Buscar

Regime estatutário empregado Conselhos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

0 0 3 0 3 5 5 6 5 2 0 1 3 4 0 1 3 3 0 0 
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO 
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DA BAHIA
Processo N° 0030355-65.2013.4.01.3300 - 12ª VARA - SALVADOR
Nº de registro e-CVD 00257.2019.00123300.1.00142/00128
PROCESSO Nº: 30355-65.2013.01.3300
AUTOR : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
RÉU: CONSELHO REGIONAL DE CORRETORES DE IMÓVEIS DA 9ª REGIÃO –
CRECI/BA
SENTENÇA TIPO “A”
SENTENÇA
I - RELATÓRIO:
Trata-se de Ação Civil Pública ajuizada pelo MINISTÉRIO PÚBLICO 
FEDERAL em face do CONSELHO REGIONAL DE CORRETORES DE IMÓVEIS DA 9ª 
REGIÃO –CRECI/BA, por intermédio da qual pretende obter comando para 
compelir a ré a que:
a) “proceda à dispensa de todos os servidores ocupantes de cargos 
públicos que não tenham sido providos mediante a aprovação em concurso 
público, ressalvados os cargos em comissão de livre provimento, conforme 
previsto no inciso V, art. 37 da CF/88;
b) observe os princípios constitucionais e o disposto na Lei 
8.112/90, somente permitindo o ingresso em quadro de pessoal mediante 
________________________________________________________________________________________________________________________
Documento assinado digitalmente pelo(a) JUIZ FEDERAL ÁVIO MOZAR JOSÉ FERRAZ DE NOVAES em 14/10/2019, com base na Lei 11.419 de 
19/12/2006.
A autenticidade deste poderá ser verificada em http://www.trf1.jus.br/autenticidade, mediante código 60244823300236.
 Pág. 1/19
 
 0 0 3 0 3 5 5 6 5 2 0 1 3 4 0 1 3 3 0 0 
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO 
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DA BAHIA
Processo N° 0030355-65.2013.4.01.3300 - 12ª VARA - SALVADOR
Nº de registro e-CVD 00257.2019.00123300.1.00142/00128
aprovação em concurso público, ressalvadas as hipóteses de cargos em 
comissão, conforme previsto no inciso V, art. 37 da CF/88;
c) abstenha-se de contratar servidores para o seu quadro sob o 
regime celetista;
d) adote as medidas administrativas necessárias ao 
reconhecimento dos atuais e futuros servidores, que comprovadamente 
tenham ingressado mediante aprovação em concurso público, como 
estatutários, estando submetidos ao quanto disposto na Lei nº 8.112/90, 
ressalvadas as situações consolidadas na vigência da legislação editada nos 
termos da EC nº 19/98.
Relatou, em síntese, que: 
a) em procedimento administrativo, constatou-se que 
o CRECI da 9ª Região mantém em seu quadro trinta 
e um servidores, onze dos quais ingressaram no 
referido conselho sem ter passado pelo crivo de 
concurso público, afrontando o art. 37, II, da 
Constituição Federal;
b) constatou-se, ainda, que os demais servidores do 
CRECI se submetem ao regime celetista de trabalho, 
em contrariedade com o disposto no art. 39, caput 
________________________________________________________________________________________________________________________
Documento assinado digitalmente pelo(a) JUIZ FEDERAL ÁVIO MOZAR JOSÉ FERRAZ DE NOVAES em 14/10/2019, com base na Lei 11.419 de 
19/12/2006.
A autenticidade deste poderá ser verificada em http://www.trf1.jus.br/autenticidade, mediante código 60244823300236.
 Pág. 2/19
 
 0 0 3 0 3 5 5 6 5 2 0 1 3 4 0 1 3 3 0 0 
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO 
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DA BAHIA
Processo N° 0030355-65.2013.4.01.3300 - 12ª VARA - SALVADOR
Nº de registro e-CVD 00257.2019.00123300.1.00142/00128
da Constituição Federal;
c) os conselhos profissionais são autarquias 
corporativas, possuindo personalidade jurídica de 
direito público interno, devendo portanto se 
submeter às normas que incidem sobre todos os 
demais entes estatais. Portanto, seus servidores 
devem se submeter ao regime jurídico 
administrativo, cujo ingresso deve se dar por 
intermédio de concurso público.
Instruiu a inicial com Procedimento Administrativo nº 
1.14.000.001432/2013-10.
Este Juízo (cf. fl. 66) determinou a intimação do representante 
judicial da parte ré para apresentar manifestação preliminar.
O demandado apresentou manifestação preliminar às fls. 71/132. 
Suscitou, preliminarmente, a necessidade de formação de litisconsórcio passivo 
necessário com todos os servidores não concursados. Aduziu, outrossim, a 
incompetência da justiça federal para apreciar o pedido referente ao 
desligamento dos empregados celetistas. No fim, pugnou pelo indeferimento 
da liminar.
Este Juízo deferiu, parcialmente, o pedido liminar ( fls. 134/139).
________________________________________________________________________________________________________________________
Documento assinado digitalmente pelo(a) JUIZ FEDERAL ÁVIO MOZAR JOSÉ FERRAZ DE NOVAES em 14/10/2019, com base na Lei 11.419 de 
19/12/2006.
A autenticidade deste poderá ser verificada em http://www.trf1.jus.br/autenticidade, mediante código 60244823300236.
 Pág. 3/19
 
