Buscar

Clínica de Pequenos IV

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Clínica de Pequenos IV 
Adriana Valente de Figueiredo 
Maria Paula Santana Lima 
26.08.2020 
 
 
 
Afecções Cirúrgicas do Sistema Respiratório 
Superior 
 
Síndrome do Braquicefálico 
 
- Estenose de narina; 
- Prolongamento de palato(pele e mais         
longa porém espaço é mais curto); 
- Anomalias brônquios, laríngeas e traqueais         
(hipoplasia) 
- Doenças gastro esofágicas associadas por         
ter dificuldade respiratória. 
 
 
O que é? 
- Um conjunto de alterações anatômicas         
que levam à angústia respiratória. 
- Raças mais acometidas: Bulldogs, Pug, Shih           
tzu, lhasa apso. 
- Crânio mais curto, inclinado e largo 
 
Distrição: 
Inspiratória: Dificuldade durante inspiração,       
relacionada a ​via aérea superior​; 
Expiratória: Dificuldade durante expiração,       
relacionada a​ via aérea inferior​; 
Mista: ​Dificuldade em todos momentos da           
respiração 
 
Sinais/ Sintomas: 
- Sintomas de via aérea alta;  
- Dificuldade para troca de calor; 
- Ofegação; 
- Stress; 
- Intolerância ao exercício, 
- Dispnéia inspiratória; 
- Ronco; 
- Cianose; 
- Síncope. 
 
Pugs: 
- Rotação dorsal do maxilar; 
- Sinus frontal minúsculo ou ausente; 
- Proporção crânio-facial menor que buldog         
inglês e francês 
 
 
 
 
 
Estenose de Narina: 
- Alterações nasais fechadas dificultando a         
entrada de ar pelas narinas; 
- Congênita; 
- Mais comum em Shih Tzu e bulldog francês; 
- Animal apresenta dispnéia inspiratória; 
- Diagnóstico pela inspiração direta. 
-  
 
Quanto tirar de triângulo?  
Sempre tentar tirar o mínimo possível; 
 
Prolongamento de Palato: 
- Hiperplasia do palato mole; 
- Durante a inspiração o palato mole obstrui             
a entrada de ar da glote, gerando um               
efeito de vácuo nas vias aéreas; 
- Esse vácuo pode causar alterações em vias             
aéreas superiores levando à eversão de           
sacos laríngeos e vias inferiores, como           
colabamento de brônquios; 
- Bulldog Inglês, Francês, Pug, Cavalier King           
Charles Spaniel. 
 
Sinais/ Sintomas: 
- Ruídos respiratórios - roncos; 
- Dispnéia inspiratória; 
- Intolerância ao exercício. 
- Dificuldade para trocar calor - heat stroke; 
- Síncope em casos mais graves. 
 
Diagnóstico: 
- Inspeção direta; 
- Tomografia computadorizada; 
- Endoscopia; 
- Radiografias torácicas são indicadas para         
avaliar eventuais alterações pulmonares       
secundárias.  
 
Tratamento cirúrgico: 
Estafilectomia 
- Posicionamento: esfinge, melhor por conta         
de edema 
- Sutura:  
Complicações em sutura simples contínua; 
Ponto simples interrompido; 
Nylon, Poliglecaprone (Monocryl). 
↳Vicryl ​não pode!  
 
Pós Operatório de Prolongamento de Palato: 
- Antibioticoterapia; 
- Antiinflamatório; 
- Analgesia; 
- Jejum não é indicado pois animal deve             
estar nutrido para uma melhor         
recuperação. O indicado é dar uma           
alimentação mais pastosa, não dar em           
grandes quantidades e sim aumentar a           
frequência para que o animal coma           
pequenas quantidades mais vezes ao dia,           
diminuindo a afobação ao comer. 
 
Hipoplasia de traqueia: 
- Bulldog Inglês 
- Luz da traquéia é menor 
- Não tem o que fazer. 
 
 
Anomalias Laríngeas - Anatomia 
 
Eversão de Sacos laríngeos: 
- Eversão da mucosa que reveste as criptas             
laringeanas; 
- Primeiro estágio de colabamento       
laringiano; 
- Ocorre devido à alta pressão negativa           
gerada nas vias respiratórias secundária à           
síndrome do braquicefálico. 
 
Sinais/ Sintomas: 
- Dispnéia leve a intensa; 
- Ruídos respiratórios; 
- Esforço respiratório e ofegação constante; 
- Tutor relata alterações / ausência no latido. 
  
Diagnóstico: 
- Inspeção direta com animal anestesiado; 
- Endoscopia; 
- Radiografia torácica. 
 
 
Tratamento conservador: 
Quando? 
- Corticóide se não houver contra         
indicações; 
- Antiinflamatório;  
 
Quando Operar? 
- Quando tiver características tumorais, o         
que é raro; 
- Recidiva; Necessita equipamentos como       
bisturi eletrico;  
- Prognóstico reservado a ruim. 
 
Pós Operatório: 
- Antibiótico; 
- Antiinflamatório; 
- Analgesia 
 
Turbinados Nasais Aberrantes: 
 
- Cirurgia a laser; 
- Recidivas; 
- Relacionados a regulação da temperatura         
do ar ao inspirar. 
 
Alterações Gastro Esofágicas associadas: 
- Disfagia; 
- Vômito; 
- Regurgitação; 
- Secundárias ao esforço respiratório; 
- A pressão negativa torácica excessiva         
decorrente do esforço respiratório contribui         
para o animal ter refluxo esofágico, que             
contribui com com a inflamação na laringe             
- mais frequente em bulldog francês. 
 
 
Colapso de Traquéia: 
 
Definição: 
- Degeneração progressiva da cartilagem   
traqueal (condromalácia) acompanhada     
de frouxidão do músculo traqueal   
dorsal, resultando em achatamento       
dorso-ventral da traquéia.   
- Etiologia desconhecida – componente       
genético.  
 
 
 
Incidência: 
- Cães de meia idade/ idosos; 
- Raças miniaturas e toys; 
- Spitz Alemão, Chihuahua, pug, poodle,         
maltês, yorkshire; 
- Rara em gatos; 
- Não há predisposição sexual. 
 
Manifestações Clínicas: 
- Tosse intermitente; 
- Respiração ruidosa; 
- Em casos mais graves síncopes e sinais de               
obstrução. 
 
Diagnóstico: 
- Radiografia cervical torácica; 
- Endoscopia; 
 
 
 
Tratamento concervador: 
- Emagrecimento; 
- Corticóides; 
- Antitussígenos (vibral); 
- Antibióticos (infecções secundárias). 
 
 
*Transição cervical e entrada do tórax é o local de                   
maior incidência de colapso. 
 
Tratamento cirúrgico - Stent Traqueal 
- Indicado para Grau 3 e 4 para evitar que                 
animal morra, tem muitas complicações; 
- Necessário endoscopista, fluoroscópio se       
possível ou radiografia para saber o ponto             
certo de disparar stent. 
- Não deve ser disparado muito perto da             
carina da traqueia pois estimula tosse e             
nem muito em região cervical. 
- Complicações: ​Formação de mta       
secreção, tosse, cílios perdem parte da           
função,  
↳Migrar 
↳Fraturar 
↳Mal posicionamento (próximo à carina) 
↳Reação inflamatória. 
 
 
Paralisia de laringe 
 
Principalmente em Labradores, chihuahua, golden,         
pugs associados à condromalácia;  
 
Laringe: 
- Compartimento intermediário das vias       
aéreas, estrutura-se como ​caixa       
cartilagínea composta por peças       
articuladas entre si. 
- Detém intrincado mecanismo     
neuromuscular de funcionamento, que       
garante as complexas funções de         
vocalização, deglutição e ventilação. 
 
Anatomia:  
- Formada por 5 peças cartilagíneas:         
Epiglote, Aritenóides (2), Cricóide e Tireóide; 
- Articulam-se entre si por articulações         
fibrosas ou sinoviais. 
 
 
O que é? 
- Déficit Neuromuscular​ de ​diferentes 
gradientes​, e portanto com ​gravidade 
clínica variável​, que acomete a inervação 
laringeana COMPROMETENDO 
especialmente o tônus das aritenóides e 
cordas vocais.  
- Tem tendência a ser progressiva. 
- Distúrbios de Deglutição e complicações 
Pulmonares secundárias podem estar 
presentes 
 
 
Musculatura: 
Mobilizada por músculos intrínsecos que modulam 
tamanho, forma e posição da glote, bem como 
diâmetro luminal da via aérea. 
 
Inervação: 
- Todos os músculos intrínsecos são inervados 
pelo​ N.Laringeano caudal​, exceto o 
músculo cricotireóideo que é inervado pelo 
N. Laringeano Cranial; 
- Tal inervação é segmento terminal do ​N. 
laríngeo Recorrente 
 
Motricidade Laringeana: 
- A entrada laringeana é denominada rima           
glottidis. Em situação de repouso, a rima             
glottidis apresenta-se fechada.  
- Sob demanda ventilatória, as cartilagens         
aritenóides são rotacionadas lateralmente,       
especialmente por ação do m.         
cricoaritenóideo dorsal, aumentandoo       
diâmetro da rima glottidis. 
- O ​comprometimento neuropático da       
laringe​, em muito associado à inervação           
do N. Laringeano Caudal, impacta         
amplamente a musculatura intrínseca da         
laringe. 
- As disfunções motoras tanto comprometem         
a ventilação inspiratória, quanto o         
intrincado processo de deglutição. 
 
 
Epidemiologia: 
- Acomete animais de raças grandes e           
gigantes; 
- Os retrievers são particularmente       
susceptíveis; 
- O paciente típico é o labrador macho de               
meia idade; 
- Raramente acomete gatos. 
 
 
Etiologia:  
- Congênita: 
Reconhecida em Bouviers des Flandres,         
Huskies, Dálmatas, Staffordshire bull terriers e           
Rottweilers. 
- Adquiridas: 
Idiopática (fator genético racial?);  
Secundária a ​Polineurite ​(degeneração       
nervosa generalizada) ​ou endocrinopatia,       
especialmente ​hipotireoidismo; 
Trauma, iatrogenia ​(cirurgias cervicais       
torácicas), ​Neoplasias ​e ​infecção loco         
regional.  
↳Nesse caso será unilateral 
 
 
Quando Suspeitar? 
- Grande parte da coleta de informações           
que levam ao diagnóstico da PARALISIA DE             
LARINGE pode ser obtida na anamnese e             
observação do paciente; 
- O diagnóstico definitivo é pela inspeção           
direta ou indireta da ​laringe sob estímulo             
funcional. 
- Respiração ruidosa com som de serrote  
 
Distúrbio Ventilatório: 
- O distúrbio ventilatório inspiratório se         
manifesta em diferentes gradientes,       
podendo manifestar-se desde a       
intolerância ao exercício à distrição severa: 
Mudança comportamental; 
Intolerância ao exercício; 
Distrição eventual; 
Síncopes; 
Asfixia grave.  
Disfonia: 
- A hipotonia ou atonia da musculatura           
intrínseca impede o tensionamento das         
pregas vocais: 
Relato de alterações graduais no timbre do             
latido; 
Animal afônico 
 
Tosse: 
- Traqueíte ou Traqueobronquite: 
Processos aspirativos já que também o           
mecanismo de deglutição é comprometido         
pela hipotonia dos diversos músculos         
intrínsecos; 
Fechamento incompleto da rima glottidis; 
Mecanismo de esforço inspiratório crônico. 
- Pode haver agravo desta condição na           
presença de regurgitação por       
megaesôfago. 
 
