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03 - TED - 05 11 2020 - RESUMO 4 EMPREENDEDORES

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FACULDADE TERRA NORDESTE - FATENE 
CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
DICIPLINA: EMPREENDEDORISMO 
PROFESSORA: VERA LUCIA DE AMORIM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
03 - TED - 05.11.2020 
Resumo Bibliográfico quatro Empreendedores de Sucesso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
WAGNER LIMA DO NASCIMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAUCAIA – CE 
2020.2 
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1. Resumo Bibliográfico quatro Empreendedores de Sucesso 
Abilio Diniz 
Abilio Diniz é um ícone do empreendedorismo brasileiro. Aos 83 anos, ele é um dos 
empresários mais bem sucedidos do País e também um dos mais ricos. Com esse perfil e 
por circular há muitos anos no centro do poder, suas disputas se tornaram famosas. Além 
de ser bom de briga, sempre se mostrou ser muito bom de negócios. 
Hoje, ele tem participações em empresas como Carrefour e BRF, onde também é 
conselheiro, e comanda a Península, gestora que ele criou em 2006 para administrar seu 
patrimônio bilionário. 
Como Abilio começou: A história do Grupo Pão de Açúcar, e do empresário Abilio Diniz 
começa com uma pequena doceria fundada em 1948 por seu pai, Valentim dos Santos 
Diniz, na Avenida Brigadeiro Luiz Antônio, em São Paulo. Abilio, na época, tinha 12 
anos. No fim dos anos 60, a rede já tinha 60 unidades em 17 cidades, com Abilio à frente 
das principais decisões. 
Abertura de capital: Enquanto Abilio ficou afastado da empresa, seus irmãos tocaram o 
Pão de Açúcar e tomaram decisões que se mostraram equivocadas. Foi seguindo o lema 
“corte, concentre e simplifique” que Abilio Diniz colocou seu trabalho de gestor à prova e, 
em 1994, ao se tornar sócio majoritário do Grupo Pão de Açúcar, começou um esforço para 
colocar o negócio nos trilhos de novo. Com o dinheiro, Abilio comprou uma série de 
supermercados menores. Quatro anos depois do IPO, o dono do Pão de Açúcar precisava de 
mais dinheiro para manter o crescimento. 
Em troca, no entanto, eles queriam assumir o controle total da companhia em 2012, quando 
Abilio já estaria com 75 anos. Quem imaginava que, dali para frente, Abilio se 
encaminharia para a aposentadoria, se enganou. 
O adeus ao Grupo Pão de Açúcar: Abilio Diniz não queria entregar o controle aos 
franceses do Casino. Abilio gastou cerca de US$ 500 milhões com advogados e assessores 
na briga com os sócios franceses, para se manter no controle da empresa fundada por seu 
pai. Só desistiu em setembro de 2013, quando deixou definitivamente o Pão de Açúcar. 
Antes dessas disputas, Abilio já havia se envolvido em uma complicada briga com seus 
irmãos. 
A divisão acionária do Pão de Açúcar, nos anos 80, gerou divergências com os irmãos 
Alcides e Arnaldo, que tinham somente 8% cada um das ações da companhia – metade do 
que Abílio possuía. A mãe de Abilio moveu uma ação contra o marido e o primogênito. A 
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resolução chegou em 1993, com Abílio Diniz assumindo 51,5% da empresa – 36,5% 
ficaram com seus pais, 12% com a irmã Lucília Diniz. 
Um atleta apaixonado: São-paulino de carteirinha, Abílio Diniz sempre foi apaixonado 
por esportes. O bilionário praticou – e colecionou troféus – em várias modalidades, como 
futebol, automobilismo, polo e motonáutica. Um dos filhos de Abílio Diniz, Pedro Paulo, 
chegou a tentar a sorte nas pistas de Fórmula 1 como piloto, entre os anos de 1995 e 2000, 
mas não alcançou nenhum feito importante nos 98 GPs disputados por Sauber, Ligier, Forti 
Course ou Arrows enquanto esteve no circuito. 
 
Alexandre Costa 
Alexandre Costa é fundador e CEO da Cacau Show, a maior rede de chocolates finos do 
mundo. Fundada quando ele tinha apenas 17 anos de idade, a marca fatura bilhões e possui 
milhares de lojas espalhadas pelo país. Mas o que será que fez o empreendedor garantir 
todo esse sucesso? 