 0 0 3 0 3 5 5 6 5 2 0 1 3 4 0 1 3 3 0 0 
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO 
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DA BAHIA
Processo N° 0030355-65.2013.4.01.3300 - 12ª VARA - SALVADOR
Nº de registro e-CVD 00257.2019.00123300.1.00142/00128
Às fls. 143/144, a parte ré apresentou comprovante de interposição 
de agravo de instrumento.
Este Juízo determinou a citação dos empregados não concursados 
( fls. 187).
Regularmente citados, apresentaram contestação ( fls. 344/249. Na 
oportunidade, pugnaram pela improcedência da ação.
O CRECI apresentou contestação às fls. 361/384. Suscitou a 
preliminar de incompetência. No mérito sustentou a legalidade das 
contratações e que os Conselhos de Fiscalização não podem ser compelidos a 
adotar o regime jurídico único para seus empregados. Por fim, pugnou pelo não 
acolhimento dos pedidos.
Este Juízo, às fls. 400/406, proferiu decisão afastando a preliminar 
suscitada pela ré e firmando a competência da Justiça Federal para apreciação 
da matéria. 
O CRECI juntou documentos às fls. 452/644.
O Ministério Público Federal apresentou manifestação nos autos às 
fls. 647/647v.
Este Juízo, em despacho proferido às fls. 649, determinou a 
intimação das partes para apresentação de alegações finais.
O Ministério Público Federal, às fls. 651/652, apresentou as suas 
alegações finais.
________________________________________________________________________________________________________________________
Documento assinado digitalmente pelo(a) JUIZ FEDERAL ÁVIO MOZAR JOSÉ FERRAZ DE NOVAES em 14/10/2019, com base na Lei 11.419 de 
19/12/2006.
A autenticidade deste poderá ser verificada em http://www.trf1.jus.br/autenticidade, mediante código 60244823300236.
 Pág. 4/19
 
 0 0 3 0 3 5 5 6 5 2 0 1 3 4 0 1 3 3 0 0 
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO 
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DA BAHIA
Processo N° 0030355-65.2013.4.01.3300 - 12ª VARA - SALVADOR
Nº de registro e-CVD 00257.2019.00123300.1.00142/00128
O CRECI, às fls. 656/672, colacionou aos autos seus memoriais.
Vieram-me os autos conclusos.
É o relatório. 
Decido.
II - FUNDAMENTAÇÃO:
 
O caso sob exame se subsume à hipótese de julgamento 
antecipado da lide, eis que a questão é precipuamente de direito. Em relação 
aos fatos, as provas produzidas nos autos são suficientes para o deslinde da 
controvérsia. 
 Inicialmente, cabe destacar que a preliminar de incompetência 
já fora devidamente apreciada por este Juízo às fls. 400/406. Assim, passo à 
análise do mérito.
O escopo da presente demanda consiste precipuamente em 
compelir o réu àobrigação de fazer consistente em adotar medidas 
________________________________________________________________________________________________________________________
Documento assinado digitalmente pelo(a) JUIZ FEDERAL ÁVIO MOZAR JOSÉ FERRAZ DE NOVAES em 14/10/2019, com base na Lei 11.419 de 
19/12/2006.
A autenticidade deste poderá ser verificada em http://www.trf1.jus.br/autenticidade, mediante código 60244823300236.
 Pág. 5/19
 