Diagnóstico Diferencial: 
- Demais condições causadoras de distrição         
respiratória alta (síndrome do       
braquicefálico e colapso traqueal - só           
acomete raças pequenas) 
- Neoplasias do segmento orofaríngeo e         
laríngeo; 
- Pneumonias primárias; 
- Pneumo cardiopatias. 
 
Diagnóstico Definitivo: 
- Inspeção Indireta - ​Laringoscopia​: 
Soma a possibilidade do diagnóstico de           
distúrbio morfofuncional dos demais       
segmentos e vias aéreas: 
Laringites, Colapsos traqueais, colapsos       
brônquicos. Documentação médica.  
*Flutter tremor na laringe porém, não se abre 
- A condição adequada de sedação/         
anestesia para a ​inspeção da mecanica           
laríngea ​exige a adoção de protocolos           
NÃO INIBITÓRIOS DO REFLEXO DE         
PROTEÇÃO LARÍNGEO. 
- Protocolos combinados de ​Acepromazina +         
Propofol ​e ​Quetamina + Diazepam ​INIBEM A             
MOTILIDADE LARÍNGEA em 50% dos casos; 
- Entre os protocolos recomendados pode-se         
considerar ao uso de ​Acepromazina +           
Opioide e indução por máscara de           
Isofluorano. 
 
Diagnóstico das causas de base: 
- As endocrinopatias especialmente o       
hipotireoidismo ​devem ser confirmados por         
triagem de perfil laboratorial metabólico;  
- Exame neurológico amplo deve ser         
aplicado de maneira seriada para         
diagnóstico de ​polineurite.  
 
Diagnósticos Correlacionados: 
- O padrão pulmonar radiográfico deve         
buscar sinais de sensibilização inflamatória         
pulmonar por padrão crônico de esforço           
inspiratório;  
- A distrição inspiratória somada a         
comportamento paradoxal da laringe       
(contração da rima glottidis na inspiração)           
pode ser catastrófica na geração de           
vácuo inspirativo. 
- Efeito Bomba de Vácuo Pulmonar: 
Sensibilização pulmonar para processos de         
edema intersticial por efeito de bomba de             
vácuo 
 
Terapêutica de suporte: 
- Abordagem antiinflamatória baseada em       
uso de corticóides; 
- Sedação: contrapor o efeito de bomba de             
vácuo pulmonar; 
- Medidas de combate à situação de           
edema pulmonar; 
- Oxigenioterapia; 
 
Sala de emergência: 
Grave Hipóxia sistêmica: Sedação/       
oxigenioterapia → Anestesia geral →         
Intubação → Ventilação mecânica →         
Traqueostomia de retorno. 
 
 
Cricoaritenoidepexia:​ Substitui o músculo 
cricoaritenóideo.  
Faz-se uma ligação da cartilagem cricóide com a 
aritenóide (unilateral) 
Fio não absorvível 
Acesso anatômico exato (por fora da cavidade 
oral, é feito pelo pescoço) 
 
Prognóstico: 
- Favorável dependendo da causa de base; 
- Predispõe a pneumonia aspirativa meses ou 
anos após a cirurgia; 
- Persistência da tosse ou engasgos ocorre 
em 16 - 28% dos casos; uso de antitussígeno 
pode ser considerado. 
- Persistência da intolerância a exercícios em 
23% dos casos; 
- Falha cirúrgica em 0 a 8% dos casos.  
Fio de sutura que arrebenta ou a 
cartilagem que rasga. 
 
 Paralisia unilateral, indicar ou não a cirurgia? 
Não é necessário, quando há paralisia unilateral 
não vão apresentar sintomas da paralisia bilateral.  
 
 
 
 
 
 
 
Sistema Respiratório Inferior: 
02.09.2020 
 
Cavidade Torácica: 
- Pressão negativa - vácuo; 
- Expansão da cavidade torácica no 
movimento respiratório; 
- Auscultação clara; 
- Percussão - som claro; 
- Bulhas cardíacas normofonéticas. 
 
Trauma Torácico: 
- Contuso 
- Perfurante 
 
A física por trás do trauma: 
- Conceito da onda de choque: energia de 
um ponto propaga a outros pontos; 
 
- Conceito massa X dissipação. 
Quanto maior a massa, maior a 
capacidade de dissipação e absorção de 
impacto o corpo tem 
 
Quando mordedura é em traqueia cervical faz 
enfisema subcutâneo em pescoço.  
 
Pneumotórax   
Ocorre por perfuração de via aérea 
- Acúmulo de ar no espaço pleural; 
- Perda da pressão negativa 
 
 
Apresentação Clinica: 
- Dispnéia / Taquipnéia; 
- Taquicardia; 
- Mucosas cianóticas; 
- Som timpânico à percussão; 
- Enfisema subcutâneo pode estar presente 
- Auscultação - Ausência de sons 
respiratórios 
 
 
 
Tipo: 
Pneumotórax fechado​/ hipertensivo:  
- Lesão pulmonar/ bronquiolar ou traqueal 
onde há​ escape de ar ​da via aérea​ para o 
espaço pleural 
- Ar acumula no tórax, aumentando pressão 
e fazendo com que o pulmão não 
expanda (pulmão colaba) 
- Emergência 
 
Pneumotórax Aberto  
- No lado afetado fica inaudível, para de 
fazer som; 
- Ferimentos perfurantes, ocorre quando 
entra ​ar do meio externo para a cavidade 
torácica; 
- Perda da pressão negativa 
- Pulmão perde capacidade de expansão 
- Colabamento 
 
Causas: 
Traumático: ​ Atropelamento, brigas, queda, etc.. 
 
Iatrogênico: ​Barotrauma, intubação traqueal, 
perfuração de lobo em toracocentese 
 
Espontâneo: ​Neoplasias, cistos, abscessos, 
granulomas... 
 
Contusões: 
"Pancada" trauma  
- Cardíacas: 
● Alterações de condução; 
● Tamponamento cardíaco 
- Pulmonares 
- Ruptura diafragmática 
- Ruptura de traquéia 
- Hemotórax 
- Fratura de costelas 
 
Flail - Chest: 
- Respiração paradoxal; 
 
- Ocorre quando há fratura de costelas 
(principalmente quando é mais do que 
uma costela) 
↳Estabilização das fraturas:  
 Fio de aço - Cerclagem! 
 
Diagnóstico rápido e estabilização do paciente: 
Primeiro objetivo: Restabelecer a pressão negativa! 
- Semiologia 
- Toracocentese 
● Diagnóstico terapeutico; 
● Entre 7º e 9º EIC (em borda cranial 
da costela) 
● Líquido? Ar? 
● Cateter calibroso, equipo, torneira 
de 3 vias, luva estéril; 
● Bloqueio paracostal se houver 
tempo- T- FAST (​Focused Assessment Sonography 
For Trauma)​ US focado para trauma 
- Radiografias / TC torácicas 
● Coração flutuante, consegue 
visualizar lobos 
 
- Toracotomia Exploratória 
 
- Dreno Torácico: 
● Para quando precisa realizar várias 
punções 
● Incisão de pele, divulsionar 
subcutâneo até 7º a 9º EIC ai sim 
atravessa cavidade, é necessário 
tunelização para que distância 
entre meio externo e interno seja 
maior 
- Dreno Selo d'água 
- Dreno Torácico - Válvula de Hemlich 
 
Tratamento: 
- Sedação / analgesia; 
- Estabilização do paciente com 
toracocentese / dreno torácico; 
- Reconstrução cirúrgica da parte torácica 
se houver demanda 
- Toracotomia exploratória corretiva 
 
Pós Operatório:  
- Animal com dreno torácico fica internado, 
por uns 3 dias 
- Atb 
- Antiinflamatório 
- Suporte para dor  
- Orientar o tutor a não deixar com outros 
cães e se apresentar problemas voltar ao 
hospital imediatamente  
 
 
PDA - Persistência do Ducto Arterioso 
 
Ducto Arterioso – Definição 
- Derivado do 6º arco aórtico  
- Conecta a artéria pulmonar à artéria aorta 
na vida fetal  
- Se fecha completamente entre 7-10 dias 
após o nascimento  
- Além deste período é considerado patente 
– Persistência do Ducto Arterioso (PDA) 
- Gera ICCE 
 
 
 
 
Apresentação clínica  
- Mais frequente em cadelas de raça pura 
- Pode acometer gatos (raro)  
- Maltês, Spitz, Pastor de shetland,
Yorkshire, Poodle miniatura e toy, Bichón 
frisé  
- Base genética em Poodles  
- Aumento de O2 inibe a prostaglandina e 
ocorre vasoconstrição local  
- Defeitos histológicos – falha de musculatura 
e déficit de elasticidade;  
- Em humanos está relacionado com partos 
prematuros, altas taxas de prostaglandina, 
e mãe portadora do vírus da Rubéola. 
 
Sinais e Sintomas  
- A maior parte permanece assintomática ou 
apresenta apenas intolerância à exercícios  
- Tosse ou dispnéia em casos mais 
avançados  
- Fraqueza de membros posteriores em casos 
com ​fluxo reverso ​(sangue vai da pulmonar 
para aorta pelo ducto). 
 
Exame físico  
Auscultação Cardíaca – som de maquinário –               
Murmúrio de Gibson  
 Frêmitos palpáveis no tórax  
Auscultação pulmonar – pode haver crepitação -               
Edema  
Pulso hipercinético (pulso em martelo d’água) -               
rápida saída de sangue da aorta, queda da               
pressão em diástole a níveis mais baixos que os                 
normais  
​Cianose ”diferencial”​- cianose presente em em             
mucosas caudais, com as mucosas craniais       
normais. 
 
