Buscar

CONTESTAÇÃO CC RECONVENÇÃO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

AO JUÍZO DA 50ª VARA DO TRABALHO DE JOÃO PESSOA/PB
Processo nº.: 98.765
FLORICULTURA FLORES BELAS LTDA, sociedade empresária de direito privado, inscrita no CNPJ xxx, com sede na Rua/Av xxx nº xxx, bairro xxx, na cidade de xxx, CEP xxx, endereço eletrônico xxx, por intermédio de seu advogado abaixo assinado, procuração anexa, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fundamento no artigo 847, parágrafo único, da CLT c/c artigo 335 e artigo 343, ambos do CPC/15 apresentar CONTESTAÇÃO C/C RECONVENÇÃO na reclamação trabalhista que lhe move ESTELA, já qualificada na exordial, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
1. SÍNTESE DA INICIAL
A reclamante ajuizou reclamação trabalhista em 27/02/2018 em face da Floricultura Flores Belas LTDA, ora reclamada, requerendo aplicação de penalidade criminal contra os sócios da reclamada, alegando que eles cometeram infração prevista no citado diploma legal.
Afirma que faz jus ao pagamento de adicional de penosidade, na razão de 30% sobre o salário-base, porque, no exercício da sua atividade, era constantemente furada pelos espinhos das flores que manipulava, assim como alega fazer jus ao pagamento de horas extras com adição de 50%, explicando que cumpria a extensa jornada de segunda a sexta - feira, das 10h às 20h, com intervalo de duas horas para refeição, e aos sábados, das 16h às 20h, sem intervalo e ao pagamento da multa do Art. 477, § 8º, da CLT, porque o valor das verbas resilitórias somente foi creditado na sua conta 20 dias após a comunicação do aviso prévio, concedido na forma indenizada, extrapolando o prazo legal.
Relata ainda que, foi obrigada a aderir ao desconto para o plano de saúde, tendo assinado na admissão, contra a sua vontade, um documento autorizando a subtração mensal.
Contudo, não merece prosperar a pretensão da reclamante consoante a seguir demonstrado.
2. DA PRELIMINAR
2.1 Da incompetência absoluta da justiça do Trabalho
	A reclamante requer a aplicação da penalidade prevista no artigo 49 da CLT contra os sócios da ré. Afirma que foi obrigada a assinar um documento autorizando a subtração mensal, contra a sua vontade, para aderir ao desconto para plano de saúde. 
	Entretanto, de acordo com o disposto no artigo 114, inciso IX da Constituição Federal compete à Justiça do Trabalho processar e julgar controvérsias decorrentes da relação de trabalho, não abrangendo penalidade criminal. Desta forma, a justiça do trabalho é incompetente para julgar tal demanda.
	Ressalta-se que de acordo com o artigo 337, inciso II, do Código de Processo Civil cabe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar incompetência absoluta ou relativa. 
	Assim, o pedido de aplicação de penalidade criminal contra os sócios da reclamada não pode ser pleiteado em razão da incompetência absoluta da Justiça do Trabalho.
	2.2 Prescrição quinquenal.
A reclamante laborou de 25/10/2012 à 29/12/2017 na empresa reclamada e ajuizou a reclamação trabalhista em 27/02/2018.
	O artigo 7º, inciso XXIX da Constituição Federal dispõe que a pretensão quanto a créditos trabalhistas prescreve em cinco anos após a extinção do contrato de trabalho. A Súmula 308, inciso I, do TST dispõe que respeitado o biênio subsequente à cessação contratual, a prescrição quinquenal conta-se da data do ajuizamento da reclamação trabalhista.
Posto isso, ocorreu a prescrição em relação às pretensões anteriores a 27/02/2013, tendo em vista que o ajuizamento da ação se deu em 27/02/2018.
3. DO MÉRITO
3.1 Do Adicional de Penosidade
	A Reclamante pleiteia o recebimento de adicional de penosidade, na razão de 30% sobre o salário-base, tendo em vista que no exercício da sua atividade, era constantemente furada pelos espinhos das flores que manuseava. 
	No entanto, embora previsto no artigo 7º, XXIII, da Constituição Federal, o adicional de remuneração para atividades penosas não foi regulamentado.
Sendo assim, o pedido de pagamento de adicional de penosidade na proporção de 30% sobre o salário-base não deve prosperar, uma vez que não consta previsão na CLT e não foi regulamentado em lei especial.
3.2 Das horas extras
	A Reclamante alega que faz jus ao recebimento de horas extras com adição de 50%, em razão da jornada de trabalho, laborava de segunda a sexta-feira, das 10h00 às 20h00, com intervalo de 2 horas para refeição, e aos sábados, das 16h00 às 20h00, sem intervalo, totalizando 44 horas semanais. 
	De acordo com o disposto no artigo 58 da CLT, a duração normal da jornada de trabalho para empregados em qualquer atividade privada, não excederá o prazo de 08 horas diárias. O artigo 7º, inciso XIII da CF/88, por sua vez, estabelece que a duração do trabalho normal não será superior a 08 horas diárias e 44 horas semanais. Vale ainda destacar que o artigo 71, §2º da CLT dispõe que os intervalos não serão computados na duração do trabalho.
Diante do exposto, a reclamante não faz jus ao recebimento das horas extras pleiteadas, pois a jornada de trabalho normal estabelecida pela constituição de 8 horas diárias e 44 horas semanais não foi ultrapassada.
3.3 Da multa do artigo 477, §8º da CLT
