Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Clínica de Pequenos IV Adriana Valente de Figueiredo Maria Paula Santana Lima 26.08.2020 Afecções Cirúrgicas do Sistema Respiratório Superior Síndrome do Braquicefálico - Estenose de narina; - Prolongamento de palato(pele e mais longa porém espaço é mais curto); - Anomalias brônquios, laríngeas e traqueais (hipoplasia) - Doenças gastro esofágicas associadas por ter dificuldade respiratória. O que é? - Um conjunto de alterações anatômicas que levam à angústia respiratória. - Raças mais acometidas: Bulldogs, Pug, Shih tzu, lhasa apso. - Crânio mais curto, inclinado e largo Distrição: Inspiratória: Dificuldade durante inspiração, relacionada a via aérea superior; Expiratória: Dificuldade durante expiração, relacionada a via aérea inferior; Mista: Dificuldade em todos momentos da respiração Sinais/ Sintomas: - Sintomas de via aérea alta; - Dificuldade para troca de calor; - Ofegação; - Stress; - Intolerância ao exercício, - Dispnéia inspiratória; - Ronco; - Cianose; - Síncope. Pugs: - Rotação dorsal do maxilar; - Sinus frontal minúsculo ou ausente; - Proporção crânio-facial menor que buldog inglês e francês Estenose de Narina: - Alterações nasais fechadas dificultando a entrada de ar pelas narinas; - Congênita; - Mais comum em Shih Tzu e bulldog francês; - Animal apresenta dispnéia inspiratória; - Diagnóstico pela inspiração direta. - Quanto tirar de triângulo? Sempre tentar tirar o mínimo possível; Prolongamento de Palato: - Hiperplasia do palato mole; - Durante a inspiração o palato mole obstrui a entrada de ar da glote, gerando um efeito de vácuo nas vias aéreas; - Esse vácuo pode causar alterações em vias aéreas superiores levando à eversão de sacos laríngeos e vias inferiores, como colabamento de brônquios; - Bulldog Inglês, Francês, Pug, Cavalier King Charles Spaniel. Sinais/ Sintomas: - Ruídos respiratórios - roncos; - Dispnéia inspiratória; - Intolerância ao exercício. - Dificuldade para trocar calor - heat stroke; - Síncope em casos mais graves. Diagnóstico: - Inspeção direta; - Tomografia computadorizada; - Endoscopia; - Radiografias torácicas são indicadas para avaliar eventuais alterações pulmonares secundárias. Tratamento cirúrgico: Estafilectomia - Posicionamento: esfinge, melhor por conta de edema - Sutura: Complicações em sutura simples contínua; Ponto simples interrompido; Nylon, Poliglecaprone (Monocryl). ↳Vicryl não pode! Pós Operatório de Prolongamento de Palato: - Antibioticoterapia; - Antiinflamatório; - Analgesia; - Jejum não é indicado pois animal deve estar nutrido para uma melhor recuperação. O indicado é dar uma alimentação mais pastosa, não dar em grandes quantidades e sim aumentar a frequência para que o animal coma pequenas quantidades mais vezes ao dia, diminuindo a afobação ao comer. Hipoplasia de traqueia: - Bulldog Inglês - Luz da traquéia é menor - Não tem o que fazer. Anomalias Laríngeas - Anatomia Eversão de Sacos laríngeos: - Eversão da mucosa que reveste as criptas laringeanas; - Primeiro estágio de colabamento laringiano; - Ocorre devido à alta pressão negativa gerada nas vias respiratórias secundária à síndrome do braquicefálico. Sinais/ Sintomas: - Dispnéia leve a intensa; - Ruídos respiratórios; - Esforço respiratório e ofegação constante; - Tutor relata alterações / ausência no latido. Diagnóstico: - Inspeção direta com animal anestesiado; - Endoscopia; - Radiografia torácica. Tratamento conservador: Quando? - Corticóide se não houver contra indicações; - Antiinflamatório; Quando Operar? - Quando tiver características tumorais, o que é raro; - Recidiva; Necessita equipamentos como bisturi eletrico; - Prognóstico reservado a ruim. Pós Operatório: - Antibiótico; - Antiinflamatório; - Analgesia Turbinados Nasais Aberrantes: - Cirurgia a laser; - Recidivas; - Relacionados a regulação da temperatura do ar ao inspirar. Alterações Gastro Esofágicas associadas: - Disfagia; - Vômito; - Regurgitação; - Secundárias ao esforço respiratório; - A pressão negativa torácica excessiva decorrente do esforço respiratório contribui para o animal ter refluxo esofágico, que contribui com com a inflamação na laringe - mais frequente em bulldog francês. Colapso de Traquéia: Definição: - Degeneração progressiva da cartilagem traqueal (condromalácia) acompanhada de frouxidão do músculo traqueal dorsal, resultando em achatamento dorso-ventral da traquéia. - Etiologia desconhecida – componente genético. Incidência: - Cães de meia idade/ idosos; - Raças miniaturas e toys; - Spitz Alemão, Chihuahua, pug, poodle, maltês, yorkshire; - Rara em gatos; - Não há predisposição sexual. Manifestações Clínicas: - Tosse intermitente; - Respiração ruidosa; - Em casos mais graves síncopes e sinais de obstrução. Diagnóstico: - Radiografia cervical torácica; - Endoscopia; Tratamento concervador: - Emagrecimento; - Corticóides; - Antitussígenos (vibral); - Antibióticos (infecções secundárias). *Transição cervical e entrada do tórax é o local de maior incidência de colapso. Tratamento cirúrgico - Stent Traqueal - Indicado para Grau 3 e 4 para evitar que animal morra, tem muitas complicações; - Necessário endoscopista, fluoroscópio se possível ou radiografia para saber o ponto certo de disparar stent. - Não deve ser disparado muito perto da carina da traqueia pois estimula tosse e nem muito em região cervical. - Complicações: Formação de mta secreção, tosse, cílios perdem parte da função, ↳Migrar ↳Fraturar ↳Mal posicionamento (próximo à carina) ↳Reação inflamatória. Paralisia de laringe Principalmente em Labradores, chihuahua, golden, pugs associados à condromalácia; Laringe: - Compartimento intermediário das vias aéreas, estrutura-se como caixa cartilagínea composta por peças articuladas entre si. - Detém intrincado mecanismo neuromuscular de funcionamento, que garante as complexas funções de vocalização, deglutição e ventilação. Anatomia: - Formada por 5 peças cartilagíneas: Epiglote, Aritenóides (2), Cricóide e Tireóide; - Articulam-se entre si por articulações fibrosas ou sinoviais. O que é? - Déficit Neuromuscular de diferentes gradientes, e portanto com gravidade clínica variável, que acomete a inervação laringeana COMPROMETENDO especialmente o tônus das aritenóides e cordas vocais. - Tem tendência a ser progressiva. - Distúrbios de Deglutição e complicações Pulmonares secundárias podem estar presentes Musculatura: Mobilizada por músculos intrínsecos que modulam tamanho, forma e posição da glote, bem como diâmetro luminal da via aérea. Inervação: - Todos os músculos intrínsecos são inervados pelo N.Laringeano caudal, exceto o músculo cricotireóideo que é inervado pelo N. Laringeano Cranial; - Tal inervação é segmento terminal do N. laríngeo Recorrente Motricidade Laringeana: - A entrada laringeana é denominada rima glottidis. Em situação de repouso, a rima glottidis apresenta-se fechada. - Sob demanda ventilatória, as cartilagens aritenóides são rotacionadas lateralmente, especialmente por ação do m. cricoaritenóideo dorsal, aumentandoo diâmetro da rima glottidis. - O comprometimento neuropático da laringe, em muito associado à inervação do N. Laringeano Caudal, impacta amplamente a musculatura intrínseca da laringe. - As disfunções motoras tanto comprometem a ventilação inspiratória, quanto o intrincado processo de deglutição. Epidemiologia: - Acomete animais de raças grandes e gigantes; - Os retrievers são particularmente susceptíveis; - O paciente típico é o labrador macho de meia idade; - Raramente acomete gatos. Etiologia: - Congênita: Reconhecida em Bouviers des Flandres, Huskies, Dálmatas, Staffordshire bull terriers e Rottweilers. - Adquiridas: Idiopática (fator genético racial?); Secundária a Polineurite (degeneração nervosa generalizada) ou endocrinopatia, especialmente hipotireoidismo; Trauma, iatrogenia (cirurgias cervicais torácicas), Neoplasias e infecção loco regional. ↳Nesse caso será unilateral Quando Suspeitar? - Grande parte da coleta de informações que levam ao diagnóstico da PARALISIA DE LARINGE pode ser obtida na anamnese e observação do paciente; - O diagnóstico definitivo é pela inspeção direta ou indireta da laringe sob estímulo funcional. - Respiração ruidosa com som de serrote Distúrbio