranas citoplasmáticas destruídas liberam 
ácido araquidônico, lipídeo constituinte da membrana, e este serve como 
substrato para a cicloxigenase II tendo como produto as prostaglandinas 
que atuarão como agentes inflamatórios provocando vasodilatação, 
migração de células do sistema imune e levando a uma reação em cadeia 
que se constitui no processo inflamatório propriamente dito. 
A terapia está baseada na identificação do tipo de lesão, se tem ou não 
um processo infeccioso instalado, na detecção da presença de neuropatia 
clinicamente identificada pela diminuição ou ausência de sensibilidade 
tátil, pressórica, dolorosa, vibratória e térmica, além da verificação da 
presença de vasos sanguíneos pérvios, tanto na macro quanto na 
microcirculação. 
 
Intervenção podológica: 
A lesão deve ser limpa com soro fisiológico aplicado sob pressão 
(irrigação) e os tecidos desvitalizados devem ser removidos. 
15 
 
Uma vez que o leito da ferida esteja preparado é iniciado o processo de 
aplicação da laserterapia, lembrando que o tecido deverá estar seco e sem 
nenhuma cobertura a fim de evitar a reflexão e o retroespalhamento. 
 
Laserterapia: 
Utilização do LBI com feixe de onda de 660nm (vermelho) associado ou 
não ao LBI com feixe de onda de 780nm (infravermelho próximo). 
O mecanismo de ação é o mesmo descrito para a terapia da onicocriptose. 
Acrescenta-se apenas a irradiação pontual ao redor da lesão com LBI com 
feixe de onda de 780nm (infravermelho). 
A associação do LBI vermelho com o infravermelho, sendo o vermelho 
sobre o leito da ferida e infravermelho sobre o tecido adjacente à ferida 
estimula a mediação do processoinflamatório em nível superficial (LBI 
vermelho) e profundo (LBI infravermelho), acelerando o processo de 
cicatrização. 
A ação de LBI com feixe de onda de 780nm acontece na membrana 
citoplasmática através da indução da bomba de NaK (sódio e potássio), 
denominado transporte ativo pois utiliza ATP para acontecer. Uma vez 
que o ATP é requisitado para a bomba de NaK a mitocôndria é estimulada 
indiretamente para efetuar a produção de ATP. 
A diferença entre o LBI vermelho e o infravermelho se dá em nível do local 
de absorção dos fótons, pois o LBI vermelho é absorvido na membrana da 
mitocôndria, agindo sobre receptores não especializados em fótons, como 
o caso do citocromo P, estimulando o ciclo de Krebs e a cadeia 
transportadora de elétrons na produção da energia celular (ATP); já o LBI 
16 
 
infravermelho, como já foi citado, age na membrana da célula. No entanto 
a resposta celular é a mesma para ambos os comprimentos de onda. 
Outra diferença entre o LBI vermelho e o infravermelho é o local (macro 
absorção), uma vez que o LBI vermelho penetra muito pouco nos tecidos, 
agindo superficialmente, na epiderme e na derme, por isso ele é aplicado 
sobre o leito da ferida. Já o LBI infravermelho penetra em tecidos mais 
profundos, atingindo a hipoderme, músculos, tendões, articulações, 
ligamentos, periósteo e ossos. 
O aumento do tempo de irradiação pode fazer com que um LBI vermelho 
penetre mais profundamente no tecido alvo, por transmissão. Esta é uma 
possibilidade de utilização do LBI vermelho quando o podólogo não dispõe 
um LBI infravermelho para associar à terapia. 
Dose: 
• FERIDA NA FASE INFLAMATÓRIA: 3J/cm² (vermelho sobre a ferida); 
3J/cm² (infravermelho) ao redor da ferida (pontualmente, 
respeitando-se o limite de uma aplicação por ponto (cm²); 
• FERIDA NA FASE DE CICATRIZAÇÃO (GRANULAÇÃO): 4J/cm² 
(vermelho sobre a ferida); 4J/cm² (infravermelho) ao redor da ferida 
(pontualmente, respeitando-se o limite de uma aplicação por ponto 
(cm²) 
Não deve ser realizada aplicação sobre ferida infectada (com a presença 
de exsudato purulento). Nesses casos o uso do LBI pode estar associado a 
um agente fotossensibilizador estéril aplicado sobre o leito da ferida, 
constituindo-se em TFD (Terapia Fotodinâmica). 
 
