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Filosofia PET 04 - 3º ano - respostas todas as semanas

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CORREÇÃO DAS ATIVIDADES DE FILOSOFIA 
PLANO DE ESTUDOS TUTORADOS – PET 04
3º ANO
Queridos alunos, como puderam perceber, a maior parte das perguntas são cunho pessoal. As respostas que estou colocando aqui, não significa que as suas estão erradas. Imagine que estou em sala explicando cada uma para vocês. São para guia-los e esclarecer qualquer dúvida que ainda possa ter restado. Bons estudos!
Professora: Célia Cristina
SEMANA 01
UNIDADE TEMÁTICA: VERDADE E VALIDADE.
TEMA: FIDES ET RATIO – O TRATADO ENTRE FÉ E RAZÃO.
ATIVIDADES
1 – Observe o trecho a seguir, extraído da Carta Encíclica de João Paulo II, orientando a Igreja Católica acerca da relação Fé X Razão:
“O meu apelo dirige-se ainda aos filósofos e a quantos ensinam a filosofia, para que, na esteira duma tradição filosófica perenemente válida, tenham a coragem de recuperar as dimensões de autêntica sabedoria e de verdade, inclusive metafísica, do pensamento filosófico. Deixem-se interpelar pelas exigências que nascem da palavra de Deus, e tenham a força de elaborar o seu discurso racional e argumentativo de resposta a tal interpelação. Vivam em permanente tensão para a verdade e atentos ao bem que existe em tudo o que é verdadeiro. Poderão, assim, formular aquela ética genuína de que a humanidade tem urgente necessidade, sobretudo nestes anos. A Igreja acompanha com atenção e simpatia as suas investigações; podem, pois, estar seguros do respeito que ela nutre pela justa autonomia da sua ciência. De modo particular, quero encorajar os crentes empenhados no campo da filosofia para que iluminem os diversos âmbitos da atividade humana, graças ao exercício de uma razão que se torna mais segura e perspicaz com o apoio que recebe da fé.” 
Neste trecho da carta do Papa João Paulo II, podemos concluir que:
a) Fé e Razão, apesar de distintas, não contradizem uma a outra.
b) A Fé advém do próprio Criador, logo a Razão, nada mais é que um exercício de vaidade humana.
c) A Fé procede da capacidade natural da razão humana e cujo resultado é a filosofia.
d) A Razão tem a função de desvalorizar a Fé, logo, o homem tem o livre arbítrio de escolher viver no âmbito apenas da Fé ou da Razão.
Resposta correta: letra A.
2 – “O meu apelo dirige-se ainda aos filósofos e a quantos ensinam a filosofia... Vivam em permanente tensão para a verdade e atentos ao bem que existe em tudo o que é verdadeiro. Poderão, assim, formular aquela ética genuína de que a humanidade tem urgente necessidade, sobretudo nestes anos.” Neste trecho, João Paulo II aponta a urgência de refletirmos sobre o agir humano no mundo e a necessidade de revermos nossos conceitos nas relações humanas. Redija um texto, avaliando a realidade da humanidade entre os séculos XX e XXI e porque a urgência de uma reformulação Ética se faz tão importante em nossos dias, independente do indivíduo professar ou não uma fé.
Com efeito, o que triunfou a partir do século XIX e, de maneira mais evidente ainda, ao longo do século XX, não foi a racionalidade do homem tal qual fora vislumbrada no século das Luzes e pela Revolução Francesa, racionalidade dos fins últimos e dos valores irrigados pelos sentimentos e pelas paixões, tal como nos ensinaram Rousseau e Goethe, mas somente a racionalidade instrumental, aquela que se interessa apenas pelos meios a serem utilizados e que responde só à questão: como? Jamais à questão: por quê? Essa predominância se traduz pelo surgimento apenas da racionalidade econômica, aquela que permite o cálculo dos melhores meios e dos melhores métodos, cálculo de custos e de vantagens, e que submete todo mundo ao reino do dinheiro.
De certa maneira, podemos afirmar, sem risco de sermos contraditados, que o mundo atual se tornou sádico. Os antigos valores de mérito, trabalho, honra, prestígio e “a herança histórica, usada pelo capitalismo, inclusive a honestidade, a integridade, a responsabilidade, o cuidado no trabalho, o respeito aos outros” (Castoriadis, 1996), foram desvalorizados em prol de um único valor: o dinheiro. A racionalidade instrumental e as estratégias financeiras atingem, pois, o objetivo: utilizar o sujeito, que acredita ser em grande parte autônomo, para superexplorá-lo e aliená-lo. O processo de alienação é tão mais insidioso que muitas pessoas colaboram com a própria alienação.
Em relação aos valores humanos e afetivos, elas ficaram extremamente abaladas com o surgimento da modernidade líquida. Zigmunt Bauman, filósofo polonês, usa o termo “conexão” para nomear as relações na modernidade líquida no lugar de relacionamento, pois o que se passa a desejar a partir de então é algo que possa ser acumulado em maior número, mas com superficialidade suficiente para se desligar a qualquer momento. A amizade e os relacionamentos amorosos são substituídos por conexões, que, a qualquer momento, podem ser desfeitas.