Ventilatório: - O distúrbio ventilatório inspiratório se manifesta em diferentes gradientes, podendo manifestar-se desde a intolerância ao exercício à distrição severa: Mudança comportamental; Intolerância ao exercício; Distrição eventual; Síncopes; Asfixia grave. Disfonia: - A hipotonia ou atonia da musculatura intrínseca impede o tensionamento das pregas vocais: Relato de alterações graduais no timbre do latido; Animal afônico Tosse: - Traqueíte ou Traqueobronquite: Processos aspirativos já que também o mecanismo de deglutição é comprometido pela hipotonia dos diversos músculos intrínsecos; Fechamento incompleto da rima glottidis; Mecanismo de esforço inspiratório crônico. - Pode haver agravo desta condição na presença de regurgitação por megaesôfago. Diagnóstico Diferencial: - Demais condições causadoras de distrição respiratória alta (síndrome do braquicefálico e colapso traqueal - só acomete raças pequenas) - Neoplasias do segmento orofaríngeo e laríngeo; - Pneumonias primárias; - Pneumo cardiopatias. Diagnóstico Definitivo: - Inspeção Indireta - Laringoscopia: Soma a possibilidade do diagnóstico de distúrbio morfofuncional dos demais segmentos e vias aéreas: Laringites, Colapsos traqueais, colapsos brônquicos. Documentação médica. *Flutter tremor na laringe porém, não se abre - A condição adequada de sedação/ anestesia para a inspeção da mecanica laríngea exige a adoção de protocolos NÃO INIBITÓRIOS DO REFLEXO DE PROTEÇÃO LARÍNGEO. - Protocolos combinados de Acepromazina + Propofol e Quetamina + Diazepam INIBEM A MOTILIDADE LARÍNGEA em 50% dos casos; - Entre os protocolos recomendados pode-se considerar ao uso de Acepromazina + Opioide e indução por máscara de Isofluorano. Diagnóstico das causas de base: - As endocrinopatias especialmente o hipotireoidismo devem ser confirmados por triagem de perfil laboratorial metabólico; - Exame neurológico amplo deve ser aplicado de maneira seriada para diagnóstico de polineurite. Diagnósticos Correlacionados: - O padrão pulmonar radiográfico deve buscar sinais de sensibilização inflamatória pulmonar por padrão crônico de esforço inspiratório; - A distrição inspiratória somada a comportamento paradoxal da laringe (contração da rima glottidis na inspiração) pode ser catastrófica na geração de vácuo inspirativo. - Efeito Bomba de Vácuo Pulmonar: Sensibilização pulmonar para processos de edema intersticial por efeito de bomba de vácuo Terapêutica de suporte: - Abordagem antiinflamatória baseada em uso de corticóides; - Sedação: contrapor o efeito de bomba de vácuo pulmonar; - Medidas de combate à situação de edema pulmonar; - Oxigenioterapia; Sala de emergência: Grave Hipóxia sistêmica: Sedação/ oxigenioterapia → Anestesia geral → Intubação → Ventilação mecânica → Traqueostomia de retorno. Cricoaritenoidepexia: Substitui o músculo cricoaritenóideo. Faz-se uma ligação da cartilagem cricóide com a aritenóide (unilateral) Fio não absorvível Acesso anatômico exato (por fora da cavidade oral, é feito pelo pescoço) Prognóstico: - Favorável dependendo da causa de base; - Predispõe a pneumonia aspirativa meses ou anos após a cirurgia; - Persistência da tosse ou engasgos ocorre em 16 - 28% dos casos; uso de antitussígeno pode ser considerado. - Persistência da intolerância a exercícios em 23% dos casos; - Falha cirúrgica em 0 a 8% dos casos. Fio de sutura que arrebenta ou a cartilagem que rasga. Paralisia unilateral, indicar ou não a cirurgia? Não é necessário, quando há paralisia unilateral não vão apresentar sintomas da paralisia bilateral. Sistema Respiratório Inferior: 02.09.2020 Cavidade Torácica: - Pressão negativa - vácuo; - Expansão da cavidade torácica no movimento respiratório; - Auscultação clara; - Percussão - som claro; - Bulhas cardíacas normofonéticas. Trauma Torácico: - Contuso - Perfurante A física por trás do trauma: - Conceito da onda de choque: energia de um ponto propaga a outros pontos; - Conceito massa X dissipação. Quanto maior a massa, maior a capacidade de dissipação e absorção de impacto o corpo tem Quando mordedura é em traqueia cervical faz enfisema subcutâneo em pescoço. Pneumotórax Ocorre por perfuração de via aérea - Acúmulo de ar no espaço pleural; - Perda da pressão negativa Apresentação Clinica: - Dispnéia / Taquipnéia; - Taquicardia; - Mucosas cianóticas; - Som timpânico à percussão; - Enfisema subcutâneo pode estar presente - Auscultação - Ausência de sons respiratórios Tipo: Pneumotórax fechado/ hipertensivo: - Lesão pulmonar/ bronquiolar ou traqueal onde há escape de ar da via aérea para o espaço pleural - Ar acumula no tórax, aumentando pressão e fazendo com que o pulmão não expanda (pulmão colaba) - Emergência Pneumotórax Aberto - No lado afetado fica inaudível, para de fazer som; - Ferimentos perfurantes, ocorre quando entra ar do meio externo para a cavidade torácica; - Perda da pressão negativa - Pulmão perde capacidade de expansão - Colabamento Causas: Traumático: Atropelamento, brigas, queda, etc.. Iatrogênico: Barotrauma, intubação traqueal, perfuração de lobo em toracocentese Espontâneo: Neoplasias, cistos, abscessos, granulomas... Contusões: "Pancada" trauma - Cardíacas: ● Alterações de condução; ● Tamponamento cardíaco - Pulmonares - Ruptura diafragmática - Ruptura de traquéia - Hemotórax - Fratura de costelas Flail - Chest: - Respiração paradoxal; - Ocorre quando há fratura de costelas (principalmente quando é mais do que uma costela) ↳Estabilização das fraturas: Fio de aço - Cerclagem! Diagnóstico rápido e estabilização do paciente: Primeiro objetivo: Restabelecer a pressão negativa! - Semiologia - Toracocentese ● Diagnóstico terapeutico; ● Entre 7º e 9º EIC (em borda cranial da costela) ● Líquido? Ar? ● Cateter calibroso, equipo, torneira de 3 vias, luva estéril; ● Bloqueio paracostal se houver tempo- T- FAST (Focused Assessment Sonography For Trauma) US focado para trauma - Radiografias / TC torácicas ● Coração flutuante, consegue visualizar lobos - Toracotomia Exploratória - Dreno Torácico: ● Para quando precisa realizar várias punções ● Incisão de pele, divulsionar subcutâneo até 7º a 9º EIC ai sim atravessa cavidade, é necessário tunelização para que distância entre meio externo e interno seja maior - Dreno Selo d'água - Dreno Torácico - Válvula de Hemlich Tratamento: - Sedação / analgesia; - Estabilização do paciente com toracocentese / dreno torácico; - Reconstrução cirúrgica da parte torácica se houver demanda - Toracotomia exploratória corretiva Pós Operatório: - Animal com dreno torácico fica internado, por uns 3 dias - Atb - Antiinflamatório - Suporte para dor - Orientar o tutor a não deixar com outros cães e se apresentar problemas voltar ao hospital imediatamente PDA - Persistência do Ducto Arterioso Ducto Arterioso – Definição - Derivado do 6º arco aórtico - Conecta a artéria pulmonar à artéria aorta na vida fetal - Se fecha completamente entre 7-10 dias após o nascimento - Além deste período é considerado patente – Persistência do Ducto Arterioso (PDA) - Gera ICCE Apresentação clínica - Mais frequente em cadelas de raça pura - Pode acometer gatos (raro) - Maltês, Spitz, Pastor de shetland, Yorkshire, Poodle miniatura e toy, Bichón frisé - Base genética em Poodles - Aumento de O2 inibe a prostaglandina e ocorre vasoconstrição local - Defeitos histológicos – falha de musculatura e déficit de elasticidade; - Em humanos está relacionado com partos prematuros, altas taxas de prostaglandina, e mãe portadora do vírus da Rubéola. Sinais e Sintomas - A maior parte permanece assintomática ou apresenta apenas intolerância à exercícios - Tosse ou dispnéia em casos mais avançados - Fraqueza de membros posteriores em casos com fluxo reverso (sangue vai da pulmonar para aorta pelo ducto). Exame físico Auscultação Cardíaca – som de maquinário – Murmúrio de Gibson Frêmitos palpáveis no tórax Auscultação pulmonar – pode haver crepitação - Edema Pulso hipercinético (pulso em martelo d’água) - rápida saída de sangue da aorta, queda da pressão em diástole a níveis mais baixos que os normais Cianose ”diferencial”- cianose presente em em mucosas caudais, com as mucosas craniais normais. Exames complementares: Eletrocardiograma – Ondas R altas por causa de uma ampla pressão de pulso