Exames complementares: 
 ​Eletrocardiograma​ – Ondas R altas por causa de 
uma ampla pressão de pulso 
 ​ Ecocardiograma​ – detecta a presença do duto 
patente – aumento de átrio, dilatação ventricular, 
dilatação de artéria pulmonar, aumento da  
velocidade de ejeção aórtica, doppler turbulento 
reverso característico na artéria pulmonar  
 ​ Radiografia torácica ​– Cardiomegalia, dilatação 
de átrio e ventrículo esquerdo, pulmões 
hipervascularizados ou com sinais de edema, 
Exames laboratoriais: 
 Policitemia (↑hemácias) – resposta medular com
aumento de eritropoetina devido à 
hipoxemia crônica (pq parte do sangue está em 
hipóxia) 
Tratamento cirúrgico: ​Ligadura direta do ducto 
arterioso 
- Fluxo reverso a cirurgia é contraindicada 
Prognóstico: ​Favoráve 
Fraturas e Osteossínteses 
09.09.2020 
 
Osso: 
- Suporte e proteção aos órgãos; 
- Reservatório de minerais e gordura;  
- Hematopoiese;  
- Alavanca para a musculatura; 
 
- Tecido conjuntivo;  
- Altamente vascularizado e 
metabolicamente ativo;  
- Matriz extracelular; 
 
 
Periósteo→ cortical→ osso esponjoso/canal 
medular → endósteo 
 
Epifise​ → Extremidades (proximal e distal) 
Metáfise​ → Área abaixo da epífise, transição entre 
extremidade e meio, onde há linha de 
crescimento; 
Diáfise​ → Parte central dos ossos longos 
 
*Sem vascularização não há consolidação óssea; 
 
Ossificação é diferente de consolidação. 
Ossificação é a formação do osso. 
 
Ossificação intramembranosa: ​Ossos chatos 
- Crânio 
- Cresce do centro para os lados; 
 
Ossificação endocondral: ​Ossos longos 
- Cartilagem hialina - Matriz óssea 
- Crescimento longitudinal dos ossos longos; 
- Ciclo de crescimento bifásico (rápido 
primeiros 4 meses e lento após 6 meses) 
 
Lei de Wolff: 
Osso é extremamente influenciado por fatores 
externos; 
 
Exame Ortopédico: 
- História 
- Observação 
- Palpação 
- Flexão / extensão 
- Exames específicos: 
Raio x 
TC e RM 
 
Observação / Inspeção:  
- Estação x Tempo  
- Marcha x Claudicação x Ataxia 
- Observação do membro afetado  
- Sentar / levantar  
- Subir /descer  
- Estado corporal 
 
Palpação: 
- Iniciar de distal para proximal 
- Avaliar dor 
- Avaliar aumento de volume 
- Temperatura; 
- Flexão / extensão / lateralização 
● Crepitação 
● Dor 
● Instabilidade 
- Assimetria muscular 
 
Suporte a vida: 
- ABC trauma 
- Trauma neurológico; 
- Trauma abdominal; 
- Trauma urinário; 
- Trauma ortopédico 
 
*É fundamental analisar o estado geral do animal e 
não só uma fratura, o é muito mais importante o 
estado geral do paciente, avaliar as outras 
estruturas como bexiga, intestino, pulmão, etc.. 
 
Exame complementar: 
- RX em duas projeções 
 
Tratamento: 
- Qual a melhor escolha? Quando é 
cirúrgico? 
Biomecânica das fraturas: 
- F = M . A 
- Quando uma força é aplicada sobre um 
objeto, em uma direção oposta, o objeto 
se deforma do estado original. 
 
Deformidade elástica  
- Ao retirar a força ele volta a forma normal  
- Limite elástico: o objeto perde a 
capacidade de voltar a forma normal 
(microfratura) 
 
Deformidade plástica  
- O objeto sofre deformação progressiva 
permanente 
 
 
Fratura: 
- O osso é incapaz de resistir a deformidade 
e se rompe; 
 
- Fraturas de baixa velocidade:  
Fratura simples e pouca energia, pouco 
dano aos tecidos adjacentes 
 
- Fraturas de alta velocidade: 
Múltiplas linhas de fraturas, muita energia, 
muito dano aos tecidos adjacentes 
 
 
Forças que atuam nas fraturas: 
 
Arqueamento:  
- Tensão de um lado e compressão de outro  
- Diferente de flexão  
 
 
 
 
 
 
Torção: 
 
Axial: 
- Compressão: 
 
- Tensão/ Distração: 
 
Classificação das fraturas: 
- Causa; 
- Comunicação com meio externo; 
- Localização, morfologia, direção 
- Estabilidade e redução 
Causa: 
- Trauma; 
- Fraturas patológicas 
Hiperparatiroidismo 
Neoplasia 
Cisto 
Osteomielite 
 
Aberta:  
Grau I:  
- Baixa energia 
- Fratura simples 
- Dentro pra fora 
- Fragmento ósseo Visível ou não 
- Ferida menor de 1cm 
- Tecidos adjacentes pouco comprometidos 
- Rádio Ulna e tíbia   
Grau II: 
- Média energia 
- Simples ou cominutivas 
- Fora pra dentro  
- Maior que 1cm 
- Moderada lesão de tecidos adjacentes 
- Material estranho 
Grau III: 
- Alta energia 
- Exposição evidente de tecido 
- Perda importante de tecidos  
- Lesão neurovascular 
- Subdividido em A,B e C 
 
 
Morfologia/Extensão: 
- Galho verde  
- Fissura  
- Completa (quando há comprometimento 
das duas corticais) 
● Simples  
● Múltipla  
● Cominutiva 
 
Localização: 
 
Direção:  
- Transversa  
- Oblíqua  
- Espiral  
- Segmentada   
- Compressão   
- Avulsão 
Classificação de Salter - Harris : Fraturas Fisárias
 
Sempre cirúrgico 
- Tipo I: Separação na linha de crescimento 
(fise) 
- Tipo II: Fise e metáfise; 
- Tipo III: Fise e epífise 
- Tipo IV:Fise, metáfise e epífise 
Não cirúrgico:  
- Tipo V: Compressiva da fise 
- Tipo VI: Fratura mista, compressão de um 
lado e de outro não. 
 
 
*Osso utiliza tomografia 
*tecidos moles ressonância 
 
 
Estabilidade: 
- Estável: Alinhamento preservado 
- Instável: Perda do alinhamento  
 
Redução: 
Capacidade de reconstruir a coluna óssea  
- Redutível: Prevenir deformidade angular e 
rotação; 
- Não redutível: Manter eixo longitudinal e 
alinhamento  
 
 
Tratamento: 
 
Objetivos: 
- Restauração óssea e tecidos adjacentes; 
- Neutralizar as forças que atuam na fratura 
- Estimulare promover cicatrização óssea 
- Minimizar danos vasculares 
- Retorno precoce função do membro 
 
 
Fatores que afetam o prognóstico: 
Paciente (idade, saúde, etc)... 
Classificação da fratura 
- Aberta e alta velocidade 
Duração da injúria 
Proprietário 
Escolha adequada do tratamento 
 
 
 
Interferência na cicatrização: 
Fatores biológicos:  
- Localização; 
- Suporte sanguíneo; 
- Lesão de tecidos moles. 
 
Fatores mecânicos: 
- Estabilidade dos fragmentos ósseos. 
 
Cicatrização Óssea: 
Consolidação Primária: 
É o tipo de cicatrização que ocorre quando 
durante a osteossíntese realizamos um 
procedimento que leve a estabilidade absoluta; 
Fratura simples 
Remodelamento de calo: 
- Lacunas pequenas e estáveis 
- Quase sem reabsorção óssea 
*Consolidação pois o osso se regenera! e não 
cicatriza 
 
Clássica (Secundária): 
Ocorre quando são feitas técnicas cirúrgicas que 
levam a estabilidade relativa 
Fraturas múltiplas e cominutivas; 
1. Hemorragia e coagulo da fratura; 
2. Inflamação 
3. Formação calo fibrocartilagíneo 
4. Calo 
5. Remodelamento do calo 
 
Estabilidade Relativa (Teoria de Perren):  
- Movimento controlado no foco de fratura 
- Consolidação secundária 
- Strain = movimento do gap x 100 / 
tamanho do GAP original 
 
  
Periósteo promove vascularização extraóssea 
*Calo fibrocartilagineo não aparece no RX 
 
Redução da fratura: 
Reconstrução dos fragmentos ósseos na posição 
anatômica, restaurando o alinhamento do 
membro 
Consolidação 
 
- Redução fechada: 
Não há exposição óssea 
Preserva tecidos moles e vascularização; 
Dificuldade de obter redução perfeita 
Maior dificuldade para uma redução 
perfeita. 
 
Indicação: 
Fraturas alinhadas; 
Fraturas em galho verde; 
Fraturas cominutivas 
Fraturas abaixo do cotovelo e joelho 
 
 
 
- Redução Aberta: 
Visualização  
Aplicação direta de implantes   
trauma vascular iatrogênico e maior 
chance de infecção 
 
Indicação: 
Fraturas articulares  
Fraturas anatomicamente redutíveis 
Fraturas cominutivas 
 
 
 
 
Métodos de estabilização: 
Coaptação externa (método por aproximação): 
- Bandagem/ Tala 
 
Imobilização Óssea - Osteossíntese 
- Pino 
- Fixador externo 
- Placa 
 
Compressão 
- Cerclagem 
- Parafuso 
 
 
Coaptação externa: 
Precisa imobilizar no mínimo duas articulações; 
Ossos distais ao cotovelo e joelho; 
 
Coaptações: 
- Muleta de Thomas?? 
- Bandagem Robert Jones 
- Tala  
 
Em qual tipo de fratura se coloca coaptação 
externa?  
- Fratura fechada abaixo do cotovelo e 
joelho  
- Fratura redutíveis e estáveis 
- Fraturas de consolidação rápida   
● Pacientes jovens  
● Fratura incompleta  
● Fratura por compactação 
 
- Fratura em único osso de conjunto 
(rádio-ulna, tíbia-fíbula, metatarsos e 
metacarpos) 
 
 
 
30.09.2020 
Métodos de Osteossíntese 
 
Tipo de Osteossíntese: 
 
Biológicas: 
Não se preocupa com alinhamento perfeito, se             
preocupa em manter comprimento do membro,           
alinhamento articular e eixo ósseo e mantém             
biologia; 
- Não redução dos fragmentos  
- Manter comprimento e eixo ósseo  
- Não tocar no foco de fratura 
 
 
Anatômica: 
Se preocupa com a redução perfeita dos             
fragmentos e da coluna óssea; 
- Redução dos fragmentos  
- Trauma vascular maior 
 
Pino Intramedular: 
 
- Simples de ser aplicado 
- Início em 1940 
Vantagens:  
- Custo; 
- Equipamento; 
- Menor exposição  
- Menor trauma vascular 
 
 
Desvantagens: 
- Estabilidade mecânica (limitações); 
*Neutraliza bem força de arqueamento 
Torção compressão e distração não         
neutraliza bem 
- Implante secundário por quase sempre         
estar associado a outra técnica; 
- Associação de técnicas: 
PIM + cerclagem 
PIM + FE; 
PIM + Tien in;  
PIM + Placa. 
 