Neste sentido, faz-se mister a necessidade da reflexão sobre valores sociais em meio a crise estabelecida ao individualismo e à competitividade, por isso, se torna necessário, mais do que nunca, uma preocupação com o social, já que a crise da Humanidade é uma crise moral. Em meio a todos estes aspectos sociais e globais é necessário, portanto, que cada ser humano esteja consciente de que não bastam as reflexões, é preciso mudar conceitos, ter condutas condizentes com o que harmoniza a sociedade em todos os seus segmentos. Além disso, o compromisso consigo mesmo, com os outros, com as novas gerações exige um estado de alerta constante. Viver sob os moldes da moral não é tarefa simples nem fácil, mas há a possibilidade de participar de um mundo mais sociável e igualitário.
SEMANA 02
UNIDADE TEMÁTICA: SER E DEVER SER.
TEMA: O MUNDO COMO VONTADE DE REPRESENTAÇÃO EM SCHOPENHAUER.
ATIVIDADES
1 – “O mundo sensível é uma ilusão (Maya) que mascara uma realidade uma e transcendente.” Em quais momentos de nossas vidas, é evidente perceber as ilusões do mundo sensível e qual é a forma de não nos seduzirmos por elas?
- Primeiramente vamos saber o que significa maya.
Maya (Maiá) no hinduísmo se refere à ilusão do universo. Para o hinduísmo, o mundo sensível (o que tocamos, vemos, etc.) é ilusório, uma farsa. Nos distraímos com o que vemos, somos seduzidos por objetos e riquezas, pautando nossa vontade com ambições de grandeza material, dificultando assim a verdadeira iluminação, o conhecimento do Absoluto. Schopenhauer não era devoto dessa religião, porém se apropriou da ideia filosófica de Maya para pensar sobre a realidade.
Segundo Schopenhauer, o que vemos são representações, “o mundo é a minha representação”. Nossas experiências únicas sobre as cores, as formas, as pessoas, moldam nossa visão. Não captamos com nossos sentidos como o mundo é, mas sim como aparenta ser pelos nossos olhos; mesmo quando pensamos sobre o mundo, esse pensamento se dá com base na nossa experiência particular do mundo; ainda quando lemos as ideias de outros estamos apenas obtendo o fruto da experiência daquela pessoa. Para não se deixar seduzir pela ilusão da realidade é importante entender que a energia que nos move, orientando nossas ações: a vontade. A “vontade” é o que leva à busca pelo entendimento, é o que move a busca pela riqueza, está presente na busca pelo amor e por água (quando se tem sede). A vontade de viver é a mais potente e eterna de todas, segundo Schopenhauer: orienta desde os organismos mais simples, o funcionamento do coração que bombeia sangue, até mesmo a própria busca pelo (que para o filósofo é uma busca inconsistente pela reprodução). Schopenhauer afirma que a existência humana é cercada de sofrimento. Alternamos entre o tédio e o desejo pelo que não possuímos. A única saída possível seria uma vida ascética, uma vida de pobreza e desapego.
2 – Observe o trecho a seguir:
“E nós, nessa condição, enquanto sujeitos do querer, jamais obteremos felicidade e paz. Afinal, todo querer nasce de uma necessidade, de uma carência, de um sofrimento, de uma necessidade do ser. A satisfação põe fim ao sofrimento, mas para cada desejo satisfeito, nascem dez novos, como da Hidra de Lerna, brotamnovas cabeças.” (Schopenhauer, O mundo como vontade, o mundo como representação.)
A vontade é o motor de nossas vidas, logo, a satisfação destas nos conduz ao caminho da felicidade.
a) Utilizando os princípios filosóficos, como devemos interpretar as nossas vontades rumo a nossa felicidade?
Nossas vontades são, de fato, a essência de nossa subjetividade no mundo. A energia da vida. Enquanto seres humanos possuímos alguma consciência de nossa Vontade enquanto ela nos carrega rumo ao desejo, à posse, à sua autoafirmação. O desejo, porém, é dor da falta e, ao ser realizado, o desejo dá lugar ao tédio (ou à dor de um novo desejo). O ser humano não está programado para ser feliz, mas o que pode fazer é tentar se aproveitar de sua consciência para se disciplinar; um autocontrole, uma busca por satisfações simples, desapego e por paz interior.
b) Qual é o papel da autonomia do pensar no exercício de nossa vontade?
Se o pensamento possui importante papel no exercício da nossa vontade, identificando-a, dominando-a, a autonomia do pensar é importantíssima. “Pensamentos alheios, lidos, são como sobras da refeição de outra pessoa”. Ler o mundo diretamente da fonte, pensar acerca deste, esperar, são ingredientes fundamentais do pensamento autônomo. Seja para os fins do conhecimento, seja para os fins do exercício de nossa vontade, a autonomia do pensar é fundamental.
c) Como a vontade pode ser condicionada por interesses externos a nós e como ela se configura em ferramenta de controle social?
