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ContabilidadeContabilidade UNIPUNIP Profª.Adriana Diniz Gurgel Mestre em Contabilidade e Atuariais – PUC-SP Pós Graduada em Controladoria – FGV-SP Bacharel em Economia – PUC-SP Sócia, fundadora e consultora na Oresund Business & Consulting, pesquisadora científica e professora nas áreas de Finanças, Contabilidade e Administração. Carreira desenvolvida nas empresas: Bosch; Tetra Pak; Sidel e IMI Precision Engineering. Ocupou cargos desde Trainee a Diretora Financeira, vivência internacional como expatriada na Suécia, desenvolveu atividades na área Financeira em diversos países na Europa, Ásia e América Latina. e-mail UNIP: adriana.gurgel@docente.unip.br Código de conduta em sala de aulaCódigo de conduta em sala de aula As regras a seguir tem por objetivo manter um ambiente propício ao aprendizado, mantendo o respeito com os alunos, professores e funcionários desta instituição. Nos comprometemos a cumprir os horários estabelecidos para início e fim das aulas, considerando os intervalos; Nos comprometemos a não utilizar celulares ou outros meios de comunicação para conversas durante as aulas; Não é permitido fazer filmagens ou gravações em sala de aula, seja do professor e/ou dos alunos. Nos comprometemos a não perturbar o ambiente com conversas paralelas; Nos comprometemos a não perturbar o ambiente com conversas paralelas; Nos comprometemos a nos retirarmos da sala de aula, caso tenhamos a necessidade de manter um diálogo com os colegas, ir ao toillet, fazer um lanche e/ou falar ao celular. Estamos de acordo que o professor poderá, a qualquer momento, solicitar a saída do aluno de sala de aula, caso o mesmo esteja impedindo o bom andamento da aula. Repudiamos qualquer tipo de manifestação que possa constranger, humilhar e/ou inibir alunos, funcionários e professores. Este material é disponibilizado aos alunos pelo professor, a partir da primeira aula, o que certifica a ciência e concordância de todos. ObjetivosObjetivos Entender a função da contabilidade e das diversas situações patrimoniais das organizações, desenvolvendo conhecimentos que possibilitem o acompanhamento da evolução da Ciência Contábil e a atualização predominante no universo científico e profissional. Apresentar os fundamentos contábeis e desenvolver no estudante a habilidade de elaborar e interpretar demonstrações contábeis. Tem por objetivo desenvolver com os alunos conhecimentos necessários paraTem por objetivo desenvolver com os alunos conhecimentos necessários para as seguintes competências: Analisar as variações quantitativas e qualitativas ocorridas no patrimônio organizacional; Extrair dos balanços contábeis as informações úteis para tomada de decisão; Aprender os princípios, técnicas, normas e procedimentos próprios medindo, interpretando os fatos contábeis da organização. ReferênciasReferências Principal: MARION, José Carlos. Contabilidade Básica. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2009. Complementar: ASSAF NETO, A. Administração do Capital de Giro. 4a. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2012. EHERHART, M. C.; BRIGHAM, E. Administração financeira teoria e prática. São Paulo: Cengage Learning, 2015. FLEURIET, M. ;ZAIDAN, R. O Modelo Dinâmico de Gestão Financeira. São Paulo: Alta Books, 2015. HENDRIKSEN, E. S.; BREDA, M. L. Teoria da Contabilidade. São Paulo: Atlas, 1999. HENDRIKSEN, E. S.; BREDA, M. L. Teoria da Contabilidade. São Paulo: Atlas, 1999. IUDÍCIBUS, S. Teoria da Contabilidade. 11a. ed. São Paulo: Atlas, 2015. MARTINS, E.; MIRANDA, J.G.; DINIZ,J.A. Análise didática das demonstrações contábeis. Atlas, 2014. Outros complementares: Vídeo sugerido: www.youtube.com/watch?v=qw5wbbPwXTg Site sugerido: Modelo Dinâmico de Michel Fleuriet: http://www.modelo-fleuriet.com/ Dissertação sugerida: GURGEL, A.D.; “O Financiamento do Capital de Giro e o Impacto na Lucratividade e Rentabilidade das empresas; uma abordagem com base no modelo dinâmico”., Dissertação de Mestrado, PUC. São Paulo. 2017. Disponível em: https://tede2.pucsp.br/handle/handle/20651 4Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Conceito e teoria História da Contabilidade Demonstrações Contábeis ◦ Balanço Patrimonial ÍndiceÍndice Módulo 1Módulo 1 ◦ Balanço Patrimonial ◦ Demonstração do Resultado Exercícios ◦ Balanços Sucessivos ◦ Razão ( Razonete) ◦ Balancete Conteúdo complementar: Estudos Disciplinares 7Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel O que é a contabilidade?O que é a contabilidade? “A contabilidade deve ser compreendida como modelo de representação da situação econômico-financeira de uma entidade.” Martins, Diniz e Miranda (2014, p.1) “A contabilidade é um modelo que procura representar o que vem ocorrendo com a empresa, mas modelo, por definição, é uma aproximação (simplificação) da realidade, nunca a própria realidade. vem ocorrendo com a empresa, mas modelo, por definição, é uma aproximação (simplificação) da realidade, nunca a própria realidade. Sempre estará mostrando algo de maneira mais simplificada do que de fato é, e estarão sempre faltando informações para se entender de forma completa o que está ocorrendo”. Martins, Diniz e Miranda (2012, p.61) 8Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Definindo a contabilidade de maneira mais completa, podemos dizer que é uma ciência social cujo objetivo é identificar, registrar, demonstrar e analisar todos os fatos econômicos e financeiros que afetam direta ou indiretamente o patrimônio de uma entidade, gerando informações úteis para o seu processo decisório. O que é a contabilidade?O que é a contabilidade? E por quê ciência social? Por afetar toda a sociedade de um modo geral, como as empresas, pessoas, governo, bancos, etc. É ela que garante o perfeito funcionamento da sociedade como a conhecemos hoje. Ex.: Se um médico falhar no seu trabalho, o paciente pode morrer, mas, se o contador errar na contabilidade, pode afetar o patrimônio e a vida pessoal de inúmeras pessoas. Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel 9 A quem interessa a informação contábil?A quem interessa a informação contábil? Quem são? O que procuram? Proprietários Acompanhar a evolução da empresa, comparar com períodos anteriores e com a concorrência. Busca garantir que o investimento apresente retorno financeiro. Investidores e Acionistas Informações sobre a empresa a fim de que possam comparar com outras e escolherem em qual investir. Credores Indícios de que a empresa será capaz de pagar os juros das dívidas. Assim como, conhecer os bens da empresa, caso a dívida não seja paga e o negócio esteja em risco. Fonte: Iudícibus, 2015 pag. 5 Concorrentes Interessados na atuação da empresa rival. Buscam conquistar maiores parcelas de mercado e maior eficiência. Estão interessados na estrutura de custos e operações do concorrente. Funcionários Buscam informações sobre a sustentabilidade da empresa. Clientes e Fornecedores Informações que garantam a contiuidade dos negócios, sem ruptura para o fluxo de bens e serviços. Capacidade da empresa em honrar com os pagamentos e entregá-los no prazo. Fisco Avaliam a consistência e acuracidade das informações. Visam os impostos sobre a operação. 10Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel História da ContabilidadeHistória da Contabilidade A história da contabilidade é tão antiga quanto a própria história da civilização. Está ligada às primeiras manifestações humanas da necessidade social de proteção à posse e de perpetuação e interpretação dos fatos ocorridos com o objeto material de que o homem sempre dispôs para alcançar os fins propostos. Deixando a caça, o homem voltou-se à organização da agricultura e doDeixando a caça, o homem voltou-se à organização da agricultura e do pastoreio. A organização econômica acerca do direito do uso do solo acarretou em separatividade, rompendo a vida comunitária, surgindo divisões e o senso de propriedade.Assim, cada pessoa criava sua riqueza individual. Evolução relativamente lenta até o aparecimento da moeda. Antes era um mero elenco de inventáriofísico, sem avaliação monetária – obrigações, direitos e bens perante terceiros. À medida que as atividades foram se desenvolvendo em dimensão e complexidade, a Contabilidade foi se aperfeiçoando em função da necessidade de acompanhar a evolução do patrimônio líquido das entidades de qualquer natureza. 11Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel História da ContabilidadeHistória da Contabilidade A origem da Contabilidade está ligada a necessidade de registros do comércio. Há indícios de que as primeiras cidades comerciais eram dos fenícios. A prática do comércio não era exclusiva destes, sendo exercida nas principais cidades da Antiguidade. A atividade de troca e venda dos comerciantes semíticos requeria o acompanhamento das variações de seus bens quando cada transação era efetuada. As trocas de bens e serviços eram seguidas de simples registros ou relatóriosAs trocas de bens e serviços eram seguidas de simples registros ou relatórios sobre o fato. Mas as cobranças de impostos, na Babilônia já se faziam com escritas, embora rudimentares. Um escriba egípcio contabilizou os negócios efetuados pelo governo de seu país no ano 2000 a.C. 12Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel História da ContabilidadeHistória da Contabilidade Podemos resumir a evolução da ciência contábil da seguinte forma: CONTABILIDADE DO MUNDO ANTIGO - período que se inicia com as primeiras civilizações e vai até 1202 da Era Cristã, quando apareceu o Liber Abaci , autoria de Leonardo Fibonacci. CONTABILIDADE DO MUNDO MEDIEVAL - período que vai de 1202 da Era Cristã até 1494, quando apareceu o Tratactus de Computis et Scripturis (Contabilidade por Partidas Dobradas) de Frei Luca Paciolo, publicado em 1494,(Contabilidade por Partidas Dobradas) de Frei Luca Paciolo, publicado em 1494, enfatizando que à teoria contábil do débito e do crédito corresponde à teoria dos números positivos e negativos, obra que contribuiu para inserir a contabilidade entre os ramos do conhecimento humano. CONTABILIDADE DO MUNDO MODERNO - período que vai de 1494 até 1840, com o aparecimento da Obra "La Contabilità Applicatta alle Amministrazioni Private e Pubbliche" , da autoria de Franscesco Villa, premiada pelo governo da Áustria. Obra marcante na história da Contabilidade. CONTABILIDADE DO MUNDO CIENTÍFICO - período que se inicia em 1840 e continua até os dias de hoje. 13Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel História da ContabilidadeHistória da Contabilidade Mundo medieval Mundo moderno Mundo científico 4.000 ac 3.000 ac 1.400 dc 1600 1800 1900 2000 2007 2008 2009 2010 ... 2050 Mundo antigo 14Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel A revolução industrialA revolução industrial Estas são as três revoluções industriais que moldaram nossa sociedade moderna. Com cada uma destas três inovações, a máquina a vapor, a era do pensamento científico e da produção em massa, e o surgimento de tecnologias digitais, o mundo mudou profundamente. E isto está acontecendo agora por uma quarta vez. O que impulsiona a Quarta Revolução Industrial? Agora, tecnologias como i-cloud computing, redes sociais, mobilidade, nanotecnologia, inteligência artificial, todas estas inovações em conjunto com maior capacidade computacional de dados estão alterando nossa sociedade. Como você identifica a evolução da Contabilidade em cada uma destas fases? Sec XVIII Sec XIX Sec XX Sec XXI Evolução histórica da Auditoria Contábil no mundo e no Brasil INGLATERRA ESTADOS UNIDOS Desenvolvimento de metodologias, práticas e responsabilidades para auditores. MUNDO Enquanto acelera a automatização da contabilidade e intensificação MUNDO Como será a contabilidade e os processos de auditoria no Séc XXII? Séc XVIII (1701 – 1800) Séc XX (1901-2000) Sec XIX (1801-1900) Sec XXI (2001 – 2100) Sec XXII (2101 – 2200) INGLATERRA A Revolução Industrial impulsiona a necessidade de aprimoramento dos trabalhos de contabilidade e auditoria. INGLATERRA Aperfeiçoament o das práticas de auditoria nas aferições contábeis ( fatos contábeis) e inicio do desenvolvimento da prática de controles internos praticados pelas entidades auditadas. auditores. Impulso a partir da quebra da Bolsa de Valores de Nova York em 1929 e posteriormente, após a II guerra Mundial com o surgimento e expansão de diversas firmas de Auditoria. No BRASIL os trabalhos de auditoria são intensificados a partir de 1960 da contabilidade e intensificação das relações internacionais. Cresce o volume de normas e regulamentações específicas de cada país, como também nas relações internacionais. Séc XXII? História da ContabilidadeHistória da Contabilidade Conheça mais sobre a história da contabilidade, assista ao vídeo elaborado pela Fundação Brasileira de Contabilidade: https://www.youtube.com/w atch?v=qw5wbbPwXTgatch?v=qw5wbbPwXTg 17Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Contabilidade no BrasilContabilidade no Brasil No Brasil, a vinda da Família Real Portuguesa incrementou a atividade colonial, exigindo – devido ao aumento dos gastos públicos e também da renda nos Estados – um melhor aparato fiscal. Para tanto, constituiu-se o Erário Régio ou o Tesouro Nacional e Público, juntamente com o Banco do Brasil (1808). As Tesourarias de Fazenda nas províncias eram compostas de um inspetor, um contador e um procurador fiscal, responsáveis por toda a arrecadação, distribuição e administração financeira e fiscal. Somente em 1976, com a criação da Lei das Sociedades Anônimas, o Brasil avança no processo de normatização da contabilidade. Porém, ainda com a legislação restrita às empresas desta natureza, intensificam-se as normas e regulamentações com objetivos fiscais a partir deste período. Somente a partir de 2005, com a criação do CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis, o Brasil inicia o processo de harmonização com as normas do IASB. Com a edição das Leis nos11.638/07 e 11.941/09 (esta transformando em lei a MP no 449/08) produziu-se, durante 2008 e 2009, enorme conjunto de novas normas, aprovadas pela CVM, pelo CFC e outros órgãos reguladores, agora com a convergência completa às Normas Internacionais de Contabilidade (IASB). 18Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Com essa participação do Conselho Federal de Contabilidade, está-se tendo a expansão das normas, que antes atingiam apenas as sociedades anônimas abertas e as sociedades de grande porte, para praticamente todas as entidades no Brasil, com exceção das microempresas e empresas de pequeno porte, que podem optar pela Res. no 1.418/12. O Banco Central do Brasil, apesar de ter sido a primeira entidade a utilizar de forma completa as normas do IASB em 2006, até hoje não as expandiu às entidades que regula, a não ser para o caso de demonstrações consolidadas adicionais por parte dos grandes bancos. De qualquer forma, essas normas do IASB são a grande revolução contábil Contabilidade no BrasilContabilidade no Brasil regula, a não ser para o caso de demonstrações consolidadas adicionais por parte dos grandes bancos. De qualquer forma, essas normas do IASB são a grande revolução contábil deste século no nosso país (no século XX foi a Lei das S.A., a de nº 6.404/76). A Lei no 11.941/09, corroborando a de nº 11.638/07, criou o RTT – Regime Tributário de Transição, fazendo que, para efeitos fiscais, prevalecessem as normas contábeis vigentes em 31/12/07, ou seja, as novas normas contábeis não surtiram quaisquer efeitos tributários durante um bom período. Em 2014, convertendo a MP no 627/13, nasceu a Lei no 12.973, que normatizou fiscalmente as novas normas contábeis até então emitidas, dando efeitos fiscais a algumas, e definitivamente mantendo ou dando outros critérios fiscais para outras normas. E determinou a Lei no 12.973, novamente, que a neutralidade fiscal continuasse , ou seja, 19Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel que nenhuma nova norma contábil tivesse qualquer efeito fiscal sem que nova Lei se alterasse.E de lá para cá convivemos com a Receita Federal se pronunciando para os casos em que novas normas não produzem novos efeitos fiscais, e a Lei precisando mudar para o caso de novas normas virem a ter efeitos tributários. Nenhum novo Pronunciamento desde 2013, apenas duas novas Interpretações, duas novas orientações, e doze revisões de normas anteriores. Se, por um lado, a Lei das S.A. de 1976 havia nos colocado num elevado nível comparativamente a outros países, a demora na sua renovação nos colocou em atraso. Por isso termos tido a necessidade de implantar em praticamente três anos (2008 a 2010) o que Contabilidade no BrasilContabilidade no Brasil comparativamente a outros países, a demora na sua renovação nos colocou em atraso. Por isso termos tido a necessidade de implantar em praticamente três anos (2008 a 2010) o que deixamos de fazer em três décadas. E, desde 2010, vimos colhendo os benefícios desse esforço todo, só que percebendo que o aprendizado é demorado. Afinal, foi uma mudança de filosofia muito grande. De qualquer forma, é importante ressaltar que o Brasil, por causa da qualidade da Lei das S.A. de 1976 e do esforço da citada Comissão Consultiva da CVM, foi o país não saxônico que menos sofreu com a passagem às Normas do IASB. Países mais evoluídos economicamente, como os da Europa Continental (França, Alemanha, Itália, Espanha, Portugal e tantos outros), sofreram muito mais porque tinham Contabilidade mais defasada do que a nossa. Fonte: Gelbcke, Santos, Iudicibus, Martins . 2018 20Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Fonte: http://pt.slideshare.net/caiocaz/aula-1-213180 21Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel POSTULADOS ENTIDADE CONTÁBIL CONTINUIDADE Teoria da Contabilidade Teoria da Contabilidade -- PostuladosPostulados Postulados são teorias contábeis aceitas universalmente, ou seja, não precisam ser testados em cada país ou região. São aceitos como verdade e amplamente utilizados como base teórica (HOSS, 2008, p. 21). •Entidade: estabelece o patrimônio como sendo o objeto da entidade. Não se deve misturar os recursos, direitos e obrigações dessa entidade com outras entidades. •Continuidade: as entidades, para efeito de contabilidade, são consideradas como empreendimentos em andamento, até circunstância esclarecedora em contrário, e seus ativos devem ser avaliados de acordo com a sua potencialidade que tem de gerar benefícios futuros para a empresa 22Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Teoria da Contabilidade Teoria da Contabilidade -- PrincípiosPrincípios PRINCÍPIOS DA REALIZAÇÃO DA Resolução CFC nº 1.282 de 28.02.2010 Art. 2º Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos universos científico e profissional de nosso País. Concernem, pois, à Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o patrimônio das entidades DO CUSTO COMO BASE DE REGISTRO INICIAL DA REALIZAÇÃO DA RECEITA E DA CONFRONTAÇÃO COM AS DESPESAS DO DENOMINADOR COMUM MONETÁRIO 23Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel CONVENÇÕES OBJETIVIDADE MATERIALIDADE CONSERVADORISMO CONSISTÊNCIA Teoria da Contabilidade Teoria da Contabilidade -- ConvençõesConvenções Objetividade é uma restrição de mensuração; Materialidade tem muito a ver com a noção de custo versus benefício da informação contábil gerada; A aplicação combinada de conservadorismo e objetividade, quando entendidos de forma equivocada, acaba diminuindo a relevância; Consistência é um conceito utilizado mais para retratar comparabilidade no tempo, dentro de uma mesma entidade. 24Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel ED Módulo 1ED Módulo 1 + Exercícios+ Exercícios Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel 25 Demonstrações ContábeisDemonstrações Contábeis Para fins de atendimento dos usuários da informação contábil, a entidade deverá apresentar suas demonstrações contábeis (também usualmente denominada "demonstrações financeiras") de acordo com as normas regulamentares dos órgãos normativos. Segundo o IBRACON (NPC 27), "as demonstrações contábeis são uma representação monetária estruturada da posição patrimonial e financeira em determinada data e das transações realizadas por uma entidade no período findo nessa data. O objetivo das demonstrações contábeis de uso geral é fornecer informações sobre a posição patrimonial e financeira, o resultado e o fluxo financeiro de uma entidade, que são úteis para uma ampla variedade de usuários na tomada de decisões. As demonstrações contábeis também mostram os resultados do gerenciamento, pelademonstrações contábeis também mostram os resultados do gerenciamento, pela Administração, dos recursos que lhe são confiados. Tais informações, juntamente com outras constantes das notas explicativas às demonstrações contábeis, auxiliam os usuários a estimar os resultados futuros e os fluxos financeiros futuros da entidade. O conjunto de informações que deve ser divulgado por uma sociedade por ações representando sua “prestação de contas” abrange o Relatório de Administração, as Demonstrações Contábeis e as Notas Explicativas que as acompanham, o Relatório dos Auditores Independentes (se houver), o Parecer do Conselho Fiscal e o relatório do Comitê de Auditoria (se existirem). 26Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Demonstrações Contábeis: Balanço PatrimonialDemonstrações Contábeis: Balanço Patrimonial Tem por finalidade apresentar a posição financeira e patrimonial da empresa em determinada data. Representa uma Passivos Representa uma posição estática. Ativos O que possuo Passivos & Patrimônio Líquido Como financio= ATIVO = PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO 27Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO Compreende os recursos controlados por uma entidade como resultado de eventos passados e dos quais se espera que resultem em benefícios econômicos para a entidade no futuro. Também conhecido como bens e direitos da entidade. As contas do ativo são dispostas em ordem PASSIVO Compreende as exigibilidades e obrigações presentes da entidade, derivadas de eventos já ocorridos, cujas liquidações se espera que resultem em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos. O reconhecimento do passivo exige o reconhecimento dos correspondentes ativos ou despesa. Demonstrações Contábeis: Balanço PatrimonialDemonstrações Contábeis: Balanço Patrimonial As contas do ativo são dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez, ou seja, de acordo com a velocidade em que podem ser convertidas em caixa. ativos ou despesa. As contas do passivo são dispostas em ordem decrescente de exigibilidade , iniciam com as que devem ser pagas primeiro e por último as que deverão ser pagas em datas mais distantes. PATRIMÔNIO LÍQUIDO Representa a diferença entre o ativo e o passivo ou seja, o valor líquido da empresa. Representa o total de recursos próprios da entidade, pertencentes a seus acionistas ou sócios. Fonte: Martins, Miranda, Diniz,, 2014 28Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Demonstrações Contábeis: Estrutura do Balanço PatrimonialDemonstrações Contábeis: Estrutura do Balanço Patrimonial Balanço Patrimonial Ativo Ativo Circulante Disponível - Caixa - Depósitos bancários Aplicações Contas a receber - Clientes - Partes relacionadas - Perdas estimadas com crédito de liquidez duvidosa (natureza credora) Adiantamentos Estoque Passivo Passivo Circulante -Fornecedores -Salários e benefícios a pagar -Encargos sociais -Obrigações fiscais -Outras obrigações -Imposto s/ a renda e contribuição social a pagar -Empréstimos e financiamentos -Debêntures e outros títulos de dívida -Programa de recuperação fiscal – Refis -Provisões 29 Estoque - Produtos acabados - Mercadorias para revenda - Produtos em elaboração Outros Créditos Ativo Não Circulante Créditos e Valores Investimentos Despesas antecipadas Imobilizado - Terrenos - Instalações -Maquinas e equipamentos - Moveis - Softwares (sistemas aplicativos) - Depreciação Imobilizado em andamento Ativo Intangível -Provisões Passivo Não Circulante -Empréstimos e financiamentos -Debêntures e outros títulos de dívida -Retenções contratuais -IR e CS diferidos -Resgate de partes beneficiárias -Provisões Patrimônio Líquido - Capital Social - Reserva de capital - Lucro/Prejuizo acumulado - Ações em tesouraria Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel A Lei no 6.404/76 define o conteúdo da Demonstração do Resultado do Exercício, que deve ser apresentada na forma dedutiva, com os detalhes necessários das receitas, despesas, ganhos e perdas e definindo claramente o lucro ou prejuízo líquido do exercício, e por ação, sem confundir-se com a conta de Lucros Acumulados, onde é feita a distribuição ou alocação do resultado. O Pronunciamento Técnico CPC 26 (R1) –Apresentação das Demonstrações Contábeis –, aprovado pela Deliberação CVM no 676/11 e tornado obrigatório para as demais sociedades pela Resolução CFC no1.376/11, determina a adoção de duas demonstrações: a do resultado do exercício e a do resultado abrangente. A entidade deve apresentar todos os itens de receita e despesa realizados Demonstrações Contábeis: Demonstração do ResultadoDemonstrações Contábeis: Demonstração do Resultado abrangente. A entidade deve apresentar todos os itens de receita e despesa realizados no período dentro da tradicional Demonstração do Resultado do Exercício. A demonstração do resultado do exercício apresenta de forma esquematizada os resultados auferidos pela entidade em determinado período. Em linhas gerais, o resultado é apurado deduzindo-se das receitas todas as despesas ( inclusive os custos, que nesse momento se transformaram em despesas) que a empresa incorreu no referido período. Receitas (-) Despesas (=) Resultado 30Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Demonstrações Contábeis: Demonstração do ResultadoDemonstrações Contábeis: Demonstração do Resultado Demonstração do Resultado (+) Receita Bruta (-) Deduções de vendas (impostos, vendas canceladas) (=) Receita Líquida (-) Custo de Mercadorias Vendidas (C.M.V.) (=) Resultado Bruto (-) Despesas Vendas (-) Despesas Administrativas (-) Outras Despesas Operacionais 31 (-) Outras Despesas Operacionais (+) Outras Receitas Operacionais (=) Resultado Operacional (-) Despesas Financeiras (+) Receitas Financeiras (=) Resultado antes dos impostos e contribuições (-) Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social (=) Lucro Líquido do exercício Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Considerações: Regime de Competência: As receitas e despesas são apropriadas ao período em função de sua ocorrência e da vinculação da despesa à receita, independentemente de seus reflexos no caixa. A Lei das Sociedades por Ações não admite exceções. Exemplo: Conta de Luz, do mês de maio, que será paga em junho. Para fins de contabilização, trata-se de despesa incorrida em maio, portanto, deve ser contabilizada neste mês, da seguinte forma: D - Luz (Custo ou Despesa) C - Contas a Pagar (Passivo Circulante) Demonstrações Contábeis: Demonstração do ResultadoDemonstrações Contábeis: Demonstração do Resultado C - Contas a Pagar (Passivo Circulante) Outro exemplo é a apropriação das provisões de férias e 13º salário, que devem ser efetuadas mensalmente, à medida da sua formação, eis que tratam-se de custos ou despesas que são formados ao longo do tempo, cuja exigibilidade financeira (pagamento) ocorre em função de lei (CLT). 32 Início da empresa Balanço Patrimonial DRE 1º per. DRE 2º per. DRE 3º per. --------------------------------- DRE 12º per. Até o seu encerramento Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Provisão para imposto de renda e contribuição social: O cálculo desses dois tributos não é feito exatamente sobre o lucro operacional apurado pela contabilidade, e sim com base no lucro ajustado conforme determina a legislação do imposto de renda, considerando adições ou deduções à base do lucro calculado antes da provisão de IR e CSSL. Lucro Líquido: A lei define com clareza, por meio da Demonstração do Resultado do Exercício, o conceito de lucro líquido, estabelecendo os critérios de classificação de certas despesas. De fato, o lucro ou prejuízo líquido apurado nessa demonstração é o que se pode chamar de lucro dos acionistas, pois, além dos itens normais, já se deduzem como despesas o Imposto de Renda e as participações sobre os lucros a outros que não Demonstrações Contábeis: Demonstração do ResultadoDemonstrações Contábeis: Demonstração do Resultado como despesas o Imposto de Renda e as participações sobre os lucros a outros que não os acionistas, de forma que o lucro líquido demonstrado é o valor final a ser adicionado ao patrimônio líquido da empresa que, em última análise, pertence aos acionistas, ou é distribuído como dividendo. 33Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel ATIVO DRE PASSIVO & PL = Lucro antes do imposto de renda Contas a receber Estoque - Matéria prima -Produtos acabados Ativos Fixos Contas a pagar curto prazo Contas a pagar longo prazo Patrimônio - Capital social Vendas - Custo de Produtos Vendidos = LUCRO BRUTO -Despesas de Vendas, Administrativas e Gerais - Depreciação = Receita operacional + Receitas Financeiras - Despesas Financeiras Caixa Principais movimentações entre o Balanço Patrimonial e DRPrincipais movimentações entre o Balanço Patrimonial e DR = Lucro antes do imposto de rendaAtivos Fixos - Terreno e Prédio - Fábrica e Equip. - Capital social - Lucro/Prejuízo -acumulados- Imposto de Renda = LUCRO LÍQUIDO 34 Os lançamentos contábeis são realizados a partir das contas contábeis, sejam contas patrimoniais ou contas do resultado do exercício. Os lançamentos contábeis relacionados às operações de venda, custo, despesas operacionais e financeiras, depreciação e impostos estão diretamente relacionadas às contas patrimoniais. Durante a consolidação do Balanço Patrimonial ao final do ano fiscal, calcula-se o lucro ou o prejuízo realizado no exercício,. A partir de lançamentos em contas transitórias, o saldo seja de lucro ou prejuízo, é reconhecido na conta patrimonial no grupo do Patrimônio líquido. Desta forma, as contas de resultado são “zeradas” para que se inicie um novo exercício. Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel ED Módulo 2,3 ,4ED Módulo 2,3 ,4 + Exercícios+ Exercícios Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel 35 Lançamento ContábilLançamento Contábil Um plano de contas compreende todas as contas contábeis estruturadas de forma a auxiliar o contador no desenvolvimento de suas atividades contábeis, é a estrutura principal da contabilidade, sem ele não há contabilidade. As contas são agrupadas conforme a estrutura do Balanço Patrimonial e da demonstração de Resultados, sendo: 1 – ATIVO 2 – PASSIVO 3 – DESPESAS 4 – RECEITAS Plano de Contas Exemplo de Plano de Contas do Ativo Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel 36 4 – RECEITAS 5 – CONTAS DE COMPENSAÇÃO Lançamento ContábilLançamento Contábil Exemplo de Plano de Contas do Passivo Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel 37 Lançamento ContábilLançamento Contábil Exemplo de Plano de Contas do Resultado Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel 38 Exemplo de Plano de Contas do Resultado Lançamento ContábilLançamento Contábil Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel 39 Débito e Crédito Nome da Conta (Lado do Débito) (Lado do Crédito) Princípio das partidas dobradas: a cada débito corresponde sempre um crédito de mesmo valor. (Lado do Débito) (Lado do Crédito) Saldo Características das Contas: Contas do Ativo: Saldo devedor Contas do Passivo e PL: Saldo credor Contas do DR: receitas são creditadas e despesas debitadas 40Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel RazonetesRazonetes Os razonetes das contas contábeis ou o relatório “razão” apresentam a movimentaçãode todos os lançamentos ocorridos na conta contábil, seja a débito ou a crédito. O saldo das contas que pertencem ao ATIVO apresentarão saldo “devedor” e as contas que pertencem ao PASSIVO apresentarão saldo “credor”. Contudo, utilizam-se na contabilidade, contas com características “redutoras”, cujos saldos são inversos aos característicos do grupo. Ex: contas de provisão e depreciação, não mencionadas neste exercício. 41Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel RazonetesRazonetes ATIVO PASSIVO Lado esquerdo Lado Direito lançamento a crédito, aumenta o passivo, lançamento a débito, diminui o passivo lançamento a débito, aumenta o ativo, lançamento a crédito, diminui o ativo. Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel 42 Bancos c/ movimento 275.000 Empréstimo Bancário 275.000 Exemplo: lançamento de um empréstimo realizado entre a empresa e um banco: Débito: “Conta Bancos c/ movimento” Crédito: “Conta Empréstimo Bancário” RazonetesRazonetes Evento 1: Débito: 50.000 Caixa Crédito: 50.000 Capital Social Evento 2 Débito: 30.000 Veículos Crédito: 30.000 Caixa Exemplo: Acompanhe os três eventos de lançamentos ocorridos na empresa e o reflexo no Balanço Patrimonial Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel 43 Evento 3 Débito: 50.000 Caixa Crédito: 50.000 Capital Social ATIVO PASSIVO Caixa: 70.000 Capital Social: 100.000 Veículos: 30.000 100.000 100.000 Balanço Patrimonial BalanceteBalancete O balancete contábil, também conhecido como balancete de verificação, é um relatório extraído do livro contábil e que abrange todas as informações contábeis das contas em movimento na empresa, bem como o seu respectivo saldo. Contem contas patrimoniais e contas de resultado. O balancete deverá apresentar o total de débitos igual ao total de créditos, de acordo com o princípio das partidas dobradas. Em linhas gerais sua composição considera:Em linhas gerais sua composição considera: ◦Saldo inicial = representa o saldo final do período anterior ◦Débitos (D) = apresenta o total de lançamentos a débito na conta contábil ◦Créditos (C) = apresenta o total de lançamentos a crédito na conta contábil ◦Movimento = Saldo do período ◦Saldo Final = Saldo inicial – Movimento 44Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel ED Módulo 5ED Módulo 5 + Exercícios+ Exercícios Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel 45 Exercício 01Exercício 01 Carlos, Alberto e José resolveram organizar uma empresa, em 10/09/18, que denominaram Irmão Silva e Cia Ltda, com um capital integralizado no ato, em moeda corrente, de R$ 35.000 As primeiras operações da empresa foram as seguintes: 10/09: Integralização do Capital no valor de R$ 35.000. 18/09: Compra de um imóvel por R$30.000, pago da seguinte forma: R$3.000 em dinheiro e o restante mediante uma promissória com vencimento para 18/03/19.restante mediante uma promissória com vencimento para 18/03/19. 19/09: Compra à vista de móveis necessários para instalação da empresa por R$3.000 20/09: Foram comprados da Cia ABC, a prazo, R$8.500 em equipamentos. 25/09: Foram pagos R$5.000 à Cia ABC para amortização de parte da dívida contraída pela compra efetuada em 20/09. 27/09: Os três sócios aumentaram o capital da empresa em R$ 10.000 em dinheiro; 30/09: Compra à vista da Cia B, de R$ 17.000 em peças para reparos e venda futura; 31/01: Foi obtido um empréstimo para a empresa, junto ao Banco do Sul S.A. de R$15.000. Pede-se: elaborar o Balanço Patrimonial da empresa, a cada operação realizada 46Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel 10/09: Apresente o BP após o lançamento contábil do evento: “Carlos, Alberto e José resolveram organizar uma empresa, em 10/09/18, que denominaram Irmão Silva e Cia Ltda, com um capital integralizado no ato, em moeda corrente, de R$ 35.000”. Exercício: 01 Exercício: 01 -- evento 10/09evento 10/09 Capital Social Caixa 47Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Capital Social Caixa Em 10/09, o primeiro lançamento contábil da empresa acontece com o reconhecimento do investimento realizado pelos sócios. Logo, a origem é a conta capital social (crédito) e o destino, a conta caixa (débito). Ao final do dia, o BP é representado com o total de ativo de R$ 35.000 e o total de Passivo de R$ 35.000. Exercício: 01 Resolução Exercício: 01 Resolução –– evento 10/09evento 10/09 Conta contábil Débito Crédito Capital Social R$ 35.000 Caixa R$ 35.000 Razonete Ativo Passivo e Patrimônio Líquido Ativo Circulante Caixa R$ 35.000 Patrimônio Líquido Capital Social: R$ 35.000 Total: R$ 35.000 Total: R$ 35.000 48Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Balanço Patrimonial 18/09: Considerando balanços sucessivos, considere a compra de um imóvel por R$30.000, pago da seguinte forma: R$3.000 em dinheiro e o restante mediante uma promissória com vencimento para 18/03/19. Apresente o BP ao final do dia. Exercício: 01 Exercício: 01 -- evento 18/09evento 18/09 Títulos a Pagar Imóveis Caixa 49Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Exercício: 01 Resolução Exercício: 01 Resolução –– evento 18/09evento 18/09 Em 18/09, ocorrerão dois lançamentos contábeis, envolvendo três contas contábeis, sendo: 1º - o lançamento da origem do ativo adquirido: conta “títulos a pagar” ( crédito) no valor de R$ 30.000 e o destino, reconhecimento como ativo, conta “imóveis” (débito), no valor de R$ 30.000. 2º - Como há um pagamento parcial do imóvel, reconhece –se através do lançamento contábil: origem conta “caixa” (crédito) no valor de R$ 3.000 e destino conta “títulos a pagar” (débito) no valor de R$ 3.000. Note que, o saldo anterior da conta “caixa” era R$ 35.000, após o lançamento a crédito de 50 Note que, o saldo anterior da conta “caixa” era R$ 35.000, após o lançamento a crédito de R$ 3.000 esta conta apresentará um saldo de R$ 32.000 ao final do dia. Ao final do dia, o BP é representado com o total de ativo de R$ 62.000 e o total de Passivo de R$ 62.000. Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Exercício: 01 Resolução Exercício: 01 Resolução –– evento 18/09evento 18/09 Conta contábil Débito Crédito Títulos a Pagar R$ 30.000 Imóveis R$ 30.000 Conta contábil Débito Crédito Caixa R$ 3.000 Títulos a Pagar R$ 3.000 1º 2º Razonete Razonete Ativo Passivo e Patrimonio Líquido Ativo Circulante Caixa R$ 32.000 Ativo Não Circulante Imóveis R$ 30.000 Passivo Circulante Títulos a pagar R$ 27.000 Patrimônio Líquido Capital Social: R$ 35.000 Total: R$ 62.000 Total: R$ 62.000 51Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Balanço Patrimonial Em 19/09, ocorre o evento compra à vista de móveis necessários para instalação da empresa por R$3.000. Apresente o BP ao final do dia. Exercício: 01 Exercício: 01 -- evento 19/09evento 19/09 52Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Obs: mesmo que uma aquisição considere o pagamento “a vista”, é necessário fazer a escrituração e contabilização da Nota fiscal. Reconhecendo o “direito” e a “obrigação”. Conta contábil Débito Crédito Títulos a Pagar R$ 3.000 Móveis e utensílios R$ 3.000 Em 19/09, ocorre o evento compra à vista de móveis necessários para instalação da empresa por R$3.000. Logo, a origem é a conta “caixa” (crédito) e o destino, a conta “móveis e utensílios” (débito). Ao final do dia, o BP é representado com o total de ativo de R$ 62.000 e o total de Passivo de R$ 62.000. Exercício: 01 Resolução Exercício: 01 Resolução –– evento 19/09evento 19/09 Conta contábil Débito Crédito 1º Razonete Razonete Ativo Passivo e Patrimonio Líquido Ativo Circulante Caixa R$ 29.000 Ativo Não Circulante Imobilizado Móveis e Utensílios $ 3.000 Imóveis R$ 30.000 Passivo Circulante Títulos a pagar R$ 27.000 Patrimônio Líquido Capital Social:R$ 35.000 Total: R$ 62.000 Total: R$ 62.000 53Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Conta contábil Débito Crédito Caixa R$ 3.000 Títulos a Pagar R$ 3.000 2º Balanço Patrimonial Em 20/09 foram comprados da Cia ABC, a prazo, R$8.500 em equipamentos. Apresente os razonetes e o BP ao final do dia. Exercício: 01 Exercício: 01 -- evento 20/09evento 20/09 54Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Em 20/09, ocorre o evento compra de equipamentos no valor de R$ 8.500. Logo, a origem é a conta “Títulos a Pagar” (crédito) e o destino, a conta “equipamentos” (débito). Ao final do dia, o BP é representado com o total de ativo de R$ 70.500 e o total de Passivo de R$ 70.500. Conta contábil Débito Crédito Títulos a Pagar R$ 8.500 Equipamentos R$ 8.500 Exercício: 01 Resolução Exercício: 01 Resolução –– evento 20/09evento 20/09 Razonete Balanço Patrimonial Ativo Passivo e Patrimônio Líquido Ativo Circulante Caixa R$ 29.000 Ativo Não Circulante Imobilizado Equipamentos R$ 8.500 Móveis e Utensílios R$ 3.000 Imóveis R$ 30.000 Passivo Circulante Títulos a pagar R$ 35.500 Patrimônio Líquido Capital Social: R$ 35.000 Total: R$ 70.500 Total: R$ 70.500 55Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Balanço Patrimonial Em 25/09 foram pagos R$5.000 à Cia ABC para amortização de parte da dívida contraída pela compra efetuada em 20/09. Apresente os razonetes e o BP ao final do dia. Exercício: 01 Exercício: 01 -- evento 25/09evento 25/09 56Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Conta contábil Débito Crédito Caixa R$ 5.000 Títulos a Pagar R$ 5.000 Em 25/09, ocorre o pagamento de R$ 5.000 referente aos equipamentos comprados em 20/09. Logo, a origem é a conta “caixa” (crédito) e o destino a conta “Títulos a pagar” (débito). Ao final do dia, o BP é representado com o total de ativo de R$ 65.500 e o total de Passivo de R$ 65.500. Exercício: 01 Resolução Exercício: 01 Resolução –– evento 25/09evento 25/09 Razonete Ativo Passivo e Patrimonio Líquido Ativo Circulante Caixa R$ 24.000 Ativo Não Circulante Imobilizado Equipamentos R$ 8.500 Móveis e Utensílios R$ 3.000 Imóveis R$ 30.000 Passivo Circulante Títulos a pagar R$ 30.500 Patrimônio Líquido Capital Social: R$ 35.000 Total: R$ 65.500 Total: R$ 65.500 57Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Balanço Patrimonial Em 27/09 os três sócios aumentaram o capital da empresa em R$ 10.000 em dinheiro. Apresente os razonetes e o BP ao final do dia. Exercício: 01 Exercício: 01 -- evento 27/09evento 27/09 58Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Conta contábil Débito Crédito Capital Social R$ 10.000 Caixa R$ 10.000 Em 27/09, os três sócios aumentaram o capital da empresa em R$ 10.000 em dinheiro. Logo, a origem é a conta “Capital Social” (crédito) e o destino a conta “caixa” (débito). Ao final do dia, o BP é representado com o total de ativo de R$ 75.500 e o total de Passivo de R$ 75.500. Exercício: 01 Resolução Exercício: 01 Resolução –– evento 27/09evento 27/09 Razonete Balanço Patrimonial Ativo Passivo e Patrimonio Líquido Ativo Circulante Caixa R$ 34.000 Ativo Não Circulante Imobilizado Equipamentos R$ 8.500 Móveis e Utensílios R$ 3.000 Imóveis R$ 30.000 Passivo Circulante Títulos a pagar R$ 30.500 Patrimônio Líquido Capital Social: R$ 45.000 Total: R$ 75.500 Total: R$ 75.500 59Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Balanço Patrimonial Em 30/09 ocorre o evento de compra à vista da Cia B, um total de R$ 17.000 em peças para reparos e venda futura. Apresente os razonetes e o BP ao final do dia. Exercício: 01 Exercício: 01 -- evento 30/09evento 30/09 60Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Conta contábil Débito Crédito Contas a Pagar R$ 17.000 Estoque de Peças R$ 17.000 Exercício: 01 Resolução Exercício: 01 Resolução –– evento 30/09evento 30/09 Em 30/09, ocorre o evento de compra à vista da Cia B no valor de R$ 17.000 em peças para reparos e venda futura. Logo, a origem é a conta “caixa” (crédito) e o destino a conta “estoque” (débito). Ao final do dia, o BP é representado com o total de ativo de R$ 75.500 e o total de Passivo de R$ 75.500. Conta contábil Débito Crédito Caixa R$ 17.000 1º 2º Razonete Razonete Ativo Passivo e Patrimônio Líquido Ativo Circulante Caixa R$ 17.000 Estoque de peças R$ 17.000 Ativo Não Circulante Imobilizado Equipamentos R$ 8.500 Móveis e Utensílios R$ 3.000 Imóveis R$ 30.000 Passivo Circulante Títulos a pagar R$ 30.500 Patrimônio Líquido Capital Social: R$ 45.000 Total: R$ 75.500 Total: R$ 75.500 61Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Caixa R$ 17.000 Contas a Pagar R$ 17.000 2º Balanço Patrimonial Em 31/01 foi obtido um empréstimo para a empresa, junto ao Banco do Sul S.A. de R$15.000. Apresente os razonetes e o Balanço Patrimonial ao final do dia. Exercício: 01 Exercício: 01 -- evento 31/09evento 31/09 62Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Ativo Passivo e Patrimônio Líquido Conta contábil Débito Crédito Empréstimo a Pagar R$ 15.000 Depósitos Bancários R$ 15.000 Exercício: 01 Resolução Exercício: 01 Resolução –– evento 31/09evento 31/09 Em 31/09, foi obtido um empréstimo para a empresa, junto ao Banco do Sul S.A. de R$15.000. Logo, a origem é a conta “empréstimo a pagar” (crédito) e o destino a conta “depósitos bancários” (débito). Ao final do dia e do mês, o BP é representado com o total de ativo de R$ 90.500 e o total de Passivo de R$ 90.500. Ativo Passivo e Patrimônio Líquido Ativo Circulante Caixa R$ 17.000 Depósitos Bancário R$ 15.000 Estoque de peças R$ 17.000 Ativo Não Circulante Imobilizado Equipamentos R$ 8.500 Móveis e Utensílios R$ 3.000 Imóveis R$ 30.000 Passivo Circulante Títulos a pagar R$ 30.500 Empréstimo a Pagar R$ 15.000 Patrimônio Líquido Capital Social: R$ 45.000 Total: R$ 90.500 Total: R$ 90.500 63Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Resolução Exercício 1 Resolução Exercício 1 –– Balancete contábilBalancete contábil Conta contábil Saldo Inicial Débito Crédito Movimento Saldo Final 1- Ativo 0,00 D 118.500 C 28.000 D 90.500 D 90.500 1.000 – Ativo Circulante 0,00 D 77.000 C 28.000 D 49.000 D 49.000 1.000.100 - Disponível 0,00 D 60.000 C 28.000 D 32.000 D 32.000 1.000.101 - Caixa 0,00 D 45.000 C 28.000 D 17.000 D 17.000 1.000.102 – Depósitos bancários 0,00 D 15.000 C 0,00 D 15.000 D 15.000 1.000.200 – Contas a Receber 0,00 D 0,00 C 0,00 D 0,00 D 0,00 1.000.201 - Clientes 0,00 D 0,00 C 0,00 D 0,00 D 0,00 1.000.300 – Estoque 0,00 D 17.000 C 0,00 D 17./000 D 17.000 1.000.301 – Estoque de peças 0,00 D 17.000 C 0,00 D 17.000 D 17.000 1.100 – Ativo Não Circulante 0,00 D 41.500 C 0,00 D 41.500 D 41.500 1.100 – Ativo Permanente 0,00 D 41.500 C 0,00 D 41.500 D 41.500 1.100.100 - Equipamentos 0,00 D 8.500 C 0,00 D 8.500 D 8.500 64 1.100.100 - Equipamentos 0,00 D 8.500 C 0,00 D 8.500 D 8.500 1.100.200 – Móveis e utensílios 0,00 D 3.000 C 0,00 D 3.000 D 3.000 1.100.300 – Imóveis 0,00 D 30.000 C 0,00 D 30.000 D 30.000 1.100.400 – Depreciação (-) 0,00 D 0,00 C 0,00 C 0,00 C 0,00 2- Passivo 0,00 D 8.000 C98.500 C 90.500 C 90.500 2.000 – Passivo Circulante 0,00 D 8.000 C 53.500 C 45.500 C 45.500 2.000.100 – Contas a Pagar 0,00 D 8.000 C 38.500 C 30.500 C 30.500 2.000.102 – Títulos a Pagar 0,00 D 8.000 C 38.500 C 30.500 C 30.500 2.000.200 – Empréstimos 0,00 D 0,00 C 15.000 C 15.000 C 15.000 2.000.201 – Empréstimos bancários 0,00 D 0,00 C 15.000 C 15.000 C 15.000 2.500 – Patrimônio Líquido 0,00 D 0,00 C 45.000 C 45.000 C 45.500 2500.100 – Capital Social 0,00 D 0,00 C 45.000 C 45.000 C 45.500 2.500.200 – Lucros acumulados 0,00 D 0,00 C 0,00 C 0,00 C 0,00 Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Exercício 02Exercício 02 A seguir, serão apresentados, cronologicamente, as transações da Empresa Comercial Ceará S.A. 03/01: Constituição do capital inicial em dinheiro, no valor de R$ 8.000, depositados no Banco America do sul. 05/01: Compra de um imóvel, a prazo, no valor de R$ 3.000, para a instalação da sede da empresa; 10/01: Compra à vista de equipamentos de produção no valor de R$ 800. 