Ecocardiograma – detecta a presença do duto patente – aumento de átrio, dilatação ventricular, dilatação de artéria pulmonar, aumento da velocidade de ejeção aórtica, doppler turbulento reverso característico na artéria pulmonar Radiografia torácica – Cardiomegalia, dilatação de átrio e ventrículo esquerdo, pulmões hipervascularizados ou com sinais de edema, Exames laboratoriais: Policitemia (↑hemácias) – resposta medular com aumento de eritropoetina devido à hipoxemia crônica (pq parte do sangue está em hipóxia) Tratamento cirúrgico: Ligadura direta do ducto arterioso - Fluxo reverso a cirurgia é contraindicada Prognóstico: Favoráve Fraturas e Osteossínteses 09.09.2020 Osso: - Suporte e proteção aos órgãos; - Reservatório de minerais e gordura; - Hematopoiese; - Alavanca para a musculatura; - Tecido conjuntivo; - Altamente vascularizado e metabolicamente ativo; - Matriz extracelular; Periósteo→ cortical→ osso esponjoso/canal medular → endósteo Epifise → Extremidades (proximal e distal) Metáfise → Área abaixo da epífise, transição entre extremidade e meio, onde há linha de crescimento; Diáfise → Parte central dos ossos longos *Sem vascularização não há consolidação óssea; Ossificação é diferente de consolidação. Ossificação é a formação do osso. Ossificação intramembranosa: Ossos chatos - Crânio - Cresce do centro para os lados; Ossificação endocondral: Ossos longos - Cartilagem hialina - Matriz óssea - Crescimento longitudinal dos ossos longos; - Ciclo de crescimento bifásico (rápido primeiros 4 meses e lento após 6 meses) Lei de Wolff: Osso é extremamente influenciado por fatores externos; Exame Ortopédico: - História - Observação - Palpação - Flexão / extensão - Exames específicos: Raio x TC e RM Observação / Inspeção: - Estação x Tempo - Marcha x Claudicação x Ataxia - Observação do membro afetado - Sentar / levantar - Subir /descer - Estado corporal Palpação: - Iniciar de distal para proximal - Avaliar dor - Avaliar aumento de volume - Temperatura; - Flexão / extensão / lateralização ● Crepitação ● Dor ● Instabilidade - Assimetria muscular Suporte a vida: - ABC trauma - Trauma neurológico; - Trauma abdominal; - Trauma urinário; - Trauma ortopédico *É fundamental analisar o estado geral do animal e não só uma fratura, o é muito mais importante o estado geral do paciente, avaliar as outras estruturas como bexiga, intestino, pulmão, etc.. Exame complementar: - RX em duas projeções Tratamento: - Qual a melhor escolha? Quando é cirúrgico? Biomecânica das fraturas: - F = M . A - Quando uma força é aplicada sobre um objeto, em uma direção oposta, o objeto se deforma do estado original. Deformidade elástica - Ao retirar a força ele volta a forma normal - Limite elástico: o objeto perde a capacidade de voltar a forma normal (microfratura) Deformidade plástica - O objeto sofre deformação progressiva permanente Fratura: - O osso é incapaz de resistir a deformidade e se rompe; - Fraturas de baixa velocidade: Fratura simples e pouca energia, pouco dano aos tecidos adjacentes - Fraturas de alta velocidade: Múltiplas linhas de fraturas, muita energia, muito dano aos tecidos adjacentes Forças que atuam nas fraturas: Arqueamento: - Tensão de um lado e compressão de outro - Diferente de flexão Torção: Axial: - Compressão: - Tensão/ Distração: Classificação das fraturas: - Causa; - Comunicação com meio externo; - Localização, morfologia, direção - Estabilidade e redução Causa: - Trauma; - Fraturas patológicas Hiperparatiroidismo Neoplasia Cisto Osteomielite Aberta: Grau I: - Baixa energia - Fratura simples - Dentro pra fora - Fragmento ósseo Visível ou não - Ferida menor de 1cm - Tecidos adjacentes pouco comprometidos - Rádio Ulna e tíbia Grau II: - Média energia - Simples ou cominutivas - Fora pra dentro - Maior que 1cm - Moderada lesão de tecidos adjacentes - Material estranho Grau III: - Alta energia - Exposição evidente de tecido - Perda importante de tecidos - Lesão neurovascular - Subdividido em A,B e C Morfologia/Extensão: - Galho verde - Fissura - Completa (quando há comprometimento das duas corticais) ● Simples ● Múltipla ● Cominutiva Localização: Direção: - Transversa - Oblíqua - Espiral - Segmentada - Compressão - Avulsão Classificação de Salter - Harris : Fraturas Fisárias Sempre cirúrgico - Tipo I: Separação na linha de crescimento (fise) - Tipo II: Fise e metáfise; - Tipo III: Fise e epífise - Tipo IV:Fise, metáfise e epífise Não cirúrgico: - Tipo V: Compressiva da fise - Tipo VI: Fratura mista, compressão de um lado e de outro não. *Osso utiliza tomografia *tecidos moles ressonância Estabilidade: - Estável: Alinhamento preservado - Instável: Perda do alinhamento Redução: Capacidade de reconstruir a coluna óssea - Redutível: Prevenir deformidade angular e rotação; - Não redutível: Manter eixo longitudinal e alinhamento Tratamento: Objetivos: - Restauração óssea e tecidos adjacentes; - Neutralizar as forças que atuam na fratura - Estimulare promover cicatrização óssea - Minimizar danos vasculares - Retorno precoce função do membro Fatores que afetam o prognóstico: Paciente (idade, saúde, etc)... Classificação da fratura - Aberta e alta velocidade Duração da injúria Proprietário Escolha adequada do tratamento Interferência na cicatrização: Fatores biológicos: - Localização; - Suporte sanguíneo; - Lesão de tecidos moles. Fatores mecânicos: - Estabilidade dos fragmentos ósseos. Cicatrização Óssea: Consolidação Primária: É o tipo de cicatrização que ocorre quando durante a osteossíntese realizamos um procedimento que leve a estabilidade absoluta; Fratura simples Remodelamento de calo: - Lacunas pequenas e estáveis - Quase sem reabsorção óssea *Consolidação pois o osso se regenera! e não cicatriza Clássica (Secundária): Ocorre quando são feitas técnicas cirúrgicas que levam a estabilidade relativa Fraturas múltiplas e cominutivas; 1. Hemorragia e coagulo da fratura; 2. Inflamação 3. Formação calo fibrocartilagíneo 4. Calo 5. Remodelamento do calo Estabilidade Relativa (Teoria de Perren): - Movimento controlado no foco de fratura - Consolidação secundária - Strain = movimento do gap x 100 / tamanho do GAP original Periósteo promove vascularização extraóssea *Calo fibrocartilagineo não aparece no RX Redução da fratura: Reconstrução dos fragmentos ósseos na posição anatômica, restaurando o alinhamento do membro Consolidação - Redução fechada: Não há exposição óssea Preserva tecidos moles e vascularização; Dificuldade de obter redução perfeita Maior dificuldade para uma redução perfeita. Indicação: Fraturas alinhadas; Fraturas em galho verde; Fraturas cominutivas Fraturas abaixo do cotovelo e joelho - Redução Aberta: Visualização Aplicação direta de implantes trauma vascular iatrogênico e maior chance de infecção Indicação: Fraturas articulares Fraturas anatomicamente redutíveis Fraturas cominutivas Métodos de estabilização: Coaptação externa (método por aproximação): - Bandagem/ Tala Imobilização Óssea - Osteossíntese - Pino - Fixador externo - Placa Compressão - Cerclagem - Parafuso Coaptação externa: Precisa imobilizar no mínimo duas articulações; Ossos distais ao cotovelo e joelho; Coaptações: - Muleta de Thomas?? - Bandagem Robert Jones - Tala Em qual tipo de fratura se coloca coaptação externa? - Fratura fechada abaixo do cotovelo e joelho - Fratura redutíveis e estáveis - Fraturas de consolidação rápida ● Pacientes jovens ● Fratura incompleta ● Fratura por compactação - Fratura em único osso de conjunto (rádio-ulna, tíbia-fíbula, metatarsos e metacarpos) 30.09.2020 Métodos de Osteossíntese Tipo de Osteossíntese: Biológicas: Não se preocupa com alinhamento perfeito, se preocupa em manter comprimento do membro, alinhamento articular e eixo ósseo e mantém biologia; - Não redução dos fragmentos - Manter comprimento e eixo ósseo - Não tocar no foco de fratura Anatômica: Se preocupa com a redução perfeita dos fragmentos e da coluna óssea; - Redução dos fragmentos - Trauma vascular maior Pino Intramedular: - Simples de ser aplicado - Início em 1940 Vantagens: - Custo; - Equipamento; - Menor exposição - Menor trauma vascular Desvantagens: - Estabilidade mecânica (limitações); *Neutraliza bem força de arqueamento Torção compressão e distração não neutraliza bem - Implante secundário por quase sempre estar associado a outra técnica; - Associação de técnicas: PIM + cerclagem PIM + FE; PIM + Tien in; PIM + Placa. 