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6ºAula Temperatura e radiação solar Objetivos de aprendizagem Ao término desta aula, vocês serão capazes de: • compreender os processos de radiação sol e balanço energético; • conhecer os principais equipamentos de medida de radiação; • saber como ocorre os fenômenos El Niño e La Niña. A radiação solar é um fator e um elemento climático, sendo assim, está totalmente ligado com as alterações do tempo e do clima. Os movimentos que o planeta Terra faz, juntamente com a latitude, promovem a mudança de radiação solar nas regiões do planeta. Para o entendimento dos processos climáticos, é de suma importância o estudo do balanço de radiação na atmosfera. Para medidas relacionadas a radiação, podem-se utilizar equipamentos como os actinógrafos, piranômetros e os heliógrafos. Os fenômenos El Niño e La Niña geram mudanças climáticas em várias regiões do globo, assim, conheceremos suas principais características. Bons estudos! 44Climatologia 1 - Radiação Solar 2 - Principais equipamentos de medida de radiação 3 - El Niño e La Niña 1 - Radiação Solar O planeta Terra depende da radiação solar para sua existência, pois a energia que ele nos fornece possibilita processos físicos, como o aquecimento e a evaporação, processos biofísicos como a transpiração, e biológicos, como a fotossíntese. Seções de estudo Em âmbito climático, a radiação solar é classifi cada como um fator e um elemento do clima, um condicionante essencial para mudanças, tanto no clima como no tempo. O Sol é a fonte primária de energia que garante a existência da vida na Terra. A fonte da energia solar são as reações de fusão nuclear entre núcleos de hidrogênio, resultando em núcleos de hélio mais certa quantidade da energia. Essa energia é irradiada pelo Sol na forma de radiação eletromagnética, com uma distribuição de energia que cobre praticamente todas as regiões do espectro eletromagnético, mas que tem o seu máximo de intensidade na região que vai do ultravioleta ao infravermelho, com o pico no visível. A fi gura abaixo é uma simplifi cação. A curva de distribuição da energia solar é muito mais rugosa, com fl utuações pronunciadas ao longo de toda a faixa de valores de comprimentos de onda. A curva mostrada é uma curva média, usada aqui para ilustrar o conceito de distribuição de energia. Radiação Solar. Disponível em: http://sisne.org/Disciplinas/Grad/Fisica2FisMed/aula22.pdf. Acesso em: 25 de setembro de 2019. 45 A energia do sol se espalha igualmente entre as quatro direções, gerando calor para todos corpos que os cercam. O que altera o calor recebido é à distância e a posição que o local está do sol. Assim, o ângulo de recepção da irradiância determina qual a incidência do local. Podemos chamar de zênite o ponto demarcado em uma superfície horizontal de um determinado local. É feito uma linha imaginária perpendicular a esse plano. Também se pode defi nir o zênite como sendo a linha imaginária de cima do observador, ou ponto de referência até o espaço. Figura 1. Zênite. Disponível em: http://fi sica-maniacos.blogspot.com/ 2011/05/zenite.html. Acesso em: 25 de setembro de 2019. O ângulo formado entre o zênite e os raios solares é chamado de Ângulo Zenital (Z). Quanto menor for o Z, maior será a irradiância solar. Observe a fi gura 2, onde o zênite é defi nido pela linha vermelha, sendo a imagem retratada às 12 horas em Equinócio. Na imagem 1 é formado um ângulo zenital de 0o, devido ao sol estar acima do ponto de referência, podendo concluir que esse local é na linha do equador. Na imagem 2, o ângulo zenital formado é de 45°, recebendo media irradiação, localizado dos trópicos. A imagem 3 apresenta uma região polar, na qual o sol se apresenta a 30°, deixando o dia com poucas horas de sol. Figura 2. Ângulo Zenital. Disponível em: https://slideplayer.com.br/slide /365962/. Acesso em: 25 de setembro de 2019. A rotação e translação são