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Resumo Comportamentalismo- Skinner 
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1. Introdução
 Burrhus Frederic Skinner nasceu em 20 de março de 1904, em Susquehanna, na Pensilvânia. Filho de um advogado e uma dona de casa, Skinner teve uma infância acolhedora e estável que lhe deixou bastante tempo para a criatividade e a invenção — duas características que foram muito úteis durante toda a sua carreira. Se formou na Hamilton College em 1926, Skinner trabalhou como vendedor em uma livraria na cidade de Nova York, Skinner descobriu as obras de John B . Watson e Ivan Pavlov, que o fascinaram a ponto de fazê-lo colocar de lado os planos de se tornar um romancista e seguir uma carreira em psicologia. Aos 24 anos, Skinner matriculou-se no departamento de psicologia da Universidade Harvard e começou seus estudos sob a orientação de William Crozier, diretor do novo departamento de fisiologia. Embora não fosse psicólogo, Crozier interessava-se pelo estudo do comportamento dos animais “como um todo”, em uma abordagem bastante diferente da adotada pelos psicólogos e fisiólogos da época. Em vez de tentar entender todos os processos que ocorriam dentro do animal, Crozier e depois Skinner interessavam-se mais pelo seu comportamento geral. O pensamento de Crozier combinou perfeitamente com o trabalho que Skinner pretendia realizar, ele estava interessado em aprender como o comportamento se relacionava com as condições experimentais.
 
2. Desenvolvimento
 O trabalho mais importante e influente de Skinner, o conceito de condicionamento operante e a invenção da câmara de condicionamento operante, veio do período em que esteve em Harvard.
 A obra de B. F. Skinner foi de grande impacto no mundo da psicologia, e seu trabalho não passou despercebido. Dentre suas honrarias mais importantes estão: a premiação pelo presidente Lyndon B. Johnson com a Medalha Nacional de Ciências (1968). Foi também condecorado com a Medalha de Ouro da Fundação Americana de Psicologia (1971), recebeu o Prêmio Humano do Ano (1972) e também uma citação por sua contribuição extraordinária à psicologia ao longo de toda a carreira (1990).
 Skinner foi um comportamentalista ardente, convencido da importância do método objetivo, do rigor experimental, da capacidade da experimentação cuidadosa e da ciência indutiva para resolver os problemas comportamentais mais complexos. Ele aplicou seus conceitos e métodos às principais preocupações da nossa época, tanto práticas quanto teóricas.
 Entre todos os conceitos e métodos que ele utilizava, houve os mais significativos e mais discutidos em aula. Entre eles está o conceito de condicionamento clássico e operante, o clássico é um processo que descreve a gênese e a modificação de alguns comportamentos com base nos efeitos do binômio estímulo-resposta sobre o sistema nervoso central dos seres vivos. Skinner deixa claro que reforçar um comportamento é simplesmente executar uma manipulação que muda a probabilidade de ocorrência daquele comportamento no futuro. O condicionamento operante é aquele em que um comportamento está associado ao resultado de recompensas e punições, ele tende a ser dividido em quatro tipos: Reforço positivo que é a prática de reforçar um comportamento e a probabilidade de se repetir aumenta por ter uma condição positiva como resultado, o reforço negativo que ocorre quando um comportamento é reforçado a fim de evitar ou interromper uma condição negativa, a punição que advém de um comportamento enfraquecido e a probabilidade de se repetir diminui por apresentar uma condição negativa como resultado, e a extinção que demonstra um enfraquecimento do comportamento porque o resultado não levou a uma condição positiva ou negativa.
 Para analisar o condicionamento em ação, B. F. Skinner realizou um experimento muito simples e inventou a câmara de condicionamento operante, que hoje muitas vezes é chamada de Caixa de Skinner que resumidamente se trata de um aparelho fechado que contém uma barra ou chave. Um rato pode pressionar ou manipular a chave de modo a obter alimentos ou água. A caixa é confeccionada com o objetivo de ser inteligente. Isso significa que nela há um dispositivo que grava cada resposta fornecida pelo animal. 
 Cada estímulo pode gerar uma resposta diferente, faz-se necessário registrar cada tentativa do animal a fim de verificar qual a quantidade de estímulo necessária para atingir comportamentos previstos ou esperados.
 Há também o comportamento supersticioso que não existe nenhuma relação causal entre a resposta e o reforço. Skinner sugeriu que esse comportamento explica muitas das superstições mantidas pelos humanos. Os membros de uma tribo primitiva podem dançar alguma dança ritualizada para fazer chover. Em algumas ocasiões, realmente acontece de chover após a dança. Assim, a dança da chuva é reforçada e tende a ser repetida. (Hall, 2007, p.405).
 Outro conceito discutido em aula foi o Reforço secundário onde basicamente os reforçadores não dependem do processo de seleção natural, mas de uma história de reforçamento, refletindo, assim, a ontogenia e a cultura na qual o sujeito está inserido. Tomanari (2000) afirma que uma das funções do reforçador condicionado é manter o comportamento mesmo ante a ausência do reforçador incondicionado.
 Ademais, há dois processos também citados em aula, sendo eles: A discriminação e o reforço generalizado. O primeiro processo é caracterizado por acontecer quando agimos de forma diferente perante um estímulo que percebemos como diferente. O semáforo é um bom exemplo, pois há um comportamento de forma distinta perante os três estímulos que ele emite, as cores: vermelha, amarela e verde. O reforço generalizado já é algo que foi pareado com muitos outros reforçadores. O dinheiro é um bom exemplo de reforçador generalizado, pois em nossa sociedade, ele é pareado com vários reforçadores primários ou secundários. Algo interessante sobre o dinheiro é que é pouco provável que haja saciação desse reforçador, quanto mais o indivíduo tem, mais ele quer.
4. Conclusão
 O impacto de B. F. Skinner para a psicologia é enorme, aqui há uma apresentação bem resumida e básica das suas contribuições, são inúmeras obras e anos dedicados ao estudo do comportamento que nos apresentam ricas teorias e visões sobre o impacto do comportamento sobre o processo mental. Suas técnicas operantes ainda são vitais aos profissionais de saúde e da educação, suas contribuições são utilizadas na pedagogia na saúde mental para ajudar no tratamento de pacientes, e suas ideias de reforço e punição são muito utilizadas no ensino e no adestramento de cães.
5. Referências
Kleinman, P. (2015). Tudo que você precisa saber sobre psicologia, ed. Gente.
Skinner, B. F. (1982). Sobre o Behaviorismo. Tradução Maria da Penha Villalobos. São Paulo: Cultrix, 
Da Silva, M. B., Silva, R. S., & Silva, A. B. D. (2016). Reforçadores primários e secundários. Congresso acadêmico de saberes em psico. Disponível em: http://ulbra-to.br/caos/assets/download/2016/artigo_08.pdf
Hall, C., Lindzey, G. and Campbell, J. (2000). Teorias Da Personalidade. 4th ed. Porto Alegre: ArtMed.

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