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FMU
DIREITO
THAMIRES INGRID APOSTULO SANTIAGO
PRINCIPAIS ELEMENTOS DA CULTURA BRASILEIRA
São Paulo / SP
Campus Liberdade
2020
FMU
DIREITO
THAMIRES INGRID APOSTULO SANTIAGO
PRINCIPAIS ELEMENTOS DA CULTURA BRASILEIRA
“Trabalho apresentado para obtenção
da nota da disciplina de Antropologia
 e cultura brasileira.”
São Paulo / SP
Campus Liberdade
2020
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO............................................................................................... 04
2. COMO A CULTURA BRASILEIRA NASCEU?..............................................04
3. HÁBITOS E COSTUMES................................................................................05
4. INFLUÊNCIA EUROPÉIA...............................................................................06
5. INFLUÊNCIA INDÍGENA................................................................................07
6. INFLUÊNCIA AFRICANA...............................................................................08
7. INFLUÊNCIA ASIÁTICA.................................................................................10
8. CONFLITOS E CONVERGÊNCIAS ENTRE AS ETNIAS E SUA PRESENÇA NO NOSSO COTIDIANO................................................................................11
9. CONCLUSÃO..................................................................................................13
10. REFERÊNCIAS...............................................................................................14
INTRODUÇÃO
A cultura brasileira, assim como a formação étnica do povo brasileiro, é vasta e diversa. Nossos hábitos culturais receberam elementos e influências de povos indígenas, africanos, portugueses, espanhóis, italianos e japoneses, entre outros, devido à colonização, à imigração e aos povos que já habitavam aqui.
A Cultura Brasileira é o resultado da miscigenação de diversos grupos étnicos que participaram da formação da população brasileira.
A diversidade cultural predominante no Brasil é consequência também da grande extensão territorial e das características geradas em cada região do país.
COMO A CULTURA BRASILEIRA NASCEU?
Podemos dizer que os elementos mais antigos da cultura genuinamente brasileira remontam aos povos indígenas que já habitavam o território de nosso país antes da chegada dos portugueses em 1500. Donos de uma cultura extensa, os povos nativos mantinham as suas crenças e praticavam seus elementos culturais aliados a um modo de vida simples e em contato com a natureza.
Com a chegada dos portugueses e o início da colonização, a cultura europeia foi introduzida, à força, nos povos indígenas, e as missões da Companhia de Jesus (formadas por padres jesuítas) vieram para o Brasil com o intuito de catequizar os índios.
No século XVII, devido ao grande número de engenhos de cana-de-açúcar, os europeus começaram a capturar e trazer os negros africanos, à força, para o Brasil, como escravos. Esses, tiranicamente escravizados, trouxeram consigo elementos da sua cultura e de seus hábitos, como as religiões de matriz africana, a sua culinária e seus instrumentos musicais.
No século XIX, o Brasil vivenciou mais um processo migratório composto por trabalhadores italianos que vieram trabalhar nas lavouras de café, quando os primeiros indícios da abolição da escravatura já apontavam no governo brasileiro. Outros grandes fluxos migratórios significativos aconteceram durante a Segunda Guerra Mundial, quando japoneses, alemães e judeus buscaram refúgio em terras brasileiras.
Toda essa vastidão de povos provocou a formação de uma cultura plural e de culturas diferentes. As diferenças geográficas também contribuíram para que o processo cultural brasileiro se tornasse plural e diversificado.
Se considerarmos como exemplo a música sertaneja de raiz, encontramos nela elementos que remetem à vida no campo. Já o funk carioca fala da vida nas favelas, de onde ele surgiu. A literatura de cordel, por sua vez, trata de temas recorrentes ao sertanejo nordestino, enquanto os elementos da vida gaúcha tratam da vida dos povos que se estabeleceram no Sul do país, sob influência de alemães e argentinos.