 0 0 3 0 3 5 5 6 5 2 0 1 3 4 0 1 3 3 0 0 
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO 
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DA BAHIA
Processo N° 0030355-65.2013.4.01.3300 - 12ª VARA - SALVADOR
Nº de registro e-CVD 00257.2019.00123300.1.00142/00128
administrativas necessárias para o reconhecimento dos atuais e futuros 
servidores, que comprovadamente tenha ingressado mediante aprovação em 
concurso público, como estatutários, ressalvadas as situações consolidadas na 
vigência da legislação editada nos termos da Emenda Constitucional nº 19/98, 
bem como à obrigação de não fazer consistente em se abster de contratar 
servidores para seu quadro de pessoal sob o regime celetista.
A Constituição Federal de 1988 estatuiu o regime jurídico único de 
contratação de pessoal na Administração Pública, conforme dicção do art. 39, 
em sua redação original:
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, 
regime jurídico único e planos de carreira para os 
servidores da administração pública direta, das autarquias 
e das fundações públicas. 
A Emenda Constitucional nº 19/98, dentre outras questões, 
outorgou nova redação ao citado dispositivo legal, afastando a regra do regime 
jurídico único no âmbito da Administração Pública, que passou a constar com a 
seguinte redação:
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios instituirão conselho de política de administração 
e remuneração de pessoal, integrado por servidores 
________________________________________________________________________________________________________________________
Documento assinado digitalmente pelo(a) JUIZ FEDERAL ÁVIO MOZAR JOSÉ FERRAZ DE NOVAES em 14/10/2019, com base na Lei 11.419 de 
19/12/2006.
A autenticidade deste poderá ser verificada em http://www.trf1.jus.br/autenticidade, mediante código 60244823300236.
 Pág. 6/19
 
 0 0 3 0 3 5 5 6 5 2 0 1 3 4 0 1 3 3 0 0 
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO 
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DA BAHIA
Processo N° 0030355-65.2013.4.01.3300 - 12ª VARA - SALVADOR
Nº de registro e-CVD 00257.2019.00123300.1.00142/00128
designados pelos respectivos Poderes.
No plano infraconstitucional, o legislador ordinário editou a Lei 
9.649/98, atribuindo o caráter privado aos conselhos profissionais:
Art. 58. Os serviços de fiscalização de profissões 
regulamentadas serão exercidos em caráter privado, por 
delegação do poder público, mediante autorização 
legislativa. 
§ 1º A organização, a estrutura e o funcionamento dos 
conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas 
serão disciplinados mediante decisão do plenário do 
conselho federal da respectiva profissão, garantindo-se que 
na composição deste estejam representados todos seus 
conselhos regionais.
§ 2º Os conselhos de fiscalização de profissões 
regulamentadas, dotados de personalidade jurídica de 
direito privado, não manterão com os órgãos da 
Administração Pública qualquer vínculo funcional ou 
hierárquico. 
§ 3º Os empregados dos conselhos de fiscalização de 
profissões regulamentadas são regidos pela legislação 
________________________________________________________________________________________________________________________
Documento assinado digitalmente pelo(a) JUIZ FEDERAL ÁVIO MOZAR JOSÉ FERRAZ DE NOVAES em 14/10/2019, com base na Lei 11.419 de 
19/12/2006.
A autenticidade deste poderá ser verificada em http://www.trf1.jus.br/autenticidade, mediante código 60244823300236.
 Pág. 7/19
 
 0 0 3 0 3 5 5 6 5 2 0 1 3 4 0 1 3 3 0 0 
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO 
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DA BAHIA
Processo N° 0030355-65.2013.4.01.3300 - 12ª VARA - SALVADOR
Nº de registro e-CVD 00257.2019.00123300.1.00142/00128
trabalhista, sendo vedada qualquer forma de transposição, 
transferência ou deslocamento para o quadro da 
Administração Pública direta ou indireta.
§ 4º Os conselhos de fiscalização de profissões 
regulamentadas são autorizados a fixar, cobrar e executar 
as contribuições anuais devidas por pessoas físicas e 
jurídicas, bem como preços de serviços e multas, que 
constituirão receitas próprias, considerando-se título 
executivo extrajudicial a certidão relativa aos créditos 
decorrentes
§ 5º O controle das atividades financeiras e administrativas 
dos conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas 
será realizado pelos seus órgãos internos, devendo os 
conselhos regionais prestar contas, anualmente, ao 
conselho federal da respectiva profissão, e estes aos 
conselhos regionais. 
§ 6º Os conselhos de fiscalização de profissões 
regulamentadas, por constituírem serviço público, gozam 
de imunidade tributária total em relação aos seus bens, 
rendas e serviços. 
§ 7º Os conselhos de fiscalização de profissões 
regulamentadas promoverão, até 30 de junho de 1998, a 
________________________________________________________________________________________________________________________
Documento assinado digitalmente pelo(a) JUIZ FEDERAL ÁVIO MOZAR JOSÉ FERRAZ DE NOVAES em 14/10/2019, com base na Lei 11.419 de 
19/12/2006.
A autenticidade deste poderá ser verificada em http://www.trf1.jus.br/autenticidade, mediante código 60244823300236.
 Pág. 8/19
 
