Buscar

APS politica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

APS: Pólitica Externa do Brasil e Desenvolvimentismo 
Aluno: Henrico Alencar Vaudano
RA: 20956644
Proposta: Desenvolva uma análise crítica que contextualize a posição do Brasil no contexto da Guerra Fria em termos comparativos com outras regiões
 Na segunda metade da década de 1950, o cenário internacional, marcado pela Guerra Fria desde o fim da Segunda Guerra Mundial, começou a passar por importantes transformações. A competição entre EUA e URSS pelo controle de áreas de influência em todo o planeta permanecia, entrando numa fase que ficou conhecida como de "coexistência pacífica". A "coexistência pacífica" se originou, principalmente, de mudanças internas na própria URSS, com a morte do autocrático Joseph Stalin, em 1953. Além de promover um início de liberalização interna, a URSS procurou deslocar o conflito entre as superpotências do plano militar para as áreas econômicas e tecnológicas. O lançamento do satélite soviético Sputnik, em 1958 (que maravilhou o mundo e demonstrou a superioridade inicial da URSS em matéria de tecnologia espacial) foi o ápice dessa nova política. Mas a ideia de uma "coexistência pacífica" se originou também do reconhecimento, por ambas as superpotências, de que o conflito que as separava dificilmente poderia ser resolvido apenas pela via militar, tendo em vista o potencial letal, para toda a humanidade, do arsenal nuclear detido por ambas.
 Uma outra alteração no sistema internacional que contribuiu para a flexibilização da Guerra Fria foi o aprofundamento da descolonização afro-asiática. O nascimento de dezenas de novos Estados independentes na Ásia e na África implicou o surgimento de uma nova categoria de nações. Daí a expressão "Terceiro Mundo", que passou, então, a designar esse grupo distinto de "países em desenvolvimento", em sua esmagadora maioria composto de ex-colônias e que, por sua evolução histórica e patamar de desenvolvimento econômico, social e político específico se sentia distante tanto dos países capitalistas desenvolvidos (o "Primeiro Mundo"), quanto dos países socialistas (o "Segundo Mundo"). É importante notar que a América Latina aí incluindo o Brasil, também era parte desse Terceiro Mundo emergente, que cada vez mais se faria ouvir no plano das relações internacionais.
 Ainda assim, os primeiros anos do governo JK não assinalaram nenhuma alteração substancial em matéria de política externa. A orientação básica da diplomacia brasileira, herdada em maior ou menor medida de governos anteriores, continuava incorporando plenamente os pressupostos da Guerra Fria. Na medida em que o país se definia como parte integrante do mundo ocidental e capitalista, o alinhamento político-ideológico e militar aos EUA, percebido como o "guardião do mundo livre" no combate ao "totalitarismo" soviético, era visto como natural e se constituía na principal pedra de toque da política externa brasileira.

Outros materiais