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Insuficiência Renal Prof. Msc. Suziane Oliveira • Acontece quando os rins não conseguem remover os resíduos metabólicos do corpo nem realizar as funções reguladoras. • É uma doença sistêmica e é uma via final comum de muitas doenças renais e do trato urinário diferentes. Insuficiência Renal Aguda FISIOPATOLOGIA IRA Perda súbita e quase completa da função renal (TGF diminuída) Manifesta-se com oligúria , anúria ou volume urinário normal. Níveis séricos crescentes de uréia, creatinina e retenção de outros produtos residuais metabólicos normalmente excretados pelos rins. É a Categorias Distúrbios pré-renais (hipoperfusão do rim) – fluxo sanguíneo prejudicado -> hipoperfusão do rim e uma queda na TFG (depleção de volume, desempenho cardíaco prejudicado). Distúrbios intra-renais (lesão real do tecido renal) – resultado da lesão parenquimatosa renal para os glomérulos ou túbulos renais (queimadura, lesões por esmagamento e infecções, medicamentos, rabdomiólise) Distúrbios pós-renais (obstrução do fluxo urinário) – resultado de uma obstrução em algum ponto distal ao rim. A pressão aumenta nos túbulos renais; após certo tempo, a TGF diminui. FASES DA INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA • Início: começa com a agressão inicial e termina quando a oligúria se desenvolve. • Oligúria • Diurese • Recuperação • Período da oligúria: • É acompanhado por um aumento na concentração sérica das substâncias usualmente excretadas pelos rins (uréia, creatinina, ácido úrico, ácidos orgânicos, K+, Mg+); • Nessa fase, o sintomas urêmicos aparecem em primeiro lugar e desenvolvem-se as condições com risco de morte, como a hipercalemia. Fase não oligúrica 1. Função renal diminuída com retenção de nitrogênio crescente. • Período da diurese: • Débito urinário gradativamente crescente (recuperação da filtração glomerular); • Os valores laboratoriais param de aumentar e, mais adiante, diminuem. • Função renal ainda pode estar acentuadamente anormal, embora o volume do débito urinário possa alcançar níveis normais ou elevados. • Período da recuperação: • Indica a melhora da função renal e pode levar de 3 a 12 meses; • Valores laboratoriais retornam ao nível normal do paciente. Manifestações clínicas • Letargia; • Náuseas, vômitos e diarréia; • Pele e mucosas secas (devido desidratação); • Hálito com odor de urina (hálito urêmico); • SNC – sonolência, cefaléia,contratura muscular, convulsões. Histórico e Achados Diagnósticos Alterações na urina – débito urinário varia (escasso ao volume normal), urina exibe densidade específica baixa, hematúria pode estar presente; Cilindros urinários; Alteração no contorno renal (US); Níveis aumentados de ureia e creatinina; Hipercalemia – devido redução da TFG; Acidose metabólica; Anemia – devido a produção diminuída de eritropoietina. Tratamento médico • Objetivos: • restaurar o equilíbrio químico normal; • evitar as complicações até que possam ocorrer a reparação do tecido renal e a restauração da função renal. • No geral: manutenção do balanço hídrico, prevenção do excesso de líquido ou, possivelmente, a realização da diálise. Terapia farmacológica • Hipercalemia – paciente é monitorado através dos níveis séricos de eletrólitos; • A redução de K – por meio de administração de resinas de troca de cátion; • Reduzir as dosagens de medicamentos – porque muitos são eliminados através dos rins; • Diurético – p/ controlar volume hídrico; • Dopamina (em dose baixa) – dilatar artérias renais (por meio da estimulação dos receptores dopaminérgicos). Tratamento de Enfermagem Monitorando equilíbrio hidroeletrolítico Monitorar níveis de eletrólitos Líquidos parenterais (garantir que fontes ocultas de K+ não sejam administrados) Ingesta