 0 0 3 0 3 5 5 6 5 2 0 1 3 4 0 1 3 3 0 0 
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO 
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DA BAHIA
Processo N° 0030355-65.2013.4.01.3300 - 12ª VARA - SALVADOR
Nº de registro e-CVD 00257.2019.00123300.1.00142/00128
adaptação de seus estatutos e regimentos ao estabelecido 
neste artigo. 
§ 8º Compete à Justiça Federal a apreciação das 
controvérsias que envolvam os conselhos de fiscalização de 
profissões regulamentadas, quando no exercício dos 
serviços a eles delegados, conforme disposto no caput. 
§ 9º O disposto neste artigo não se aplica à entidade de 
que trata a Lei no 8.906, de 4 de julho de 1994. (grifos 
atuais)
Entrementes, em sede de julgamento da ADI nº 1.717/DF, o 
Supremo Tribunal Federal reconheceu a “indelegabilidade, a uma entidade 
privada, de atividade típica de Estado, que abrange até poder de polícia, de 
tributar e de punir, no que concerne ao exercício de atividades profissionais 
regulamentadas, como ocorre com os dispositivos impugnados” e declarou a 
inconstitucionalidade do art. 58, caput e §§ 1º, 2º, 4º, 5º, 6º, 7º e 8º da citada 
lei.
Sob outro prisma, o STF julgou parcialmente procedente a Medida 
Cautelar em Ação Direta de Inconstitucionalidade - ADI nº 2.135 MC/DF, 
suspendendo-se a redação outorgada pela EC nº 19/98 ao art. 39, caput da 
Constituição Federal e mantendo-se, por conseguinte, o regime jurídico único 
de contratação de pessoal na Administração Pública. Confiram-se, neste 
________________________________________________________________________________________________________________________
Documento assinado digitalmente pelo(a) JUIZ FEDERAL ÁVIO MOZAR JOSÉ FERRAZ DE NOVAES em 14/10/2019, com basena Lei 11.419 de 
19/12/2006.
A autenticidade deste poderá ser verificada em http://www.trf1.jus.br/autenticidade, mediante código 60244823300236.
 Pág. 9/19
 
 0 0 3 0 3 5 5 6 5 2 0 1 3 4 0 1 3 3 0 0 
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO 
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DA BAHIA
Processo N° 0030355-65.2013.4.01.3300 - 12ª VARA - SALVADOR
Nº de registro e-CVD 00257.2019.00123300.1.00142/00128
diapasão, os seguintes julgados:
MEDIDA CAUTELAR EM AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE. PODER CONSTITUINTE 
REFORMADOR. PROCESSO LEGISLATIVO. EMENDA 
CONSTITUCIONAL 19, DE 04.06.1998. ART. 39, CAPUT, DA 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. SERVIDORES PÚBLICOS. REGIME 
JURÍDICO ÚNICO. PROPOSTA DE IMPLEMENTAÇÃO, DURANTE 
A ATIVIDADE CONSTITUINTE DERIVADA, DA FIGURA DO 
CONTRATO DE EMPREGO PÚBLICO. INOVAÇÃO QUE NÃO 
OBTEVE A APROVAÇÃO DA MAIORIA DE TRÊS QUINTOS DOS 
MEMBROS DA CÂMARA DOS DEPUTADOS QUANDO DA 
APRECIAÇÃO, EM PRIMEIRO TURNO, DO DESTAQUE PARA 
VOTAÇÃO EM SEPARADO (DVS) Nº 9. SUBSTITUIÇÃO, NA 
ELABORAÇÃO DA PROPOSTA LEVADA A SEGUNDO TURNO, 
DA REDAÇÃO ORIGINAL DO CAPUT DO ART. 39 PELO TEXTO 
INICIALMENTE PREVISTO PARA O PARÁGRAFO 2º DO MESMO 
DISPOSITIVO, NOS TERMOS DO SUBSTITUTIVO APROVADO. 
SUPRESSÃO, DO TEXTO CONSTITUCIONAL, DA EXPRESSA 
MENÇÃO AO SISTEMA DE REGIME JURÍDICO ÚNICO DOS 
SERVIDORES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. 
RECONHECIMENTO, PELA MAIORIA DO PLENÁRIO DO 
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, DA PLAUSIBILIDADE DA 
ALEGAÇÃO DE VÍCIO FORMAL POR OFENSA AO ART. 60, § 
2º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. RELEVÂNCIA JURÍDICA DAS 
________________________________________________________________________________________________________________________
Documento assinado digitalmente pelo(a) JUIZ FEDERAL ÁVIO MOZAR JOSÉ FERRAZ DE NOVAES em 14/10/2019, com base na Lei 11.419 de 
19/12/2006.
A autenticidade deste poderá ser verificada em http://www.trf1.jus.br/autenticidade, mediante código 60244823300236.
 Pág. 10/19
 
