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Aula 3 - BIOSSEGURANÇA

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Cotec: Aguinaldo de Campos Netto
Curso: Análises Clínicas 
Componente: Introdução as Técnicas Laboratório
Professora: Kátia Cristina 
 Biossegurança: ciência voltada para a prevenção, controle, minimização e eliminação de riscos na prática de diferentes tecnologias, seja em instituições de saúde ou aplicadas ao meio ambiente. 
Objetivo: é criar um ambiente de trabalho onde se promova a contenção do risco de exposição a agentes potencialmente nocivos ao trabalhador, pacientes e meio ambiente, de modo que este risco seja minimizado ou eliminado.
BIOSSEGURANÇA 
 Os cuidados em laboratório vão desde o material a ser analisado, até os equipamentos, manuseio, forma de trabalho, uso de EPIs e EPCs, postura e técnica. Isso tudo é muito importante, pois gera um bom resultado, agregando valor ao meio clínico e aos próprios laboratórios de análises clínicas. Nesse sentido, muitos quesitos devem ser observados e muitas regras e protocolos seguidos.
Boas Práticas de Laboratório (BPL) 
Boas Práticas de Laboratório (BPL)
Recomendações de segurança
Para que seja mantido um bom ambiente de trabalho, com redução de riscos, melhora da produtividade e relacionamento e, consequentemente, bons resultados em relação às análises, é necessário seguir um protocolo de cuidados e regras.
Boas Práticas de Laboratório (BPL)
Recomendações de segurança
 Higienização e limpeza do ambiente em laboratório;
Manual de biossegurança disponível no local;
Correta armazenagem e identificação de produtos químicos e tóxicos;
Equipamentos de maior risco ( contêiner, autoclave) devem ser organizados em área restrita;
Boa iluminação;
 Sinalização de emergência em locais estratégicos e visíveis;
Extintores dentro do prazo de validade e em lugares planejados;
Kit de primeiros socorros completo disponível e pessoas treinadas que saibam o utilizar corretamente
Boas Práticas de Laboratório (BPL)
Recomendações de segurança
 Comer, beber e usar cosméticos, devem ser realizadas separadamente e fora da área de trabalho;
Guardar objetos pessoais em armário próprio para armazenamento;
Lavar e higienizar as mãos antes e após os experimentos;
Usar sapato fechado;
Jaleco apenas dentro do ambiente laboratorial;
Conservar as unhas limpas e curtas e cabelos sempre presos;
Não usar anéis, colares, pulseiras, e brincos dentro do laboratório;
 Lentes de contato, devem ser protegidas por óculo de proteção.
Boas Práticas de Laboratório (BPL)
Recomendações de segurança
Não usar celular ao realizar procedimentos laboratoriais;
Ao utilizar luvas, não tocar em objetos de utilização coletiva como telefone, 
corrimões e maçanetas;
Usar EPIs e EPCs sempre ao realizar procedimentos no ambiente laboratorial.
Boas Práticas de Laboratório (BPL)
Recomendações de segurança
Conhecer os riscos biológicos, químicos, radioativos, tóxicos e ergonômicos com os quais se tem contato no laboratório;
Evitar trabalhar sozinho com material infeccioso. Uma segunda pessoa deve estar acessível para auxiliar em caso de acidente;
Limitar o acesso aos laboratórios. Não permitir crianças no laboratório. Esclarecer mulheres grávidas ou indivíduos imunocomprometidos que trabalham ou entram no laboratório quanto aos riscos biológicos;
Boas Práticas de Laboratório (BPL)
Recomendações de segurança
Usar luvas sempre que manusear material biológico. As luvas devem ser usadas em todos os procedimentos que envolverem o contato direto da pele com toxinas, sangue, materiais infecciosos ou animais infectados;
Não descartar luvas em lixeiras de áreas administrativas, banheiros, etc.;
Retirar o jaleco ou avental antes de sair do laboratório. Aventais devem ter seu uso restrito ao laboratório. Não devem ser usados em áreas não laboratoriais tais como áreas administrativas, biblioteca, cantina, etc;
Cabelos compridos devem estar presos durante o trabalho. O uso de jóias ou bijuterias deve ser evitado;
Nunca pipetar com a boca. Usar pêra ou pipetador automático; 
Boas Práticas de Laboratório (BPL)
Recomendações de segurança
Extremo cuidado deve ser tomado quando da manipulação de agulhas para evitar a auto-inoculação e a produção de aerossóis durante o uso e descarte. Nunca tente recapear agulhas. As agulhas ou qualquer outro instrumento perfurante e/ou cortante devem ser desprezados em recipiente resistente, inquebrável, de abertura larga. O uso de seringas e agulhas deve ser restrito à coleta de sangue. Não usar para aspirar fluido de frascos. Pipetas devem estar disponíveis para tal fim; 
Boas Práticas de Laboratório (BPL)
Recomendações de segurança
Nunca usar vidraria quebrada ou trincada. Vidraria quebrada e pipetas descartáveis, após descontaminação, devem ser colocadas em caixa com paredes rígidas rotuladas “vidro quebrado” e descartada adequadamente;
Descontaminar a superfície de trabalho sempre que houver contaminação com material infectante e no final do dia, de acordo com as rotinas estabelecidas no manual de limpeza e desinfecção;
 Todos os procedimentos devem ser realizados cuidadosamente a fim de minimizar a criação de borrifos ou aerossóis;
Usar EPIs e EPCs sempre ao realizar procedimentos no ambiente laboratorial.