HÁBITOS E COSTUMES
Os costumes brasileiros são variados. Tratando de termos morais, a nossa influência toma como base, principalmente, a moral judaico-cristã. O cristianismo constitui a maior influência para a formação de nosso povo, principalmente pela vertente católica, que compõe o maior grupo religioso brasileiro. Também sofremos influências morais de outros povos que vieram para o Brasil por meio dos fluxos migratórios, como os africanos.
A diversidade de hábitos e costumes morais também se deu por conta dos regionalismos que foram surgindo ao longo do tempo. Por possuir um território de proporções continentais, o Brasil viu, ao longo de sua história, o desenvolvimento de diferentes vertentes culturais, devido às diferenças geográficas que separam o território.
Pensando em termos culinários (a culinária é um valioso elemento cultural de um povo), temos pratos típicos e ingredientes que provêm da cultura indígena, dos estados nordestinos e do Centro-Oeste brasileiro, por exemplo. Enquanto vatapá e acarajé são pratos típicos baianos de origem africana, os habitantes do Cerrado consomem pequi, e a culinária tradicional paulista é fortemente influenciada pela culinária portuguesa e italiana.
INFLUÊNCIA EUROPÉIA 
A mais evidente herança portuguesa para a cultura brasileira é a língua portuguesa, atualmente falada por virtualmente todos os habitantes do país. A religião católica, crença da maioria da população, é também decorrência da colonização. O catolicismo, profundamente arraigado em Portugal, legou ao Brasil as tradições do calendário religioso, com suas festas e procissões. As duas festas mais importantes do Brasil, o carnaval e as festas juninas, foram introduzidas pelos portugueses.
Além destas, vários folguedos regionalistas como as cavalhadas, o bumba-meu-boi, o fandango e a farra do boi denotam grande influência portuguesa. No folclore brasileiro, são de origem portuguesa a crença em seres fantásticos como a cuca, o bicho-papão e o lobisomem, além de muitas lendas e jogos infantis como as cantigas de roda.
Na culinária, muitos dos pratos típicos brasileiros são o resultado da adaptação de pratos portugueses às condições da colônia. Um exemplo é a feijoada brasileira, resultado da adaptação dos cozidos portugueses. Também a cachaça foi criada nos engenhos como substituto para a bagaceira portuguesa, aguardente derivada do bagaço da uva.
Alguns pratos portugueses também se incorporaram aos hábitos brasileiros, como as bacalhoadas e outros pratos baseados no bacalhau. Os portugueses introduziram muitas espécies novas de plantas na colônia, atualmente muito identificadas com o Brasil, como a jaca e a manga.
De maneira geral, a cultura portuguesa foi responsável pela introdução no Brasil colônia dos grandes movimentos artísticos europeus: renascimento, maneirismo, barroco, rococó e neoclassicismo.
Assim, a literatura, pintura, escultura, música, arquitetura e artes decorativas no Brasil colônia denotam forte influência da arte portuguesa, por exemplo nos escritos do jesuíta luso-brasileiro Padre Antônio Vieira ou na decoração exuberante de talha dourada e pinturas de muitas igrejas coloniais. Essa influência seguiu após a Independência, tanto na arte popular como na arte erudita.
INFLUÊNCIA INDÍGENA 
A culinária brasileira traz de herança muitos costumes de diversos povos indígenas, que se alimentavam principalmente de ingredientes como a mandioca (também conhecida como macaxeira ou aipim), castanhas, coco, milhos, raízes e algumas folhas e frutos.
Além desses ingredientes, os índios caçavam animais como anta, veados, capivaras e tatus para sua alimentação e também praticavam a pesca para se alimentar dos mais variados tipos de peixes (alguns são o pirarucu, tucunaré, traíra) tanto de água salgada como de água doce.
Na cultura indígena o preparo dessas comidas sempre foi uma atividade exercida pelasmulheres. Elas usavam do fogo para cozinhar os alimentos no “biaribi” (forno feito com um buraco no chão) ou no “demoquen” (grelha de madeira).