movimentos do planeta Terra que geram as modifi cações de recepção de irradiância solar nos dias, meses e anos. O movimento de rotação consiste na volta do planeta no seu próprio eixo. O movimento de rotação permite que a maioria dos locais do planeta tenha dias claros e noites escuras. Além da luminosidade, a presença das radiações solares permite alterações climáticas na temperatura e na umidade do ar. Para o observador, o movimento de rotação da Terra é visto de acordo com o posicionamento do Sol no céu, tendo a impressão que o mesmo se movimenta sentido leste-oeste, assim, todos os dias vemos o nascer e o pôr do sol. A translação é o movimento do planeta em torno do sol em forma elíptica, ou seja, a luz solar chega a nosso planeta com intensidade diferente, devido às alternâncias de distâncias. A translação completa demora 365 dias e 6 horas, defi nindo um ano. Além de defi nir a passagem dos anos, a translação defi ne as quatros estações: verão, inverno, outono e primavera. Segundo Almeida (2016), o plano da eclíptica é obtido traçando-se linhas imaginárias ligando o centro da Terra aos paralelos de 23º27’(Trópicos de Câncer e Capricórnio). O ângulo de 23o 27’ (23,45º) formado com o plano do Equador é denominado de declinação solar, sendo ela variável com o tempo e associada ao movimento de translação. A declinação solar durante o movimento de translação descreve o posicionamento do mesmo no plano da elíptica, promovendo dois momentos: efemérides e solstícios. Figura 3. Solstícios e Equinócios. Disponível em: https://www.santo-tirso.tv/artigo/1/3756/e-com-a-primavera- veio-tambem-o-equinocio-sabe-o-que-e/. Acesso em: 25 de setembro de 2019. O solstício é caracterizado pela inclinação do eixo da Terra em 23o 27´. Essa inclinação é gerada tanto para o hemisfério norte quanto para o sul, correspondendo aos trópicos de Câncer e Capricórnio. Enquanto um hemisfério está passando pelo solstício de verão, o outro está no solstício de inverno. O solstício de inverno para o hemisfério sul ocorre em 21 de Junho, tendo um fotoperíodo com menos de 12 horas por dia. Então, durante o inverno recebemos menos luz solar. O contrário ocorre no solstício de verão, que é iniciado em 21 ou 22 de dezembro e tem dias mais longos que as noites, possuindo mais de 12 horas de fotoperíodo. Na linha do equador o fotoperíodo se mantém em 12 horas, tanto no inverno quanto no verão. Figura 4. Solstício de verão no hemisfério Sul e Norte. Disponível em: https://pt.khanacademy.org/science/7-ano/vida-e-evolucao-7- ano/biodiversidade-ecossistemas/a/climate-article. Acesso em: 25 de setembro de 2019. 46Climatologia Os Equinócios ocorrem entre 22 e 23 de setembro (primavera no hemisfério Sul e outono no hemisfério Norte), e 21 de março (outono no hemisfério Sul e primavera no hemisfério Norte). No equinócio a inclinação do eixo da Terra é de 0 o, tornando assim os dias e noites com a mesma duração em todas as latitudes. Figura 5. Declinação Solar nos Solstícios e Equinócios. Fonte: Almeida (2016). Além dos equinócios e solstícios, um fator limitante para defi nir o fotoperíodo de um local é a latitude. O sol está acima da linha do equador, assim vimos que, impendente da estação, essa região vai possuir 12 horas de dia e 12 horas de noite. As regiões com latitudes diferentes de zero vão sofrer alterações de acordo com os solstícios e equinócios, e também pela latitude do local. Tabela 1. Fotoperíodo e latitude. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfi le.php/4250294/mod_resource/ content/1/Radiacao_solar_estacoes_do_ano.pdf. Acesso em: 25 de setembro de 2019. Portanto, quanto mais distante da linha do Equador maior será a alteração estacional da irradiância. Os dados de fotoperíodo para cada décimo quinto dia de cada mês do ano, de acordo com a latitude do planeta, estão demonstrados na Tabela 1. Figura 6. Solstício de verão no hemisfério Sul e Norte. Disponível em: http://www.eletricistaconsciente.com.br/pontue/fasciculos/1- introducao-e-conceitos-basicos-de-energia-fotovoltaica/conceitos-basicos-de-energia-solar/. Acesso em: 25 de setembro de 2019. O balanço de radiação é a entrada e saída de raios solares da atmosfera. Para que tal ação ocorra, depende de alguns fatores, como a atmosfera, as nuvens e a superfície. O balanço energético da radiação solar ocorre de acordo com a Figura 6. Quando a radiação solar entra na atmosfera, uma parte é absorvida pela superfície e outra parte é refl etida para o espaço. A absorção da radiação pode ocorrer pela vegetação, que protege a superfície terrestre. Na atmosfera existem partículas de aerossóis e gases, assim, a radiação se incide de modo direto, e pode sofrer alteração da direção. A mudança de sentido da radiação gerada por pequenas partículas atmosféricas é chamada de difusão. Quando a difusão ocorre por partículas pequenas, como os aerossóis, a predominância do comprimento da onda é mais curto, entre o azul e o violeta. E quando a difusão ocorre por partículas maiores, como as de poeira, a predominância do comprimento de ondas é maior, entre o vermelho e o alaranjado. Na atmosfera, as nuvens são os principais refl etores da radiação solar, podendo refl etir até 80% da radiação. Esse fator é alterado de acordo com a espessura das nuvens. A capacidade média de refl exão da superfície da Terra é de 30%. O vapor d’água, o oxigênio e o ozônio são os principais componentes da atmosfera que absorvem radiação na faixa do infravermelho, totalizando cerca de 19% da absorção. Aproximadamente 51% da radiação é absorvida pela superfície da Terra, sendo que a maior parte é irradiada para fora da troposfera, na faixa do infravermelho. Referentes aos raios irradiados, os principais gases de absorção são o dióxido de carbono e o vapor d’água, que promovem o aquecimento do planeta através do efeito estufa. Por que o Céu é azul? A resposta para essa pergunta pode ser dada a partir de um fenômeno físico que ocorre na atmosfera denominado de espalhamento 47 de Rayleigh. Como se sabe, a radiação solar que aquece a Terra é uma luz extremamente brilhosa e branca, mas composta por várias outras tonalidades de cor, cada qual com um comprimento de onda específi co. O que ocorre é que, quando a luz penetra na atmosfera, ela atinge os átomos de nitrogênio e oxigênio, bem como as outras partículas que compõem a atmosfera, dando origem ao fenômeno do espalhamento. Como sabemos, a luz é uma onda que possui vários comprimentos. Segundo o fenômeno físico do espalhamento, a luz solar é espalhada em várias direções e com várias tonalidades de cor, cada uma com um comprimento de onda específi co. No entanto, a onda que possui o comprimento da cor azul é bem mais defi nida e efi ciente do que as outras. É por esse motivo que vemos o Sol como um disco brilhante e o restante do céu todo azul, justamente em razão do efeito que a luz provoca sobre os átomos que compõem o ar. Esse fato também ocorre pela tarde, quando passamos a ver o céu com um leve toque de vermelho ou laranja, que se deve ao fato de a luz percorrer um caminho maior para chegar até nossos olhos. Cor do Céu. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/ fi sica/por-que-ceu-azul.htm. Acesso em: 25 de setembro de 2019. 2 - Principais equipamentos de medida de radiação • Actinógrafo: o equipamento é destinado a medidas de radiação solar, e funciona na precisão de 15 a 20%. O seu funcionamento se dá a partir de placas bi metálicas que absorvem a radiação. Os sensores são conectados em uma pena que dilata proporcionalmente com a irradiância. • Piranômetros: o equipamento mede a radiação solar e funciona a partir de termopilhas, uma preta e uma branca, que recebem a radiação, e através desse processo é medida a diferença de temperaturas. Existem também os sensores de fotodiodos de silício, que coletam medidas de solarimetria, obtendo a irradiância solar através de correntes elétricas geradas pela absorção de energia. • Heliógrafo: o heliógrafo não faz medida de energia. O equipamento é destinado a medidas de insolação, ou seja, de horas de radiação solar que chegou a superfície, ou seja, o período que a luz não foi oculta por nuvens. O equipamento funciona através de uma esfera de cristal que contém uma fi ta de papelão. A fi ta é queimada no momento que ocorre radiação direta (sem interferência de nuvens). 