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Contestação com Reconvenção trabalhista

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO DE DIREITO
PRÁTICA SIMULDA DO TRABALHO
Trabalho: Contestação com Reconvenção Trabalhista
Brasília março 2021
Você foi contratado(a) pela Panificadora Ateliê do Pão Ltda., que recebeu citação de uma reclamação trabalhista com pedido certo, determinado e com indicação do valor, movida em 27/02/2018 pela ex-empregada Eduarda, que tramita perante o juízo da 5ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte/MG e recebeu o número 98.765.  
Eduarda foi técnica em panificação na empresa em questão de 25/10/2012 a 29/12/2017 e ganhava mensalmente o valor correspondente a dois salários mínimos.  
Na demanda, requereu os seguintes itens: 
- a aplicação da penalidade criminal cominada no Art. 49 da CLT contra os sócios da ré, uma vez que eles haviam cometido a infração prevista na referido diploma legal; 
- o pagamento de adicional de penosidade, na razão de 30% sobre o salário-base, porque, no exercício da sua atividade, era constantemente furada pelos espinhos das flores que manipulava;  
- o pagamento de horas extras com adição de 5%, explicando que cumpria a extensa jornada de segunda a sexta-feira, das 10h às 20h, com intervalo de duas horas para refeição, e aos sábados, das 16h às 20h, sem intervalo;  
- o pagamento da multa do Art. 477, § 8º, da CLT, porque o valor das verbas resilitórias somente foi creditado na sua conta 20 dias após a comunicação do aviso prévio, concedido na forma indenizada, extrapolando o prazo legal. 
 
Afirmou, ainda, que foi obrigada a aderir ao desconto para o plano de saúde, tendo assinado na admissão, contra a sua vontade, um documento autorizando a subtração mensal.  
A sociedade empresária informou que, assim que foi cientificada do aviso prévio, Eduarda teve uma reação violenta, gritando e dizendo-se injustiçada com a atitude do empregador. A situação chegou a tal ponto que a segurança terceirizada precisou ser chamada para conter a trabalhadora e acompanhá-la até a porta de saída. Contudo, quando deixava o portão principal, Eduarda começou a correr, pegou uma pedra do chão e a arremessou violentamente contra o prédio da empresa, vindo a quebrar uma das vidraças. A empresa informa que gastou R$ 300,00 na recolocação do vidro atingido, conforme nota fiscal que exibiu, além de apresentar a guia da RAIS comprovando possuir 3 empregados, os contracheques da autora e o documento assinado pela empregada autorizando o desconto de plano de saúde. 
Diante dessa narrativa, apresente a peça pertinente na melhor defesa dos interesses da reclamada.  
  
Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não confere pontuação. 
AO DOUTO JUIZO DA 5ª VARA DE TRABALHO DE BELO HORIZONTE-MG.
Processo Nº 98.765
PANIFICADORA ATELIÊ DO PÃO LTDA, sociedade empresária de direito privado, inscrita no CNPJ nº xxxxxx, com sede na Rua XXX, Bairro xxxxx, na Cidade xxxx, Cep xxxxx, vem, endereço eletrônico xxxxxx, por meio de sua advogada infrafirmada, constituída por procuração em anexo (doc. 01), vem respeitosamente à presença de V.Exa. apresentar defesa nos termos do art. 847, parágrafo único da Consolidação das Leis Trabalhistas c/c art. 335 e art. 343, ambos do CPC, apresentar
CONTESTAÇÃO C/C RECONVENÇÃO TRABALHISTA
Na reclamação trabalhista que lhe move EDUARDA, já qualificada na exordial, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
I – DOS FATOS
Eduarda laborou na empresa Reclamada de 25.10.2012 a 29.12.2017 e ganhava mensalmente o valor correspondente a dois salários mínimos. Na inicial suscita a aplicação da penalidade criminal, horas extras, adicional de penosidade, multa do art. 477, § 8 e ainda restituição do valor descontado a título de plano de saúde, fatos estes que não merece deferido conforme será exposto.
II – PRELIMINARES 
 II.1 - Incompetência da Justiça do Trabalho
A reclamante requer aplicação de penalidade prevista no art.49 da CLT contra a ré, visto que afirma que foi obrigada a assinar um documento autorizando a subtração mensal, contra sua vontade, para aderir ao desconto do plano de saúde. 
Sendo que, nos termos do art.337 § 2°, cabe ao réu alegar que a justiça do trabalho é incompetente para apreciar e julgar penalidades criminais, porque a justiça do trabalho só aprecia e julga ações oriundas da relação de trabalho ou outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, não abrangendo penalidades criminais, conforme se determina o art. 14 § 9° da CF/88.
Isso posto, o pedido de aplicação de penalidade criminal contra a ré não pode ser pleiteado, em razão da incompetência absoluta da Justiça do Trabalho.
II.2 - Prescrição
Suscita art. 7º, § 29, da CRFB/88, e art. 11 da CLT que a pretensão quanto à créditos trabalhistas prescreve em cinco anos após a extinção do contrato de trabalho e a Súmula 308, § 1º, do TST dispõe que respeitado o biênio subsequente à cessação contratual, a prescrição quinquenal conta-se da data do ajuizamento da reclamação trabalhista. 
Sendo assim, a reclamante laborou de 25.10.2012 à 29.12.2017 na reclamada e ajuizou a reclamação trabalhista em 27.02.2018. Portanto, suscita-se a prescrição em relação às pretensões anteriores a 27.02.2013, tendo em vista que o ajuizamento da ação ocorreu em 27.02.2018
III- MÉRITO
III.1 - Do Plano de Saúde
A reclamante alega que foi obrigada a aderir ao desconto para o plano de saúde, tendo assinado na admissão, contra a sua vontade, entretanto não fez prova dele, e nos termos do artigo 818, § 1° da CLT e 373, § 1° do CPC, o ônus da prova cabe a esta, quanto ao fato constitutivo de seu direito, não prosperando a sua alegação.
Bem como, a Súmula 342 do TST admite o desconto sem a afronta ao art. 462 da CLT desde que se tenha a prévia autorização do empregado por escrito, cabendo assim a reclamante provar o vício no consentimento o que não o fez.
Por fim, o desconto a título de plano de saúde ocorreu dentro da legalidade, sem qualquer vício de vontade em relação a assinatura, já que é valida a autorização de desconto feita no momento da admissão.
III.2 - Do Adicional de Penosidade
A reclamante suscita o pagamento de adicional de penosidade na porcentagem de 30% sobre o salário base, porque, no exercício de suas atividades ficava constantemente submetida ao calor do forno da padaria. 
Contudo, o pedido não deve prosperar porque o adicional de penosidade não foi regulamentado em lei especial, nem mesmo na CLT, sendo apenas previsto na CRFB/88 em seu artigo 7º inciso XXIII.
III.3 - Das Horas Extras
A reclamante alega que faz jus ao recebimento de horas extras com adição de 50% em razão de ter realizado jornada de trabalho das 10:00h às 20:00h de segunda à sexta, com intervalo de 2 horas para refeição, e aos sábados, das 16:00h às 20:00h, sem intervalo, totalizando 44h semanais.
O art. 58 da CLT preconiza que a jornada de trabalho para qualquer atividade privada não deve exceder à 8h diárias e o art. 7°, §13 da CF/88, assevera que a duração do trabalho normal não será superior às 8h diárias e 44h semanais. Vale destacar que o art. 71, § 2° da CLT alinha que os intervalos não serão computados como hora trabalhada.
Portanto, a reclamante não faz jus ao recebimento de horas extras pois ela laborou 44 horas semanais e não ultrapassou 8 horas diárias.
III.4 – Da Multa do art.477, § 8° da CLT
São indevidas, ainda, a multa do art. 477 da CLT, solicitada pela reclamante, tendo em vista que as verbas rescisórias foram pagas no prazo legal, conforme os termos do artigo 477, § 6° da CLT que determina o pagamento em até 10 dias corridos a partir da data da comunicação da extinção contratual. 
IV – DA RECONVENÇÃO
Conforme disposição expressa do art. 343 do CPC, pode o réu na contestação propor Reconvenção, o que faz pelas razões de fato e de direito a seguir.
A reclamante no ato de sua dispensa, se alterou e quando deixava o portão principal pegou uma pedra do chão e a arremessou violentamente contrao prédio da empresa, vindo a quebrar uma das vidraças, sendo que o valor para a recolocação do vidro ficou no importe de R$ 300,00 (trezentos reais), conforme nota fiscal em anexo.
Diante do dano causado a empresa a reclamante tem o dever de reparar, nos termos dos artigos 186 e 927 do Código Civil. Diante dessa exposição, requer o recebimento desta Reconvenção, para fins de condenar a Reclamante ao ressarcimento da quantia de R$ 300,00 (trezentos reais).
Requer também a condenação da reclamada ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios nos termos do art. 791-A da CLT, ao advogado serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% e o máximo de 15% sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa. Deste modo, requer honorários de sucumbência na ação principal e na reconvenção.
V – DOS PEDIDOS
De acordo com os fatos e fundamentos acima apresentados, em sede de Contestação, requer a Vossa Excelência:
V.1 - O acolhimento da preliminar de Incompetência da Justiça do Trabalho para apreciar e julgar sanções penais, conforme o art. 337, §2° do CPC C/C art. 114, §9° da CF de 88;
 V.2 - O acolhido da prejudicial de mérito, quanto à prescrição quinquenal das pretensões anteriores a 27.02.2013, nos termos da Súmula 308, §1º, do TST;
 V.3 - Requer que as pretensões apresentadas na Reclamatória Trabalhista sejam julgadas totalmente improcedentes;
Em sede de Reconvenção, requer:
V.4 - O recebimento das razões da Reconvenção para o seu devido processamento, de acordo com o art. 343 do CPC;
V.5 - Seja intimado a Reclamante para apresentar resposta, nos termos do art. 343, §1º, do CPC;
V.6 - A total procedência desta Reconvenção para o fim de condenar a Reclamante ao ressarcimento da quantia de R$ 300,00 (trezentos reais) e à respectiva correção monetária;
V.7 - Requer também a condenação da Reclamada ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios nos termos do art. 791-a da CLT;
VI - REQUERIMENTOS FINAIS
VI.1 - Em sede de Reconvenção, requer, por fim, se digne Vossa Excelência a determinar a notificação da Reclamante e sua intimação para comparecer em audiência a ser designada por este digno Juízo e, nesta ocasião, apresentar defesa nos termos do art. 844 da CLT, combinado com o art. 336 do CPC, sob pena de revelia e confissão.
VI.2 - Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial o depoimento pessoal da Reclamante, que fica desde já requerida, sob pena de confissão, bem como pela juntada de documentos, oitiva de testemunhas, perícias e o que mais for necessário à elucidação dos fatos.
Atribui à causa, o valor total de R$ XXXXXXXX
Nesses termos 
 Pede deferimento.
Belo Horizonte, MG, XXXXX de XXXX.
Naíma Huk Amarante 
OAB/XX XXXXXXXX
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