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3 aula- INCONTINÊNCIA URINÁRIA

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CONTINÊNCIA E INCONTINÊNCIA 
URINÁRIA
Profa. Greice Sampaio
■ Para compreender e tratar as diversas 
afecções uroginecológicas é necessário 
conhecer o funcionamento do trato 
urinário inferior e os mecanismos de 
manutenção da continência urinária. 
Continência 
■ É a capacidade normal de uma pessoa 
em acumular urina e fezes, com 
controle consciente sobre o tempo e 
lugar para urinar ou defecar.
Urina 
■ A urina é continuamente produzida e passa por
meio de peristaltismo para a bexiga , vinda dos rins
através dos ureteres.
■ A bexiga normal aumenta seu volume para conter
e armazenar urina , sem aumento significativo na
pressão, até que esteja completamente distendida,
e sem as contrações involuntárias do detrusor,
mesmo com tosse,espirro etc.
■ Na medida que o enchimento da bexiga continua, o
limite de distensibilidade da mesma é atingido e a
pressão começa a subir.
■ A capacidade média da bexiga está entre 300 a 500
ml de urina.
Micção 
Compreende 2 fases:
■ Armazenamento ou enchimento
■ Esvaziamento ou expulsão
Envolve funções antagônicas da bexiga e 
da uretra
Ciclo da micção 
■ Atividade coordenada envolvendo:
– Bexiga (músculo liso)
– Uretra (músculo liso e estriado)
– Assoalho pélvico (músculo estriado)
Principais estruturas 
envolvidas na teoria integral 
da continência
■ Diafragma pélvico
■ Ligamentos pubouretrais, uretropélvicos e 
uterossacros.
Controle da micção 
■ Sistema Nervoso Central 
■ Sistema Nervoso Periféfico ( SN Autônomo e Somático)
■ A interação entre SNC,SNP e trato urinário inferior ocorre 
por meio de níveis de controle miccionais, circuitos 
neurológicos e reflexos da micção.
■ O córtex cerebral representado 
pelo lobo frontal = responsável pelo 
controle voluntário da micção.
(inibe os reflexos de contração do detrusor na fase 
de enchimento diante do aumento da pressão 
vesical)
FISIOLOGIA DO TRATO 
URINÁRIO INFERIOR E DA 
MICÇÃO
■ BEXIGA – órgão autônomo constituído de músculo 
liso, cuja função é armazenar urina sem esforço, 
sem dor e sem perda involuntária e ainda, de 
eliminá-la voluntariamente, sem dor e sem esforço. 
SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO 
(T10 a L2)- representado principalmente pelo nervo 
hipogástrico
■ A sensação de repleção vesical após 
enchimento de determinado volume de urina é 
enviado ao encéfalo por receptores de tensão 
estiramento – desencadeando o reflexo de 
micção. 
■ A micção é deflagrada pelo SNP e controlada 
pelo SNC.
Fase de esvaziamento 
vesical
■ Mediada pelo sistema nervoso parassimpático (S2 e S4) –
responsável pelo controle motor do detrusor. 
Os neurônios parassimpáticos pré-ganglionares longos 
e pós-ganglionares curtos utilizam a acetilcolina como 
neurotransmissor)
■ A estimulação do nervo tibial posterior inibe a 
atividade vesical pela despolarização das fibras 
aferentes somáticas sacrais e lombares, 
resultante de respostas motora e sensitiva ao 
estímulo na área do nervo tibial posterior. 
Alterações no funcionamento 
da Bexiga:
■ Infecções urinárias
■ Hipertrofia da próstata
■ Prolapso uterino
■ Doenças do SN (PC, TRM, Parkinson)
Fatores psíquicos:
■ Hospitalização 
■ Mudança de domicilio
■ Emocional (Depressão, Ansiedade)
Fatores sociais:
■ Dificuldade de acesso e condições de moradia.
MECANISMOS 
ESFINCTERIANOS
Podem ser divididos em um componente proximal 
e outro distal:
■ esfíncter uretral proximal (EUP)
■ esfíncter uretral distal (EUD)
Pressão de fechamento da 
uretra
A urina também é impedida de sair pela uretra 
por uma pressão de fechamento, cerca de:
■ 50 a 70 cm H2O nas mulheres antes da 
menstruação ;
■ 40 a 50 cm H2O após a menstruação ;
■ 60 a 90 cmH2O nos homens 
INCONTINÊNCIA URINÁRIA
Qualquer perda involuntária de 
urina, exceto em crianças.
Segundo a sociedade internacional de
continência (1976), a incontinência urinária (IU)
trata-se de um transtorno no qual a perda
involuntária de urina é um problema social ou
higiênico e exerce grande impacto sobre a saúde
e qualidade de vida do indivíduo.
ObesidadePartosSexo
.
