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Direito Processo

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1. Dê um exemplo de um fato privado internacional sobre o qual o Juiz brasileiro tenha jurisdição e que seja regido por lei material estrangeira. Explique o contexto fático desse exemplo, bem como exponha as razões (explicações e base legal) pelas quais o Juiz brasileiro tem jurisdição e deverá aplicar a lei material estrangeira.
Processos que envolvam estrangeiros são de competência de autoridade judiciária brasileira sempre que o réu for domiciliado no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação ou pena.
Quanto a um juiz brasileiro que tenha jurisdição e tenha que reger fato privado internacional com lei estrangeira, pode ser fala, por exemplo, um caso de conflito de leis sobre um contrato celebrado na Itália, onde se perguntará, em primeiro lugar, qual a categoria de relações jurídicas (no caso, trata-se de obrigações – um contrato); em segundo lugar, qual o elemento de conexão que o direito internacional privado brasileiro manda usar para reger as obrigações (é a lei do lugar onde se constituíram – a França); concluirá então que a lei competente para reger o contrato do exemplo é a francesa.
2. Explique a quem compete conceder os vistos para estrangeiros e a quem compete permitir o ingresso de estrangeiro no Brasil. Indique, ainda, dois tipos de vistos existentes na lei brasileira, expondo suas características básicas. Indique as bases legais. 
Os vistos poderão ser concedidos no exterior, pelas Missões Diplomáticas, Repartições consulares, Vice-consulados e, quando autorizados pela Secretaria de Estado das Relações Exteriores, pelos Consulados honorários. Somente excepcionalmente, os vistos poderão ser concedidos no Brasil, ficando a concessão a critério das Relações Exteriores. No caso de suspensão de relações diplomáticas e consulares, os vistos de entrada no Brasil poderão ser concedidos por Missão diplomática ou Repartição consular do país encarregado dos interesses brasileiros.
De acordo com a Lei nº 6.815, de 19 de agosto de 1980, que define a situação jurídica do estrangeiro no Brasil, cria o Conselho Nacional de Imigração e assim dispõe:
Art. 4º Ao estrangeiro que pretenda entrar no território nacional poderá ser concedido visto:
I - de trânsito;
II - de turista;
III - temporário;
IV - permanente;
V - de cortesia;
VI - oficial; e
VII - diplomático.
Parágrafo único. O visto é individual e sua concessão poderá estender-se a dependentes legais, observado o disposto no artigo 7º.
No tocante ao visto de transito, este é válido para uma só entrada, cuja a estada não possa ultrapassar 10 dias. É improrrogável.
O visto de turista é para aquele que vem para o Brasil, em caráter recreativo ou de visita, assim considerado aquele que não tenha finalidade imigratória, nem intuito de exercitar atividade remuneratória, podendo ser concedido visto a estes.
Quanto ao visto temporário, é concedido aquele que não é turista, mas, também, não vem com intuito de estabelecer-se definitivamente no país, mas, que venha por um período longo, determinado e com objetivo específico.
O visto permanente, trata de quando o estrangeiro pretender fixar-se definitivamente no Brasil e assim poderá ser-lhe concedido o visto permanente, conforme os requisitos da Lei Brasileira.
O visto de cortesia é conferido apenas ao Ministério das Relações Exteriores que possui a competência para definir quando será possível concedê-los, prorrogá-los ou dispensá-los, característica também que ocorre nos casos dos vistos: oficial e o diplomático que são decididos pelo Ministério das relações Exteriores.
3. Explique de que forma (em termos de direito societário) empresas estrangeiras atuam no Brasil. Apresente explicações acerca da atuação enquanto filial de empresa estrangeira, bem como enquanto controlada de empresa estrangeira.
Sociedade estrangeira é toda aquela constituída no exterior, reguladas através dos artigos 1.134 a 1.141 do Código Civil e na Instrução Normativa – IN nº 7 do Departamento de Registro Empresarial e Integração – DREI.
O art. 12 da IN nº 7 do – DREI, assim dispõe:
Art. 12. A sociedade empresária estrangeira não poderá realizar, no Brasil, atividades constantes do seu objeto social vedadas às sociedades estrangeiras e somente poderá exercer as que dependam da aprovação prévia de órgão governamental, sob as condições autorizadas.
Assim como também é vedada em atividades para qual se exija capital nacional, as empresas de segurança privada (Lei nº 7.102/1983), as de serviço temporário (Lei 6.019/1974), as de assistência médica (art. 199, § 3º da Constituição Federal), dentre outros casos a serem previstos em lei.
Destaca-se que a sociedade estrangeira pode se nacionalizar e transferir sua sede para o Brasil.

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