Quem é Alexandre Costa? 
Alexandre Costa, ou Alexandre Tadeu da Costa (seu nome completo), nasceu em São Paulo 
em 1971. Seu pai era tecelão e sua mãe vendedora domiciliar. A trajetória do empresário 
começou ainda na infância, quando acompanhava a mãe nas vendas e participava de todas 
as suas estratégias de negócios. Sim, ela tinha muitas. 
Competente e habilidosa nas vendas, a moça ampliou sua atuação e passou a atender novos 
segmentos, incluindo o mercado de chocolates. Só que a demanda era tão grande, que o 
fabricante do doce não dava conta de cumprir as suas solicitações. 
Foi quando ela finalizou as atividades em 1985. 
Em 1988, Alexandre, com 17 anos, quis retomar aquela ideia, mas por conta própria. 
E o sucesso começou quando ele recebeu, na Páscoa, uma encomenda de 2000 ovos de 50 
gramas. Porém, a fábrica parceira não conseguiu produzir os produtos. 
Mas o empresário não desistiu! 
Pegou 500 dólares emprestados com o tio, comprou matéria prima e junto com a cozinheira 
Dona Cleusa conseguiu entregar a encomenda depois de três dias de trabalho intenso. Isso o 
inspirou a seguir no ramo, até porque, identificou um mercado carente por esse tipo de 
produto. Em um primeiro momento a Cacau Show apenas revendia para comércios, mas 
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Alexandre já estava vivenciando o processo de vendas e tinha um cuidado especial com os 
produtos e uma relação diferenciada com os clientes. 
Em 1996 o moço então passou um período na Bélgica e fez diversos cursos voltados a 
chocolate para aprimorar as suas habilidades com o item. 
Em 2001 abriu finalmente a sua primeira loja, localizada em Piracicaba, interior de São 
Paulo. Um ano depois a Cacau Show já tinha 18 pontos franqueados, garantindo um 
crescimento acelerado da rede, ao ponto de se tornar a maior empresa do ramo no Brasil. 
Em 2008 ela ainda conquistou o posto de maior rede de chocolates finos do mundo e dois 
anos depois atingiu a marca de 1000 lojas espalhadas pelo país. Tudo isso graças ao 
entendimento que Alexandre tinha do mercado e também à sua estratégia de padronização 
dos pontos físicos. Daí para frente não só a marca, como também o empresário 
conquistaram uma série de prêmios de relevância no mundo do empreendedorismo. 
Alexandre ainda fundou o Instituto Cacau Show voltado à promoção social da população de 
Itapevi, região em que fica localizado junto com a principal fábrica da empresa. Mas o que 
chama a atenção mesmo é o seu posicionamento com relação aos valores da empresa, que 
para ele devem ser baseados na satisfação do cliente. É por isso que a marca possui uma 
enorme gama de produtos, o que garante o atendimento aos mais diversos gostos. 
 
Quais as estratégias utilizadas por Alexandre Costa para conquistar o sucesso com a 
Cacau Show? 
O dono da Cacau Show usou algumas estratégias bastante simples para atingir esse 
excelente resultado: 
1 – Se inspirou em uma pessoa de sucesso 
A pessoa de sucesso para Alexandre Costa era a sua mãe, que tinha uma habilidade 
diferenciada para os negócios. Nós também temos que nos inspirar em pessoas assim para 
tirar algumas “sacadas” para a nossa empresa. 
E isso não significa fazer igual, mas sim apostar em competências de outros 
empreendedores para a nossa evolução. 
Alexandre pegou o que a sua mãe tinha de melhor e se inspirou nisso para criar o seu 
negócio e fazer com que ele alavancasse. 
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2 – Usou a estratégia mais assertiva 
Alexandre Costa identificou um mercado carente e apostou no foco e cuidado com o 
cliente, ótimo produto, lojas padronizadas e itens que atendessem a diversos públicos para 
obter sucesso. Sim, se inserir em mercados carentes é uma ótima alternativa, 
principalmente se souber resolver as dores do público. Mas é claro que você precisa ter um 
produto ou serviço que realmente faça a diferença na vida das pessoas. 