 0 0 3 0 3 5 5 6 5 2 0 1 3 4 0 1 3 3 0 0 
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO 
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DA BAHIA
Processo N° 0030355-65.2013.4.01.3300 - 12ª VARA - SALVADOR
Nº de registro e-CVD 00257.2019.00123300.1.00142/00128
DEMAIS ALEGAÇÕES DE INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL 
E MATERIAL REJEITADA POR UNANIMIDADE. 
1. A matéria votada em destaque na Câmara dos 
Deputados no DVS nº 9 não foi aprovada em primeiro 
turno, pois obteve apenas 298 votos e não os 308 
necessários. Manteve-se, assim, o então vigente caput do 
art. 39, que tratava do regime jurídico único, incompatível 
com a figura do emprego público. 
2. O deslocamento do texto do § 2º do art. 39, nos termos 
do substitutivo aprovado, para o caput desse mesmo 
dispositivo representou, assim, uma tentativa de superar a 
não aprovação do DVS nº 9 e evitar a permanência do 
regime jurídico único previsto na redação original 
suprimida, circunstância que permitiu a implementação do 
contrato de emprego público ainda que à revelia da regra 
constitucional que exige o quorum de três quintos para 
aprovação de qualquer mudança constitucional. 
3. Pedido de medida cautelar deferido, dessa forma, quanto 
ao caput do art. 39 da Constituição Federal, ressalvando-se, 
em decorrência dos efeitos ex nunc da decisão, a 
subsistência, até o julgamento definitivo da ação, da 
validade dos atos anteriormente praticados com base em 
legislações eventualmente editadas durante a vigência do 
dispositivo ora suspenso. 4. Ação direta julgada prejudicada 
quanto ao art. 26 da EC 19/98, pelo exaurimento do prazo 
________________________________________________________________________________________________________________________
Documento assinado digitalmente pelo(a) JUIZ FEDERAL ÁVIO MOZAR JOSÉ FERRAZ DE NOVAES em 14/10/2019, com base na Lei 11.419 de 
19/12/2006.
A autenticidade deste poderá ser verificada em http://www.trf1.jus.br/autenticidade, mediante código 60244823300236.
 Pág. 11/19
 
 0 0 3 0 3 5 5 6 5 2 0 1 3 4 0 1 3 3 0 0 
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO 
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DA BAHIA
Processo N° 0030355-65.2013.4.01.3300 - 12ª VARA - SALVADOR
Nº de registro e-CVD 00257.2019.00123300.1.00142/00128
estipulado para sua vigência. 
5. Vícios formais e materiais dos demais dispositivos 
constitucionais impugnados, todos oriundos da EC 19/98, 
aparentemente inexistentes ante a constatação de que as 
mudanças de redação promovidas no curso do processo 
legislativo não alteraram substancialmente o sentido das 
proposições ao final aprovadas e de que não há direito 
adquirido à manutenção de regime jurídico anterior. 
6. Pedido de medida cautelar parcialmente deferido. (STF. 
ADI 2135 MC. Relator(a): Min. NÉRI DA SILVEIRA. Relator(a) 
p/ Acórdão: Min. ELLEN GRACIE (ART.38,IV,b, do RISTF). 
Tribunal Pleno. julgado em 02/08/2007. DJe-041 DIVULG 06-
03-2008 PUBLIC 07-03-2008 EMENT VOL-02310-01 PP-
00081 RTJ VOL-00204-03 PP-01029)
AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL. 
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. VIOLAÇÃO DO ART. 
535 DO CPC. NÃO OCORRÊNCIA. PRETENSÃO DE 
PREQUESTIONAMENTO DE DISPOSITIVOS 
CONSTITUCIONAIS. INADMISSIBILIDADE. CONSELHOS DE 
FISCALIZAÇÃO PROFISSIONAL. NATUREZA JURÍDICA. 
AUTARQUIAS CORPORATIVAS. REGIME JURÍDICO DE 
CONTRATAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS. CONVERSÃO DO 
REGIME CELETISTA PARA O ESTATUTÁRIO. INCIDÊNCIA DA 
LEI Nº 8.112/90. DEMISSÃO IRREGULAR. NECESSIDADE DE 
________________________________________________________________________________________________________________________
Documento assinado digitalmente pelo(a) JUIZ FEDERAL ÁVIO MOZAR JOSÉ FERRAZ DE NOVAES em 14/10/2019, com base na Lei 11.419 de 
19/12/2006.
A autenticidade deste poderá ser verificada em http://www.trf1.jus.br/autenticidade, mediante código 60244823300236.
 Pág. 12/19
 