1º pino normal 
2º Haste bloqueada Variação Interlocking nail 
 
Aplicação: 
- Furadeira (150 rpm) x Manual;  
- 60 a 75% do canal medular diáfise;  
- N° de pinos; Sepultamento;  
 
- Normógrado x Retrógrado 
Normógrado: ​primeiro vai reduzir a fratura e             
depois inserir o pino pela extremidade do             
osso 
Retrógrado: ​Passa o pino pela fratura em             
direção a extremidade, reduz a fratura e             
reintroduz o pino;  
 
*Pino Intramedular NUNCA pode passar pela           
articulação 
Jamais coloca-se pino intramedular em rádio pois             
não há como colocar o pino sem passar por                 
articulação 
 
Fratura distal de Fêmur: 
Pino cruzado  
 
Fratura de colo femoral 
 
 
 
Canal medular   
do metacarpo   
ou metatarso  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cerclagens: 
Fio de aço 
- anel de cerclagem (utilização em diáfise) 
- Aposição e compressão de fragmentos 
- Implante secundário   
- Tipos:  
Cerclagem  
Hemicerclagem  
Interfragmentária  
Banda de tensão 
 
 
Banda de tensão: 
 
 Aplicação: 
- Diâmetro adequado do fio  
- Redução anatômica em 360°  
- Fraturas oblíquas longas 
- Mínimo duas (3 + adequado)  
- 1cm entre cerclagens  
- 5mm de distância do foco  
- Não pegar tecidos moles  
- Perpendicular ao foco de fratura 
 
Fio de aço: 
 > 20Kg = 1,2mm 
 <20kg = 1,0mm 
 
 
Cerclagem Torcida: 
- Abraça o osso 
 
 
 
 
Falhas:   
- Aperto inadequado  
- Espessura inadequada  
- Quantidade inadequada   
- Material inadequado  
- Mais de 2 fragmentos “galhos amarrados” 
- Redução inadequada 
 
 
Fratura simples, oblíqua em terço médio de diáfise 
femoral, completa e fechada 
Fratura de baixa energia 
Traumática 
 
 
 
Banda de Tensão: 
Fratura por avulsão  
Fratura de origem ou inserção de ligamento ou 
músculo.  
A tensão dos ligamentos separa os fragmentos 
Principalmente em filhotes 
Método de eleição para fixação de fraturas por 
avulsão ou osteotomias. 
 
Fio passa perpendicular à linha de fratura  
Compressão na linha de fratura. 
Fixadores Externos: 
- Série de pinos trans ósseos incorporados a 
uma montagem extracorpórea.   
- Pode ser usado como fixador primário (não 
precisa associar outra técnica pois 
neutraliza todas forças que estão atuando 
na fratura) ou secundário 
 
Indicação: 
- Fraturas de ossos longos  
- Fraturas abertas  
- Osteotomias corretivas  
- Redução fechada de fraturas cominutivas 
- Artrodeses temporárias ou permanentes 
- Não união óssea ou união retardada 
 
Classificação: 
- Fixadores Lineares: 
● Tipo I A e B 
● Tipo II 
● Tipo III 
- Híbrido 
- Fixadores circulares 
● Ilizarov  
 
Fixadores Lineares: 
- Tipo I A: 
Unilateral e uniplanar 
 
 
- Tipo I B: 
Unilateral e Biplanar 
 
 
 
 
 
 
 
- Tipo II: 
Bilateral e Uniplanar 
  
- Tipo III: 
Triplanar  
O mais resistente  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TIE-IN 
Associação do fixador linear com o pino 
intramedular 
 
 
Híbrido: 
 
 
Uma mistura, no 
anel não usa pino e 
sim fios de kirschner 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Circular: 
Ilizarov 
Vários anéis circulares com fio 
 
 
Pinos dos Fixadores Lineares: 
 
 
Liso (A) 
Parcialmente rosqueado (B -D)   
Perfil negativo(B)   
Perfil positivo(C&D)  
Rosca na ponta(C)  
Rosca central(D) 
Rigidez e local de inserção de pinos: 
- Número de pinos   
- No mínimo 3 pinos por foco de fratura 
- 25% do diâmetro do osso  
- 2 cm do foco   
- Posicionamento 70º 
- Pino tem sempre que passar pelas duas 
corticais ósseas e centralizado  
 
CLAMPS: conecta a barra aos pinos 
 
 
 
Colocação dos Pinos: 
- Palpação  
- Incisão da pele  
- Tunelização em tecidos moles  
- Perfuração com baixo rpm (pre 
perfuração?)  
- Diminuir tensão entre o pino e a pele  
- Evitar grandes massas musculares  
- Não colocar em incisão cirúrgica  
- Barra conectora o mais próximo possível da 
pele  
 
 
Avaliação após a colocação dos pinos: 
- Alinhamento 
- Aposição 
- Aparelho  
- Atividade 
 
Aposição é diferente de alinhamento 
Alinhamento = Alinhamento de articulações 
Aposição = encaixe dos fragmentos de fratura 
 
 
 
Fixadores externos Circulares: 
Estabilizar fraturas  
- Distração e compressão  
- Transporte de fragmento ósseo  
1mm por dia  
- Corrigirdeformidades angulares e 
comprimento 
 
Osteogênese: formação de osso 
 
 
Remoção do Fixador: 
Depois que consolidar 
- Cicatrização óssea; 
- Anestesia geral; 
- Soltar clamp 
- Remoção dos pinos 
 
Placas e Parafusos: 
- Placas resistem à compressão, 
encurvamento, rotação e tensão  
- Permite consolidação primária  
- É o método de fixação mais estável 
- Neutralizam todas as forças 
 
Indicação:   
- Posicional / neutralização   
- Compressão interfragmentar  
- Fixação de placa 
 
Parafuso posicional: 
1. Perfuração das 2 córtices  
2. Medir profundidade (+2mm)  
3. Passagem do macho (rosca)   
4. Rosquear parafuso 
 
Parafuso Compressivo  
1. Perfuração da 1º cortical diâmetro maior 
2. Perfuração da 2º cortical diâmetro menor 
3. Medir profundidade (+2mm)   
4. Passagem do macho (rosca) na 2º cortical 
5. Escarificador na 1º cortical  
6. Rosquear o parafuso 
 
Placas Ósseas: 
Indicação:  
- Fraturas de ossos longos   
- Fraturas múltiplas e complexas 
Compressão: 
- Gerar compressão entre os fragmentos 
 
Neutralização: 
- Neutralizar as cargas sobre o foco de 
fratura 
Apoio: 
- Ponte 
- Manter o comprimento e eixo ósseo sem 
redução dos fragmentos 
 
 
Placa de Compressão Dinâmica: 
- Compressão entre os fragmentos; 
- Fraturas transversas ​(em diáfise óssea) 
- Calo ósseo primário 
 
 
Placa de Neutralização: 
1. Perfuração das duas córtices 
2. Medir profundidade (+ 2mm) 
3. Passagem do macho (rosca) 
4. Rosqueado o parafuso 
 
- Neutralizar as cargas sobre o foco de 
fratura 
- Redução de fragmentos com parafusos ou 
cerclagem  
- Fraturas múltiplas ou cominutivas redutíveis 
 
 
Placa em Ponte: 
- Quando tiver fraturas irredutíveis, 
cominutivas 
- Associação com enxerto 
- Mantendo comprimento e eixo ósseo 
anatômico 
  
Open but don't touch (não mexe no foco 
de fratura) 
 
Placa Bloqueada: 
- Implante 
- Parafuso é rosqueado na placa  
- Placa sem contato com o osso  
- Menor agressão ao periósteo Requer 
moldar pouco 
 
 
- Duas grandes vantagens do que a placa 
convencional:  
Biológica: espaço entre placa e osso pois 
mantém periósteo preservado; 
Mecânica: menor chance de falha de 
parafuso 
 
 
Afecções de Cotovelo: 
16.09.2020 
 
Quando se fala em articulação, o rádio se 
relaciona lateralmente com o úmero e a ulna 
medialmente com o úmero. 
 
 
carga de 30% ulna e 70% rádio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Luxação de Cotovelo: 
Alteração traumática: 
- Trauma no cotovelo que resulta em 
destruição de um ou ambos ligamentos 
colaterais;  
- Rádio e ulna luxam lateralmente;  
- Pode haver ruptura muscular;  
- Pode ocorrer dano cartilagíneo no 
momento da lesão; 
 
Apresentação clínica: 
- Histórico de trauma – briga, atropelamento, 
queda…  
- Impotência funcional do membro afetado 
– abdução e giro externo  
- Dor / incapacidade de extensão e flexão; 
 
Diagnóstico diferencial: 
- Fraturas distais umerais; 
 
Diagnóstico: 
- Exame físico  
- Confirmado por radiografias  
- 2 projeções perpendiculares 
 
Úmero sempre fica deslocado 
medialmente pois a articulação lateral é 
mais curva, a medial é mais quadrada. É 
muito mais fácil rádio e ulna saírem 
lateralmente 
 
 
 
Redução fechada: 
- Há possibilidade de REDUÇÃO FECHADA 
nas primeiras 48 horas pós trauma; 
- Bandagem Robert Jones durante 30 dias​; 
↳Artrodese temporária por bandagem ou 
fixador externo  
 
 
 
Redução aberta: 
- Quando não há mais possibilidade de 
realizar a redução fechada;  
- Suturar cápsula articular, músculos tendões; 
- Substituir ligamento colateral por parafuso e 
cerclagem em 8 se necessário;  
- Osteotomia de olécrano (contratura do m. 
tríceps braquial) para possibilitar a redução 
se necessário;  
- Fixação externa temporária; 
 
 
Quando há avulsão, utiliza-se parafuso compressivo 
 
Artrodese de cotovelo: 
Fixar a articulação para que não movimente mais 
- Quando há falha na redução aberta; 
- Lesões articulares extensas que não são 
passíveis de sutura; 
- Luxações muito antigas; 
- Lixar a cartilagem; 
- Não Flexiona mais 
 
 
Redução = Quando volta pra posição anatômica! 
 