 
3 – Não desistiu 
Nada, nada mesmo fez o empresário desistir, desde o começo da sua trajetória. E com o 
negócio certo em mãos e atuando de forma assertiva, o sucesso era só uma questão de 
tempo. A dica, portanto, é: se não der certo de primeira, tente outra estratégia de atuação. 
Somos todos humanos e cometemos erros, então aprenda rápido com eles eretome as suas 
tentativas. Mas se você tem certeza dos benefícios do seu produto ou serviço, jamais 
desista! Alexandre Costa é certamente um dos empresários mais inspiradores do Brasil. 
Inteligente e persistente, ele levou a Cacau Show simplesmente ao patamar da maior rede 
de chocolates finos do mundo. 
 
Edivan Costa 
Ele nasceu em uma família de sete filhos. O pai era metalúrgico, a mãe era doméstica e, 
talvez exatamente por isso, os dois foram sua principal referência para qualquer situação de 
vida ou carreira. “Eles foram meu exemplo de luta, de trajetória, de trabalho duro”, diz 
Edivan Costa, o mineiro que está à frente da Sedi, empresa que presta serviços de 
regularização e legalização para outras companhias há vinte anos em todo o Brasil. Tem, 
entre seus clientes, o grupo Carrefour e as locadoras Unidas, e está em onze escritórios pelo 
Brasil. Edivan começou sua trajetória de “empreendedorismo” aos 7 anos, catando papel na 
rua para comprar seu material escolar. Foi aí que aceitou um trabalho como office boy em 
um escritório de advocacia em que ele não ganhava nada, mas tinha uma parte na 
sociedade. 
E, a partir daí, foi trabalho duro e uma pequena dose de sorte para que o menino que 
cresceu numa comunidade passasse a circular nas salas da diretoria dos grandes grupos de 
varejo do país. “Tem hora que eu penso em desistir, que está dando tudo errado, e eu vejo 
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de onde vim, em tudo o que trilhei. Aqui, Edivan nos conta um pouco mais desse caminho 
inspirador. Não tem como passar por cima. 
Até porque pra você não se perder no seu destino, melhor olhar para sua origem. É 
fundamental que você tenha uma referência – e eu sempre tive a família. Aí você consegue 
extrair um pouco mais de força nas horas em que tudo está dando errado. Foi muito por 
meu pai e por minha mãe, eu queria vê-los bem, dar uma vida com mais conforto a eles, 
que eu me esforcei pra sair daquele lugar. 
Você começou a empreender muito cedo. Com 20 anos eu já comecei a empreender. Muito 
mais por necessidade do que por oportunidade. Foi assim que, em 30 dias, eu tirei 60 
alvarás que estava emperrados havia uns 4 anos. 
Esse foi meu primeiro trabalho para os supermercados Mineirão, meu primeiro cliente 
grande. Eu vi que tudo era possível e isso me deu força pra continuar crescendo. Você fala 
bastante em Deus, em espiritualidade. Eu levo para o trabalho porque é exatamente isso o 
que não me deixa ter algum tipo de atitude da qual eu me arrependa mais tarde. 
Meus pais estavam preocupados com a sobrevivência, não puderam me guiar por esse lado 
da psicologia que hoje se fala, de você se conhecer e tal. Mas isso é muito importante, é 
fundamental para um empreendedor. Você sabe quem você é e se respeita, sabe onde 
consegue chegar. 
 
E quem você é? 
Eu me defino como um cara simples, que tem um único sonho de ajudar a gerar emprego 
para que as pessoas que estão comigo também possam realizar seus sonhos. 
Você começou a empreender muito cedo. Como foi essas escolha? 
Com 20 anos eu já comecei a empreender. Muito mais por necessidade do que por 
oportunidade. Eu nem sabia o que eu tava fazendo direito, só fui fazendo. Eu não sei se eu 
aprendi rápido… Talvez fosse o medo de dar errado e ter que voltar pro lugar onde não 
gostaria de estar novamente, de necessidade. Já tive dó de mim… Mas me aprumei e 
consegui. Foi assim que, em 30 dias, eu tirei 60 alvarás que estava emperrados havia uns 4 
anos. Esse foi meu primeiro trabalho para os supermercados Mineirão, meu primeiro cliente 
grande. Conseguir aquilo foi magnífico. Eu vi que tudo era possível e isso me deu força pra 
continuar crescendo. A partir daí a coisa deslanchou. 