17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 
 
 
4. Fascite Plantar e esporão de calcâneo 
A fascia plantar é uma bainha de tecido conjuntivo que envolve os 
músculos e que está presente na planta dos pés. 
O aumento do tônus muscular nos músculos flexores plantares leva ao 
aumento da força de tração exercida sobre a origem e a inserção desses 
músculos. 
Esse aumento da força de tração provoca lesão no periósteo e resulta, 
também, na inflamação das fáscias plantares, constituindo-se num 
processo inflamatório extremamente doloroso conhecido como fascite 
plantar. 
19 
 
O paciente acometido pela fascite plantar costuma reclamar de dor aos 
primeiros passos e, na maior parte dos casos, essa dor é atenuada durante 
o dia. Porém, muitas vezes o quadro de dor perdura no decorrer do dia. 
O aumento do tônus da musculatura plantar é comum em pessoas com os 
pés cavos e o uso de calçados rasteiros pode agravar o quadro 
inflamatório. 
A tração constante do periósteo inicia um processo de reabsorção óssea 
por parte de células chamadas osteoclastos e pelo surgimento de uma 
neoformação óssea por parte dos osteoblastos até que eles se 
transformem em osteócitos e, por fim, teremos o “esporão de calcâneo” 
(espinha calcânea); o aumento do tônus muscular do tríceps sural 
(gastrocnêmios e sóleo) pode resultar em lesão na inserção desse 
conjunto de músculos no tendão do calcâneo e levar à lesão do periósteo 
nessa área o que resultará no esporão retrocalcâneo (espinha 
retrocalcânea). 
 
Laserterapia: 
Aplicação pontual do LASER infravermelho (780nm) sobre as áreas de 
origem e inserção dos músculos e sobre as fáscias medial e lateral. 
Respeitar a distância de 1cm² entre os pontos de aplicação. 
A dose deve ser de 1 a 3J/cm², uma a duas vezes por semana, de acordo 
com a gravidade. 
As duas primeiras aplicações podem ser de 8j/cm² em casos de queixa de 
muita dor. 
20 
 
A laserterapia deve estar associada ao estudo da marcha e posterior 
aplicação de órtese mecânica ou postural, a critério do podologista. 
 
 
 
 
5. Metatarsalgia / Neuroma de Morton 
A metatarsalgia se caracteriza por um quadro de algia na região 
metatarsiana, cujo predomínio costuma ser nas epífises distais dos 
metatarsos acometidos, região também conhecida como cabeça dos 
metatarsos, e que pode se irradiar pelos dedos ou pela região metatarsal 
adjacente ao foco causal. 
A causa pode ser um metatarso insuficiente, a diminuição do arco 
transverso do pé, uma inversão ou eversão, bem como uma supinação ou 
pronação, além de um pé cavo, uso de calçados de salto alto ou até 
mesmo um Neuroma de Morton. 
O Neuroma de Morton é um fator causal à parte e etiologicamente se 
define como a hipertrofia do nervo digital plantar entre dois côndilos 
epifisários metatarsais, em geral entre o 3º e o 4º metatarsos quando eles 
Aplicação de LBI IR 
(780 nm) na região 
calcânea, nas bandas 
medial, lateral e 
central, além da área 
retro capital. 
21 
 
comprimem esse nervo. A dor costuma se irradiar pelos dedos e o 
paciente experimenta melhora quando retira o calçado e através da 
massoterapia descomprime essas cabeças metatarsais. 
 
Laserterapia: 
Consiste na aplicação pontual do LASER infravermelho (780nm) com 
distância de 1cm² entre pontos de aplicação. 
Dose: 1 a 3J/cm², uma a duas vezes por semana; 
As duas primeiras aplicações podem ser de 8J/cm² em casos nos quais o 
paciente refira muita dor. 
O tratamento deve ser acompanhado de órteses plantares mecânicas ou 
posturais e/ou de silicone para os dedos, a fim de descomprimir a área. 
 
 
 
 
 
22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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