Pós operatório: 
- Radiografias seriadas para avaliação; 
- Avaliar deambulação do paciente;  
- Manter bandagem Robert Jones nas 
reduções fechadas e nas abertas quando 
não houver utilização de fixadores externos 
temporários;  
- AINES, ATB, Analgésicos 
 
 
Displasia de Cotovelo 
O que é? 
- Incongruência articular 
- Patologia hereditária que envolve um 
conjunto de alterações na articulação 
úmero-rádio-ulnar  
 
- International Elbow Work Group (IEWG, 
1993)  
● Incongruência do cotovelo;  
● Osteocondrose de úmero(problema 
degenerativo);  
● Não união do processo ancôneo 
(NUPA); 
● Fragmentação do processo 
coronóide; 
● Lesões de cartilagem articular; 
Etiologia: 
- Ocorre como resultado de uma 
predisposição genética com influência de 
fatores ambientais (congênita)  
- Dieta de alta energia que acelera o 
crescimento 
Epidemiologia: 
- Raças grandes e gigantes – Labrador,           
Bernese Mountain Dog; 
- Raças pequenas – Condrodistróficos       
Dachshund, Bulldog Francês; 
- Machos somam o dobro de fêmeas           
(Meyer-Lindberg et al. 2006); 
 
Sinais e sintomas: 
- Claudicação de MT’s – 6-12 meses; 
- Sintomas tardios >6 anos – manifestações 
relacionadas à FPC (fragmento do 
processo coronóide);  
- Claudicação secundária à osteoartrose; 
- Claudicação relacionada à NUPA (Não 
união do processo ancôneo); 
 
Sobre a articulação: 
 
 
 
 
Existem 3 articulações no cotovelo:  
- Radio-ulnar (A)  
- Úmero-ulnar (B)  
- Radio-umeral (C) 
 
 
Rádio cresceu mais e ulna não acompanhou 
Não união do processo ancôneo: quando a ulna 
for menor que o rádio. 
 
Ulna cresceu mais que o rádio, articulação da ulna 
está super alta. 
Úmero quando solta carga de apoio, fica somente 
sobre a ulna 
Processo coronóide medial sofre maior impacto; 
 
Processo ancôneo deve unir até 6 meses de idade! 
se animal tiver mais de 6 meses e não estiver 
unido, não haverá mais união, logo animal tem 
não uniao de processo ancôneo (NUPA) 
 
Não união do processo ancôneo - NUPA: 
- Ulna curta  
- Sobrecarrega o centro de ossificação do 
processo ancôneo causando não união 
  
Doença do compartimento medial: 
- Ulna longa 
- Ocorre em 85% dos casos de displasia de 
cotovelo (Grondalen and Grondalen, 1981); 
- Esclerose medial do processo coronóide;  
- Microfratura/fissura/fragmentação do 
processo coronóide;  
- Lesão cartilagínea na tróclea e/ou 
processo coronóide (leve condromalácia); 
- Lesão de osso subcondral;  
- Com ou sem incongruência articular 
(discrepâncias no crescimento rádio-ulnar, 
que se normalizam na vida adulta; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fragmentação do processo coronóide - FPC  
- Radio curto  
- Causa sobrecarga do processo coronóide 
 
 
Diagnóstico: 
- Radiografias de triagem Diagnóstico 
precoce!  
- Ortopedia pediátrica! 
- Radiografias: crânio caudal, médio lateral 
com membro flexionado e médio lateral 
com membro estendido  
 
 
- RX – baixa sensibilidade/especificidade   
- TC – 90% de sensibilidade/especificidade  
- Artroscopia 
 
Tratamento: 
Osteotomia ulnar bi oblíqua proximal: 
- Acima do ligamento interósseo; 
- Próximo-lateral ou Caudo-proximal;  
- Corrige incongruência – Ulna curta e radio 
curto;  
- Alternativa – Pino IM  
- Indicada para pacientes sintomáticos/ Gap 
1mm>; 
Animal jovem com rádio curto e ulna longa precisa 
que ossos acompanhem, para isso faz-se 
Ostectomia da ulna, em animal já adulto 
osteotomia ulnar bi oblíqua proximal;  
 
Osteocondrose: 
- Remover a cartilagem – flap;  
- Curetar osso subcondral;  
- Perfurar osso subcondral para induzir 
formação de novo tecido cartilagíneo; 
 
FPC: 
- Remoção do processo coronóide;  
- Osteotomia ulnar proximal; 
- Coronoidectomia subtotal; 
 
 
NUPA: 
- Remoção/fixação do processo ancôneo;  
- Osteotomia ulnar proximal; 
 
Animais jovens 
 
Doença do compartimento medial: 
Quando em animal jovem que aindanão 
fragmentou processo coronóide: 
- Lesões decorrentes do crescimento 
assincrônico entre rádio e ulna;  
- Membros podem estar radiograficamente 
normais na vida adulta; 
- Proximal Abducting ulnar Osteotomy 
Placa Paul Plate 
Corrige eixo ósseo e libera compartimento 
medial; 
 
 
Indicada quando animal ainda não ter artrose, 
osteocondrose umeral e ainda não fraturou 
coronóide. 
 
Tratamento paliativo​: 
- Artrose severa onde a IC não surtirá efeitos 
benéficos;  
- Condroitina;  
- AINES;  
- Analgésicos; 
- Galipran: medicamento novo promissor, 
trata animais com artrose severa sem 
efeitos colaterais dos antiinflamatórios 
convencionais; 
 
 
 
 
Desvios angulares rádio ulnares 
 
Fechamento precoce do disco epifisário: 
- Relativamente raro;  
- Rádio proximal e distal;  
- Ulna distal (mais frequente); 
 
Ulna vai crescer mais que o rádio, vai parecer a 
displasia de cotovelo 
Fechamento assimétrico = desvio angular  
 
Ulna distal: 
- O fechamento precoce é mais comum que 
o rádio;  
- Age como corda e arco;  
- Procurvatum radial;  
- Rotação externa do membro;   
- Subluxação de cotovelo; • Valgo carpal; • 
Doença articular degenerativa dorso 
carpal e cotovelo 
 
 
Tratamento: 
- O tratamento cirúrgico precoce pode 
restaurar a posição anatômica;  
- Ostectomia da ulna distal 
- Depende da expectativa de crescimento X 
idade;  
- Se não tratadas precocemente irão 
desenvolver deformidades angulares que 
só poderão ser corrigidas com osteotomias; 
 
 
 
Osteotomias Corretivas  
- Cora – Center of rotation angulation; 
Centro de rotação e angulação  
 
 
Correção do osso em forma de cunha  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Afecções Cirúrgicas do Ombro Canino 
07.10.2020 
 
Articulação: Escapuloumeral 
Superfície de contato articular: cavidade glenóide 
e cabeça umeral 
Conformação óssea não favorece estabilização. 
Superfície articular da escápula não envolve a 
superfície articular do úmero. 
- O que promove estabilidade é: 
musculatura, tendões, ligamentos e cápsula 
articular 
- Exame baseado a partir das estruturas: 
acrômio e tubérculo maior  
 
Estabilidade passiva: 
Estabilidade tida sem gasto de energia 
- Ligamento Glenoumeral 
● Medial e lateral 
   
- Cápsula articular  
- Conformação articular (cavidade 
glenóide)  
● Tendão bíceps Medial Lateral 
 
 
Estabilidade ativa: 
- M. infra-espinhal  
- M. supra-espinhal   
- M. subescapular  
- M. deltóide  
● Porção escapular e acromial 
- M. redondo maior   
- M. redondo menor  
● M. peitoral superficial 
 
Exame do ombro: 
- Identificação das estruturas anatômicas 
- Reconhecer a amplitude de movimento 
● Goniômetro 
 
 
Ângulo maior do que o normal = Articulação 
instável!  
Pode ser frouxidão ligamentar/ tendínea ou 
ruptura, uma simples atrofia muscular. 
 
Valor menor do que o normal = articulação tem 
diminuição da amplitude de movimento. Artrose, 
contratura muscular. 
 
Movimentos para avaliação: 
- Flexão(pata em direção caudal) e 
extensão (pata para frente) 
- adução e abdução 
- Rotação 
 
Exame do ombro: 
- Realizar testes clínicos   
- Avaliar massa muscular  
- Goniometria  
- Movimento de abdução (32°)  
- Rotação externa e interna (20°)  
- Teste de extensão do Bíceps (através da 
flexão do ombro) 
- Biceps “pinch“ test 
 
Afecções do ombro: 
- Osteocondrose- osteocondrose dissecante 
- Instabilidade medial do ombro  
- Tenosinovite bicipital  
- Tendinose do mm. Supraespinhoso ou 
infraespinhoso  
- Contratura do mm. infraespinhoso  
- Doença articular degenerativa (Artrose) 
 
 
Osteocondrose​ – osteocondrose dissecante: 
Definição: Distúrbio na ossificação endocondral  
 
Causa:  
- Hereditariedade  
- Excesso de peso  
- Excesso de energia na alimentação 
- Excesso nutricional (cálcio e fósforo) 
 
Sintomatologia:  
- Claudicação unilateral MT  
27 - 68% bilateral  
- Faixa etária: Jovens/ filhotes 
Exame físico:  
- Amplitude de Movimento Passiva  
- Dor Hiperextensão  
Exames complementares: 
- Radiografia  
- Tomografia 
  
 
 
Cartilagem hialina 
Avascular  
Função: Diminuir impacto 
 
 
 
 
Osso subcondral 
Animal com osteocondrose 
tem retenção de 
cartilagem. Onde deveria 
ter osso, tem cartilagem 
 
 
Falha entre cartilagem hialina e osso subcondral 
= Exposição do osso subcondral 
 
 
Flap cartilagineo pode calcificar 
Método diagnóstico e parte do tratamento: Artroscopia 
Tratamento:  
- Artrotomia 
- Remoção do flap 
- Curetagem no osso subcondral para fazer 
cicatrização - processo de fibrose em cima 
do osso subcondral para minimizar dor 
- Cartilagem hialina não regenera 
- Limitação da artroscopia: não tem espaço 
para retirar flap 
- Maior predisposição de desenvolvimento 
de doença articular degenerativa 
 
Instabilidade Escápulo-umeral: 
- Luxações congênitas  
*Raras! 
 
- Luxações adquiridas ou subluxações: 
Traumáticas  
Degenerativas 
● Medial 
● Lateral 
● Cranial  
 
 
Instabilidade medial do ombro: 
Adquirida por um processo senio ou prediposição 
racial (shitzo e lhaza) 
Ligamento Gleno-umeral medial  
Tendão do mm. subescapular  
Cápsula articular 
 
Sintomatologia: 
- Claudicação ou impotência funcional 
Flexão cotovelo, abdução e rotação 
externa  
- Pode ser assintomático 
 
Exame físico: Abdução  
 
Exame complementar: 
Exame radiográfico: principalmente craniocaudal 
pode reparar aumento do espaço articular na 
região medial; 
 
Diagnóstico feio pelo exame ortopédico! 
 