1º pino normal 2º Haste bloqueada Variação Interlocking nail Aplicação: - Furadeira (150 rpm) x Manual; - 60 a 75% do canal medular diáfise; - N° de pinos; Sepultamento; - Normógrado x Retrógrado Normógrado: primeiro vai reduzir a fratura e depois inserir o pino pela extremidade do osso Retrógrado: Passa o pino pela fratura em direção a extremidade, reduz a fratura e reintroduz o pino; *Pino Intramedular NUNCA pode passar pela articulação Jamais coloca-se pino intramedular em rádio pois não há como colocar o pino sem passar por articulação Fratura distal de Fêmur: Pino cruzado Fratura de colo femoral Canal medular do metacarpo ou metatarso Cerclagens: Fio de aço - anel de cerclagem (utilização em diáfise) - Aposição e compressão de fragmentos - Implante secundário - Tipos: Cerclagem Hemicerclagem Interfragmentária Banda de tensão Banda de tensão: Aplicação: - Diâmetro adequado do fio - Redução anatômica em 360° - Fraturas oblíquas longas - Mínimo duas (3 + adequado) - 1cm entre cerclagens - 5mm de distância do foco - Não pegar tecidos moles - Perpendicular ao foco de fratura Fio de aço: > 20Kg = 1,2mm <20kg = 1,0mm Cerclagem Torcida: - Abraça o osso Falhas: - Aperto inadequado - Espessura inadequada - Quantidade inadequada - Material inadequado - Mais de 2 fragmentos “galhos amarrados” - Redução inadequada Fratura simples, oblíqua em terço médio de diáfise femoral, completa e fechada Fratura de baixa energia Traumática Banda de Tensão: Fratura por avulsão Fratura de origem ou inserção de ligamento ou músculo. A tensão dos ligamentos separa os fragmentos Principalmente em filhotes Método de eleição para fixação de fraturas por avulsão ou osteotomias. Fio passa perpendicular à linha de fratura Compressão na linha de fratura. Fixadores Externos: - Série de pinos trans ósseos incorporados a uma montagem extracorpórea. - Pode ser usado como fixador primário (não precisa associar outra técnica pois neutraliza todas forças que estão atuando na fratura) ou secundário Indicação: - Fraturas de ossos longos - Fraturas abertas - Osteotomias corretivas - Redução fechada de fraturas cominutivas - Artrodeses temporárias ou permanentes - Não união óssea ou união retardada Classificação: - Fixadores Lineares: ● Tipo I A e B ● Tipo II ● Tipo III - Híbrido - Fixadores circulares ● Ilizarov Fixadores Lineares: - Tipo I A: Unilateral e uniplanar - Tipo I B: Unilateral e Biplanar - Tipo II: Bilateral e Uniplanar - Tipo III: Triplanar O mais resistente TIE-IN Associação do fixador linear com o pino intramedular Híbrido: Uma mistura, no anel não usa pino e sim fios de kirschner Circular: Ilizarov Vários anéis circulares com fio Pinos dos Fixadores Lineares: Liso (A) Parcialmente rosqueado (B -D) Perfil negativo(B) Perfil positivo(C&D) Rosca na ponta(C) Rosca central(D) Rigidez e local de inserção de pinos: - Número de pinos - No mínimo 3 pinos por foco de fratura - 25% do diâmetro do osso - 2 cm do foco - Posicionamento 70º - Pino tem sempre que passar pelas duas corticais ósseas e centralizado CLAMPS: conecta a barra aos pinos Colocação dos Pinos: - Palpação - Incisão da pele - Tunelização em tecidos moles - Perfuração com baixo rpm (pre perfuração?) - Diminuir tensão entre o pino e a pele - Evitar grandes massas musculares - Não colocar em incisão cirúrgica - Barra conectora o mais próximo possível da pele Avaliação após a colocação dos pinos: - Alinhamento - Aposição - Aparelho - Atividade Aposição é diferente de alinhamento Alinhamento = Alinhamento de articulações Aposição = encaixe dos fragmentos de fratura Fixadores externos Circulares: Estabilizar fraturas - Distração e compressão - Transporte de fragmento ósseo 1mm por dia - Corrigirdeformidades angulares e comprimento Osteogênese: formação de osso Remoção do Fixador: Depois que consolidar - Cicatrização óssea; - Anestesia geral; - Soltar clamp - Remoção dos pinos Placas e Parafusos: - Placas resistem à compressão, encurvamento, rotação e tensão - Permite consolidação primária - É o método de fixação mais estável - Neutralizam todas as forças Indicação: - Posicional / neutralização - Compressão interfragmentar - Fixação de placa Parafuso posicional: 1. Perfuração das 2 córtices 2. Medir profundidade (+2mm) 3. Passagem do macho (rosca) 4. Rosquear parafuso Parafuso Compressivo 1. Perfuração da 1º cortical diâmetro maior 2. Perfuração da 2º cortical diâmetro menor 3. Medir profundidade (+2mm) 4. Passagem do macho (rosca) na 2º cortical 5. Escarificador na 1º cortical 6. Rosquear o parafuso Placas Ósseas: Indicação: - Fraturas de ossos longos - Fraturas múltiplas e complexas Compressão: - Gerar compressão entre os fragmentos Neutralização: - Neutralizar as cargas sobre o foco de fratura Apoio: - Ponte - Manter o comprimento e eixo ósseo sem redução dos fragmentos Placa de Compressão Dinâmica: - Compressão entre os fragmentos; - Fraturas transversas (em diáfise óssea) - Calo ósseo primário Placa de Neutralização: 1. Perfuração das duas córtices 2. Medir profundidade (+ 2mm) 3. Passagem do macho (rosca) 4. Rosqueado o parafuso - Neutralizar as cargas sobre o foco de fratura - Redução de fragmentos com parafusos ou cerclagem - Fraturas múltiplas ou cominutivas redutíveis Placa em Ponte: - Quando tiver fraturas irredutíveis, cominutivas - Associação com enxerto - Mantendo comprimento e eixo ósseo anatômico Open but don't touch (não mexe no foco de fratura) Placa Bloqueada: - Implante - Parafuso é rosqueado na placa - Placa sem contato com o osso - Menor agressão ao periósteo Requer moldar pouco - Duas grandes vantagens do que a placa convencional: Biológica: espaço entre placa e osso pois mantém periósteo preservado; Mecânica: menor chance de falha de parafuso Afecções de Cotovelo: 16.09.2020 Quando se fala em articulação, o rádio se relaciona lateralmente com o úmero e a ulna medialmente com o úmero. carga de 30% ulna e 70% rádio. Luxação de Cotovelo: Alteração traumática: - Trauma no cotovelo que resulta em destruição de um ou ambos ligamentos colaterais; - Rádio e ulna luxam lateralmente; - Pode haver ruptura muscular; - Pode ocorrer dano cartilagíneo no momento da lesão; Apresentação clínica: - Histórico de trauma – briga, atropelamento, queda… - Impotência funcional do membro afetado – abdução e giro externo - Dor / incapacidade de extensão e flexão; Diagnóstico diferencial: - Fraturas distais umerais; Diagnóstico: - Exame físico - Confirmado por radiografias - 2 projeções perpendiculares Úmero sempre fica deslocado medialmente pois a articulação lateral é mais curva, a medial é mais quadrada. É muito mais fácil rádio e ulna saírem lateralmente Redução fechada: - Há possibilidade de REDUÇÃO FECHADA nas primeiras 48 horas pós trauma; - Bandagem Robert Jones durante 30 dias; ↳Artrodese temporária por bandagem ou fixador externo Redução aberta: - Quando não há mais possibilidade de realizar a redução fechada; - Suturar cápsula articular, músculos tendões; - Substituir ligamento colateral por parafuso e cerclagem em 8 se necessário; - Osteotomia de olécrano (contratura do m. tríceps braquial) para possibilitar a redução se necessário; - Fixação externa temporária; Quando há avulsão, utiliza-se parafuso compressivo Artrodese de cotovelo: Fixar a articulação para que não movimente mais - Quando há falha na redução aberta; - Lesões articulares extensas que não são passíveis de sutura; - Luxações muito antigas; - Lixar a cartilagem; - Não Flexiona mais Redução = Quando volta pra posição anatômica! Pós operatório: - Radiografias seriadas para avaliação; - Avaliar deambulação do paciente; - Manter bandagem Robert Jones nas reduções fechadas e nas abertas quando não houver utilização de fixadores externos temporários; - AINES, ATB, Analgésicos Displasia de Cotovelo O que é? - Incongruência articular - Patologia hereditária que envolve um conjunto de alterações na articulação úmero-rádio-ulnar - International Elbow Work Group (IEWG, 1993) ● Incongruência do cotovelo; ● Osteocondrose de úmero(problema degenerativo); ● Não união do processo ancôneo (NUPA); ● Fragmentação do processo coronóide; ● Lesões de