Buscar

Guerra Fria - Resumo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CONTEXTO DA GUERRA E AS RI 
- Desde Teerã (1943) passando por 
Yalta e Postdam, os 3 grandes aliados 
viram a necessidade de uma aliança 
exclusiva e sustentada na luta contra a 
Hitler. 
- Escondia a emergência do 
antagonismo que iria conduzir a 
sociedade internacional para outros 
parâmetros sistêmicos 
- Na perspectiva soviética, a guerra 
tinha sido travada para derrotar a 
Alemanha e restaurar o domínio e a 
segurança da Rússia em suas 
fronteiras ocidentais 
- Para Stalin, a presença de capitais 
norte-americanos no leste europeu 
era uma dupla ameaça → 
impulsionavam as forças comunistas e 
articulavam o poderio estratégico-
militar dos EUA → ambas ameaças 
inibiam a política internacional 
- A saída encontrada pelos soviéticos 
foi o reinicio do processo de 
militarização das fronteiras, o 
recrudescimento da política de 
espaços na Europa Ocidental e o 
aceleramento do projeto de 
desenvolvimento da bomba atômica 
→ alimentaram a disputa entre as 
superpotências ao longo da guerra 
 
 
 
 
CORDÃO SANITÁRIO DO 
PACÍFICO 
- Surgiu após uma série de acordos 
de proteção com países da Ásia e da 
Oceania para criar um cinturão de 
isolamento em torno da 
superpotência rival e evitar a 
expansão dos ideais socialistas. 
- Acordo entre Japão, Filipinas, Coreia 
do Sul e Taiwan, além de formar um 
pacto militar com a Austrália e a Nova 
Zelândia, juntamente com a criação 
da Organização do Tratado do 
Sudeste Asiático. 
 
A GUERRA E A URSS 
- A única saída aceitável para Stalin 
era a instalação de governos que 
inspirassem a certeza de que não se 
construiria uma ameaça à segurança 
soviética, mas a única maneira de 
garantir tal saída era alinhada ao seu 
sistema político 
- A URSS quase não exercia influência 
sobre assuntos domésticos dos países 
vizinhos, a não ser pela autoridade de 
sua presença militar. 
- Depois que os tratados de paz 
foram assinados, os comunistas nada 
ganhariam se continuassem parados. 
- Comunistas no Oeste Europeu não 
sabiam como reagir diante do Plano 
Marshall e só se posicionaram depois 
de inspirados pela rejeição de Stalin 
ao referido plano. 
- Moscou firmou tratados comerciais 
com os vizinhos no Leste Europeu, 
como parte de reação engendrada 
contra o Plano Marshall e ameaça que 
o esquema representava para a 
influência soviética na região 
- Os comunistas ocidentais foram 
surpreendidos com a coexistência 
pacífica que vinha sendo buscada na 
política interna chegava ao fim → 
Moscou esperava que os comunistas 
ficassem mais atentos e 
subordinassem considerações locais 
aos interesses soviéticos 
- Comunistas em toda a parte 
passaram a adotar táticas de 
confronto: greves, protestos, 
campanhas contrárias ao Plano 
Marshall e no leste europeu a 
aceleração do processo de tomada 
de poder 
URSS x IUGOSLÁVIA 
- Desavença com Tito (Iugoslávia) → 
Stalin condenou a ideia de Federação 
Balcânica e os soviéticos efetivaram o 
cancelamento de negociações 
comerciais, atos que no mês seguinte, 
foram seguidos pela retirada de 
Belgrado de conselheiros soviéticos 
civis e militares. 
- Ruptura em junho de 1948 → 
Belgrado é acusada de conduzir uma 
política externa nacionalista e uma 
política interna equivocada 
- Na verdade, diante do monopólio de 
poder instituído por Stalin, a Iugoslávia 
representava o equivalente 
internacional e uma oposição e o 
conflito era inevitável: Stalin precisava 
dobra Tito, a fim de deixar claro aos 
companheiros comunistas do líder 
iugoslavo que Moscou não toleraria 
dissenção (desavença) 
CORTINA DE FERRO 
 