De todos os ingredientes, os que mais se destacam são o milho, usado para fazer pamonha, canjica e a popular pipoca. Também a mandioca, que é muito usada até hoje e aparece em pratos como o Tacacá, prato tradicional do Pará que usa a goma de tapioca e o tucupi, ambos derivados da macaxeira.
Com relação às bebidas, o suco do açaí e o famoso guaraná, eram cultivados no norte pelo povo Mawé, e hoje rompeu fronteiras e é consumido pelo mundo todo.
Nas expressões artísticas, as influências da cultura indígena é enorme, já que muitos povos usavam da arte em diferentes rituais, sempre com muito simbolismo envolvido.
Um grande exemplo é a pintura corporal, feita normalmente com tinta vinda de plantas e frutos (como o jenipapo e o urucu) tinha finalidade de retratar sentimentos e momentos específicos nos rituais realizados.
Outra grande herança artística deixada pelos índios, foi o artesanato, muito praticado pelos povos do Brasil, que faziam colares, pulseiras, brincos e braçadeiras, normalmente ornamentados com penas e caudas de aves, dando origem a “arte plumária”, que servia para distinguir grupos sociais.
Os índios também tinham costume de fazer grandes máscaras de palha ou de madeira com cascas de árvores, usadas em danças, festas e cerimônias para acalmar entidades e espíritos.
Haviam máscaras tão grandes que cobriam todo o corpo dos índios Ticuna, sendo as de cerâmica exclusivas do povo Mati. Na música, os índios usavam muito instrumentos de sopro como várias flautas nativas e instrumentos de percussão como chocalhos, apitos e tambores que ditam até hoje os arranjos e os ritmos da nossa música popular brasileira.
Também deixaram grande influência na dança e no canto, como é o exemplo do povo Pataxó, que entravam em harmonia com a natureza e o divino através do “Awê” ou “Heruê”, buscando a união e a paz do povo, onde celebravam seus antepassados cantando e dançando, buscando forças para continuar em frente.
INFLUÊNCIA AFRICANA
A cultura africana chegou ao Brasil com os povos escravizados trazidos da África durante o longo período em que durou o tráfico negreiro transatlântico. A diversidade cultural da África refletiu-se na diversidade dos escravos, pertencentes a diversas etnias que falavam idiomas diferentes e trouxeram tradições distintas. Os africanos trazidos ao Brasil incluíram bantos, nagôs e jejes, cujas crenças religiosas deram origem às religiões afro-brasileiras, e os hauçás e malês, de religião islâmica e alfabetizados em árabe. Assim como a indígena, a cultura africana foi geralmente suprimida pelos colonizadores. Na colônia, os escravos aprendiam o português, eram batizados com nomes portugueses e obrigados a se converter ao catolicismo.
Os africanos contribuíram para a cultura brasileira em uma enormidade de aspectos: dança, música, religião, culinária e idioma. Essa influência se faz notar em grande parte do país; em certos estados como Bahia, Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul a cultura afro-brasileira é particularmente destacada em virtude da migração dos escravos.
Os bantos, nagôs e jejes no Brasil colonial criaram o candomblé, religião afro-brasileira baseada no culto aos orixás praticada atualmente em todo o território. Largamente distribuída também é a umbanda, uma religião sincrética que mistura elementos africanos com o catolicismo e o espiritismo, incluindo a associação de santos católicos com os orixás.
A influência da cultura africana é também evidente na culinária regional, especialmente na Bahia, onde foi introduzido o dendezeiro, uma palmeira africana da qual se extrai o azeite-de-dendê. Este azeite é utilizado em vários pratos de influência africana como o vatapá, o caruru e o acarajé.