cartilagem articular; Etiologia: - Ocorre como resultado de uma predisposição genética com influência de fatores ambientais (congênita) - Dieta de alta energia que acelera o crescimento Epidemiologia: - Raças grandes e gigantes – Labrador, Bernese Mountain Dog; - Raças pequenas – Condrodistróficos Dachshund, Bulldog Francês; - Machos somam o dobro de fêmeas (Meyer-Lindberg et al. 2006); Sinais e sintomas: - Claudicação de MT’s – 6-12 meses; - Sintomas tardios >6 anos – manifestações relacionadas à FPC (fragmento do processo coronóide); - Claudicação secundária à osteoartrose; - Claudicação relacionada à NUPA (Não união do processo ancôneo); Sobre a articulação: Existem 3 articulações no cotovelo: - Radio-ulnar (A) - Úmero-ulnar (B) - Radio-umeral (C) Rádio cresceu mais e ulna não acompanhou Não união do processo ancôneo: quando a ulna for menor que o rádio. Ulna cresceu mais que o rádio, articulação da ulna está super alta. Úmero quando solta carga de apoio, fica somente sobre a ulna Processo coronóide medial sofre maior impacto; Processo ancôneo deve unir até 6 meses de idade! se animal tiver mais de 6 meses e não estiver unido, não haverá mais união, logo animal tem não uniao de processo ancôneo (NUPA) Não união do processo ancôneo - NUPA: - Ulna curta - Sobrecarrega o centro de ossificação do processo ancôneo causando não união Doença do compartimento medial: - Ulna longa - Ocorre em 85% dos casos de displasia de cotovelo (Grondalen and Grondalen, 1981); - Esclerose medial do processo coronóide; - Microfratura/fissura/fragmentação do processo coronóide; - Lesão cartilagínea na tróclea e/ou processo coronóide (leve condromalácia); - Lesão de osso subcondral; - Com ou sem incongruência articular (discrepâncias no crescimento rádio-ulnar, que se normalizam na vida adulta; Fragmentação do processo coronóide - FPC - Radio curto - Causa sobrecarga do processo coronóide Diagnóstico: - Radiografias de triagem Diagnóstico precoce! - Ortopedia pediátrica! - Radiografias: crânio caudal, médio lateral com membro flexionado e médio lateral com membro estendido - RX – baixa sensibilidade/especificidade - TC – 90% de sensibilidade/especificidade - Artroscopia Tratamento: Osteotomia ulnar bi oblíqua proximal: - Acima do ligamento interósseo; - Próximo-lateral ou Caudo-proximal; - Corrige incongruência – Ulna curta e radio curto; - Alternativa – Pino IM - Indicada para pacientes sintomáticos/ Gap 1mm>; Animal jovem com rádio curto e ulna longa precisa que ossos acompanhem, para isso faz-se Ostectomia da ulna, em animal já adulto osteotomia ulnar bi oblíqua proximal; Osteocondrose: - Remover a cartilagem – flap; - Curetar osso subcondral; - Perfurar osso subcondral para induzir formação de novo tecido cartilagíneo; FPC: - Remoção do processo coronóide; - Osteotomia ulnar proximal; - Coronoidectomia subtotal; NUPA: - Remoção/fixação do processo ancôneo; - Osteotomia ulnar proximal; Animais jovens Doença do compartimento medial: Quando em animal jovem que aindanão fragmentou processo coronóide: - Lesões decorrentes do crescimento assincrônico entre rádio e ulna; - Membros podem estar radiograficamente normais na vida adulta; - Proximal Abducting ulnar Osteotomy Placa Paul Plate Corrige eixo ósseo e libera compartimento medial; Indicada quando animal ainda não ter artrose, osteocondrose umeral e ainda não fraturou coronóide. Tratamento paliativo: - Artrose severa onde a IC não surtirá efeitos benéficos; - Condroitina; - AINES; - Analgésicos; - Galipran: medicamento novo promissor, trata animais com artrose severa sem efeitos colaterais dos antiinflamatórios convencionais; Desvios angulares rádio ulnares Fechamento precoce do disco epifisário: - Relativamente raro; - Rádio proximal e distal; - Ulna distal (mais frequente); Ulna vai crescer mais que o rádio, vai parecer a displasia de cotovelo Fechamento assimétrico = desvio angular Ulna distal: - O fechamento precoce é mais comum que o rádio; - Age como corda e arco; - Procurvatum radial; - Rotação externa do membro; - Subluxação de cotovelo; • Valgo carpal; • Doença articular degenerativa dorso carpal e cotovelo Tratamento: - O tratamento cirúrgico precoce pode restaurar a posição anatômica; - Ostectomia da ulna distal - Depende da expectativa de crescimento X idade; - Se não tratadas precocemente irão desenvolver deformidades angulares que só poderão ser corrigidas com osteotomias; Osteotomias Corretivas - Cora – Center of rotation angulation; Centro de rotação e angulação Correção do osso em forma de cunha Afecções Cirúrgicas do Ombro Canino 07.10.2020 Articulação: Escapuloumeral Superfície de contato articular: cavidade glenóide e cabeça umeral Conformação óssea não favorece estabilização. Superfície articular da escápula não envolve a superfície articular do úmero. - O que promove estabilidade é: musculatura, tendões, ligamentos e cápsula articular - Exame baseado a partir das estruturas: acrômio e tubérculo maior Estabilidade passiva: Estabilidade tida sem gasto de energia - Ligamento Glenoumeral ● Medial e lateral - Cápsula articular - Conformação articular (cavidade glenóide) ● Tendão bíceps Medial Lateral Estabilidade ativa: - M. infra-espinhal - M. supra-espinhal - M. subescapular - M. deltóide ● Porção escapular e acromial - M. redondo maior - M. redondo menor ● M. peitoral superficial Exame do ombro: - Identificação das estruturas anatômicas - Reconhecer a amplitude de movimento ● Goniômetro Ângulo maior do que o normal = Articulação instável! Pode ser frouxidão ligamentar/ tendínea ou ruptura, uma simples atrofia muscular. Valor menor do que o normal = articulação tem diminuição da amplitude de movimento. Artrose, contratura muscular. Movimentos para avaliação: - Flexão(pata em direção caudal) e extensão (pata para frente) - adução e abdução - Rotação Exame do ombro: - Realizar testes clínicos - Avaliar massa muscular - Goniometria - Movimento de abdução (32°) - Rotação externa e interna (20°) - Teste de extensão do Bíceps (através da flexão do ombro) - Biceps “pinch“ test Afecções do ombro: - Osteocondrose- osteocondrose dissecante - Instabilidade medial do ombro - Tenosinovite bicipital - Tendinose do mm. Supraespinhoso ou infraespinhoso - Contratura do mm. infraespinhoso - Doença articular degenerativa (Artrose) Osteocondrose – osteocondrose dissecante: Definição: Distúrbio na ossificação endocondral Causa: - Hereditariedade - Excesso de peso - Excesso de energia na alimentação - Excesso nutricional (cálcio e fósforo) Sintomatologia: - Claudicação unilateral MT 27 - 68% bilateral - Faixa etária: Jovens/ filhotes Exame físico: - Amplitude de Movimento Passiva - Dor Hiperextensão Exames complementares: - Radiografia - Tomografia Cartilagem hialina Avascular Função: Diminuir impacto Osso subcondral Animal com osteocondrose tem retenção de cartilagem. Onde deveria ter osso, tem cartilagem Falha entre cartilagem hialina e osso subcondral = Exposição do osso subcondral Flap cartilagineo pode calcificar Método diagnóstico e parte do tratamento: Artroscopia Tratamento: - Artrotomia - Remoção do flap - Curetagem no osso subcondral para fazer cicatrização - processo de fibrose em cima do osso subcondral para minimizar dor - Cartilagem hialina não regenera - Limitação da artroscopia: não tem espaço para retirar flap - Maior predisposição de desenvolvimento de doença articular degenerativa Instabilidade Escápulo-umeral: - Luxações congênitas *Raras! - Luxações adquiridas ou subluxações: Traumáticas Degenerativas ● Medial ● Lateral ● Cranial Instabilidade medial do ombro: Adquirida por um processo senio ou prediposição racial (shitzo e lhaza) Ligamento Gleno-umeral medial Tendão do mm. subescapular Cápsula articular Sintomatologia: - Claudicação ou impotência funcional Flexão cotovelo, abdução e rotação externa - Pode ser assintomático Exame físico: Abdução Exame complementar: Exame radiográfico: principalmente craniocaudal pode reparar aumento do espaço articular na região medial; Diagnóstico feio pelo exame ortopédico! Exame de abdução: Tratamento conservador: - Paciente atropelado no dia anterior, teve luxação escápulo umeral. - Impotência funcional aguda - Faz-se sedação e anestesia e reduz/ reposiciona cabeça umeral na cavidade