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Onde você quer chegar como empresário? 
Meu sonho é que a gente consiga ajudar muito a melhorar o ambiente de negócios nesse 
país. Claro que o Brasil está muito melhor do que há 15 anos, mas falta muito. 
 
E como você vê essa mudança? 
Aqui, possivelmente temos muito mais regras que nenhum filho segue. E tudo bem! Se 
nossos filhos não conseguem seguir as regras que impomos dentro de casa, porque 
seguiriam a lei ou outras que estão lá fora? É como as pessoas agem no dia a dia, não só o 
governo. Hoje há uma preocupação maior com aquilo que não é certo. Hoje essa postura 
está mudando. 
 
O que é empreender no Brasil? 
Hoje, é muito mais um desafio planejado. Se você tem uma ideia e você está disposto a 
perder no mínimo 7 anos, ou 15 ou 20 anos da sua vida para fazer essa ideia acontecer, 
mete o pau, vai pra cima. Mas se você não está a fim de largar a balada, se você não está a 
fim de largar o domingo na praia, se você não está a fim de fazer escolhas difíceis, não vai 
não porque empreender é difícil. 
 
Jeff Bezos 
Homem que desbancou Warren Buffett e Bill Gates e se tornou a pessoa mais rica do 
mundo é o CEO por trás de mais de 50% das compras online nos EUA: Jeff Bezos. 
Formado em engenharia elétrica e ciências da computação, ele deixou um promissor 
emprego em uma das principais gestoras de Wall Street para apostar no futuro da internet. 
empresa começou apenas como uma livraria online, mas seu crescimento surpreendente 
possibilitou que o plano inicial de ser uma grande empresa de tecnologia se tornasse viável. 
Posteriormente, expandiu seus negócios para computação na nuvem, leitor de livros digital, 
streaming de jogos e vídeos online. 
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Com uma fortuna de mais de US$ 100 bilhões, Bezos hoje também investe em outros 
projetos, como a empresa de exploração espacial chamada Blue Origin e o jornal 
Washington Post. 
Jeff Bezos considera Mike seu único pai, mas afirmou a revista Wired em 1999 que a 
“única vez que se lembra sobre isso, de verdade, é quando um médico pede que ele 
preencha um formulário”. 
O futuro todo-poderoso da Amazon teve sua infância dividida entre a vida na cidade e a 
casa de campo de seus avós maternos, em Cotulla, também no Texas. 
O lugar foi tão marcante para ele, que anos depois, mais velho – e muito mais rico -, ele 
decidiu comprar terrenos adjacentes e expandir a fazenda dos 100 km² para mais de 1.200 
km². 
Após mais uma mudança, o final da adolescência de Bezos foi em Miami, na Flórida, onde 
trabalhou no McDonald’s e frequentou um programa de ciências da Universidade da 
Flórida para estudantes do ensino médio. 
Orador na formatura do colégio, Bezos disse que “gostaria de retirar todas as pessoas da 
Terra e transformá-la em um grande parque nacional”. 
Suas boas notas e bom comportamento abrem portas ao ser convidado a participar de duas 
fraternidades que exigem excelência acadêmica – Phi Beta Kappa e Tau Beta Pi. 
Sua liderança lhe garante a presidência do diretório de Princeton de grupo de exploração e 
desenvolvimento espacial e ele se forma em 1986 com uma das maiores notas da sua turma. 
Com seu currículo, diversas empresas oferecem empregos para o engenheiro recém-
formado, mas Jeff rejeita propostas, como a da Intel, e resolve trabalhar na Fitel, uma 
startup de telecomunicações, focada no comércio internacional. 
Ele sobe na empresa até se tornar diretor de atendimento ao cliente, mas decide migrar para 
o setor financeiro de Wall Street, na posição de gerente de produto no Bankers Trust, onde 
fica entre 1988 e 1990. 
Podia dar errado, mas, segundo o próprio Bezos, a ideia era se “arrepender o mínimo 
possível”, pois quando velho não se incomodaria de ter deixado Wall Street, mas não se 
perdoaria de perder o boom do começo da internet. 