3 - El Niño e La Niña O El Niño é um fenômeno gerado pelo aquecimento anormal do Oceano Equatorial, que provoca mudanças na circulação das massas de ar. O El Niño pode gerar alterações nas condições meteorológicas de determinados locais, podendo ocorrer secas e enchentes. As águas do Oceano Equatorial Oeste, costa da Indonésia, são mais quentes que as águas do lado Leste, costa da América do Sul, que possui um oceano um mais frio. A circulação do ar que sobre do pacífi co equatorial central desce em direção leste-oeste, na célula de circulação de Walker. Devido as águas do Oeste serem mais quentes, ocorre grande evaporação. Os ventos alísios junto à costa Leste favorecem o afl oramento de águas mais frias e profundas, fenômeno chamado de ressurgência. Em anos de El Niño, os ventos alísios enfraquecem, com isso todo oceano pacífi co equatorial aquece, gerando evaporação e formando nuvens. Devido a formação de nuvens, a célula de Walker se parte, gerando duas células. Esse fenômeno gera águas quentes em toda extensão do Oceano Equatorial. O deslocamento das células também é alterado, ocorrendo o fl uxo oeste-leste de uma das células, e a outra se mantém no sentido leste-oeste, formando dois ramos descendentes. Figura 7. El NINO. Disponível em: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografi a/infl uencia-el- nino-no-brasil.htm. Acesso em: 25 de setembro de 2019. Infl uência do El Niño no Brasil: Região Norte – redução das chuvas nas porções leste e norte da Floresta Amazônica, caracterizando algumas estiagens cíclicas para a região da fl oresta e aumento de problemas com as queimadas. Região Centro-Oeste – aumento das chuvas durante o verão e elevação intensiva das temperaturas na segunda metade do ano, quando já faz muito calor. Região Nordeste – secas severas nas áreas centrais e norte da região Nordeste, afetando, principalmente, a região conhecida como Polígono das Secas, que passa a viver crises dramáticas relativas à escassez hídrica. Sudeste – Aumento das temperaturas durante o inverno e intensifi cação do regime de chuvas. Sul – Manifestação de chuvas torrenciais, muito acima das médias históricas para a região, além da intensifi cação das temperaturas. EL NIÑO. Disponível em https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografi a/ infl uencia-el-nino-no-brasil.htm. Acesso em: 25 de setembro de 2019. O La Niña é um fenômeno que ocorre o oposto do EL 48Climatologia Niño, gerando assim o resfriamento das águas do oceano pacífi co Equatorial. Devido à evaporação e os movimentos ascendentes que geram nuvens de precipitação, a célula de Walker fi ca mais alongada que o normal, ocasionado pela intensifi cação dos ventos alísios. As águas mais quentes fi cam mais represadas no lado Oeste do oceano pacífi co Equatorial. Esse fenômeno gera chuvas nessa região e também ao nordeste do oceano Índico, enquanto no pacífi co Central e Leste ocorre a inibição de chuvas. Outro fenômeno recorrente do La Niña é a intensifi cação da ressurgência do oceano Equatorial leste. Infl uência da La Niña no Brasil Região Norte: Aumentos na intensidade da estação chuvosa na Amazônia, ocasionando cheias expressivas de alguns rios da região. Região Nordeste: Chuvas acima da média na região, justifi cando enchentes no litoral nordestino. Região Centro-Oeste: Não há efeitos pronunciados nas chuvas e na temperatura nessa região, mas há tendências de estiagem. Região Sudeste: Não há padrão característico de mudança das chuvas e nem na temperatura. Região Sul: Estiagem em toda região, principalmente no inverno. LA NINA. Disponível em https://agrosmart.com.br/blog /el-nino-e-la-nina-entenda-os-fenomenos-e-impactos-no-brasil/. Acesso em: 25 de setembro de 2019. Os fenômenos La Niña e El Niño ocorrem de forma irregular, entre dois e sete anos, sendo que cada episódio pode se prolongar por meses. Segue na Tabela 2 os episódios dos fenômenos naturais La Niña e El Niño. Tabela 2. Anos de ocorrência dos fenômenos El Nino e La Nina. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S1415-43662013000800013. Acesso em: 25 de setembro de 2019. Figura 8. El NINO e LA NINA. Disponível em: https://www.smhi.se/en/theme/el-ni-o-and-la-ni-a-1.13054. Acesso em: 25 de setembro de 2019. 49 Disponível em: http://sigep.cprm.gov.br/glossario/ textos/Cicloestratigrafia_e_Milankovith.pdf. Acesso em: 25 de setembro de 2019. Disponível em: https://www.ige.unicamp.br/ terraedidatica/v13_3/PDF13_3/td13-3-171-1.pdf. Acesso em: 25 de setembro de 2019. Vale a pena ler MONITORAMENTO DO EL NIÑO DURANTE DJF-2019 – INPE. Disponível em: http://enos.cptec.inpe. br/. Acesso em: 25 de setembro de 2019. Vale a pena acessar Balanço de Radiação. Disponível em: https://www. youtube.com/watch?v=clgqmbsFnZM. Acesso em: 25 de setembro de 2019. EL niño e La niña. Disponível em: https://www. youtube.com/watch?v=oF4naKtTo6o. Acesso em: 25 de setembro de 2019. Vale a pena assistir Vale a pena Defi nição segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais: El Niño é um fenômeno atmosférico-oceânico caracterizado por um aquecimento anormal das águas superfi ciais no oceano Pacífi co Tropical, e que pode afetar o clima regional e global, mudando os padrões de vento a nível mundial, e afetando assim, os regimes de chuva em regiões tropicais e de latitudes médias. La Niña representa um fenômeno oceânico-atmosférico com características opostas ao EL Niño, e que se caracteriza por um esfriamento anormal nas águas superfi ciais do Oceano Pacífi co Tropical. Alguns dos impactos de La Niña tendem a ser opostos aos de El Niño, mas nem sempre uma região afetada pelo El Niño apresenta impactos signifi cativos no tempo e clima devido à La Niña. EL NIÑO E LA NIÑA. Disponível em: http://enos. cptec.inpe.br/ Acesso em: 25 de setembro de 2019. Retomando a aula Ao fi nal desta sexta aula, vamos recordar sobre o que aprendemos até aqui. 1 - Radiação Solar O planeta Terra depende da radiação solar para sua existência, pois a energia que ele nos fornece possibilita processos físicos, como o aquecimento e a evaporação, processos biofísicos como a transpiração, e biológicos, como a fotossíntese. O planeta gira em torno do sol no movimento de translação que, promovendo dois momentos, efemérides e solstícios, defi ne as estações do ano. Além dos equinócios e solstícios, um fator limitante para defi nir o fotoperíodo de um local é a latitude. A entrada e saída de radiação solar são promovidas através do balanço de radiação. 2 - Principais equipamentos de medida de radiação • Actinógrafo; • Piranômetros; • Heliógrafo. 3 - El Nino e La Nina El Niño é um fenômeno atmosférico-oceânico caracterizado por um aquecimento anormal das águas superfi ciais no oceano Pacífi co Tropical, e que pode afetar o clima regional e global, mudando os padrões de vento a nível mundial e, assim, afetando os regimes de chuva em regiões tropicais e de latitudes médias. La Niña representa um fenômeno oceânico-atmosférico com características opostas ao EL Niño, e que se caracteriza por um esfriamento anormal nas águas superfi ciais do Oceano Pacífi co Tropical. Alguns dos impactos de La Niña tendem a ser opostos aos de El Niño, mas nem sempre uma região afetada pelo El Niño apresenta impactos signifi cativos no tempo e clima devido à La Niña. Minhas anotações
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