Fatores de Risco
Algumas causas possíveis de 
incontinência são:
■ Infecção urinária ou vaginal
■ Efeito colateral de medicamentos
■ Constipação
■ Fraqueza de certos músculos da região pélvica
■ Obstrução da Uretra por aumento da próstata
■ Doenças envolvendo nervos e/ou músculos
■ Conseqüência de algumas cirurgias
Outras causas:
■ Hiperatividade do músculo da bexiga,
■ Fraqueza dos músculos que seguram a 
bexiga no lugar,
■ Fraqueza no esfíncter uretral, 
■ Problemas congênitos, 
■ Lesões da coluna espinhal, 
■ Certos alimentos que podem atuar como 
diuréticos 
DETRUSOR
Incontinência Urinária de Urgência
(Bexiga Hiperativa)
URETRAL e Assoalho Pélvico
Incontinência Urinária de Esforço
(Insuficiência Esfincteriana)
Mista
Tipos de Incontinência
A incontinência urinária 
pode ser dividida em:
■ URETRAL - Incompetência esfíncter
- instabilidade do detrusor
- retenção por transbordamento
- congênitas
- miscelânea
■ EXTRA-URETRAL - congênitas
- fístulas
Bexiga hiperativa 
■ De acordo com Sociedade Internacional de Continência, a BH
é caracterizada como uma síndrome sintomática sugestiva de
disfunção do TUI.
■ Condição relatada pelo paciente de urgência e aumento da
frequência miccional, com ou sem incontinência urinária,
ocorrendo na ausência de fatores metabólicos ou patológicos
locais.
Padronização da nomenclatura adotada em 
uroginecologia pela Sociedade Internacional 
de Continência (ICS). Adaptado de Abrams et
al.,2003
Sintomas de armazenamento: ocorrem durante 
armazenamento vesical,incluindo frequência diurna e 
noctúria.
Frequência diurna aumentada Relatada pelo paciente quando revela 
urinar várias vezes ao dia. 
Polaciúria
Noctúria Paciente acorda ,durante a noite,1 ou 
mais vezes para urinar
Urgência Desejo repentino,dificilmente 
inadiável, de urinar
Incontinência urinária Qualquer perda 
involuntária.Exceto para crianças.
Incontinência de esforço Perda involuntária de urina após 
exercício fisico,tosse e espirro
Urge- incontinência Perda involuntária de urina
acompanhada imediatamente de
urgência urinária
Incontinência mista È a perda involuntária de urina 
associada à urgência e também 
com exercício
Enurese Qualquer perda involuntária de 
urina. Se a noite acrescenta-se o 
adjetivo noturna.
Incontinência urinária contínua É a incontinência ininterrupta
Sensação vesical
Normal – ciente do enchimento 
vesical e o desejo miccional 
aumenta progressivamente.
Aumentada - desejo precoce e 
persistente de urinar.
Reduzida – consciência do 
enchimento vesical,mas não 
tem desejo definitivo de urinar.
Ausente – não tem sensação de 
enchimento vesical e nem 
desejo miccional.
Sintomas de esvaziamento: 
são específicos durante a 
fase miccional.
Jato fraco Redução da força do jato, 
em comparação com 
situações anteriores
Hesitação dificuldade de iniciar a 
micção, resultando em 
atraso no tempo entre a 
micção e vontade de 
urinar
Esforço para urinar esforço para iniciar, 
manter e aperfeiçoar a 
micção
Sintomas pós-miccionais: ocorrem 
imediatamente após a micção.
Sensação de 
esvaziamento incompleto
Sensação de que resta 
urina na bexiga após a 
micção
Gotejamento pós-
miccional
Perda involuntária de 
urina imediatamente após 
a micção,usualmente
após deixar o banheiro 
(homens) e após levantar 
do aparelho sanitário 
(mulheres)
Valores de normalidade
■ Débito urinário de 24 h= 1.500 a 2.500ml.
0,5/kg/h 
■ Volume médio =250 ml
■ Capacidade funcional = 400 a 600 ml – em 7 a 8 micções 
quando se ingere 3 l de água por dia.
CLASSIFICAÇÃO DA 
INCONTINÊNCIA URINÁRIA
■ INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO;
■ INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE URGÊNCIA;
■ INCONTINÊNCIA MISTA;
■ INCONTINÊNCIA TRANSITORIA;
■ INCONTINÊNCIA VERDADEIRA
INCONTINÊNCIA URINÁRIA 
DE ESFORÇO
■ Perda involuntária de urina, via uretral que
ocorre durante esforços fisicos, quandoo 
aumento da pressão intravesical supera a 
pressão intra-uretral, na ausência da
contração do detrusor.
■ ocorre devido a uma deficiência no suporte 
vesical e uretral que é feito pelos músculos do 
assoalho pélvico ou por uma fraqueza ou 
lesão do esfíncter uretral.