Exame de abdução: 
 
 
 
Tratamento conservador:  
 
- Paciente atropelado no dia anterior, teve 
luxação escápulo umeral.  
- Impotência funcional aguda 
- Faz-se sedação e anestesia e reduz/ 
reposiciona cabeça umeral na cavidade 
glenóide; 
- Deixa paciente com​ tipoia de Velpeau 
(tem como objetivo manter articulação 
imobilizada a fim de que estruturas 
afetadas cicatrizem) Tem como 
desvantagem a atrofia muscular. 
- Se depois de tira a tipoia articulação 
continuar instável deve-se encaminhar 
para a ciru; 
 
Caso: 
Poodle, 13 anos, claudicação intermitente de 
membro torácico  
- Instabilidade umeral 
 
Neste caso tipoia não é vantajosa pois não houve 
ruptura traumática, se imobilizar pode haver piora 
do quadro pela atrofia muscular. Neste caso o 
indicado é fisioterapia para fortalecimento 
muscular e caso não seja efetivo encaminhar para 
cirurgia; 
 
 
Estabilização Cirúrgica: 
 
 
- Transposição do tendão do bíceps (medial 
ou lateral)  
- Transposição medial da inserção do M. 
supraespinhal  
- Embricamento (apertamento) da cápsula 
articular 
- Artrodese do ombro  
- Ressecção da cabeça umeral e porção da 
cavidade glenóide 
 
 
 
Transposição do tendão do bíceps: 
 
Corta retináculo e muda tendão de lugar, ou mais 
para medial ou mais para lateral.  
 
- Geralmente pacientes de pequeno porte 
- Meia idade a idosos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tenossinovite bicipital: 
 
Processo inflamatório, degenerativo do tendão do 
bíceps 
Causas: 
- Afecções articulares pré existentes 
(processos de instabilidade, Osteocondrite 
dissecante) 
- Trauma 
- Processo inflamatório X degenerativo 
 
Raças: 
- Médio e grande porte: 
● Labrador 
● Rottweiler 
● Cães de corrida 
 
Cães adultos 
 
Diagnóstico: 
- Exame clínico - teste de bíceps (pinch teste) 
- Exame radiográfico - Artrografia 
- Ultrassom (espessamento do tendão do 
bíceps, processos de calcificação 
desorganização das fibras) 
 
 
 
Tratamento: 
Clínico: 
- Repouso 
- Fisioterapia; 
- Antiinflamatório VO 
- Infiltração intra-articular (acetato de 
metilprednisolona: 20-40 mg/cão) 
 
Cirúrgico: 
- Tenotomia X tenodese 
Remove fragmento de tendão calcificado 
e fixa o restante do tendão com parafuso 
no osso; 
 
 
 
 
 
Luxação Escápulo-umeral: 
Traumática: caudal ou cranial (geralmente 
associada a fratura)  
 
 
 
Doença Articular Degenerativa 
Artrodese: serra a superfície articular e fusiona dois 
ossos, articulação não existe mais 
  
 
 
Choque Wave: ajuda no processo de 
regeneração, como por exemplo tendinoses. 
 
 
 
Contratura do infraespinhoso: ​Relacionada a cães 
de esporte 
Geralmente unilateral 
Causada por esforço de repetição; 
Limitação de movimento articular; 
Dor; 
Diagnóstico clínico; 
Membro fica aberto 
 
 
Tratamento: 
Em geral concervador 
- Repouso; 
- Uso de antiinflamatório 
- Fisioterapia 
Tenotomia longitudinal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Afecções de Joelho 
14.10.2020 
Articulação Femorotibiopatelar; 
 
Tendão: Liga o músculo ao osso 
Ligamento: 
 
Luxação Patelar: 
- Congênita; 
- Medial ou lateral; 
- Ocorre bilateralmente em 60% dos casos 
 
A instabilidade / mau posicionamento da patela é 
um SINTOMA e não um problema em si; 
 
Qual a causa base? 
Luxa pois há uma musculatura presa a ela;  
 
O que é? 
- É a sequela de anormalidades esqueléticas 
complexas que afetam o alinhamento do 
membro como um todo! 
O que envolve? 
- Ângulos anormais de inclinação e 
anteversão da articulação coxofemoral;  
- Pouca cobertura acetabular sobre a 
cabeça femoral e displasia coxofemoral; 
- Torção e angulação femoral distal;  
- Desvio da tuberosidade tibial;   
- Contratura de quadríceps;  
- Arrasamento troclear; 
Teoria Muscular: 
- Contratura da musculatura do quadríceps 
gerando o efeito Arco e corda; 
 
 
 
Teoria de Putman – alteração no quadril 
- Coxa vara e menor anteversão de cabeça 
femoral predispõe o deslocamento medial 
da musculatura quadricipital em indivíduos 
em crescimento 
 
 
 
 
Lei de Volkmann 
 
Para ter crescimento ósseo 
adequado nas linhas de 
crescimento elas não 
podem ter pressão sobre 
elas, as que tem pressão 
não crescerão. 
 
 
 
 
 
 
Varus Tibial: Deformidade de fêmur causada pela 
luxação; 
 
Avaliação de Planos Articulares: 
- Pé tem que estar alinhado com a 
tuberosidade tibial; 
 
Alinhamento do Membro Pélvico: 
 
GRAU  MANIFESTAÇÃO CLÍNICA 
GRAU I  Instabilidade apenas na digitopressão 
GRAU II  Luxação espontânea intermitente 
GRAU III  Permanece luxada, mas é redutível à 
manipulação 
GRAU IV  Não redutível 
 
 
Diagnóstico: 
- Primeiramente pelo exame físico 
- Exame de imagem não consegue graduar; 
 
 
Qual melhor exame? 
- Radiografia simples; 
- Radiografia sob sedação em 
posicionamento perfeito para calcular 
CORA;  
- Tomografia computadorizada;  
Em casos onde animal tem mta 
deformidade, quando não consegue nem 
esticar o membro por exemplo. 
- Impressão 3D do membro (Uma alternativa) 
 
 
*Avaliação de Tuberosidade 
Qual melhor tratamento? 
- Conservador;  
- Trocleoplastia simples;  
- Transposição de tuberosidade tibial; 
- Osteotomia corretiva femoral;  
- Osteotomia corretiva tibial; 
 
Trocleoplastia simples;  
Aprofundamento do sulco troclear e 
posteriormente reposicionamento do fragmento 
para ter superfície cartilaginea; 
 
Imbricação de retináculo lateral: 
Luxação patelar medial 
- Pega retináculo e imbrica 
lateralmente(sutura de tensão para a 
patela não voltar a luxar) 
 
Luxações Graus III e IV: 
- Há maiores chances de necessitar de 
osteotomias corretivas  
- Femoral distal;  
- Tibial proximal;  
- Transposição de tuberosidade tibial – TTT; 
 
Rotação interna de tuberosidade tibial com torção 
externa do membro 
Provavelmente será precisoTTT 
Transposição de tuberosidade tibial - TTT: 
- Serra na tuberosidade, se ela está 
lateralizada medializa e se esta 
medializada lateraliza   
 
Osteotomia Femoral distal: 
- Precisa do cálculo do CORA; 
- Feito em cunha e com placa 
- Corte do osso em triângulo retângulo 
 
 
Ruptura de ligamento cruzado cranial: 
 
 
 
Ligamento cruzado Cranial:  
Anatomia – fisiopatologia  
- Componente importante para 
estabilização do joelho;  
- Mantém o joelho estável durante a
extensão e flexão;  
- Limita a rotação interna da tíbia; 
- Limita a hiperextensão do joelho; 
- Limita o deslocamento cranial da tíbia; 
 
Rompimento do ligamento Cruzado Cranial: 
- Causa mais frequente de claudicação em 
cães;  
- Acomete todas as raças, idades e pesos;  
- Maior incidência em cães grandes ecom 
sobrepeso;  
- Ruptura pode ser parcial ou total;  
- Pode ocorrer bilateralmente; 
- Insuficiência: por ser degenerativo 
- Grande parte da incidência não é 
traumática; 
 
 
 
 
 
 
Etiologia traumática: 
- Hiperextensão e torção interna 
 
 
Bowlegged dogs – animais com membros 
arqueados; (mantém ligamento sob tensão) 
 
Animais com Varus é um fator predisponente de 
ruptura de ligamento cruzado 
 
 
Rupturas não traumáticas: 
- Secundária à luxação patelar;  
- Sobrepeso;  
- Doenças endócrinas associadas (HAC); 
- Doenças autoimunes; 
 
Porque a incidência é tão alta em cães quando 
comparada aos humanos? 
- O tempo todo joelho está sobre uma 
rampa que desloca muito, chega uma 
hora que ligamento não aguenta; 
 
Sinais e sintomas: 
- Claudicação, que pode variar para
impotência funcional ​do membro afetado; 
- Apoio em pinça 
 
Diagnóstico: 
Clínico 
- Teste de gaveta + (forçar tibia 
cranialmente, não é fisiológico) 
- Compressão tibial + (deslocamento cranial 
da tíbia) 
- Sensibilidade à hiperextensão;   
- Aumento de volume flutuante (pode estar 
presente); 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Compressão tibial – Tibial trust 
 
Ex complementar:  
- Radiografia sob stress 
 
 
Eminência intercondilar deve estar entre côndilos 
Está deslocada cranialmente  
 
Tratamento: 
- Técnicas com fio X osteotomias 
 
Sutura de Fabelo Tibial: 
- Ainda utilizada em animais leves < 7 Kg; 
- Falhas chegam á 70% em animais pesados; 
- Técnica fácil, de rápida execução;  
- Geralmente neutralizam gaveta e 
compressão tibial 
- Não importa o tamanho do ângulo de 
platô tibial 
 
 
 
Tightrope: 
- Com botões de ancoragem; 
- Técnica de fio 
- Menos complicações que a SFT 
- Neutraliza gaveta e compressão tibial 
- Para animais leves!!! 
 
 
Osteotomias: 
- Demanda por programação cirúrgica 
- TTA até 26º, se tiver maior é contra indicado 
pois terá que avançar muito tento a 
possibilidade de patela deslocar.  
 
TTA -Tibial Tuberosity Advancement: 
- Avanças tuberosidade até o ponto que ela 
fique a 90º(entre plato e patela) do 
ligamento patelar; 
- serragem linear da tuberosidade tibial que 
é avançada cranialmente; 
- Simula que animal pisa em superfície reta; 
- Ainda ​mantém gaveta​, não está amarrado; 
- Compressão tibial ​negativa; 
- Abertura preenchida por tecido ósseo; 
 
Não misturar metais 
 
TPLO - Tibial Plateau Leveling Osteotomy: 
- resultados melhores que a TTA; 
- Serragem para nivelamento do platô tibial 
- Indicadas pera pltos tibias até 40º 
- Neutraliza compressão tibial mas gaveta 
não; 
 
 
Como calcular?   
- Comprimento da circunferência  
- C = 2. 𝛑. r 
- Resultado em mm (de acordo com o raio 
da serra) 
 
 
Afecções cirúrgicas de Quadril 
28.10.2020 
 
Avalia-se coxal, principalmente o acetábulo a           
partir do fêmur (trocanter maior), já que não é                 
possível palpar o coxal diretamente. 
 