	A Reclamante aduz que o pagamento das verbas resilitórias extrapolou o prazo legal, que somente foi creditada na sua conta 20 dias após a comunicação do aviso prévio. 
	O artigo 477, §6º da CLT estabelece que o pagamento dos valores constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverá ser efetuado até 10 (dez) dias contados a partir do término do contrato de trabalho.
Assim, é infundado o pedido de pagamento da multa prevista no artigo 477, §8º da CLT, tendo em vista que o pagamento das verbas devidas foi feito de acordo com o prazo legal.
3.4 Do plano de saúde
	A Reclamante afirma que foi obrigada a aderir ao desconto para o plano de saúde, tendo assinado na admissão, contra a sua vontade, um documento autorizando a subtração mensal. 
	Entretanto, no ato da admissão, a Reclamante assinou o documento autorizando o desconto de plano de saúde (doc. Anexo). 
	A OJ SDI-I 160 DO TST, assevera que é inválida a presunção de vício de consentimento resultante do fato de ter o empregado anuído expressamente com descontos salariais na oportunidade da admissão. Ressalta-se que é de se exigir demonstração concreta do vício de vontade. 
	No mesmo sentido, têm-se a Súmula 342 do TST que dispõe que são válidos os descontos salariais efetuados pelo empregador, com a autorização prévia e por escrito do empregado, para ser integrado em planos de assistência médico-hospitalar, o que não afronta o disposto no artigo 462 da CLT, salvo se ficar demonstrada a existência de coação ou de outro defeito que vicie o ato jurídico, não sendo este o caso. 
	Ademais, conforme artigo 818, inciso I da CLT e artigo 373, inciso I do Código de Processo Civil, o ônus da prova incumbe ao reclamante, quanto ao fato constitutivo do seu direito.
Conforme se verifica, o desconto a título de plano de saúde ocorreu dentro da legalidade, sem qualquer vício de vontade em relação à assinatura, já que é válida a autorização de desconto feita no momento da admissão, cabendo a Reclamante o ônus de provar qualquer ilegalidade nesse sentido, não devendo prosperar a sua alegação.
4. DA RECONVENÇÃO
O artigo 343 do Código de Processo Civil, estabelece que na contestação, é lícito ao Réu propor reconvenção, para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa, o que faz pelas razões de fato e de direito a seguir. 
	Ao ser cientificada do aviso prévio, a reclamante teve uma reação violenta, gritando e se dizendo injustiçada, sendo necessário que o segurança a contivesse e acompanhasse até a porta de saída. Quando deixava o prédio, a Reclamante correu e pegou uma pedra que arremessou violentamente contra o prédio da Reclamada, vindo a quebrar uma das vidraças. A empresa gastou R$ 300,00 na recolocação do vidro danificado, conforme nota fiscal. 
	De acordo com o artigo 186 do Código Civil, aquele que por ação, violar o direito e causar dano a outrem, comete ato ilícito, já o artigo 927 do mesmo diploma legal,assegura que, aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Sendo assim, requer o valor de R$ 300,00, relativo ao vidro quebrado pela Reclamante.
5. DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
Conforme determinado pelo artigo 791-A da CLT, ao advogado serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% e o máximo de 15% sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa. 
	Ademais, conforme estabelecido pelo §5º do artigo 791-A da CLT, são devidos honorários de sucumbência na reconvenção.
Desse modo, requer honorários de sucumbência na ação principal e na reconvenção, nos termos supracitados.
6. CONCLUSÃO
Diante do exposto, requer:
Seja acolhida a preliminar de incompetência absoluta da Justiça do Trabalho para apreciação e condenação criminal, conforme o artigo 337, II, do CPC c/c artigo. 114, IX, da CF/88.
Por hipótese, superada a preliminar apontada, reitera a prescrição quinquenal das pretensões anteriores a 27.02.2013, data do ajuizamento da ação, nos termos da Súmula 308, I, do TST.
Requer que as pretensões apresentadas na exordial sejam julgadas totalmente improcedentes, com a consequente condenação da Reclamante em custas processuais e demais cominações legais.
Em sede de RECONVENÇÃO, requer o recebimento das razões da reconvenção com seu devido processamento, de acordo com o artigo 343, do Código de Processo Civil, e a procedência da reconvenção para receber o valor de R$ 300,00 (trezentos reais) relativos ao vidro quebrado pela reclamante, nos termos do Art.186 e artigo 927, ambos do Código Civil.
Requer ainda, a intimação da reclamante para apresentar resposta, nos termos do artigo 341, § 1º, do Código de Processo Civil, bem como a condenação da reclamante ao pagamento dos honorários de sucumbência na ação principal e na reconvenção, nos termos do artigo 791-A, § 5º da CLT.
Requer o direito de produzir as provas em direito admissíveis, em especial, a testemunhal, documental e depoimento da reclamada, e o que mais for necessário à elucidação dos fatos.
7. DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa, na Reconvenção, o valor de R$ 300,00 (trezentos reais).
	Nestes termos, pede deferimento.
Local..., Data...
Advogado e OAB...
	Rua José Dias Vieira, 46, Rio Branco – Belo Horizonte/MG - CEP 31535-040 
	Contato: (31) 3408-2379

Continue navegando