INCONTINÊNCIA URINÁRIA 
DE URGÊNCIA:
■ Perda involuntária de urina, via uretral, que ocorre
conjuntamente a um FORTE DESEJO de urinar, 
sendo acompanhado de contratura do detrusor.
■ A bexiga pode tornar-se hiperativa devido uma 
infecção urinária que irrita a mucosa da bexiga ou 
por alterações nos nervos que normalmente 
controlam a bexiga.
■ Em muitos casos, a causa pode não ser detectada.
INCONTINÊNCIA URINÁRIA 
MISTA
■ Quando há incontinência de esforço e de 
urgência simultaneamente.
■ Caracterizada por pacientes que em situações
de esforço apresentam, além da alteração
anatômica, contrações não-inibidas do 
detrusor.
INCONTINÊNCIA URINÁRIA 
TRANSITÓRIA (IUT)
■ Instabilidade do detrusor e diminuição da
pressão de fechamento uretral, causado por
bactéria, virus, fungos e outros.
BEXIGA NEUROGÊNICA
■ Trata-se de retenção ou IU decorrentes da
disfunção uretral ou do detrusor, causada por
lesões neurológicas como lesões cerebrais,
doenças ou traumas da medula espinhal.
Tratamento bexiga 
neurogênica
É guiado pela necessidade de :
1. Promover esvaziamento vesical completo
2. Preservar bom funcionamento renal
3. Evitar complicações
4. Permitir a inclusão social e profissional
Controle medular da 
micção
■ Ocorre na região de S2 a S4, e é alojado nos corpos 
vertebrais de T12 a L1.
■ Lesões acima deste nível são caracterizadas por bexigas
neurogênicas não flácidas ( BN reflexa e BN não inibidas)
■ Lesões no centro da micção ou abaixo provocam BN flácidas
Avaliação 
■ Escala de Oxford modificada 
■ Paciente é orientado a contrair e manter a 
contração dos músculos perineais ao redor do 
dedo do examinador.
OBJETIVOS DA FISIOTERAPIA
■ Geral: Recuperar a função da musculatura do 
assoalho pélvico revertendo o quadro de 
incontinência urinaria dando ao paciente um maior 
conforto e menor constrangimento. 
■ Específicos:
– Reduzir a dor quando presente
– Melhorar a condução nervosa da bexiga, 
– Melhorar a sensibilidade da bexiga, 
– Melhorar a integridade muscular da bexiga,
– Fortalecer os músculos do assoalho pélvico ,
– Aumentar o controle da micção 
– Treinar a marcha quando esta estiver alterada.
Tratamento 
Fisioterapêutico
■ Fortalecimento do assoalho pélvico, cones vaginais, 
biofeedback, eletroestimulação
■ Reeducação Perineal
– Exercicios Perineais – Kegel
– Propriocepção com Cones 
Vaginais
– Cinesioterapia
– Exercicios Respiratorios
Eletroestimulação do nervo 
tibial posterior
■ Exercícios de agachamento: de frente para o 
espaldar, segurá-lo e começar o agachamento 
até flexão total dos joelhos, ao subir contrair o 
assoalho pélvico.
■ Exercício para mm. adutora de quadril e 
assoalho pélvico: decúbito dorsal, joelhos 
fletidos, apertar uma almofada entre os joelhos 
e contrair assoalho pélvico simultaneamente.
■ Para assoalho pélvico: dec. dorsal, joelhos 
fletidos e quadril abduzido, contrair assoalho 
pélvico.
■ Para assoalho pélvico e glúteos: dec. Lateral, 
perna de baixo estendida e de cima fletida, 
fazer uma antero-versão pélvica, contraindo 
glúteos e assoalho pélvico
■ Exerc. para assoalho pélvico: sentada sobre os 
ísquios, com a coluna apoiada em uma parede, 
abdução de MMII, fazer uma contração do 
assoalho pélvico associada a uma adução 
resistida.
Realizar 2 a 3 séries de 10 exercícios de cada.
A contração é de 5 a 10 segundos. 
Importante: estes exercícios também trazem 
melhora no desempenho sexual!
POLDEN, Margaret; MANTLE, Jill (Colab.).
Fisioterapia em obstetricia e ginecologia. São
Paulo: Santos,2005.
GOODMAN, Catherine Cavallaro; SNYDER, T. E.
K. (Colab.). Diagnostico diferencial em
fisioterapia. 3ed.Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2003.
BARACHO, Elza. Fisioterapia aplicada a
obstetricia, uroginecologia e aspectos de
mastologia. 4ed. Rio deJaneiro: Guanabara
Koogan, 2007.
MORENI,Adriana L .
Fisioterapia em Uroginecologia.
2.ed.Barueri,SP:Manole,2009

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