glenóide; - Deixa paciente com tipoia de Velpeau (tem como objetivo manter articulação imobilizada a fim de que estruturas afetadas cicatrizem) Tem como desvantagem a atrofia muscular. - Se depois de tira a tipoia articulação continuar instável deve-se encaminhar para a ciru; Caso: Poodle, 13 anos, claudicação intermitente de membro torácico - Instabilidade umeral Neste caso tipoia não é vantajosa pois não houve ruptura traumática, se imobilizar pode haver piora do quadro pela atrofia muscular. Neste caso o indicado é fisioterapia para fortalecimento muscular e caso não seja efetivo encaminhar para cirurgia; Estabilização Cirúrgica: - Transposição do tendão do bíceps (medial ou lateral) - Transposição medial da inserção do M. supraespinhal - Embricamento (apertamento) da cápsula articular - Artrodese do ombro - Ressecção da cabeça umeral e porção da cavidade glenóide Transposição do tendão do bíceps: Corta retináculo e muda tendão de lugar, ou mais para medial ou mais para lateral. - Geralmente pacientes de pequeno porte - Meia idade a idosos Tenossinovite bicipital: Processo inflamatório, degenerativo do tendão do bíceps Causas: - Afecções articulares pré existentes (processos de instabilidade, Osteocondrite dissecante) - Trauma - Processo inflamatório X degenerativo Raças: - Médio e grande porte: ● Labrador ● Rottweiler ● Cães de corrida Cães adultos Diagnóstico: - Exame clínico - teste de bíceps (pinch teste) - Exame radiográfico - Artrografia - Ultrassom (espessamento do tendão do bíceps, processos de calcificação desorganização das fibras) Tratamento: Clínico: - Repouso - Fisioterapia; - Antiinflamatório VO - Infiltração intra-articular (acetato de metilprednisolona: 20-40 mg/cão) Cirúrgico: - Tenotomia X tenodese Remove fragmento de tendão calcificado e fixa o restante do tendão com parafuso no osso; Luxação Escápulo-umeral: Traumática: caudal ou cranial (geralmente associada a fratura) Doença Articular Degenerativa Artrodese: serra a superfície articular e fusiona dois ossos, articulação não existe mais Choque Wave: ajuda no processo de regeneração, como por exemplo tendinoses. Contratura do infraespinhoso: Relacionada a cães de esporte Geralmente unilateral Causada por esforço de repetição; Limitação de movimento articular; Dor; Diagnóstico clínico; Membro fica aberto Tratamento: Em geral concervador - Repouso; - Uso de antiinflamatório - Fisioterapia Tenotomia longitudinal Afecções de Joelho 14.10.2020 Articulação Femorotibiopatelar; Tendão: Liga o músculo ao osso Ligamento: Luxação Patelar: - Congênita; - Medial ou lateral; - Ocorre bilateralmente em 60% dos casos A instabilidade / mau posicionamento da patela é um SINTOMA e não um problema em si; Qual a causa base? Luxa pois há uma musculatura presa a ela; O que é? - É a sequela de anormalidades esqueléticas complexas que afetam o alinhamento do membro como um todo! O que envolve? - Ângulos anormais de inclinação e anteversão da articulação coxofemoral; - Pouca cobertura acetabular sobre a cabeça femoral e displasia coxofemoral; - Torção e angulação femoral distal; - Desvio da tuberosidade tibial; - Contratura de quadríceps; - Arrasamento troclear; Teoria Muscular: - Contratura da musculatura do quadríceps gerando o efeito Arco e corda; Teoria de Putman – alteração no quadril - Coxa vara e menor anteversão de cabeça femoral predispõe o deslocamento medial da musculatura quadricipital em indivíduos em crescimento Lei de Volkmann Para ter crescimento ósseo adequado nas linhas de crescimento elas não podem ter pressão sobre elas, as que tem pressão não crescerão. Varus Tibial: Deformidade de fêmur causada pela luxação; Avaliação de Planos Articulares: - Pé tem que estar alinhado com a tuberosidade tibial; Alinhamento do Membro Pélvico: GRAU MANIFESTAÇÃO CLÍNICA GRAU I Instabilidade apenas na digitopressão GRAU II Luxação espontânea intermitente GRAU III Permanece luxada, mas é redutível à manipulação GRAU IV Não redutível Diagnóstico: - Primeiramente pelo exame físico - Exame de imagem não consegue graduar; Qual melhor exame? - Radiografia simples; - Radiografia sob sedação em posicionamento perfeito para calcular CORA; - Tomografia computadorizada; Em casos onde animal tem mta deformidade, quando não consegue nem esticar o membro por exemplo. - Impressão 3D do membro (Uma alternativa) *Avaliação de Tuberosidade Qual melhor tratamento? - Conservador; - Trocleoplastia simples; - Transposição de tuberosidade tibial; - Osteotomia corretiva femoral; - Osteotomia corretiva tibial; Trocleoplastia simples; Aprofundamento do sulco troclear e posteriormente reposicionamento do fragmento para ter superfície cartilaginea; Imbricação de retináculo lateral: Luxação patelar medial - Pega retináculo e imbrica lateralmente(sutura de tensão para a patela não voltar a luxar) Luxações Graus III e IV: - Há maiores chances de necessitar de osteotomias corretivas - Femoral distal; - Tibial proximal; - Transposição de tuberosidade tibial – TTT; Rotação interna de tuberosidade tibial com torção externa do membro Provavelmente será precisoTTT Transposição de tuberosidade tibial - TTT: - Serra na tuberosidade, se ela está lateralizada medializa e se esta medializada lateraliza Osteotomia Femoral distal: - Precisa do cálculo do CORA; - Feito em cunha e com placa - Corte do osso em triângulo retângulo Ruptura de ligamento cruzado cranial: Ligamento cruzado Cranial: Anatomia – fisiopatologia - Componente importante para estabilização do joelho; - Mantém o joelho estável durante a extensão e flexão; - Limita a rotação interna da tíbia; - Limita a hiperextensão do joelho; - Limita o deslocamento cranial da tíbia; Rompimento do ligamento Cruzado Cranial: - Causa mais frequente de claudicação em cães; - Acomete todas as raças, idades e pesos; - Maior incidência em cães grandes ecom sobrepeso; - Ruptura pode ser parcial ou total; - Pode ocorrer bilateralmente; - Insuficiência: por ser degenerativo - Grande parte da incidência não é traumática; Etiologia traumática: - Hiperextensão e torção interna Bowlegged dogs – animais com membros arqueados; (mantém ligamento sob tensão) Animais com Varus é um fator predisponente de ruptura de ligamento cruzado Rupturas não traumáticas: - Secundária à luxação patelar; - Sobrepeso; - Doenças endócrinas associadas (HAC); - Doenças autoimunes; Porque a incidência é tão alta em cães quando comparada aos humanos? - O tempo todo joelho está sobre uma rampa que desloca muito, chega uma hora que ligamento não aguenta; Sinais e sintomas: - Claudicação, que pode variar para impotência funcional do membro afetado; - Apoio em pinça Diagnóstico: Clínico - Teste de gaveta + (forçar tibia cranialmente, não é fisiológico) - Compressão tibial + (deslocamento cranial da tíbia) - Sensibilidade à hiperextensão; - Aumento de volume flutuante (pode estar presente); Compressão tibial – Tibial trust Ex complementar: - Radiografia sob stress Eminência intercondilar deve estar entre côndilos Está deslocada cranialmente Tratamento: - Técnicas com fio X osteotomias Sutura de Fabelo Tibial: - Ainda utilizada em animais leves < 7 Kg; - Falhas chegam á 70% em animais pesados; - Técnica fácil, de rápida execução; - Geralmente neutralizam gaveta e compressão tibial - Não importa o tamanho do ângulo de platô tibial Tightrope: - Com botões de ancoragem; - Técnica de fio - Menos complicações que a SFT - Neutraliza gaveta e compressão tibial - Para animais leves!!! Osteotomias: - Demanda por programação cirúrgica - TTA até 26º, se tiver maior é contra indicado pois terá que avançar muito tento a possibilidade de patela deslocar. TTA -Tibial Tuberosity Advancement: - Avanças tuberosidade até o ponto que ela fique a 90º(entre plato e patela) do ligamento patelar; - serragem linear da tuberosidade tibial que é avançada cranialmente; - Simula que animal pisa em superfície reta; - Ainda mantém gaveta, não está amarrado; - Compressão tibial negativa; - Abertura preenchida por tecido ósseo; Não misturar metais TPLO - Tibial Plateau Leveling Osteotomy: - resultados melhores que a TTA; - Serragem para nivelamento do platô tibial - Indicadas pera pltos tibias até 40º - Neutraliza compressão tibial mas gaveta não; Como calcular? - Comprimento da circunferência - C = 2. 