Na música a cultura africana contribuiu com os ritmos que são a base de boa parte da música popular brasileira. Gêneros musicais coloniais de influência africana, como o lundu, terminaram dando origem à base rítmica do maxixe, samba, choro, bossa-nova e outros gêneros musicais atuais. Também há alguns instrumentos musicais brasileiros, como o berimbau, o afoxé e o agogô, que são de origem africana. O berimbau é o instrumento utilizado para criar o ritmo que acompanha os passos da capoeira, mistura de dança e arte marcial criada pelos escravos no Brasil colonial.
INFLUÊNCIA ASIÁTICA
A influência da Ásia está presente no dia-a-dia de milhões de Brasileiros, no entanto poucos percebem esse fato decorrente através das décadas, China, Japão, Índia e Oriente médio contribuíram bastante para o desenvolvimento da nossa cultura, cada um de sua própria forma.
 China - Pelo fato da China ter uma mão de obra barata, é um dos maiores
parceiros comerciais do Brasil. Por isso chama atenção sobre seus produtos de preços baixos. Apesar desse aparente problema, a China também importa muito do Brasil (principalmente matéria prima), o que faz crescer a cada ano a influência desse país e a procura por profissionais que dominem a cultura chinesa.
Em sua culinária os chineses utilizam muitos ingredientes, molhos (shoyu é o mais conhecido) e temperos em sua culinária. Arroz, peixe, carnes vermelhas, broto de bambú e legumes são utilizados em diversos pratos. 
 Os chineses contribuíram muito para o desenvolvimento do conhecimento no mundo todo. As principais invenções chinesas são: papel, pólvora, leme de navegação, estribo, bússola, etc.
Japão - Influência cultural Japonesa no Brasil se destaca na tecnologia agrícola, culinária, esportes (judô, aikidô, jiu-jitsu, caratê, kendo, sumo, gateball e apesar de o beisebol já ser praticado antes da chegada dos imigrantes Japoneses, foi através desses imigrantes que se deve o desenvolvimento do Beisebol no Brasil), mangás, seriados de televisão (como os animes) e outros aspectos.
Na praia dos temperos e iguarias, os japoneses nos ensinaram a gostar de pimenta-do-reino, a raiz forte e o Aji-no-moto Sem esquecer, é claro, do shoyu, o molho de soja japonês indispensável nas mesas brasileiras.
Com os japoneses aprendemos a gostar de alimentos desidratados que com água fervente e três minutos estão prontos e saborosos, aprendemos também a comer com hashis e a tomar chá verde. Outra bebida japonesa que tem lugar cativo na adega dos brasileiros é o saquê.
Uma curiosidade que muitos nem imaginam é que a plantação da soja no Brasil foi disseminada pelos imigrantes japoneses
Sem contar os próprios pratos tipicamente japoneses que experimentamos e adotamos como sushi, sashimi, yakisoba, temakisushi e sukiyaki. 
Índia - Tirando as tradições e algumas crenças, a influência da cultura indiana tomou conta da vida do brasileiro, principalmente no quesito roupas, danças, comida, maquiagem e música, até mesmo nas ruas é possível observamos túnicas indianas nas mulheres e também nos homens, olhos bem delineados e maquiados como as indianas, a músicas dançante o ritmo estridente que tomou conta das baladas – com uma batida mais forte é claro – os pratos típicos do país que começam a enfeitar a mesa do brasileiro, estes são traços comuns do quão a televisão pode ser influenciadora na vida dos humanos.
CONFLITOS E CONVERGÊNCIAS ENTRE AS ETNIAS E A SUA PRESENÇA NO NOSSO COTIDIANO
Os conflitos étnicos brasileiros tiveram partida durante o período do Brasil colônia. A chegada dos colonizadores motivou o choque entre culturas indígenas e europeias.
 Além da doutrinação religiosa e trabalho escravo, esse encontro culminou na proliferação de epidemias e extermínio de tribos. Calcula-se que, em 1500, a população indígena era de 4 milhões. Hoje, o número caiu drasticamente para 400 mil.
 As étnicas sobreviventes enfrentam agora os conflitos por demarcação de terras e o poder de fogo e político dos grandes latifundiários.