Como é avaliado?  
- Crepitação, instabilidade, amplitude de       
movimento, dor 
 
Estabilizadores da articulação coxo-femoral: 
- Ligamento femoral  
- Cápsula articular 
- Conformação óssea articular 
- Músculos (estabilidade ativa) 
 
 
Displasia Coxofemoral: 
 
A displasia coxofemoral é uma anormalidade do             
desenvolvimento ou crescimento da articulação         
coxofemoral, caracterizada por instabilidade,       
arrasamento do acetábulo e alterações na           
cabeça e colo do fêmur, as quais se               
desenvolveram ao longo do primeiro ano de vida               
(animais jovens)​, conduzindo a fenômenos de           
deficiência funcional ao final de um período             
variável 
- Doenças congênitas: o filhote já nasce           
com; 
- Doenças hereditárias: pode ser passada         
pelos pais e manifestada em algum           
momento da vida pelos filhos. Displasia é             
hereditária e não congênita. 
 
NÃO É SINÔNIMO DE: Osteoartrose!!! 
 
Causas: 
Multifatorial  
Lacides articuar, arrasamento acetabular,alteraçoes da cabeça e colo femoral. 
- base genética,  
- tamanho e taxa de crescimento,  
- alimentação,  
- musculatura pélvica,  
- biomecânica articular 
- ângulo de inclinação 
- anteversão da cabeça e colo femoral 
- Castração precoce pode predispor       
(coxofemoral e de cotovelo) 
Distribuição Racial: 
- Rottweiler  
- Golden  
- Labrador 
- Pastor  
 
 
 
Quanto maior o ângulo, maior a deformidade. 
Arrasamento do acetábulo 
Subluxação da cabeça femoral  
Osteoartrose (doença articular degenerativa) 
 
Patogenia: 
- Articulações normais ao nascimento 
- Instabilidade articular e desenvolvimento       
da DCF até 0 6º mês de idade  
● Sinovite, efusão articular,     
espessamento da cápsula articular,       
desgaste anormal e erosão       
acetabular → Osteófitos e       
microfraturas 
 
História e Sinais Clínicos: 
- Cães Jovens (4 - 12 meses):  
Redução ​ ​da atividade 
Claudicação exacerbada por exercícios 
Dificuldade em levantar, subir escadas,         
saltar obstáculos  
"correr como coelho" 
Aspecto retangular dos membros pélvicos  
 
- Cães Adultos: (>12 mese): 
CLaudicação  
Atrofia muscular pélvica 
Hipertrofia muscular torácica 
 
 
Exame Clínico: 
- Amplitude de movimento: Flexão, extensão,         
adução e abdução → Crepitação 
- Frouxidão articular: Manobras de Ortolani         
(Avalia se há subluxação ou luxação, vê a               
redução da cabeça femoral no acetábulo           
conforme vai abduzindo) 
- Manobra de Barlow (feita em bebês           
humanos) faz o contrário da ortolani, luxa a               
cabeça do fêmur) 
- Manobra de Barden: Avalia lacides  
 
Diagnósticos diferenciais: 
Qualquer alteração de membros pélvicos, sendo           
distinguidos pelos testes.  
 
Exame Radiográfico: 
- Projeção ventro dorsal em extensão 
- Projeções em estresse (compressão -         
distração) 
- DAR view ou BAD 
 
 
*Doença poligênica 
 
Estresse - PennHIP 
- Quantitativo o objetivo para avaliar         
frouxidão articular 
- Avaliação prognóstica da ocorrência de         
artrose aos 4 meses 
● Número resultante é chamado de         
índice de distração = DI  
● DI varia de 0 a 1 
● OFA (Orthopedic Foundation for       
Animals) lesões degenerativas após       
2 anos de idade  
● 55% de falsos negativos pelo OFA           
apresentam DAD após 5 anos  
● Quanto < o DI < a chance de DAD;                 
O inverso NÃO É VERDADEIRO 
● Articulação é forçada a luxar;  
● DI x OFA - Cães displásicos pela             
OFA têm DI > 0,3, o inverso não 
 
DAR ou BAD view: 
- Dorsoventral 
- Avaliação da borda acetabular dorsal 
 
Tratamento: 
Conservativo - Paliativo: 
- Indicações: cães pet ou com mais de 18               
meses, sintomáticos leve 
- Controle de peso 
- Exercícios de baixo impacto 
- Antiinflamatórios e condroprotetores 
- Implante de ouro 
- Acupuntura 
 
Cirúrgico: 
 
 
Cirurgias de Prevenção: 
- Osteotomia tripla ou dupla da pelve 
- Osteotomia intertrocantérica varizante 
- Acetabuloplastia 
- Sinfisiodese púbica juvenil  
 
Osteotomia Tripla da Pelve: 
Rotação acetabular por sobre a cabeça do fêmur 
 
Indicações: 
- Pacientes até 10 meses; 
- Ausência de osteoartrose  
 
Contra Indicações: 
- Pacientes com mais de 10 meses 
- Osteoartrose 
- Arrasamento acetabular 
 
Dupla: Ílio e Púbis (Não mexe no ísquio) 
 
 
Osteotomia Intertrocantérica Varizante: 
Correção do ângulo de inclinação e anteversão 
 
Indicações: 
- Pacientes até 10 meses 
- Ausência de osteoartrose 
- Coxa valga (deformidade femoral) 
 
Contra-indicações: 
- Pacientes com mais de 10 meses 
- Osteoartrose 
- Arrasamento acetabular 
 
A função do ligamento não fica melhor, a lacides                 
continua existindo mas melhorou a conformação           
articular 
 
 
Alongamento do Colo femoral: 
Maior encaixe entre a cabeça do fêmur e               
acetábulo; 
 
Indicações: 
- Pacientes com cobertura muscular       
insuficiente 
- Colo femoral curto (Chow chow, Akita) 
- Pacientes jovens 
Cirurgias de Prevenção  Cirurgias de Alívio 
Previnem a progressão 
da osteoartrose por 
aumentar a superfície 
de contato articular 
Eliminar a dor 
Sinfisiodese púbica Juvenil: 
 
Gerar cobertura acetabular sobre a cabeça           
femoral 
Cauterização na região da sínfise púbica 
Resultado similar a osteotomia tripla ou dupla 
  
Indicações: 
- Jovens 4 a 6 meses de idade 
- Profilático 
- Eletrobisturi 
 
Contra-indicação: 
- Osteoartrose 
 
 
 
Cirurgias de Alívio: 
 
- Pectineomiectomia  
- Denervação capsular  
- Prótese total do quadril  
- Amputação do colo e cabeça do fêmur 
 
 
Pectineomiectomia: 
Remoção de uma parte do músculo pectíneo 
Indicada para pacientes que tenham contratura           
na região e dor 
 
Indicações: 
- Pacientes jovens 
- Situações que impediriam procedimentos       
agressivos 
 
 
Denervação Capsular: 
Remoção das terminações nervosas da cápsula           
articular  
Osteoartrose  
Curetagem em região de periósteo  
 
Indicações: 
- Pacientes com dor em articulação do           
quadril 
  
Prótese coxofemoral: 
Substituição articular 
Indicações: 
- Pacientes com osteoartrose  
- Insucesso após ACCF (Amputação da         
cabeça do colo femoral) 
- Cães com mais de 15 kg 
 
Contra-indicação: 
- Cães assintomáticos 
- Infecções, animais jovens, neuropatias,       
outras condições ortopédicas 
Amputação do Colo e Cabeça do Fêmur: 
Eliminação da articulação (cabeça e colo           
femoral) 
 
Indicações: 
- Pacientes com osteoartrose severa e dor 
- Subluxação/ luxação acompanhadas de       
dor 
- Pacientes pequenos para prótese 
- Pacientes que não responderam bem a           
denervação 
 
Contra-indicação: 
- Animais pesados (pensar muito bem) 
- Subluxação e luxação sem dor 
- Coxofemoral assintomáticos 
 
 
Necrose asséptica da cabeça do Fêmur: 
 
Primeiros relatos em 1735 
Doença que resulta em colapso da epífise da               
cabeça femoral decorrente de uma situação de             
isquemia. 
 
 
Etiologia: 
- Interrupção do fluxo sanguíneo 
- Evento isquêmico de origem       
desconhecida: tamponamento dos vasos       
intracapsulares subsinoviais 
- Fraturas da cabeça e colo femoral 
- Ação hormonal e maturidade precoce 
- Doença multifatorial hereditária -       
Manchester terrier  
 
Epidemiologia: 
- 3-13 meses de idade (7 meses) 
- menos de 10 kg 
- Sem predileção sexual 
- Normalmente unilateral (bilateral 12 -15%) 
- Raças toy e terrier os mais acometidos 
 
Sinais  
- Dor 
- Irritação 
- Sensibilidade na movimentação da       
articulação 
 
Diagnóstico: 
- Exame físico - abdução e extensão articular 
- Atrofia muscular, claudicação 
- Exame radiográfico  
- Ressonância magnética 
- Classificação de Steinberg - graus I - VI 
- Diagnóstico feito geralmente quando já há           
uma fratura patológica ou quando animal           
tem dor importante. 
Atrofia muscular significativa, que significa que já é               
crônico. 
 
Tratamento: 
Ressecção da cabeça e colo femoral           
(colocefalectomia) 
 
 
Luxação Coxofemoral: 
Origem do Trauma (90% das luxações em             
pequenos animais) 
Traumáticas! 
 