- Política de isolamento lançada pela 
URSS durante a Guerra Fria (1946) 
- Censura rígida e grandes restrições 
na deslocação de pessoas 
- Identificou o conjunto de países 
europeus de regime comunista sob 
influência direta de Moscovo: 
✓ Alemanha Oriental 
✓ Polônia 
✓ Tchecoslováquia (atual 
República Tcheca e Eslováquia) 
✓ Hungria 
✓ Romênia 
✓ Bulgária 
✓ Albânia 
- Esta “fronteira” funcionou como uma 
decisiva barreira à comunicação e à 
troca livre de ideias entre a URSS e 
seus estados satélite e o resto do 
mundo 
“De Stettin, no Báltico a Trieste, no 
Adriático, caiu uma cortina de ferro 
sobre o continente” (Discurso de 
Churchill realizado em março de 1946 
que descreveu a Europa no pós-
guerra) 
- A cortina de isolamento e separação 
mundial só foi desfeita entre 1989 e 
1991 quando caíram os governos 
comunistas da Europa de Leste a da 
URSS 
- Termo análogo: “cortina de bambu”, 
utilizado para referir a barreira 
ideológica e militar entre a China 
comunista e outros países durante a 
Guerra Fria 
MURO DE BERLIM 
- Depois de vencer a 2° GM os 
grupos dos aliados concordaram em 
dividir a Alemanha. → países 
capitalistas ficaram com o oeste, 
enquanto os soviéticos, com o leste. 
- Em 1948, Stalin decreta o “Bloqueio 
de Berlim”, um cerco pacífico que 
impedia a chegada de suprimentos à 
Alemanha Ocidental, pela terra e pelos 
rios. A resposta dos EUA e da Grã-
Bretanha foi utilizar aviões para 
garantir o abastecimento e o 
transporte 
 URSS interrompeu as linhas férreas 
entre Berlim e a Alemanha Ocidental 
 A intenção de Stalin com o 
bloqueio de Berlim era forçar o 
Ocidente a optar em desistir de 
Berlim ou então abandonar os planos 
relativos a um Estado alemão 
ocidental. 
- Em 1949 os países capitalistas criam 
a República Federal Alemã, impedindo 
que Stalin se apoderasse de todo o 
território alemão. Visto isso, a URSS 
decreta a criação da República 
Democrática Alemã. 
Estado alemão Ocidental → República 
Federal da Alemanha (capitalistas) 
Estado Alemão oriental → República 
Democrática Alemã (estado-satélite 
soviético) 
 Berlim continuou sob controle 
soviético, mas por ser capital também 
foi dividida. Berlim era o enclave 
capitalista no bloco oriental. Com o 
tempo, isso se tornou um problema 
para os comunistas, haja vista que 
serviços secretos dos EUA e da Grã-
Bretanha atuavam ali 
- Entre 1949 e 1961, mais de 2,5 
milhões de pessoas fugiram do 
leste para o oeste, em busca de 
uma nova vida. 
- Para impedir isso, as autoridades 
comunistas determinaram a 
construção do muro que dividia a 
cidade (1961) 
 