hídrica, débito urinário, edema, distensão das veias jugulares; Balanço hídrico. Promovendo função pulmonar Mudança de posição Tossir Empreender respirações profundas com frequência (afim de evitar atelectasia e infecção no trato respiratório. Evitando a infecção Assepsia com as linhas invasivas e sondas; Sonda urinária é evitada Fornecendo cuidado cutâneo Mudar frequentemente a posição do paciente e banhá-lo com água fria (são geralmente confortantes) e evitam a ruptura da pele. Fornecendo o suporte O paciente com IRA requer tratamento com hemodiálise, diálise peritoneal ou terapias de substituição renal contínuas para evitar as complicações graves. INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA • Deterioração progressiva e irreversível da função renal, na qual fracassa a capacidade do corpo para manter os equilíbrios metabólico e hidroeletrolítico. • Pode ser causada por doenças sistêmicas, como diabetes mellitus, hipertensão, glomerulonefrite crônica, obstrução do trato urinário, distúrbios vasculares, infecções, medicamentos, etc. Fisiopatologia Função renal diminui Produtos finais do metabolismo protéico – acumulam-se no sangue Quanto maior o acúmulo de produtos, mais grave serão os sintomas. Manifestações clínicas Manifestações cardivasculares • Hipertensão (retenção de Na+ e água ou ativação do sistema renina-angiotensina- aldosterona); • Insuficiência cardíaca e edema (causado pela sobrecarga hídrica); • Pericardite (irritação do revestimento pericárdico por toxinas urêmicas). Sintomas dermatológicos • Prurido intenso; • Pele seca e descamativa. Sintomas neurológicos • Alteração no nível de consciência; • Dificuldade de concentrar-se; • Contratura muscular e convulsões. Sintomas gastrointestinais • Anorexia, náuseas, vômitos; • Hálito urêmico, sabor metálico; • Úlceras e sangramentos bucais; • Constipação ou diarréia; • Sangramento. Sintomas musculoesqueléticos • Cãimbras; • Perda de força muscular; • Dor óssea; • Fraturas ósseas. Histórico e Achados Diagnósticos • TFG diminuída; • Níveis séricos de uréia e creatinina aumentados; • Retenção de sódio e água; • Acidose o rim não consegue excretar as cargas de ácido aumentadas); • Anemia Complicações • Hipercalemia; • Pericardite; • Hipertensão; • Anemia; • Doença óssea e calcificações metásticas. Tratamento médico • Meta: manter o funcionamento renal e a homeostasia pelo maior intervalo de tempo possível; • Medicamentos, terapia com dieta e diálise. Terapia farmacológica • Agentes anti-hipertensivos e cardiovasculares; • Anticonvulsivantes (fenitoína); • Eritropoetina. Terapia nutricional - Regulação da ingesta protéica, hídrica e de sódio; - Suplementação de vitaminas. Terapia de Enfermagem • Paciente com IRC requer cuidados de enfermagem para evitar complicações da função renal reduzida e os estresses e ansiedades Diagnósticos • Excesso de volume do líquido relacionado com o débito urinário diminuído, excessos na dieta e retenção de sódio e água. • Nutrição alterada: ingestão menor que as necessidades corporais relacionada com a anorexia, náuseas e vômitos, restrições nutricionais e mucosas orais alteradas; • Déficit de conhecimento relacionado com a condição e regime de tratamento; • Intolerância à atividade relacionada com a fadiga, anemia, retenção de produtos residuais e procedimento de diálise; • Baixa auto-estima relacionada com a dependência, alterações de papéis, alterações na imagem corporal e disfunção sexual. Prescrições de enfermagem • Avaliar: • estado hídrico, • peso diário, • balanço hidrico, • turgor cutâneo, • presença de edema • e distensão das veias cervicais Limitar ingesta hídrica ao volume prescrito; Fornecer apoio emocional; Assegurar a ingesta nutricional adequada.
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