Boas Práticas de Laboratório (BPL)
Lavagem correta das mãos
Boas Práticas de Laboratório (BPL)
Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) 
Considera-se EPI todo dispositivo de uso individual, destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador, não sendo adequado o uso coletivo por questões de segurança e higiene. Sua função é prevenir ou limitar o contato entre o operador e o material infectante. A maioria dos EPIs, se usados adequadamente promovem também uma contenção da dispersão de agentes infecciosos no ambiente, facilitando a preservação da limpeza do laboratório. A utilização dos EPIs encontra-se regulamentada pelo MTE através da NR-6, em que estão definidas as obrigações do empregador e do empregado.
Boas Práticas de Laboratório (BPL)
Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) 
LUVAS
 Devem ser usadas em todos os procedimentos com exposição a sangue, hemoderivados e fluidos orgânicos. Luvas apropriadas para manipulação de objetos em temperaturas altas ou baixas devem estar disponíveis nos locais onde tais procedimentos são realizados. Em casos de acidente, luvas grossas de borracha devem ser usadas nos procedimentos de limpeza e na retirada de fragmentos cortantes do chão ou de equipamentos, com auxílio de pá e escova. Luvas de material adequado devem ser utilizadas na manipulação de substâncias químicas perigosas NÃO usar luvas fora da área de trabalho.
Boas Práticas de Laboratório (BPL)
Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e Coletiva (EPCs)
Seu uso deve ser obrigatório e restrito aos laboratórios. Os aventais de tecido devem ser SEMPRE de mangas compridas, comprimento pelo menos até a altura dos joelhos e devem ser usados abotoados. Deve ser dada preferência às fibras naturais (100%algodão) uma vez que as fibras sintéticas se inflamam com facilidade. Quando retirado do laboratório para ser lavado, o avental deverá ser acondicionado em saco plástico. Os aventais descartáveis também devem ter as mangas compridas com punhos e serem fechados dorsalmente.
JALECO OU AVENTAL
Visores ou óculos de proteção e protetor facial (protegem contra salpicos, borrifos, gotas e impacto).
 Máscaras e respiradores (tecido, fibra sintética descartável, filtros para gases, pó, etc., dependendo da necessidade). 
Dispositivos de pipetagem (pêras, pipetadores automáticos, etc).
Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) 
Boas Práticas de Laboratório (BPL)
São instalados no local de trabalho e servem para proteger mais de uma pessoa ao mesmo tempo
 Tem a função de neutralizar ou eliminar a salubridade, e exercer a preservação da saúde e integridade física do trabalhador.
Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs) 
Boas Práticas de Laboratório (BPL)
Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs) 
Boas Práticas de Laboratório (BPL)
CABINE DE SEGURANÇA BIOLÓGICA (CSB) 
As CSB são equipamentos projetados para proteger o operador,
o ambiente laboratorial e o material de trabalho da exposição a aerossóis e salpicos resultantes do manuseio de materiais que contêm agentes infecciosos.
Capela: Utilizada quando se deseja trabalhar com produtos voláteis e com nocividade a saúde. 
Ex.: Ácidos concentrado (H2SO4).
Função: Evitar que os gases liberados se espalhem por todo laboratório
Boas Práticas de Laboratório (BPL)
Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs) 
Lava olhos: 
Função: Deve ser usado houver respingo ou contato de qualquer substância nociva com os olhos. Lavar imediatamente com grande quantidade de água por 15 minutos.
Boas Práticas de Laboratório (BPL)
Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs) 
Chuveiro de Emergência: 
Deve ser usado houver derramamento de produtos químicos no corpo, ou incêndio em um laboratório. Deve estar localizado em local de fácil acesso.