 0 0 3 0 3 5 5 6 5 2 0 1 3 4 0 1 3 3 0 0 
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO 
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DA BAHIA
Processo N° 0030355-65.2013.4.01.3300 - 12ª VARA - SALVADOR
Nº de registro e-CVD 00257.2019.00123300.1.00142/00128
PRÉVIO PROCESSO ADMINISTRATIVO. INAPLICABILIDADE DA 
LEI Nº 9.649/98.
1. (...) 3. Este Tribunal Superior consagrou o entendimento 
de que, por força no disposto no Decreto-Lei nº 968/69, o 
regime dos funcionários dos Conselhos de Fiscalização de 
Profissões era o celetista. Após a Constituição Federal de 
1988 e com o advento da Lei nº 8.112/90, foi instituído o 
regime jurídico único, sendo os funcionários dessas 
autarquias alçados à condição de estatutários, situação que 
perdurou até a Emenda Constitucional nº 19/98 e a entrada 
em vigor da Lei nº 9.649/98, a qual instituiu novamente o 
regime celetista.
4. No julgamento da ADI nº 1.717/DF, o Supremo Tribunal 
Federal declarou a inconstitucionalidade do art. 58 e seus 
§§ 1º, 2º, 4º, 5º, 6º, 7º e 8º, da Lei nº 9.649/98, afirmando 
que os conselhos de fiscalização profissional possuem 
natureza de autarquia de regime especial, permanecendo 
incólume o art. 58, § 3º, que submetia os empregados 
desses conselhos à legislação trabalhista.
5. Posteriormente, no julgamento da ADI nº 2.135 MC/DF, foi 
suspensa a vigência do caput do art. 39 da Constituição 
Federal, com a redação dada pela EC nº 19/98. Dessa forma, 
subsiste, atualmente, para a Administração Pública direta, 
autárquica e fundacional, a obrigatoriedade de adoção do 
regime jurídico único, ressalvadas as situações consolidadas 
________________________________________________________________________________________________________________________Documento assinado digitalmente pelo(a) JUIZ FEDERAL ÁVIO MOZAR JOSÉ FERRAZ DE NOVAES em 14/10/2019, com base na Lei 11.419 de 
19/12/2006.
A autenticidade deste poderá ser verificada em http://www.trf1.jus.br/autenticidade, mediante código 60244823300236.
 Pág. 13/19
 
 0 0 3 0 3 5 5 6 5 2 0 1 3 4 0 1 3 3 0 0 
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO 
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DA BAHIA
Processo N° 0030355-65.2013.4.01.3300 - 12ª VARA - SALVADOR
Nº de registro e-CVD 00257.2019.00123300.1.00142/00128
na vigência da legislação editada nos termos da aludida 
emenda declarada suspensa.
6. No caso dos autos, a autora foi admitida pelo Conselho 
Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado 
do Rio de Janeiro por concurso público em 1º/3/1965, pelo 
regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), e, com 
o advento da Lei nº 8.112/1990, passou à condição de 
servidora pública federal estatutária, de modo que não 
poderia ter sido demitida em 6/3/1997 sem a observância 
das regras estatutárias então vigentes.
7. Agravo regimental a que se nega provimento. (STJ. AgRg 
no REsp 1164129/RJ, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO 
BELLIZZE, QUINTA TURMA. Julgado em 05/02/2013, DJe 
15/02/2013) (grifos atuais)
DIREITO ADMINISTRATIVO. CONSELHOS DE FISCALIZAÇÃO 
PROFISSIONAL. NATUREZA JURÍDICA. AUTARQUIAS 
CORPORATIVAS. REGIME DE CONTRATAÇÃO DE SEUS 
EMPREGADOS. INCIDÊNCIA DA LEI N. 8.112/90.
1. A atividade de fiscalização do exercício profissional é 
estatal, nos termos dos arts. 5º, XIII, 21, XXIV, e 22, XIV, da 
Constituição Federal, motivo pelo qual as entidades que 
exercem esse controle têm função tipicamente pública e, 
por isso, possuem natureza jurídica de autarquia, 
sujeitando-se ao regime jurídico de direito público. 
________________________________________________________________________________________________________________________
Documento assinado digitalmente pelo(a) JUIZ FEDERAL ÁVIO MOZAR JOSÉ FERRAZ DE NOVAES em 14/10/2019, com base na Lei 11.419 de 
19/12/2006.
A autenticidade deste poderá ser verificada em http://www.trf1.jus.br/autenticidade, mediante código 60244823300236.
 Pág. 14/19
 