𝛑. r - Resultado em mm (de acordo com o raio da serra) Afecções cirúrgicas de Quadril 28.10.2020 Avalia-se coxal, principalmente o acetábulo a partir do fêmur (trocanter maior), já que não é possível palpar o coxal diretamente. Como é avaliado? - Crepitação, instabilidade, amplitude de movimento, dor Estabilizadores da articulação coxo-femoral: - Ligamento femoral - Cápsula articular - Conformação óssea articular - Músculos (estabilidade ativa) Displasia Coxofemoral: A displasia coxofemoral é uma anormalidade do desenvolvimento ou crescimento da articulação coxofemoral, caracterizada por instabilidade, arrasamento do acetábulo e alterações na cabeça e colo do fêmur, as quais se desenvolveram ao longo do primeiro ano de vida (animais jovens), conduzindo a fenômenos de deficiência funcional ao final de um período variável - Doenças congênitas: o filhote já nasce com; - Doenças hereditárias: pode ser passada pelos pais e manifestada em algum momento da vida pelos filhos. Displasia é hereditária e não congênita. NÃO É SINÔNIMO DE: Osteoartrose!!! Causas: Multifatorial Lacides articuar, arrasamento acetabular,alteraçoes da cabeça e colo femoral. - base genética, - tamanho e taxa de crescimento, - alimentação, - musculatura pélvica, - biomecânica articular - ângulo de inclinação - anteversão da cabeça e colo femoral - Castração precoce pode predispor (coxofemoral e de cotovelo) Distribuição Racial: - Rottweiler - Golden - Labrador - Pastor Quanto maior o ângulo, maior a deformidade. Arrasamento do acetábulo Subluxação da cabeça femoral Osteoartrose (doença articular degenerativa) Patogenia: - Articulações normais ao nascimento - Instabilidade articular e desenvolvimento da DCF até 0 6º mês de idade ● Sinovite, efusão articular, espessamento da cápsula articular, desgaste anormal e erosão acetabular → Osteófitos e microfraturas História e Sinais Clínicos: - Cães Jovens (4 - 12 meses): Redução da atividade Claudicação exacerbada por exercícios Dificuldade em levantar, subir escadas, saltar obstáculos "correr como coelho" Aspecto retangular dos membros pélvicos - Cães Adultos: (>12 mese): CLaudicação Atrofia muscular pélvica Hipertrofia muscular torácica Exame Clínico: - Amplitude de movimento: Flexão, extensão, adução e abdução → Crepitação - Frouxidão articular: Manobras de Ortolani (Avalia se há subluxação ou luxação, vê a redução da cabeça femoral no acetábulo conforme vai abduzindo) - Manobra de Barlow (feita em bebês humanos) faz o contrário da ortolani, luxa a cabeça do fêmur) - Manobra de Barden: Avalia lacides Diagnósticos diferenciais: Qualquer alteração de membros pélvicos, sendo distinguidos pelos testes. Exame Radiográfico: - Projeção ventro dorsal em extensão - Projeções em estresse (compressão - distração) - DAR view ou BAD *Doença poligênica Estresse - PennHIP - Quantitativo o objetivo para avaliar frouxidão articular - Avaliação prognóstica da ocorrência de artrose aos 4 meses ● Número resultante é chamado de índice de distração = DI ● DI varia de 0 a 1 ● OFA (Orthopedic Foundation for Animals) lesões degenerativas após 2 anos de idade ● 55% de falsos negativos pelo OFA apresentam DAD após 5 anos ● Quanto < o DI < a chance de DAD; O inverso NÃO É VERDADEIRO ● Articulação é forçada a luxar; ● DI x OFA - Cães displásicos pela OFA têm DI > 0,3, o inverso não DAR ou BAD view: - Dorsoventral - Avaliação da borda acetabular dorsal Tratamento: Conservativo - Paliativo: - Indicações: cães pet ou com mais de 18 meses, sintomáticos leve - Controle de peso - Exercícios de baixo impacto - Antiinflamatórios e condroprotetores - Implante de ouro - Acupuntura Cirúrgico: Cirurgias de Prevenção: - Osteotomia tripla ou dupla da pelve - Osteotomia intertrocantérica varizante - Acetabuloplastia - Sinfisiodese púbica juvenil Osteotomia Tripla da Pelve: Rotação acetabular por sobre a cabeça do fêmur Indicações: - Pacientes até 10 meses; - Ausência de osteoartrose Contra Indicações: - Pacientes com mais de 10 meses - Osteoartrose - Arrasamento acetabular Dupla: Ílio e Púbis (Não mexe no ísquio) Osteotomia Intertrocantérica Varizante: Correção do ângulo de inclinação e anteversão Indicações: - Pacientes até 10 meses - Ausência de osteoartrose - Coxa valga (deformidade femoral) Contra-indicações: - Pacientes com mais de 10 meses - Osteoartrose - Arrasamento acetabular A função do ligamento não fica melhor, a lacides continua existindo mas melhorou a conformação articular Alongamento do Colo femoral: Maior encaixe entre a cabeça do fêmur e acetábulo; Indicações: - Pacientes com cobertura muscular insuficiente - Colo femoral curto (Chow chow, Akita) - Pacientes jovens Cirurgias de Prevenção Cirurgias de Alívio Previnem a progressão da osteoartrose por aumentar a superfície de contato articular Eliminar a dor Sinfisiodese púbica Juvenil: Gerar cobertura acetabular sobre a cabeça femoral Cauterização na região da sínfise púbica Resultado similar a osteotomia tripla ou dupla Indicações: - Jovens 4 a 6 meses de idade - Profilático - Eletrobisturi Contra-indicação: - Osteoartrose Cirurgias de Alívio: - Pectineomiectomia - Denervação capsular - Prótese total do quadril - Amputação do colo e cabeça do fêmur Pectineomiectomia: Remoção de uma parte do músculo pectíneo Indicada para pacientes que tenham contratura na região e dor Indicações: - Pacientes jovens - Situações que impediriam procedimentos agressivos Denervação Capsular: Remoção das terminações nervosas da cápsula articular Osteoartrose Curetagem em região de periósteo Indicações: - Pacientes com dor em articulação do quadril Prótese coxofemoral: Substituição articular Indicações: - Pacientes com osteoartrose - Insucesso após ACCF (Amputação da cabeça do colo femoral) - Cães com mais de 15 kg Contra-indicação: - Cães assintomáticos - Infecções, animais jovens, neuropatias, outras condições ortopédicas Amputação do Colo e Cabeça do Fêmur: Eliminação da articulação (cabeça e colo femoral) Indicações: - Pacientes com osteoartrose severa e dor - Subluxação/ luxação acompanhadas de dor - Pacientes pequenos para prótese - Pacientes que não responderam bem a denervação Contra-indicação: - Animais pesados (pensar muito bem) - Subluxação e luxação sem dor - Coxofemoral assintomáticos Necrose asséptica da cabeça do Fêmur: Primeiros relatos em 1735 Doença que resulta em colapso da epífise da cabeça femoral decorrente de uma situação de isquemia. Etiologia: - Interrupção do fluxo sanguíneo - Evento isquêmico de origem desconhecida: tamponamento dos vasos intracapsulares subsinoviais - Fraturas da cabeça e colo femoral - Ação hormonal e maturidade precoce - Doença multifatorial hereditária - Manchester terrier Epidemiologia: - 3-13 meses de idade (7 meses) - menos de 10 kg - Sem predileção sexual - Normalmente unilateral (bilateral 12 -15%) - Raças toy e terrier os mais acometidos Sinais - Dor - Irritação - Sensibilidade na movimentação da articulação Diagnóstico: - Exame físico - abdução e extensão articular - Atrofia muscular, claudicação - Exame radiográfico - Ressonância magnética - Classificação de Steinberg - graus I - VI - Diagnóstico feito geralmente quando já há uma fratura patológica ou quando animal tem dor importante. Atrofia muscular significativa, que significa que já é crônico. Tratamento: Ressecção da cabeça e colo femoral (colocefalectomia) Luxação Coxofemoral: Origem do Trauma (90% das luxações em pequenos animais) Traumáticas! Acontece para qualquer direção: - Dorso cranial - mais comum - Dorso caudal - Ventro caudal - Ventro cranial Sintomatologia: - Claudicação - Posição do membro - Impotência funcional - Dor Diagnóstico: - Histórico - Teste do polegar - Triângulo palpável (Asa do Ílio,trocanter maior e ísquio) Tratamento: Redução fechada: - Indicado quando a luxação é recente, menos de 24h e com boa conformação articular - Fazer tipoia Redução aberta: Cirurgicamente: - Indicado quando trauma passou de 24h. paciente recidiva da redução fechada. - Parafuso âncora ou sutura ilio trocantérica - Toggenpin (mimetiza ligamento femoral) - Última opção: colocefalectomia e prótese total de quadril Coluna Vertebral: 04.11.2020Anatomia: - 7 vértebras cervicais - 13 vértebras torácicas - 7 lombares - 3 sacrais - Coccígeas variam - Disco intervertebral (um local não existe articulação por disco intervertebral - entre atlas e áxis, é feita por ligamentos e processo odontóide) Região das costelas é onde há maior estabilidade, pois confluem para o externo Hérnias ocorrem mais em: - cervical, - transição toracolombar e lombar - algumas protusões em região lombo sacral Casuística: - Doenças do disco intervertebral - Trauma - Instabilidades congênitas - Deformidades degenerativas - Neoplasias A visão do cordão medular como estrutura nobre e delicada em uma caixa óssea estanque. - Que fenômenos acometem o cordão medular diante das diferentes etiologias causadoras de injúria? Neoplasia Síndrome compartimental ocorre em qualquer situação onde haja aumento de pressão e órgão perca sua perfusão. Lacerações / Esmagamentos: - Causadas por ferimento penetrante ou fraturas e luxações graves. - São causadoras de lesão direta com ruptura parcial ou total do cordão medular e vasculatura local. Compressões: - Podem se estabelecer sob alta ou baixa velocidade, - Causadoras de processo isquêmico compartimental, - Nas ocorrências de alta velocidade associa-se fenômeno de contusão, - Alta velocidade: fragmentação ou sub luxação traumática, extrusões discais, - Baixa velocidade: neoplasias, extrusões discais. Contusão: - Onda de choque no trauma raquimedular - Contusões nas extrusões discais de alta velocidade. Diagnóstico: Tomografia com contraste (mielotomo) Síndrome compartimental raquimedular: “ O SEGUNDO TRAUMA” - cadeia de eventos que se retro alimenta: ● Injúria inicial › edema local › isquemia › amplificação do edema › amplificação da isquemia. ● COMPRESSÃO DIRETA X QUADRO EXPANSIVO Mielomalácia: - "Morte"do sistema nervoso central - Processo irreversível, não preditivo, resultante em necrose aguda, hemorrágica e progressiva da medula espinal, que termina em sua liquefação e se estabelece a partir de foco isquêmico pontual; - Evolui invariavelmente para óbito por disfunção ventilatória; - Incide em 5 a 11% dos casos de isquemia medular localizada; - Pode ocorrer em hérnias de compressão graves - Pode estabelecer-se por fenômeno reperfusão loco regional; Tipos de compressão com base anatômica: - Extradural - Intradural e extramedular - Intramedular Exame físico - Postural: - Animais com dor cervical tendem à ficar com a cabeça baixa; - Apresentam cifose em dores toraco-lombares; - Dor abdominal referida: a dor toracolombar irradiou para abdomen; - Flexionam região lombar e tendem à jogar o peso para os membros torácicos em dores lombo-sacrais (flanco baixo); Propriocepção consciente: - Déficits torácicos e pélvicos Aplicados à região cervical - DOR: - Ventro flexão - Dorso flexão - Lateralização direita e esquerda Déficit proprioceptivo Déficit sensitivo - Dor profunda e reflexo Schiff - Sherrington - Lesões toracolombar - Paralisia flácida de membro - Olhar para as estrelas - Muita dor - Membros torácicos esticados Doença do disco intervertebral - DDIV: Funções biomecânicas do DIV: - Núcleo Pulposo – 80% água - Atua como um amortecedor hidráulico, dissipando forças compressivas; - Proporciona mobilidade e estabilidade para a coluna vertebral; Falhas biomecânicas do DIV: Falhas Biomecânicas do DIV: - Exercícios extenuantes e Trauma podem levar à protrusão / extrusão do NP não degenerado - extrusão aguda não compressiva de núcleo pulposo; - Alta velocidade; DDIV em condrodistróficos: - DDIV precoce; - Componente genético – síntese aberrante de matriz extracelular do NP; - Ocorre em toda coluna; - Principalmente em cervical e transição toraco-lombar; - Ruptura do AF (anel fibroso) e extrusão do NP (Hansen tipo I); Hansen tipo I - Ruptura (extrusão) Hansen tipo II - Deslocamento (Protrusão) Hansen tipo III - Hérnias de alta velocidade DDIV em raças não-condrodistróficas: - Ocorre gradualmente; - Menos traumáticas - baixa velocidade; - Protusão do DIV e ligamento longitudinal dorsal - Hansen tipo II; - C5-C7 – L7-S1 são mais frequentes; - Desloca mas não rompe. Síndrome de Wobbler (Espondilomielopatia cervical) - Doença de base congênita com predisposição racial; - Acomete animais de raças grandes e gigantes; Doberman, terra nova, São Bernardo, rottweiler - Causa compressão cervical (forma discal e óssea); Animais Jovens: - Estenose do canal/forame vertebral - Hipertrofia ligamentar - Subluxação vertebral - Hipertrofia do processo articular Animais Adultos (7-8 anos): - Compressão discal Diagnóstico: - Radiografia – triagem/obsoleta - TC – boa definição de alterações ósseas – perda de definição de tecidos moles (medula); - RM Tratamento: - Conservador - fisioterapia, acupuntura, anti-inflamatório, analgésico (sintomas neurológicos brandos). - Cirúrgico – indicado quando o tratamento conservador não surtir efeito satisfatório ou quando houver déficit neurológico importante Cirúrgico: Se baseia em técnicas de descompressão: - Laminectomia dorsal, slot ventral, foraminotomia. Técnicas de estabilização/ distração cervical (quando há colapso do processo articular ou hipertrofia de ligamento): - placas ósseas / cages Caso Clinico: Philip, Lhasa, instabilidade atlanto-axial grave: - Toys, jovens <1 ano; - Sem histórico de trauma; - Tetraparesia intermitente; - Alterações respiratórias; Tratamento cirúrgico com objetivo de estabilizar a articulação Os casos graves com demanda por descompressão cirúrgica deveriam ser diagnosticados e abordados cirurgicamente em até 24 horas. Princípios Gerais da Cirurgia de Coluna: - Características gerais - Objetivos - Técnicas cirúrgicas rotineiras - Casos - Exige conhecimentos técnicos em cirurgia geral, ortopédica e neurocirurgia, - Exige instrumentação delicada e de baixo trauma, - Instrumentação específica e ambientação com implantes, - A sedução da atuação de baixa expertise: A combinação de: proprietário desesperado + cirurgia bem remunerada + baixa obrigatoriedade de resultados Demandas Para cirurgia: - Instalações de centro cirúrgico e posicionamento do paciente e equipamentos; - Instrumental cirúrgico e equipamentos - Insumos e implantes específicos - Serviço anestésico robusto - Suporte pós operatório de internação Questões Diagnósticas: - Não existe cirurgia da coluna vertebral de caráter exploratório; - O planejamento cirúrgico deve ser levado ao extremo - Os diversos exames de imagem têm cada qual sua aptidão no fornecimento de informações Exame radiográfico Simples: - Configura-se como diagnóstico de mera triagem - É definitivo para fraturas ou luxações graves Mielografia: - Apresenta restrições severas quanto à definição do plano cirúrgico ou até mesmo diagnóstico definitivo; Tomografia - Mielotomografia: - Tem ótima acuidade para definição diagnóstica, mas com limitações - Aptidão para diferenciaçãode tecido ósseo ou mineralizados (tal qual o RX) - Apresenta limitações na diferenciação de texturas dos tecidos moles (hematomas, neoplasias) Ressonância Magnética: - Aptidão para refinamento da diferenciação de tecidos moles Objetivos da Cirurgia: - Profilaxia das compressões - Descompressão - Estabilização - Biópsia Objetivos x Técnicas Cirúrgicas Rotineiras: - Profilaxia = fenestração, - Descompressão = Hemilaminectomia, Laminectomia dorsal, Slot Ventral (corpectomia) - Estabilizações = Implantes de Estabilização intervertebral - Biópsia óssea ou acesso para biópsia raquimedular. Fenestrações do disco: Aplicabilidade: Profilaxia de hérnia Pontos positivos e negativos: Disco vai realmente romper? Fenda ventral - Slot ventral: Aplicabilidade: Vértebras cervicais Pontos positivos e negativos: inviável em lombar e sacral, cirurgia difícil; Minilaminectomia Aplicabilidade: Mini acesso ao canal medular, remoção de conteúdo, descompressão pequena Pontos negativos: Acesso pequeno Hemilaminectomia: Aplicabilidade: Usado em vértebras torácicas, toracolombares, lombares para remover conteúdo ou biopsiar. Janela grande de descompressão Pontos negativos: Laminectomia Dorsal Aplicabilidade: Cervical, torácica, lombo sacra, meramente descompressiva Pontos negativos: Destrói dois processos articulares, não faz em hérnia! Estabilizações Vertebrais - Uso de material ortopédico convencional, - Cimento ósseo, - PLACAS BLOQUEADAS, - Estabilizadores de coluna
Compartilhar