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O método foi considerado o ideal para começar, já que livros são fáceis de vender, possuem 
preço unitário baixo e são de difícil e cara estocagem. 
Com esses argumentos, ele convenceu seus pais a investir cerca de US$ 245 mil na sua 
ideia e atraiu mais US$ 750 mil de outros investidores. 
A segunda opção, Relentless (Implacável, em português), foi criticada por amigos e 
abandonada por Bezos – curiosamente, o domínio “relentless.com”ainda pertence a Bezos 
e redireciona para o site da Amazon. 
Ele acreditava que o online depende muito de uma marca forte, pois o modelo de negócios 
poderia ser copiado no futuro por um concorrente. 
Ele lançou o site em julho de 1995 como uma livraria online e, em apenas dois meses, já 
havia despachado encomendas para todos os estados dos EUA e mais 45 países. 
Toda a operação de pegar, encaixotar e despachar os livros era feita manualmente por 
Bezos e seus poucos funcionários, na garagem de sua casa. 
Aqueles que entraram na oferta viram uma empresa deficitária, mas com 1,5 milhão de 
clientes ativos, pouco mais de 600 funcionários e US$ 125 milhões em caixa. 
Além disso, seu programa de afiliados se tornou um sucesso estrondoso, com mais de 350 
mil sites parceiros processando as vendas pela Amazon em 1999, quando expandiu as 
operações para aceitar praticamente qualquer produto. 
como uma das principais empresas online do início do século, a Amazon foi duramente 
afetada pela bolha das empresas ponto com. 
Ao surfar a onda da computação na nuvem, a empresa se tornou uma das principais 
provedoras de armazenamento virtual, atendendo a clientes como Nasa e Netflix e 
disputando com a Microsoft contratos multibilionários do Pentágono. 
avanço da tecnologia de aparelhos eletrônicos e da velocidade da internet abriu caminho 
para uma nova revolução na indústria literária. 
Se a disponibilidade de títulos da Amazon na década de 1990 superava qualquer loja física, 
com o Kindle em mãos qualquer leitor poderia carregar consigo milhares de livros para 
qualquer lugar. 
estratégia de crescimento agressivo tocada por Bezos também abrangeu a aquisição de 
dezenas de empresas ao longo das mais de duas décadas em atividade. 
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caminho de sucesso da Amazon fez com que a empresa virasse uma das representantes da 
Big Tech, ao lado de Google, Apple, Microsoft e Facebook, superando o US$ 1 trilhão de 
valor de mercado. 
Em 2019, a empresa faturou R$ 280,5 bilhões com uma rede de quase 800 mil funcionários, 
representando quase 50% do comércio online nos Estados Unidos. 
No caso dele, o velho desejo de conquistar o espaço voltou à sua cabeça no final dos anos 
1990, após assistir ao filme O Céu de Outubro. 
Sua existência só foi revelada ao público três anos depois, quando Bezos passou a adquirir 
terrenos no Texas utilizando empresas de fachada. 
O veículo foi desenvolvido para levar turistas para voos suborbitais, na casa dos 100 km de 
altitude. Proposta era semelhante a de sua concorrente SpaceX, de Elon Musk: reduzir 
muito o custo de lançamento, com a reutilização do maior número possível de componentes 
dos foguetes. Mas, ao contrário da SpaceX, com seus foguetes gigantes de 70 metros de 
altura, o New Shepard possui 18 metros e seu irmão mais novo, New Glenn, tem apenas 7 
metros de altura. Enquanto os testes eram realizados, a empresa fechou uma série de 
contratos para levar experimentos científicos e cargas comerciais ao espaço. 
Até o momento, a Blue Origin ainda é deficitária e financiada pessoalmente por Bezos, que 
vendeu mais de US$ 1 bilhão em ações da Amazon nos últimos anos para custear a 
operação. Em 2017, a empresa de Bezos anunciou que está desenvolvendo um módulo para 
pouso na Lua, com capacidade de levar 5,5 toneladas de carga. 
primeira missão está marcada para 2024 para testar e validar o sistema, para que, no futuro, 
também possa levar turistas e astronautas. 