 0 0 3 0 3 5 5 6 5 2 0 1 3 4 0 1 3 3 0 0 
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO 
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DA BAHIA
Processo N° 0030355-65.2013.4.01.3300 - 12ª VARA - SALVADOR
Nº de registro e-CVD 00257.2019.00123300.1.00142/00128
Precedentes do STJ e do STF.
2. Até a promulgação da Constituição Federal de 1988, era 
possível, nos termos do Decreto-Lei 968/69, a contratação 
de servidores, pelos conselhos de fiscalização profissional, 
tanto pelo regime estatutário quanto pelo celetista, 
situação alterada pelo art. 39, caput, em sua redação 
original.
3. O § 1º do art. 253 da Lei n. 8.112/90 regulamentou o 
disposto na Constituição, fazendo com que os funcionários 
celetistas das autarquias federais passassem a servidores 
estatutários, afastando a possibilidade de contratação em 
regime privado.
4. Com a Lei n. 9.649/98, o legislador buscou afastar a 
sujeição das autarquias corporativas ao regime jurídico de 
direito público. Entretanto, o Supremo Tribunal Federal, na 
ADI n. 1.717/DF, julgou inconstitucional o dispositivo que 
tratava da matéria. O exame do § 3º do art. 58 ficou 
prejudicado, na medida em que a superveniente Emenda 
Constitucional n. 19/98 extinguiu a obrigatoriedade do 
Regime Jurídico Único.
5. Posteriormente, no julgamento da medida liminar na ADI 
n. 2.135/DF, foi suspensa a vigência do caput do art. 39 da 
Constituição Federal, com a redação atribuída pela EC n. 
19/98. Dessa forma, após todas as mudanças sofridas, 
subsiste, para a administração pública direta, autárquica e 
________________________________________________________________________________________________________________________
Documento assinado digitalmente pelo(a) JUIZ FEDERAL ÁVIO MOZAR JOSÉ FERRAZ DE NOVAES em 14/10/2019, com base na Lei 11.419 de 
19/12/2006.
A autenticidade deste poderá ser verificada em http://www.trf1.jus.br/autenticidade, mediante código 60244823300236.
 Pág. 15/19
 
 0 0 3 0 3 5 5 6 5 2 0 1 3 4 0 1 3 3 0 0 
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO 
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DA BAHIA
Processo N° 0030355-65.2013.4.01.3300 - 12ª VARA - SALVADOR
Nº de registro e-CVD 00257.2019.00123300.1.00142/00128
fundacional, a obrigatoriedade de adoção do regime jurídico 
único, ressalvadas as situações consolidadas na vigência da 
legislação editada nos termos da emenda declarada 
suspensa.
6. As autarquias corporativas devem adotar o regime 
jurídico único, ressalvadas as situações consolidadas na 
vigência da legislação editada nos termos da Emenda 
Constitucional n. 19/97.
7. Esse entendimento não se aplica a OAB, pois no 
julgamento da ADI n. 3.026/DF, ao examinar a 
constitucionalidade do art. 79, § 1º, da Lei n. 8.906/96, o 
Excelso Pretório afastou a natureza autarquica dessa 
entidade, para afirmar que seus contratos de trabalho são 
regidos pela CLT.
8. Recurso especial provido para conceder a segurança e 
determinar que os impetrados, com exceção da OAB, tomem 
as providências cabíveis para a implantação do regime 
jurídico único no âmbito dos conselhos de fiscalização 
profissional, incidindo no caso a ressalva contida no 
julgamento da ADI n. 2.135 MC/DF. (STJ. REsp 507.536/DF. 
Rel. Ministro JORGE MUSSI. QUINTA TURMA, julgado em 
18/11/2010, DJe 06/12/2010) (destaques atuais)
Nesta senda e em consonância com os julgamentos da ADI nº 
1.717/DF e da Medida Cautelar em Ação Direta de Inconstitucionalidade - ADI 
________________________________________________________________________________________________________________________
Documento assinado digitalmente pelo(a) JUIZ FEDERAL ÁVIO MOZAR JOSÉ FERRAZ DE NOVAES em 14/10/2019, com base na Lei 11.419 de 
19/12/2006.
A autenticidade deste poderá ser verificada em http://www.trf1.jus.br/autenticidade, mediante código 60244823300236.
 Pág. 16/19
 
 0 0 3 0 3 5 5 6 5 2 0 1 3 4 0 1 3 3 0 0 
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO 
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DA BAHIA
Processo N° 0030355-65.2013.4.01.3300 - 12ª VARA - SALVADOR
Nº de registro e-CVD 00257.2019.00123300.1.00142/00128
nº 2.135 MC/DF, os conselhos profissionais devem observar a regra de 
obrigatoriedade de adoção do regime jurídico único (estatutário) após concurso 
público para contratação de pessoal, aplicando-se o disposto na redação 
originária do art. 39 da CF e os consectários de tal regramento.
Gize-se, por oportuno, que restam ressalvadas as situações 
jurídicas consolidadas na vigência da legislação editada nos termos da Emenda 
Constitucional nº 19/98, em face da modulação dos efeitos do julgamento 
proferido na Medida Cautelar em Ação Direta de Inconstitucionalidade - ADI nº 
2.135 MC/DF. 
No caso especifico dos autos, restou demonstrado pelos documentos de 
fls. 62 que os empregados, ora réus na presente ação foram contratados antes 
de 2007 e também anteriormente à 18.05.2001, data em que o C. STF 
reconheceu a natureza jurídica autárquica dos conselhos de fiscalização 
profissional ( MS nº 21.797-9). Assim, não cabe acolhimento do pedido de 
dispensa de tais empregados.
A aplicação dos princípios da segurança jurídica e da estabilidade 
das relações sociais justifica a conservação de tais situações de acordo com o 
quadro normativo da época e autorizao discrímen (juridicamente válido) em 
relação aos demais contratados (pósteros ao multicitado julgamento). Não se 
cogita, neste toar, de qualquer ofensa ao princípio da isonomia sob tal aspecto.
III – DISPOSITIVO:
________________________________________________________________________________________________________________________
Documento assinado digitalmente pelo(a) JUIZ FEDERAL ÁVIO MOZAR JOSÉ FERRAZ DE NOVAES em 14/10/2019, com base na Lei 11.419 de 
19/12/2006.
A autenticidade deste poderá ser verificada em http://www.trf1.jus.br/autenticidade, mediante código 60244823300236.
 Pág. 17/19
 