12/01: Compra à vista de móveis no valor de R$ 350. 13/01: Compra, a prazo, da Cia. X, de R$ 150 em peças para revenda. 20/09: Venda a prazo de R$ 30 em peças para o cliente, sendo custo R$ 5 e lucro R$ 25.* 65 20/09: Venda a prazo de R$ 30 em peças para o cliente, sendo custo R$ 5 e lucro R$ 25.* 30/09: Pagamento parcial de R$ 10 ao fornecedor referente às peças compradas para revenda. Pede-se: elaborar e demonstrar o Balanço Patrimonial da empresa a cada operação realizada. Resposta: Saldo do Balanço Patrimonial em 30/09, Ativo: R$ 11.165 e Passivo R$ 11.165. Ver resolução em anexo. * O lançamento deste evento é simbólico a fim de demonstrar, em linhas gerais ,como o Lucro Líquido oriundo do DRE é reconhecido no BP. A consolidação do BP ocorre ao final do exercício com a apuração do lucro líquido a partir de todas as movimentações ocorridas durante o exercício, e não por evento. Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Índice Índice 1. Análise das Demonstrações Contábeis - Método 2. Análise Horizontal e Análise Vertical 3. Indicadores ou Índices Financeiros ◦ Índices de liquidez Índice de liquidez corrente Índice de liquidez seca Índice de liquidez imediata Módulo 2Módulo 2 66 Índice de liquidez imediata Índice de liquidez geral ◦ Índices de estrutura patrimonial Endividamento Composição do endividamento Imobilização do patrimônio líquido Imobilização de recursos não correntes ◦ Índices de rentabilidade Retorno sobre o investimento Margem operacional Retorno sobre o patrimônio líquido Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Análise das Demonstrações Contábeis Análise das Demonstrações Contábeis -- MétodoMétodo “As demonstrações financeiras tradicionais (Balanço Patrimonial e DRE) não tem isoladamente uma grande potencialidade para identificar suas forças e fraquesas....Requer um bom entendimento de suas informações em termos absolutos, mas mais ainda, um conjunto de esforços sistemáticos para determinar o significado e o sentido das demonstrações financeiras com vistas a permitir a realização de previsão de liquidez, da solvência e da rentabilidade de uma entidade.”¹ Utilizando um Método de análise: Observação: O que vejo? Quais os elementos me chamam a atenção? Exame: Como estruturar as informações para buscar um sentido lógico? Que modelo de análise posso utilizar? Interpretação: O que isso significa? 67Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Tipos de análise financeiraTipos de análise financeira Tipos de análise financeira Local da análise Método de análise 68 Figura extraída do livro: Análise didática das demonstrações contábeis – Eliseu Martins, Gilberto José Miranda, Josedilton Alves Diniz análise Análise externa Análise Interna análise Análise Horizontal Análise Vertical Fonte: Gopal (2009) Figura 7 – Tipos de Análise Financeira Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Tipos de análise financeiraTipos de análise financeira Análise Externa: análise realizada por pessoas de fora da empresa, restrita às informações publicadas ou divulgadas pela empresa. Apresenta algumas limitações. Análise Interna: É realizada por pessoas que tem acesso às informações internas como funcionários e executivos da empresa. Funcionários do governo também podem efetuar este tipo de análise, quando possuem poderes para acessarem os registros. Análise Horizontal: Quando a análise é feita levando-se em consideração um determinado número de anos. Este tipo de análise define uma tendência e ajuda a identificar as mudanças nas variáveis financeiras ao longo dos anos. Utiliza-se um ano base como ponto de partida. Análise Vertical: Quando se tem por objetivo entender a posição de uma conta ou grupo de contas em um determinado ano, ou seja, mede certas posições de elementos patrimoniais de uma empresa em determinada data. Útil também para se comparar várias empresas pertencentes ao mesmo setor ou várias unidades pertencentes à mesma empresa. 69Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Para o entendimento dos tipos de análises, horizontal e vertical, utilizaremos os demonstrativos financeiros da empresa JBS S.A., referente aos períodos 2016 e 2017, conforme publicação no site da companhia. 1. Efetuar o cálculo de variação horizontal e vertical das contas e grupos de contas do Balanço Patrimonial e DRE utilizando a calculadora e planilha Excel. Exercício 03Exercício 03 Excel. 2. Apresentar as variações em formato de “variação percentual”. 70Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Análise das Demonstrações Financeiras Análise das Demonstrações Financeiras –– Empresa JBS S.A.Empresa JBS S.A. A JBS S/A, uma das maiores empresas brasileiras do setor de Carnes e Derivados., líder mundial em processamento de carne bovina, ovina e de aves, além de possuir uma forte participação na produção de carne suína. A empresa atua nas áreas de alimentos, couro, biodiesel, colágeno, embalagens metálicas e produtos de limpeza. A JBS também é a maior exportadora do mundo de proteína animal, vendendo para mais de 150 países. Diversas marcas são controladas pelas empresas do grupo JBS. As mais conhecidas são: Swift, Friboi, Maturatta, Cabana Las Lilas, Pilgrim's, Gold Kist Farms, Pierce, 1855, Seara, Fiesta, Doriana, Rezende, LeBon 71 Diversas marcas são controladas pelas empresas do grupo JBS. As mais conhecidas são: Swift, Friboi, Maturatta, Cabana Las Lilas, Pilgrim's, Gold Kist Farms, Pierce, 1855, Seara, Fiesta, Doriana, Rezende, LeBon e Frangosul. Negociada no Mercado Bovespa desde 29 de Março de 2007, a JBSS3 pertence à lista de ativos do Novo Mercado da principal bolsa de valores brasileira. A listagem nesse segmento especial assegura ao investidor detentor de ações ordinárias da JBS o direito de tag along de 100% sobre o preço pago pelas ações ordinárias do acionista controlador no caso de venda do controle acionário da empresa. Ainda de acordo com o regulamento de listagem no segmento Novo Mercado da BM&FBOVESPA, a empresa também se compromete a manter em circulação uma parcela mínima de ações representando 25% de seu capital social (free float mínimo de 25%). Atualmente, 2.856.857.505 ações ordinárias JBSS3 compõem o capital social da JBS. Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Análise das Demonstrações Financeiras Análise das Demonstrações Financeiras –– Empresa JBS S.A.Empresa JBS S.A. Outros direitos garantidos pela JBS ao acionista JBSS3 são: o direito ao dividendo mínimo obrigatório de 25% do lucro líquido de cada exercício social; o direito a voto pleno; e o direito de preferência na subscrição de ações, debêntures conversíveis em ações ou bônus de subscrição. A JBS S/A também possui valores mobiliários disponíveis para negociação no mercado de balcão organizado norte-americano. Nas plataformas OTCQX e OTCGM, adminstradas pela Pink OTC Market, o investidor pode comprar e vender American Depositary Receipts (ADRs) da JBS utilizando os códigos de negociação JBSAY e JBSAF. 72 venderAmerican Depositary Receipts (ADRs) da JBS utilizando os códigos de negociação JBSAY e JBSAF. Fonte: https://br.advfn.com/bolsa-de-valores/bovespa/jbs-JBSS3/grafico Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel www.jbs.com.br Análise das Demonstrações Financeiras Análise das Demonstrações Financeiras –– Empresa JBS S.A.Empresa JBS S.A. Os demonstrativos financeiros da empresa JBS S.A. podem ser acessados no site oficial da empresa, sessão: “Investidores”. 