- A crise em Berlim teve 3 resultados 
significativos: 
1. Criação de 2 Estados alemães 
→ divisão entre Alemanha 
ocidental e Alemanha oriental 
2. EUA tiveram que manter, pela 
primeira vez na Europa, um 
contingente militar por tempo 
indefinido 
3. Reavaliação dos planos militares 
ocidentais para proteger os 
“clientes alemães 
• Pacto de Varsóvia e Bruxelas 
(1948) 
• OTAN (1949) – Organização 
do Tratado do Atlântico Norte 
- O pacto de Varsóvia, visava 
estender o guarda-chuva da proteção 
nuclear de Moscou sobre a Europa 
oriental. O equilíbrio atômico entre as 
duas superpotências se tornaria um 
dos eixos “quentes” da Guerra Fria 
até a segunda metade dos anos 1950 
DÉTENTE 
- Significado: relaxamento, distensão 
ou diminuição das tensões entre 
nações ou governos 
- Entre 1947 e 1989-1991, EUA e URSS 
competiram pela construção e 
consolidação de esferas de influência, 
divididos em diferentes projetos 
políticos. 
- O período da Guerra Fria ficou 
conhecido, predominantemente, sob a 
perspectiva de um mundo dividido 
por um conflito bipolar a envolver dois 
blocos organizados e dinamizados 
pelas duas únicas superpotências 
globais. 
- Os dois Estados confrontam-se de 
forma indireta por intermédio dos 
países que compunham as suas 
respectivas esferas de influência, mas, 
ao mesmo tempo, impediram que 
conflitos regionais escapassem do 
controle e se transformassem em 
guerras de dimensões mundiais → 
dessa forma, produziram certa 
estabilidade mundial mesmo que sob o 
risco e a ameaça de um permanente 
confronto nuclear 
- Não existe consenso quanto à 
periodização da détente como fase 
da Guerra Fria. No entanto, há duas 
posturas que sobressaem. Sendoelas: 
➢ Crise dos mísseis cubanos (final 
de 1962) 
Iniciaram conversações entre as 
diplomacias dos EUA e da URSS 
objetivando a negociação da proibição 
de testes nucleares, a limitação dos 
arsenais e a criação de mecanismos 
ágeis de comunicação entre os 
líderes das duas potências, de forma a 
evitar que um incidente de 
proporções menores pudesse 
desencadear um problema advindo de 
bombas nucleares 
➢ Cooperação e Competição 
(1969 a 1979) 
Relações de cooperação e 
competição simultâneas, sem implicar 
a ausência de conflitos, mas o 
estabelecimento de padrões aceitáveis 
para a solução das divergências 
(postura mais aceita) 
- A bipolaridade que se definiu 
durante a década de 1950 - facilitada 
pelo declínio imperial da Inglaterra e 
da França, mas posta em questão 
pela ascensão da China à condição de 
potência nuclear – viu-se ameaçada 
pela irrupção de uma série de 
processos de alcance global nas duas 
décadas seguintes 
- Tudo indicava uma gradativa 
melhora nas relações entre EUA e 
URSS. Todavia, a Revolução Cubana 
(1959) e a derrubada de um avião de 
espionagem estadunidense que 
invadiu o espaço aéreo soviético em 
1960 produziram novos impasses. 
- O maior perigo de uma guerra 
nuclear ocorreu quando, após as 
tentativas de invasão de Cuba por 
forças treinadas e apoiadas pelos EUA, 
os soviéticos iniciaram a instalação de 
24 mísseis nucleares na ilha. → em 
outubro de 1962, quando os EUA 
perceberam o fato deram um 
ultimato 
- Após um crescente de tensões 
implicaram a possibilidade real da 
ocorrência de uma guerra nuclear, 
foram iniciadas negociações entre as 
diplomacias das duas superpotências. 
Por conta disso, houve um recuo 
soviético com a retirada dos mísseis 
instalados em Cuba → vale ressaltar 
que mísseis dos EUA haviam sido 
instalados pouco antes na Turquia e 
que parte deles foi retirado como 
resultado dos acordos para encerrar o 
conflito 
- A crise dos mísseis estimulou a 
criação de mecanismos de 
negociação para evitar uma possível 
guerra nuclear, como a instalação do 
telefone vermelho entre Moscou e 
Washington, e o acordo de 1963 que 
proibia testes nucleares submarinos, 
atmosféricos ou no espaço. A 
deposição de Krushchev em 1954 não 
promoveu significativas alterações nas 