 0 0 3 0 3 5 5 6 5 2 0 1 3 4 0 1 3 3 0 0 
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO 
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DA BAHIA
Processo N° 0030355-65.2013.4.01.3300 - 12ª VARA - SALVADOR
Nº de registro e-CVD 00257.2019.00123300.1.00142/00128
Sob os fundamentos esposados:
Sob os fundamentos esposados supra, JULGO PROCEDENTE, em 
parte os pedidos formulados na petição inicial para condenar o réu:
1. à obrigação de fazer consistente em adotar medidas 
administrativas necessárias para o reconhecimento dos atuais e futuros 
servidores, que comprovadamente tenham ingressado mediante aprovação 
em concurso público, como estatutários, estando submetidos ao quanto 
disposto na Lei nº 8.112/90, ressalvadas as situações consolidadas na vigência 
da legislação editada nos termos da Emenda Constitucional nº 19/98;
2. à obrigação de não fazer consistente em se abster de contratar 
servidores para seu quadro de pessoal sob o regime celetista, sob pena de 
arbitramento de multa diária. 
Por conseguinte, extingo o feito com resolução de mérito, com 
fulcro no art. 487 inciso I do CPC.
Oficie-se ao DD. Relator do agravo de instrumento interposto no 
curso processual, comunicando-lhe o inteiro teor desta sentença.
Custas processuais pelo réu.
________________________________________________________________________________________________________________________
Documento assinado digitalmente pelo(a) JUIZ FEDERAL ÁVIO MOZAR JOSÉ FERRAZ DE NOVAES em 14/10/2019, com base na Lei 11.419 de 
19/12/2006.
A autenticidade deste poderá ser verificada em http://www.trf1.jus.br/autenticidade, mediante código 60244823300236.
 Pág. 18/19
 
 0 0 3 0 3 5 5 6 5 2 0 1 3 4 0 1 3 3 0 0 
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO 
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DA BAHIA
Processo N° 0030355-65.2013.4.01.3300 - 12ª VARA - SALVADOR
Nº de registro e-CVD 00257.2019.00123300.1.00142/00128
Sem condenação em honorários advocatícios, por ser incabível seu 
pagamento em proveito do Ministério Público1.
Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos.
Publique-se. Registre-se. Intimem-se.
Salvador/BA, 14 de outubro de 2019
ÁVIO MOZAR JOSÉ FERRAZ DE NOVAES
JUIZ FEDERAL
1 PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. FIXAÇÃO DE 
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS EM FAVOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO. IMPOSSIBILIDADE. 
1. Conforme o entendimento jurisprudencial do STJ, não é cabível a condenação da parte vencida ao pagamento de honorários 
advocatícios em favor do Ministério Público nos autos de Ação Civil Pública. Nesse sentido: REsp 1.099.573/RJ, 2ª Turma, Rel. 
Min. Castro Meira, DJe 19.5.2010; REsp 1.038.024/SP, 2ª Turma, Rel. Min. Herman Benjamin, DJe 24.9.2009; EREsp 895.530/PR, 1ª 
Seção, Rel. Min. Eliana Calmon, DJe 18.12.2009. 2. Agravo regimental não provido. (STJ. AgRg no REsp 1386342/PR, Rel. Ministro 
MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 27/03/2014, DJe 02/04/2014) (grifos atuais)
________________________________________________________________________________________________________________________
Documento assinado digitalmente pelo(a) JUIZ FEDERAL ÁVIO MOZAR JOSÉ FERRAZ DE NOVAES em 14/10/2019, com base na Lei 11.419 de 
19/12/2006.
A autenticidade deste poderá ser verificada em http://www.trf1.jus.br/autenticidade, mediante código 60244823300236.
 Pág. 19/19
	AUTOR : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

Outros materiais