73 investidores Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Análise HorizontalAnálise Horizontal Para a análise horizontal referente à evolução entre os anos 2017 e 2016, utilizou-se o ano de 2016, como base, sendo: - Cálculo da variação do grupo: “Caixa e equivalentes de caixa”: 11.741.308 = 1,255 (Em milhares de reais) ATIVO CIRCULANTE 2017 AH % 2016 Caixa e equivalentes de caixa 11.741.308 25,5% 9.355.622 Contas a receber de clientes 9.333.291 -2,7% 9.589.185 Estoques 9.684.878 0,8% 9.608.474 Ativos biológicos 2.767.250 3,5% 2.673.113 Impostos a recuperar 974.404 -41,9% 1.677.791 Derivativos a receber 30.760 -19,6% 38.250 Ativos disponíveis para venda 817.705 JBS S.A. Análise Horizontal BALANÇO PATRIMONIAL 74 11.741.308 = 1,255 9.355.622 Formas de apresentação: 1. Variação percentual: (1,255 -1) x 100 = 25,5% 2. Número índice: 1,255 x 100 = 125,5 3. Multiplicador: 1,255 Obs: Utilizando a planilha Excel, atente-se para a formatação do número, pois ao utilizar o formato “ % “, não é necessário multiplicar por 100. Ativos disponíveis para venda 817.705 Outros ativos circulantes 755.948 -22,7% 977.370 TOTAL DO CIRCULANTE 36.105.544 6,4% 33.919.805 NÃO CIRCULANTE Ativos biológicos 967.761 -0,9% 977.040 Impostos a recuperar 7.521.141 59,4% 4.718.535 Créditos com empresas ligadas 897.535 -31,8% 1.315.526 Investimentos em coligada, controladas e joint ventures64.006 -82,3% 362.627 Imobilizado 33.563.104 1,4% 33.110.891 Imposto de renda e contribuição social diferidos434.861 -4,2% 454.117 Intangível 5.512.070 10,0% 5.012.095 Ágio 22.488.247 2,6% 21.916.694 Outros ativos não circulantes 1.141.682 11,0% 1.028.433 TOTAL DO NÃO CIRCULANTE 72.590.407 5,4% 68.895.958 TOTAL DO ATIVO 108.695.951 5,7% 102.815.763 Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Análise Horizontal Análise Horizontal -- InterpretaçãoInterpretação As formas de apresentação em número percentual ou índice são as mais utilizadas para este tipo de análise, porém, é importante saber reconhecer a forma de apresentação para interpretar a variação corretamente: Qual interpretação podemos fazer com base no resultado apresentado? O saldo do grupo “Caixa e equivalente de caixa” da empresa JBS S.A. O saldo do grupo “Caixa e equivalente de caixa” da empresa JBS S.A. apresentou uma variação positiva de 25,5% em 2017com base em 2016. Ou, Verifica-se um aumento de 25,5% no grupo “Caixa e equivalente de caixa” entre os anos 2016 e 2017. Para certificar-se do cálculo, efetue a conta de modo inverso: 9.355.622 x 25,5% = 2.385.686, logo: 9.355.622 + 2.385.6846 = 11.741.308 75Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Análise Horizontal Análise Horizontal -- InterpretaçãoInterpretação A interpretação da variação ocorrida entre dois períodos também requer uma análise em valores absolutos afim de se identificar as principais causas de variação num grupo de contas. Empresas com ações negociadas na Bolsa de Valores devem publicar os demonstrativos financeiros a cada trimestre, conforme normas da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), e ainda apresentar as explicações das variações através das notas explicativas. Este trabalho é realizado por auditorias externas e independentes. Vejamos: ATIVO CIRCULANTE 2017 AH % AH R$ 2016 Caixa e equivalentes de caixa 11.741.308 25,5% 9.355.622 76 Caixa e equivalentes de caixa 11.741.308 25,5% 2.385.686 9.355.622 Contas a receber de clientes 9.333.291 -2,7% -255.894 9.589.185 Estoques 9.684.878 0,8% 76.404 9.608.474 Ativos biológicos 2.767.250 3,5% 94.137 2.673.113 Impostos a recuperar 974.404 -41,9% -703.387 1.677.791 Derivativos a receber 30.760 -19,6% -7.490 38.250 Ativos disponíveis para venda 817.705 817.705 Outros ativos circulantes 755.948 -22,7% -221.422 977.370 TOTAL DO CIRCULANTE 36.105.544 6,4% 2.185.739 33.919.805 Quais as principais causas para a variação de 6,4% do Total do Ativo Circulante entre 2016 e 2017? Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Análise Horizontal Análise Horizontal -- InterpretaçãoInterpretação Ativo Circulante variação R$: R$ 2.185.739 variação %: 6,40% Comentários: Principais variações: Caixa e equivalentes de caixa 2.385.686 Ativos disponíveis para venda 817.705 Impostos a recuperar -703.387 Contas a receber de clientes -255.894 Total das pricipais variações: 2.244.110 77 Total das pricipais variações: 2.244.110 As contas acima justificam 103% do total da variação do grupo 103% Inclua informações adicionais referentes à variação deste grupo, obtidas do Relatório da Administração da JBS - 2017 (opcional) Caixa e equivalentes de caixa: aumento de R$ 2.109.802 em aplicações CDB e títulos públicos Ativos disponíveis para venda: Disponibilizados R$ 817.705 em ativos da empresa Five Rivers, sendo: R$ 401.714 em imobilizado; R$ 173.812 em estoques; R$ 9.451 em contas a receber de clientes e outros ativos. Impostos a recuperar: A JBS apresentou R$ 2.099.219 de aumento em impostos a recuperar demonstrados no ativo circulante e não circulante juntos ( As notas explicativas não segregam os prazos de vencimentos ). As principais variações foram dos impostos: PIS e COFINS, IRPJ e IRRF. Conforme nota 19, devido à adesão da empresa ao PERT, a compensação homologada anteriormente foi desfeita, e o saldo a recuperar deste impostos foram reclassificados como a recuperar novamente. (total R$ 1.659.460). Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Análise VerticalAnálise Vertical Para a análise vertical referente à participação das contas e grupos de contas nos anos 2016 e 2017, utilizou-se o Total do Ativo como base, sendo: - Cálculo da participação do: “Caixa e equivalentes de caixa”, sobre o “Total do Ativo”: 2017 11.741.308 = 0,108 108.695.951 2016 9.355.622 = 0,091 102.815.763 (Em milhares de reais) (Em milhares de reais) ATIVO CIRCULANTE 2017 AV 2016 AV Caixa e equivalentes de caixa 11.741.308 10,8% 9.355.622 9,1% Contas a receber de clientes 9.333.291 8,6% 9.589.185 9,3% Estoques 9.684.878 8,9% 9.608.474 9,3% Ativos biológicos 2.767.250 2,5% 2.673.113 2,6% Impostos a recuperar 974.404 0,9% 1.677.791 1,6% JBS S.A.JBS S.A. Análise VerticalAnálise Horizontal BALANÇO PATRIMONIAL BALANÇO PATRIMONIAL 78 102.815.763 Formas de apresentação: Variação percentual: 2017 = 0,108 x 100 = 10,8% 2016 = 0,091 x 100 = 9,1% Número índice: 2017 = 0,108 x 100 = 10,8 2016 = 0,091 x 100 = 9,1 Obs: Utilizando a planilha Excel, atente-se para a formatação do número, pois ao utilizar o formato “ % “, não é necessário multiplicar por 100. Derivativos a receber 30.760 0,0% 38.250 0,0% Ativos disponíveis para venda 817.705 0,8% 0,0% Outros ativos circulantes 755.948 0,7% 977.370 1,0% TOTAL DO CIRCULANTE 36.105.544 33,2% 33.919.805 33,0% NÃO CIRCULANTE Ativos biológicos 967.761 0,9% 977.040 1,0% Impostos a recuperar 7.521.141 6,9% 4.718.535 4,6% Créditos com empresas ligadas 897.535 0,8% 1.315.526 1,3% Investimentos em coligada, controladas e joint ventures64.006 0,1% 362.627 0,4% Imobilizado 33.563.104 30,9% 33.110.891 32,2% Imposto de renda e contribuição social diferidos434.861 0,4% 454.117 0,4% Intangível 5.512.070 5,1% 5.012.095 4,9% Ágio 22.488.247 20,7% 21.916.694 21,3% Outros ativos não circulantes 1.141.682 1,1% 1.028.433 1,0% TOTAL DO NÃO CIRCULANTE 72.590.407 66,8% 68.895.958 67,0% TOTAL DO ATIVO 108.695.951 100,0% 102.815.763 100,0% Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Análise Vertical Análise Vertical -- InterpretaçãoInterpretação A forma de apresentação em número percentual é a mais utilizada para este tipo de análise, porém,é importante saber reconhecer a forma de apresentação para interpretar a variação corretamente: Qual interpretação podemos fazer com base no resultado apresentado? O saldo do grupo “Caixa e equivalente de caixa” da empresa JBS S.A. 79 O saldo do grupo “Caixa e equivalente de caixa” da empresa JBS S.A. representava 9,1% do “Total do Ativo” em 2016 e aumentou para 10,8% em 2017. Ou, Verifica-se um aumento de participação do “Caixa e equivalente de caixa” sobre o “Total do ativo”, de 9,1% em 2016 para 10,8% em 2017. Para certificar-se do cálculo, efetue a conta de modo inverso: 9.355.622 x 25,5% = 2.385.686, logo: 9.355.622 + 2.385.6846 = 11.741.308 Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Exercício 4Exercício 4 Com base nos demonstrativos financeiros da JBS, identifique os principais grupos de contas que contribuíram para as variações abaixo considerando os períodos 2017 e 2016: ◦ Ativo Circulante ◦ Ativo Não Circulante ◦ Passivo CirculantePassivo Circulante ◦ Passivo Não Circulante ◦ Patrimônio Líquido ◦ Lucro Líquido Obs: utilize planilha em excel disponibilizada 80Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Valor Contábil x Valor de MercadoValor Contábil x Valor de Mercado Valor contábil se refere ao valor dos recursos próprios de uma companhia que aparecem no seu balanço. É o “valor de livros” ou patrimônio líquido de uma empresa, que é também a diferença existente entre ativo total e passivo exigível, ou seja: OValor contábil = Ativo Total Contábil – Passivo Exigível Contábil = Patrimônio Líquido O valor de mercado é calculado multiplicando o número de ações em circulação pelo preço atual da ação. Isso também é conhecido como capitalização de mercado e revela opreço atual da ação. Isso também é conhecido como capitalização de mercado e revela o valor que os investidores veem na empresa. O valor patrimonial das empresas não é necessariamente próximo do valor de mercado. Isto se deve basicamente ao fato de que os dados contábeis são escriturais e podem conter defasagens em relação ao valor considerado justo para a ação, que é um entendimento subjetivo e pode variar de investidor para investidor. 81Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Preço das ações da JBS em 2016 x 2017Preço das ações da JBS em 2016 x 2017 11,40 Dez 2016 82 https://br.advfn.com/bolsa-de-valores/bovespa/jbs-JBSS3/grafico 11,40 9,81 Dez 2017 Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Valor Contábil x Valor de MercadoValor Contábil x Valor de Mercado Os diferentes julgamentos de valor é que fazem, afinal, o mercado funcionar, havendo sempre compradores e vendedores que proporcionam liquidez para os ativos. Notícias, boatos, informações tempestivas, divulgação das demonstrações financeiras, relatórios dos auditores independentes, interferem diretamente no preço das ações de uma empresa. Eventos exógenos à gestão da empresa, como situação econômica e financeira do país, gestão pública e economia mundial também podem interferir nas negociações do mercado financeiro. A seguir, a evolução do preço das ações da JBS entre 2014 e 2018. Percebam o impacto nos preços das ações em determinados momentos, quedas e aumentos significativos estão principalmente relacionados às notícias divulgadas sobre a empresa. 83Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Evolução do preço das ações jbss3Evolução do preço das ações jbss3 2015 84https://br.advfn.com/bolsa-de-valores/bovespa/jbs-JBSS3/grafico 2016 2017 2018 Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel 85Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel 86Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel 87Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel 88Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Indicadores ou Índices FinanceirosIndicadores ou Índices Financeiros Conceito Os indicadores ou índices financeiros são utilizados para analisar e investigar a situação econômico-financeira de uma entidade, comparam as contas das demonstrações financeiras apresentadas no Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado. De acordo com Matarazzo (2010, p.82), “assim como um médico usa certos indicadores, como pressão arterial e temperatura, para elaborar o quadro indicadores, como pressão arterial e temperatura, para elaborar o quadro clínico de um paciente, os índices financeiros permitem construir um quadro de avaliação de empresa”. Ou seja, os índices permitem que se tenha uma visão macro da situação econômico financeira da entidade. “Quando os indicadores genéricos não são suficientes, o médico solicita exames e testes” (MATARAZZO,2010,p.820). “Em outras palavras, os índices são indicadores semelhantes àqueles gerados pelos exames laboratoriais que permitirão ao profissional traçar, com maior segurança, um diagnóstico da saúde ou doença do paciente.” (MARTINS;MIRANDA;DINIZ, 2014,p.125) 89Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Indicadores ou Índices FinanceirosIndicadores ou Índices Financeiros Índices de liquidez apresentam a situação financeira da empresa frente aos compromissos financeiros assumidos, ou seja, demonstram sua capacidade de arcar com as dívidas assumidas. Índice de liquidez corrente: mostra o quanto a empresa possui de recursos de curto prazo (ativo circulante) para cada real de dívidas de curto prazo (passivo circulante). Liquidez corrente = Ativo Circulante 90 Índice de liquidez seca: mostra a parcela das dívidas de curto prazo (passivo circulante) que poderiam ser pagas pela utilização de itens de maior liquidez no ativo circulante, basicamente disponível e contas a receber. Demonstra quanto a empresa possui de ativos líquidos para cada real de dívida de curto prazo. Liquidez corrente = Passivo Circulante Liquidez seca = Ativo Circulante - Estoques - Desp. Antecipadas Passivo Circulante Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Indicadores ou Índices FinanceirosIndicadores ou Índices Financeiros Índice de liquidez imediata: mostra a parcela das dívidas de curto prazo (passivo circulante) que poderiam ser pagas imediatamente por meio dos valores relativos a caixa e equivalentes de caixa (disponível). Mostra quanto a empresa possui de disponível para cada real de dívidas vencíveis no curto prazo. Índice de liquidez geral: mostra o quanto a empresa possui de recursos de Liquidez imediata = Disponível Passivo Circulante 91 Índice de liquidez geral: mostra o quanto a empresa possui de recursos de curto e longo prazo ( ativo circulante + realizável a longo prazo ) para cada real de dívidas de curto e longo prazo ( passivo circulante + passivo não circulante ). Liquidez geral = Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo Passivo Circulante + Passivo Não Circulante Fonte: Eliseu Martins, Gilberto José Miranda, Josedilton Alves Diniz, 2014, Atlas Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Índices de estrutura patrimonial estabelecem relações entre as fontes de financiamento próprio e de terceiros. avaliam o grau de dependência da entidade em relação a recursos de terceiros Endividamento : mostra o quanto a empresa tem de dívidas com terceiros (passivo circulante + passivo não circulante) para cada real de recursos próprios (patrimônio líquido). Indicadores ou Índices FinanceirosIndicadores ou Índices Financeiros Endividamento = Capital de Terceiro 92 Composição do endividamento: revela quanto da dívida total (passivo circulante + passivo não circulante) com terceiros é exigível no curto prazo (passivo circulante). Endividamento = Capital de Terceiro Patrimônio Líquido Composição do Endividamento = Passivo Circulante Capital de Terceiro Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Imobilização do patrimônio líquido: apresenta a parcela do capital próprio que está investida em ativos de baixa liquidez ( ativos imobilizados, investimentos ou ativos intangíveis), ou seja, ativos não circulantes deduzidos dos ativos realizáveis ao longo prazo. Indicadores ou Índices FinanceirosIndicadores ou Índices Financeiros Imobilização do PL = Ativonão circulante – Ativo Realizável a longo prazo Patrimônio Líquido 93 Imobilização de recursos não correntes: mostra o percentual de recursos de longo prazo aplicados nos grupos de ativo de menor liquidez (imobilizado, investimentos e intangível). Imobilização dos Recursos Não Correntes Ativo não circulante – Ativo Realizável a longo prazo Passivo Não Circulante + Patrimônio Líquido = Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Indicadores do Capital de Giro: auxilia na administração a fim de manter a situação financeira da empresa equilibrada, evitando impactos na rentabilidade da organização. Capital Circulante Líquido (CCL) ou Capital de Giro (CG): representa a diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante ou a diferença entre o passivo não circulante somado ao patrimônio liquido e o ativo não circulante. A análise de liquidez de curto prazo, deve ser precedida da análise do ciclo operacional da entidade. Indicadores ou Índices FinanceirosIndicadores ou Índices Financeiros 94 liquidez de curto prazo, deve ser precedida da análise do ciclo operacional da entidade. Necessidade de Capital de Giro: está relacionada às contas circulantes “operacionais” e não “financeiras”. O saldo demonstra a proporção das fontes de financiamento de curto prazo operacionais que estão financiando a operação. CCL ou CG = AC - PC OU CCL ou CG = PNC + PL - ANC NCG = AC (operacional) - PC (operacional) Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Saldo em Tesouraria: é obtido a partir da diferença entre ativo financeiro e passivo financeiro, sinaliza a política financeira da empresa. Indicadores ou Índices FinanceirosIndicadores ou Índices Financeiros ST = AC (financeiro) - PC (financeiro) 95 Sugestão de leitura complementar referente à Gestão do Capital de Giro: • Dissertação de Mestrado Adriana Diniz Gurgel, “O Financiamento do Capital de Giro e o Impacto na Lucratividade e Rentabilidade das empresas; uma abordagem com base no modelo dinâmico”., Disponível em: https://tede2.pucsp.br/handle/handle/20651 •Modelo Dinâmico de Michel Fleuriet: http://www.modelo-fleuriet.com/ Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Índices de rentabilidade: tem como foco a análise da eficiência econômica da empresa,. Tem por objetivo avaliar principalmente o retorno e o risco frente ao capital investido e à gestão dos recursos. Retorno sobre o Investimento: também conhecido como Rentabilidade do Ativo, ou ROI (Return of Investment), evidencia o quanto a empresa obteve de resultados em relação aos investimentos nela realizados. Indicadores ou Índices FinanceirosIndicadores ou Índices Financeiros Retorno sobre o investimento = Lucro Operacional Líquido (ajustado) X 100 96 Para o cálculo do Lucro Operacional Líquido (ajustado), deve-se retirar as despesas financeiras do resultado, bem como o efeito do IR provocado no resultado por tais despesas financeiras. Isto se deve ao fato das despesas financeiras serem provenientes de passivos, e não consideradas como operacionais, já as receitas financeiras, contudo, são oriundas do ativo da entidade e permanecem no cálculo. Para o cálculo do Investimento, utilizam-se apenas os investimentos presentes no ativo. Desta forma, retira-se do total do passivo, o passivo operacional, como: “obrigações sociais e trabalhistas”, ”fornecedores” e “contas a pagar”. Retorno sobre o investimento = Lucro Operacional Líquido Investimento X 100 Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Margem Operacional: também conhecido como indicador de lucratividade, tem por objetivo indicar o percentual das vendas convertidas em lucro. Ou seja, o percentual representado pelo lucro líquido operacional (ajustado) sobre as receitas líquidas. Indicadores ou Índices FinanceirosIndicadores ou Índices Financeiros Margem Operacional = Lucro Operacional Líquido (ajustado) Receitas Líquidas X 100 97 Retorno sobre o patrimônio líquido: tem por objetivo indicar o percentual das vendas convertidas em lucro. Ou seja, o percentual representado pelo lucro líquido operacional (ajustado) sobre as receitas líquidas. Retorno sobre o Patrimônio Líquido = Lucro Líquido Patrimônio Líquido (inicial) X 100 Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel Exercício 5 Exercício 5 Com base nos demonstrativos financeiros da JBS referente aos períodos 2016 e 2017, calcule os indicadores financeiros aplicando as fórmulas apresentadas.. 98Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel ED Módulo 6,7 e 8ED Módulo 6,7 e 8 + Exercícios+ Exercícios Contabilidade - Profª Adriana D. Gurgel 99
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