relações entre os dois países. 
- A erosão do monolitismo ideológico 
dos dois blocos atribui uma nova 
conotação às RI. Além de adversários, 
os EUA e a URSS apresentaram-se 
como parceiros. A confrontação 
deixaria de ser direta para ser 
transportada para conflitos localizados 
na Ásia, África e no Oriente Próximo. 
- A era da détente foi, sobretudo, 
associada às negociações para as 
limitações das armas nucleares → 
TNP: Tratado de não-proliferação de 
armas nucleares (1968) 
- Todos os países que não haviam 
realizado experimentos nucleares até 
julho de 1967 deveriam cumprir com 
as obrigações estabelecidas no TNP 
na categoria de países não nucleares 
- Os países não nucleares 
concordariam em renunciar ao 
desenvolvimento e à aquisição de 
armas nucleares em troca da 
tecnologia nuclear para fins pacíficos. 
Concordavam também em submeter 
seus programas nucleares à inspeção 
da Agência Internacional de Energia 
Atômica (Aiea) criada pela ONU em 
1956. 
- O TNP foi rejeitado pela França e 
pela China, engajadas na construção 
da bomba de hidrogênio e de políticas 
próprias de poder 
 O congelamento do poder 
mundial imposto pelo tratado foi 
criticado por países ricos e pobres 
 Índia, em maio de 1974, realizou 
sua primeira explosão nuclear, dita 
“pacífica” pela primeira-ministra Indira 
Gandhi 
 O Brasil recusou-se a aderir ao 
TNP, mas procurou, desde o início, 
negociar com outros países da 
América Latina acordos regionais 
específicos de criação de zonas livres 
de armas nucleares 
- SALT (Strategic Arms Limitation 
Talks): estabeleceu grande marco nas 
limitações das armas estratégicas, deu 
início a uma série de reuniões entre 
soviéticos e norte-americanos. 
Assinado em 1973, reordenava a 
inserção internacional das duas 
superpotências em clima de détente. 
- 1970 – 1975: exportações ocidentais 
para a URSS quadruplicaram, 
espacialmente animadas pela 
ampliação da demanda soviética por 
produtos agrícolas e industriais 
diversificados → a URSS alcançou 
uma supremacia estratégica sobre sua 
potência rival 
- Longas negociações permitiriam, em 
setembro de 1971, a convivência entre 
as 4 potências presentes em Berlim. 
A aceitação soviética da autonomia de 
Berlim foi um grande passo para a 
reconciliação gradual entre as duas 
Alemanhas (oriental e ocidental) 
AMÉRICA LATINA 
- A América Latina foi uma área de 
viva atuação internacional na década 
de 1970. Engajada na busca de seu 
próprio lugar, moveu-se no contexto 
de incertezas com particular 
desenvoltura. 
- Vocação pacífica das relações 
internacionais latino-americanas. Longe 
das tensões que abalavam o mundo, a 
América Latina apresentou-se nas RI 
como uma região voltada para as 
negociações pacíficas de 
controvérsias e pouco preocupada 
com a evolução das tensões 
localizadas partes do mundo 
- O ambiente da détente, portanto, 
beneficiou e fortaleceu a reinserção 
internacional da América Latina. 
- Apesar das tensões ideológicas 
criadas pela Revolução Cubana e 
pelos movimentos revolucionários que 
se contrapunham às orientações de 
vários governos autoritários na região, 
as RI da região foram desideologizadas 
em alguns de seus países mais 
importantes → O Brasil foi, 
certamente, o caso exemplar dessa 
tendência 
 ÁSIA E ÁFRICA 
- As relações internacionais na Ásia 
dos anos 1970 foram dominadas por 4 
grandes atores: 
• Guerra do Vietnã 
• Índia (Paquistão) 
• China (isolamento chinês) 
• Japão (ascensão econômica) 
ILUSÕES IGUALITARISTAS 
 África, América Latina e Ásia 
- Os 3 continentes, embalados pela 
perspectiva de incluir o mundo em 
desenvolvimento no centro das 
preocupações dos países 
desenvolvidos 
- Esforçaram-se para a formulação de 
uma agenda internacional própria. A 
percepção da condição de 
dependência estrutural em relação 
aos centros econômicos e 
estratégicos fez com que esses 
países sonhassem com o nascimento 
de uma nova ordem internacional, 
econômica e politicamente mais justa.

Outros materiais