Outro conflito que marca o desenvolvimento do Brasil é entre brancos e negros. A classe branca e burguesa acumulou fortunas em cima da mão de obra de negros escravizados– uma dívida histórica com a população negra que o país ainda se mantém longe de solucionar.
Desde o início da colonização, um elitismo cultural reina no Brasil, pois os portugueses viam a si mesmos como superiores e os povos nativos como inferiores. 
Mais tarde, quando os africanos começaram a ser escravizados por povos europeus, a escravidão assentava-se, igualmente, em um etnocentrismo racista e em um elitismo cultural: os europeus, brancos, julgavam-se superiores aos africanos por seus fenótipos e por suas características culturais que, no julgamento dos próprios europeus, eram superiores.
Os europeus tinham um sistema político governamental e com formação estatal, dominavam a pólvora e a escrita, além de terem moeda e iniciarem o capitalismo mercantilista. Os povos do sul desenvolveram-se de maneira diferente. Com exceção de alguns povos mesoamericanos, nativos da África e da América viviam em contato com a natureza e não estabeleciam relações comerciais nem centralização de poder.
O modo de vida dos nativos africanos e americanos era autossuficiente, e a sua cultura tinha ganhado contornos diferentes da cultura europeia. A justificação do domínio pela cultura é um forte elemento do preconceito cultural no Brasil.
Hoje, podemos falar da existência de um elitismo que culmina na discriminação daquelas pessoas marginalizadas (que estão à margem da sociedade, devido à exclusão social) e em um racismo estrutural. O racismo estrutural, muito forte no Brasil, é um tipo de racismo velado e indireto. Ele pode ser manifestado por meio de dados socioeconômicos, como os que apontam que os negros ganham, em média, 1,2 mil reais a menos que os brancos, segundo levantamento do IBGE.
Esse tipo de racismo arrasta-se sorrateiramente desde a abolição da escravidão, que deu a liberdade por direito aos negros escravizados, mas não deu suporte educacional, econômico e de assistência básica para que aquela população pudesse organizar a sua vida. Teorias que apontam para uma democracia racial, como a de Gilberto Freyre, somente reforçaram a ideia de que estava tudo bem, quando não estava.
Por não possuir um regime de apartheid, como houve nos Estados Unidos, o brasileiro médio (em especial a população branca) cresceu acreditando que havia oportunidades iguais para negros, brancos e indígenas, quando, na verdade, nunca houve, e quem sofre com isso diariamente são os negros de classe baixa. Esses aspectos atestam que existe uma direta relação entre desigualdade social e diversidade cultural.
CONCLUSÃO
A cultura brasileira é vasta e diversa. Se considerarmos o Brasil nos dias atuais, a nossa cultura pode ramificar-se em centenas de eixos, vindos dos vários polos culturais estabelecidos em todos os estados de todas as regiões brasileiras.
A vastidão cultural brasileira deve-se, em primeiro lugar, ao fato de que vários povos migraram para o nosso país em fluxos variados e, em segundo lugar, pelas grandes dimensões territoriais brasileiras, que nos caracterizam como um país de proporção continental que possui condições climáticas e geográficas diferentes entre si.
Essas diferenças presentes dentro de nosso território e a combinação de vários povos contribuíram fortemente para a formação plural de nossa cultura.
REFERÊNCIAS
PORFíRIO, Francisco. "Cultura brasileira"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/cultura-brasileira.htm. Acesso em 13 de maio de 2020.
PORFíRIO, Francisco. "Cultura brasileira: da diversidade à desigualdade"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/cultura-brasileira-diversidade-desigualdade.htm. Acesso em 13 de maio de 2020.
1. PENA, Rodolfo F. Alves. "Conflitos étnicos"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/conflitos-etnicos.htm. Acesso em 13 de maio de 2020.
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São Paulo / SP
Campus Liberdade
2020

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