A Vontade, sendo energia que motiva a ação, que orienta a insistência ou por sua falta gera a desistência, pode ser condicionada. Por exemplo: com nossa vivência, navegando entre sites e propagandas, tomamos conhecimento de produtos tecnológicos como celulares de última geração, assim emerge o desejo. Ciente desse mecanismo humano natural, das implicações da vontade, a publicidade – por exemplo – pode ser usada para canalizar essa energia da vontade segundo a direção do seu interesse: a venda do produto. Da mesma forma, pessoas com interesses eleitorais, podem apelar às nossas vontades mais elementares (do medo à fome) para guiar nosso voto ou ativismo.
SEMANA 03
UNIDADE TEMÁTICA: INDIVÍDUO E COMUNIDADE.
TEMA: O SOCIALISMO MARXISTA.
ATIVIDADES
1 – Observe a frase a seguir:
“Não é a consciência dos homens que determina seu ser: é o seu ser que, inversamente, determina a sua consciência.” (Karl Marx)
Se puder, reúna com seus colegas e professores de história e sociologia em videoconferência para debate e/ou faça um breve pesquisa sobre o socialismo e avaliando os conceitos marxistas, aponte os pontos positivos e negativos do socialismo, esquematizando entre os ideais louváveis e às falhas em seu processo de aplicação ao longo da história.
Em primeiro lugar, precisamos saber o que é o Socialismo. Socialismo, no pensamento de Karl Marx, é uma etapa do desenvolvimento em que os meios de produção são de posse/administração pública. Advém da superação do Capitalismo por meio de uma revolução de trabalhadores. Numa sociedade socialista, ao invés de propriedade privada, haveria a propriedade cooperativa. Ao invés do lucro privado, o foco seria a satisfação das necessidades humanas. 
- Alguns conceitos que você pode usar: 
. Classes sociais: grupo de indivíduos nas mesmas condições dentro do processo produtivo.
. Mais-valia: a diferença entre a riqueza gerada pelo trabalhador e o que ele recebe como “salário”.
. Luta de classes: conflito ligado aos diferentes interesses entre classes dominantes e dominado.
. Alienação: afastamento do indivíduo em relação à realidade em que ele se encontra.
. Consciência de classe: sentimento de pertencimento, solidariedade, coletividade em relação à classe.
- Seu “processo de aplicação” ao longo da História:
. Revolução Russa, Revolução Cubana, Revolução Chinesa...
. Luta armada? Via democrática? Construção de consciência de classe?
- Pontos positivos e negativos: vai depender da sua opinião.
SEMANA 04
UNIDADE TEMÁTICA: LIBERDADE E DETERMINISMO.
TEMA: A EXISTÊNCIA HUMANA, SEGUNDO NIETZSCHE.
ATIVIDADES
1 – As alternativas a seguir apresentam e descrevem conceitos encontrados na filosofia de Nietzsche, exceto:
a) A vontade de potência: motivo básico da ação do homem, a vontade de viver e adaptar-se aos desígnios sociais.
b) O super-homem: indivíduo que é capaz de superar-se e possui um valor em si.
c) O eterno retorno: recorrência permanente dos mesmos eventos.
d) Bondade, objetividade, humildade, piedade, amor ao próximo, constituem valores inferiores.
Resposta correta: Letras A e B. Temos que levar em conta que esta questão foi adaptada, e quando analisamos a letra A, vemos que a frase “adaptar-se aos desígnios sociais” dá a entender uma posição passiva, uma posição do indivíduo enquanto alguém que aceita aquilo que a sociedade impõem sobre ele, uma submissão ao que a sociedade quer que o indivíduo faça e/ou seja, e isso é contrário as ideias de Nietzsche, então essa questão incorreta. Quanto a letra B, para Nietzsche, não existem valores em si mesmos, todos os valores ou são meramente ilusórios, apenas percepções falsas de valor, ou valores apenas em relação à outra coisa, não sendo o Super-homem um conceito que fuja desta regra. As demais alternativas, como a moral dos escravos, presente na Genealogia da Moral, a vontade de potência, o eterno retorno e a conciliação entre o ideal dionisíaco, erótico, louco e caótico, e o apolíneo, racional, belo e perfeito, constituem alguns dos elementos fundamentais da filosofia de Nietzsche.
2 – No pensamento de Nietzsche, pode-se encontrar grande quantidade de considerações a respeito dos valores. Assinale a alternativa que não está de acordo com a filosofia de Nietzsche sobre os valores.
a) A perda da fé em Deus conduz à desvalorização de todos os valores.
b) É preciso reconhecer que, pelos seus próprios critérios, nossa moral é imoral.
c) Deve-se criar novos valores por meio da vontade de potência.
d) Não existe papel para a razão na compreensão dos valores.
Resposta correta: letra D.
3 – Para lidar com o tratamento dos valores no pensamento de Nietzsche, o conceito da “morte de Deus” é essencial. Assinale a alternativa que reflete esse conceito.
a) A morte de Deus desvaloriza o mundo.
b) A morte de Deus gera necessariamente o super-homem.
c) A morte de Deus implica a perda das sanções sobrenaturais dos valores.
d) A morte de Deus exige o retorno a Apolo e a Dionísio.
Resposta correta: letra C.

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