Acontece para qualquer direção: 
- Dorso cranial ​- mais comum 
- Dorso caudal 
- Ventro caudal 
- Ventro cranial 
 
Sintomatologia: 
- Claudicação 
- Posição do membro 
- Impotência funcional 
- Dor 
 
Diagnóstico: 
- Histórico 
- Teste do polegar  
- Triângulo palpável (Asa do Ílio,trocanter         
maior e ísquio) 
 
 
Tratamento: 
Redução fechada: 
- Indicado quando a luxação é recente,           
menos de 24h e com boa conformação             
articular 
- Fazer tipoia 
 
Redução aberta: 
Cirurgicamente: 
- Indicado quando trauma passou de 24h.           
paciente recidiva da redução fechada. 
- Parafuso âncora ou sutura ilio trocantérica  
- Toggenpin (mimetiza ligamento femoral) 
- Última opção: colocefalectomia e prótese         
total de quadril 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coluna Vertebral: 
04.11.2020Anatomia: 
- 7 vértebras cervicais 
- 13 vértebras torácicas 
- 7 lombares 
- 3 sacrais  
- Coccígeas variam 
- Disco intervertebral (um local não existe           
articulação por disco intervertebral - entre           
atlas e áxis, é feita por ligamentos e               
processo odontóide) 
 
 
Região das costelas é onde há maior estabilidade,               
pois confluem para o externo   
 
Hérnias ocorrem mais em:  
- cervical,  
- transição toracolombar e lombar  
- algumas protusões em região lombo sacral 
 
Casuística: 
- Doenças do disco intervertebral 
- Trauma 
- Instabilidades congênitas 
- Deformidades degenerativas 
- Neoplasias 
 
A visão do cordão medular como estrutura nobre e                 
delicada em uma caixa óssea estanque. 
- Que fenômenos acometem o cordão         
medular diante das diferentes etiologias         
causadoras de injúria? 
Neoplasia 
Síndrome compartimental ocorre em       
qualquer situação onde haja aumento de           
pressão e órgão perca sua perfusão. 
 
Lacerações / Esmagamentos: 
- Causadas por ferimento penetrante ou         
fraturas e luxações graves.  
- São causadoras de lesão direta com           
ruptura parcial ou total do cordão medular             
e vasculatura local. 
 
Compressões: 
- Podem se estabelecer sob alta ou baixa             
velocidade,  
- Causadoras de processo isquêmico       
compartimental,  
- Nas ocorrências de alta velocidade         
associa-se fenômeno de contusão,  
- Alta velocidade: fragmentação ou sub         
luxação traumática, extrusões discais,   
- Baixa velocidade: neoplasias, extrusões       
discais. 
 
Contusão: 
- Onda de choque no trauma raquimedular 
- Contusões nas extrusões discais de alta           
velocidade. 
 
Diagnóstico: Tomografia com contraste       
(mielotomo) 
 
 
Síndrome compartimental raquimedular:  
“ O SEGUNDO TRAUMA” 
- cadeia de eventos que se retro alimenta:   
● Injúria inicial › edema local ›           
isquemia › amplificação do edema ›           
amplificação da isquemia.   
● COMPRESSÃO DIRETA X QUADRO       
EXPANSIVO 
 
Mielomalácia: 
- "Morte"do sistema nervoso central 
- Processo irreversível, não preditivo,       
resultante em necrose aguda, hemorrágica         
e progressiva da medula espinal, que           
termina em sua liquefação e se estabelece             
a partir de foco isquêmico pontual;  
- Evolui invariavelmente para óbito por         
disfunção ventilatória;  
- Incide em 5 a 11% dos casos de isquemia                 
medular localizada;  
- Pode ocorrer em hérnias de compressão           
graves 
- Pode estabelecer-se por fenômeno       
reperfusão loco regional; 
 
 
Tipos de compressão com base anatômica: 
- Extradural  
- Intradural e extramedular 
- Intramedular 
 
 
 
 
Exame físico - Postural: 
- Animais com dor cervical tendem à ficar             
com a cabeça baixa;  
- Apresentam cifose em dores       
toraco-lombares;  
- Dor abdominal referida: a dor         
toracolombar irradiou para abdomen; 
- Flexionam região lombar e tendem à jogar             
o peso para os membros torácicos em             
dores lombo-sacrais (flanco baixo); 
 
Propriocepção consciente:  
- Déficits torácicos e pélvicos 
 
 
Aplicados à região cervical - DOR: 
- Ventro flexão  
- Dorso flexão  
- Lateralização direita e esquerda 
 
Déficit proprioceptivo 
 
Déficit sensitivo 
- Dor profunda e reflexo 
Schiff - Sherrington 
- Lesões toracolombar  
- Paralisia flácida de membro 
- Olhar para as estrelas  
- Muita dor  
- Membros torácicos esticados 
 
 
Doença do disco intervertebral - DDIV: 
Funções biomecânicas do DIV: 
- Núcleo Pulposo – 80% água  
- Atua como um amortecedor hidráulico,         
dissipando forças compressivas; 
- Proporciona mobilidade e estabilidade       
para a coluna vertebral; 
 
Falhas biomecânicas do DIV: 
Falhas Biomecânicas do DIV​: 
- Exercícios extenuantes e Trauma podem         
levar à protrusão / extrusão do NP não               
degenerado - extrusão aguda não         
compressiva de núcleo pulposo;  
- Alta velocidade; 
 
DDIV em condrodistróficos: 
- DDIV precoce;  
- Componente genético – síntese aberrante         
de matriz extracelular do NP;  
- Ocorre em toda coluna;  
- Principalmente em cervical e transição         
toraco-lombar;  
- Ruptura do AF (anel fibroso) e extrusão do               
NP (Hansen tipo I); 
 
Hansen tipo I​ - Ruptura (extrusão)  
Hansen tipo II​ - Deslocamento (Protrusão)  
Hansen tipo III ​- Hérnias de alta velocidade  
 
DDIV em raças não-condrodistróficas​:  
- Ocorre gradualmente;  
- Menos traumáticas - baixa velocidade;  
- Protusão do DIV e ligamento longitudinal           
dorsal - Hansen tipo II;   
- C5-C7 – L7-S1 são mais frequentes; 
- Desloca mas não rompe. 
 
 
 
 
Síndrome de Wobbler (Espondilomielopatia 
cervical) 
- Doença de base congênita com         
predisposição racial;  
- Acomete animais de raças grandes e           
gigantes;  
Doberman, terra nova, São Bernardo,         
rottweiler  
- Causa compressão cervical (forma discal e           
óssea); 
 
Animais Jovens: 
- Estenose do canal/forame vertebral  
- Hipertrofia ligamentar  
- Subluxação vertebral  
- Hipertrofia do processo articular 
 
Animais Adultos (7-8 anos): 
- Compressão discal 
Diagnóstico: 
- Radiografia – triagem/obsoleta  
- TC – boa definição de alterações ósseas –               
perda de definição de tecidos moles           
(medula);  
- RM  
 
Tratamento: 
- Conservador - fisioterapia, acupuntura,       
anti-inflamatório, analgésico (sintomas     
neurológicos brandos).  
- Cirúrgico – indicado quando o tratamento           
conservador não surtir efeito satisfatório ou           
quando houver déficit neurológico       
importante 
 
Cirúrgico: 
Se baseia em técnicas de descompressão:   
- Laminectomia dorsal, slot ventral,       
foraminotomia.   
Técnicas de estabilização/ distração cervical         
(quando há colapso do processo articular ou             
hipertrofia de ligamento): 
- placas ósseas / cages 
 
Caso Clinico: 
Philip, Lhasa,​ instabilidade atlanto-axial grave: 
- Toys, jovens <1 ano;  
- Sem histórico de trauma;  
- Tetraparesia intermitente;  
- Alterações respiratórias; 
Tratamento cirúrgico com objetivo de estabilizar a             
articulação 
 
 
 
 
Os casos graves com demanda por           
descompressão cirúrgica deveriam ser       
diagnosticados e abordados cirurgicamente em         
até 24 horas. 
Princípios Gerais da Cirurgia de Coluna: 
- Características gerais 
- Objetivos 
- Técnicas cirúrgicas rotineiras 
- Casos 
 
- Exige conhecimentos técnicos em cirurgia         
geral, ortopédica e neurocirurgia,  
- Exige instrumentação delicada e de baixo           
trauma,  
- Instrumentação específica e ambientação       
com implantes,  
- A sedução da atuação de baixa expertise:             
A combinação de: proprietário       
desesperado + cirurgia bem remunerada +           
baixa obrigatoriedade de resultados 
 
Demandas Para cirurgia:  
- Instalações de centro cirúrgico e         
posicionamento do paciente e       
equipamentos; 
- Instrumental cirúrgico e equipamentos 
- Insumos e implantes específicos 
- Serviço anestésico robusto 
- Suporte pós operatório de internação 
 
Questões Diagnósticas: 
- Não existe cirurgia da coluna vertebral de             
caráter exploratório; 
- O planejamento cirúrgico deve ser levado           
ao extremo 
- Os diversos exames de imagem têm cada             
qual sua aptidão no fornecimento de           
informações 
 
Exame radiográfico Simples: 
- Configura-se como diagnóstico de mera         
triagem 
- É definitivo para fraturas ou luxações graves 
 
Mielografia: 
- Apresenta restrições severas quanto à         
definição do plano cirúrgico ou até mesmo             
diagnóstico definitivo; 
 
Tomografia - Mielotomografia: 
- Tem ótima acuidade para definição         
diagnóstica, mas com limitações 
- Aptidão para diferenciaçãode tecido         
ósseo ou mineralizados (tal qual o RX) 
- Apresenta limitações na diferenciação de         
texturas dos tecidos moles (hematomas,         
neoplasias) 
 
Ressonância Magnética: 
- Aptidão para refinamento da       
diferenciação de tecidos moles 
 
Objetivos da Cirurgia:  
- Profilaxia das compressões  
- Descompressão 
- Estabilização 
- Biópsia 
 
Objetivos x Técnicas Cirúrgicas Rotineiras: 
- Profilaxia​ = fenestração,  
- Descompressão = Hemilaminectomia,     
Laminectomia dorsal, Slot Ventral       
(corpectomia)  
 
- Estabilizações = Implantes de Estabilização         
intervertebral 
- Biópsia óssea ou acesso para biópsia           
raquimedular. 
 
Fenestrações do disco: 
Aplicabilidade: Profilaxia de hérnia  
Pontos positivos e negativos: Disco vai realmente             
romper?  
 
Fenda ventral - Slot ventral: 
Aplicabilidade: Vértebras cervicais   
Pontos positivos e negativos: inviável em lombar e               
sacral, cirurgia difícil; 
 
Minilaminectomia   
Aplicabilidade: Mini acesso ao canal medular,           
remoção de conteúdo, descompressão pequena 
Pontos negativos: Acesso pequeno 
 
Hemilaminectomia: 
Aplicabilidade: Usado em vértebras torácicas,         
toracolombares, lombares para remover conteúdo         
ou biopsiar. 
Janela grande de descompressão   
Pontos negativos: 
 
Laminectomia Dorsal 
Aplicabilidade: Cervical, torácica, lombo sacra,         
meramente descompressiva 
Pontos negativos: Destrói dois processos articulares,           
não faz em hérnia! 
 
Estabilizações Vertebrais  
- Uso de material ortopédico convencional,  
- Cimento ósseo,  
- PLACAS BLOQUEADAS,  
- Estabilizadores de coluna

Outros materiais