Boas Práticas de Laboratório (BPL)
Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs) 
Extintor de Incêndio: Os extintores são utilizados para acidentes envolvendo fogo. Podem ser de vários tipos, dependendo do material envolvido no incêndio.
Boas Práticas de Laboratório (BPL)
Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs) 
As exposições ocupacionais a materiais biológicos potencialmente contaminados continuam representando um sério risco aos profissionais da área da saúde no seu local de trabalho, e os acidentes envolvendo sangue e outros fluidos orgânicos correspondem às exposições mais frequentemente relatadas. O Laboratório Clínico tem como característica um ambiente de trabalho onde são utilizados materiais clínicos potencialmente infecciosos, incluindo os perfurocortantes, como agulhas, lâminas, pinças, utensílios de vidro, etc, que somam riscos ocupacionais aos já existentes nesse ambiente de trabalho. 
Riscos Ocupacionais
Materiais perfurocortantes
São seringas, agulhas, escalpes, ampolas, vidros de um modo geral ou, qualquer material pontiagudo ou que contenha fios de corte capazes de causar perfurações ou cortes.
Os ferimentos com agulhas e materiais perfurocortantes são considerados, em geral, extremamente perigosos por serem potencialmente capazes de transmitir vários patógenos, sendo os vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), da Hepatite B e da Hepatite C os agentes infecciosos mais comumente envolvidos. Evitar a exposição ocupacional é o principal caminho para prevenir a transmissão dos vírus das Hepatites B e C e o do HIV.
Condutas primárias foram desenvolvidas para reduzir o risco de profissionais de saúde sofrerem acidentes com materiais perfurocortantes:
 cumprimento das normas estabelecidas pelos órgãos competentes, incluindo a utilização de equipamentos de proteção individual (EPI), 
medidas de manuseio e descarte apropriado dos materiais. 
 disponibilizar aos profissionais conhecimento e materiais que ofereçam maior segurança durante seu manuseio e descarte;
 Os profissionais da saúde devem exigir de seus hospitais e clínicas a disponibilização de dispositivos de segurança para agulhas e demais instrumentos perfurocortantes
Materiais Perfurocortantes
Lavar a região de maneira hiperativa com água e sabão. 
 Comunicar o ocorrido ao seu superior imediatamente explicando exatamente como se procedeu o acidente;
Esse superior deverá fazer uma notificação ao Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCHI), que irá estipular quais serão as ações tomadas daquele momento em diante, como exames a serem feitos.
 Por ser considerado um acidente de trabalho, uma comunicação oficial deverá ser encaminhada à Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT).
O profissional acidentado deverá também informar o ocorrido com o paciente-fonte e pedir sua autorização para que sejam feitos exames que mostrem se o mesmo possui doenças transmissíveis pelo sangue. Porém, esse paciente não tem obrigatoriedade em consentir com os testes.
Procedimentos em caso de acidente com materiais perfurocortantes
Procedimentos em caso de acidente com materiais perfurocortantes
Após o acidente, o SCHI (Serviço de Controle de Infecção Hospitalar) deverá recolher amostras de sangue do acidentado para ser realizada sorologia para HIV e Hepatite B e C. O material recolhido deverá ser codificado, preservando assim o sigilo do profissional de saúde;
investigar o histórico de vacinas de Hepatite B do acidentado e, caso o mesma esteja incompleto, será necessário um encaminhamento para que o mesmo possa tomar as restantes;
 Caso os resultados dos exames do paciente-fonte deem negativo, o profissional de saúde poderá deve continuar seguindo sua jornada de trabalho normalmente e continuar o acompanhamento por 6 meses. Caso contrário, ele será considerado um caso de risco e precisará ser encaminhado a um seguimento equivalente ao diagnóstico recebido a partir dos exames.
Esses acidentes causam grandes prejuízos físicos e psicológicos ao acidentado, pois este, caso tenha sido contaminado, deverá realizar uma série de exames e possíveis tratamentos.
Além disso, ele pode ter sua vida profissional e pessoal afetada devido ao estresse gerado, sem contar a mudança de rotina e até mesmo o afastamento de amigos e cônjuges que, muitas vezes, podem abandonar seus parceiros.
Já os hospitais correm o risco de sofrer processos por não terem proporcionado a segurança necessária aos seus funcionários, principalmente aos que são terceirizados.
Materiais perfurocortantes
ATIVIDADE
 Elaborar um procedimento de coleta de sangue ( Como coletar,
 cuidados necessários, postura durante a coleta, EPIs necessários).

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