(Crédito: Win McNamee / Getty Images) Investindo em jornalismo Em 2013, Bezos 
resolveu expandir ainda mais seu império e abraçar o jornalismo, adquirindo o famoso 
jornal The Washington Post por US$ 250 milhões. Situação não poderia ser pior para o 
jornal: com a migração de leitores do papel para o mundo online – e, ironicamente, para 
leitores digitais, como o Kindle – diversas publicações faliram e fecharam as portas em 
todo o mundo. No primeiro grande movimento após a troca de comando, o jornal decidiu 
liberar o acesso sem paywall (sistema de cobrança de assinaturas) para assinantes de jornais 
locais, em cidades nas quais o The Washington Post não circulava em papel. 
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Com a expertise do time que Bezos levou para o jornal, o foco no digital e em tecnologia, o 
jornal dobrou o número de acessos em três anos e saiu do buraco, tornando-se lucrativo em 
2016. Entrada de recursos fez o jornal acrescentar mais 200 jornalistas na equipe, reabrir 
escritórios e contratar desenvolvedores. Hoje, o The Washington Post possui mais de 1,5 
milhão de assinantes online e passou a vender seu sistema de publicação, o Arc Publishing, 
negócio que pode render mais de US$ 100 milhões ao ano para o jornal, segundo 
estimativas. Compra do Washington Post, porém, colocaria Bezos na mira de poderosos, 
que viam notícias nem sempre positivas a seu respeito nas manchetes do jornal. Narrativa 
inicial de que as mensagens foram vazadas pelo irmão da jornalista foi contestada por uma 
investigação pessoal de Bezos, que mostrou que seu celular havia sido invadido e dados 
foram roubados. A publicação queria que Bezos encerrasse as investigações sobre a fonte 
do material, mas Bezos rejeitou a chantagem e expôs as mensagens trocadas em um texto 
publicado na internet. Khashoggi criticava a ditadura monarquista de Riad e a cobertura do 
jornal de Bezos após o crime foi extremamente negativa para a imagem de ‘progressista’ 
que bin Salman tentava criar no Ocidente. 
Segundo a empresa que analisou o celular do CEO da Amazon, Bezos recebeu um vídeo 
pelo WhatsApp do celular pessoal de bin Salman, após eles trocarem seus números de 
telefone durante um evento. O vídeo continha um malware e, após o recebimento, o iPhone 
do executivo passou a exportar gigabytes de dados sem motivo aparente. 
Através da Bezos Expeditions, ele foi um dos primeiros acionistas do Google, adquirindo 
3,3 milhões de ações por US$ 250 mil em 1998. 
Bezos também possui participações na Unity Biotechnology, que quer interromper ou adiar 
o envelhecimento, e em outras empresas na área de tecnologia em saúde como Grail, Juno 
Therapeutics e ZocDoc. Em 2018, ele ajudou a criar a Haven Healthcare, uma organização 
não governamental cujo objetivo é reduzir o custo dos medicamentos, feita em uma 
parceria da Amazon, JPMorgan Chase e a Berkshire Hathaway, de Warren Buffett. 
CEO da Amazon é conhecido – e criticado – por suas práticas agressivas de fazer negócios, 
pressionando e punindo fornecedores que não se adequam às demandas da gigante online. 
Nos primeiros anos da Amazon, Bezos possuía um perfil discreto, com pouca ostentação, 
enquanto pressionava a empresa a gerar mais resultados e crescer. 
Mas sua imagem pública mudou na última década, quando ele passou a dar mais 
entrevistas, gastar mais seu dinheiro pessoal, malhar e se vestir com roupas mais caras. 
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crescimento da Amazon e a imagem de Jeff Bezos cada vez mais nos holofotes geraram 
cobranças pelo pouco interesse em filantropia e as condições de trabalho nos armazéns da 
varejista. Por isso, ele incentiva que os gestores sempre devem escolher um novo 
funcionário que seja melhor do que a média de seus subordinados. 
Bezos crê tanto em uma empresa focada em seus clientes que até hoje mantém seu email 
jeff@amazon.com ativo – e qualquer um pode entrar em contato diretamente. 
Apesar de não ler todas as mensagens, Bezos seleciona algumas e, para o desespero de seus 
subordinados, encaminha o email com seu clássico ponto de interrogação. 
O funcionário que recebe essa mensagem sabe que terá que investigar o caso, corrigir 
qualquer erro e preparar uma resposta completa para enviar para o cliente.

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