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Trabalho insalubridade e periculisidade

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PERÍCIA JUDICIAL DO TRABALHO - INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE
Autor (es) Gilson Ney Ganzert / Marcelo Lavratti de Paula
Prof. Orientador / Liz Ehlke Cidreira
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso (TURMA:SEG 0490) 
07/12/2012
 
RESUMO
O artigo desenvolvido tem como objetivo obter informações das perícias judiciais com foco na justiça do trabalho gratuita e do Estado do Paraná, descrevendo o seu significado, como devem serem feitas as atividades, bem como as fundamentações das perícias. Nestas três dimensões, há conflitos entre a realidade e a maneira correta e pretendida, mas também agradáveis intersecções as quais serão avaliadas em detrimento dos aspectos jurídicos, dos princípios de higiene ocupacional e das técnicas empregadas em perícias, como a elaboração de quesitos, o parecer técnico e a impugnação de laudos. 
Palavras-chave: Prova pericial, Segurança do trabalho, Justiça do Trabalho.
ABSTRACT
The objective of this article is to obtain information about the judicial investigations with a focus on the justice of free work and the State of São Paulo, describing its meaning, how the activities should be done, as well as the grounds of the expertise. In these three dimensions, there will be conflicts between the reality and the correct and intended way, but also pleasant intersections that will be evaluated to the detriment of the legal aspects, the principles of occupational hygiene and the techniques used in skills, such as the elaboration of questions, the opinion and the challenge of awards. 
Keywords: Expert evidence, Labor safety, Labor Justice.
1. INTRODUÇÃO
Garantido pela Constituição da Republica Federativa do Brasil, o acesso à justiça é direito de todo e qualquer cidadão. As perícias podem ser requisitadas pelas diversas autarquias da justiça estadual e federal, podendo ser na área cívil, criminal ou trabalhista. Especificamente falando da justiça federal do trabalho, e com aprofundamento no conhecimento da perícia trabalhista, vemos que esse benefício é usufruido por milhões de trabalhadores, que reclamam o não recebimento de adicionais de insalubridade e periculosidade, indenizações devido a acidentes de trabalho e doenças ocupacionais desenvolvidas no ambiente laboral.
Pessoa importante nestes processos, tanto para o trabalhador e como para as empresas quando há um processo judicial trabalhista em andamento é o Períto Judicial do Trabalho, pois devido a sua formação compátivel com a investigação pericial e o distanciamento desse especialista com relação as partes envolvidas no processo contribui para a formulação de um laudo pericial imparcial e bem fundamentado tecnicamente.
Segundo a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade serão realizadas através de perícias a cargo do Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho registrados no Ministério do Trabalho, e, para tanto, os mesmos deverão ser habilitados conforme descrito no artigo 156 do Código de Processo Civil (CPC) e artigo 195 da CLT (“Direitocom.com – CLT Comentada”).
A Norma Regulamentadora 15 (NR-15) da Portaria 3.214/78, que trata sobre atividades e operações insalubres, relatam que as atividades consideradas insalubres são as que ultrapassam os limites de tolerância, de acordo com cada atividade. Quando da verificação de insalubridade então, a perícia se faz obrigatória, até mesmo com outros meios de prova se a empresa já esteja fechada, ou se o posto de trabalho tiver sido desativado (Manuais de Legislação Atlas, 2015).
Já a Norma Regulamentadora 16 (NR-16) desta mesma portaria, que trata sobre as atividades e operações perigosas, relatam que as atividades consideradas perigosas devem constar nos anexos desta norma e a caracterização de tal periculosidade deve ser atestada mediante laudo técnico elaborado por Médico do Trabalho ou Engenheiro de Segurança do Trabalho (Manuais de Legislação Atlas, 2015).
Realmente, os riscos ocupacionais estão presentes em todas as relações de trabalho, e o trabalhador pode ter uma adição no seu salário mensal dependendo do tipo de risco ao qual está exposto, conforme especificados na NR-15 e na NR-16. Para todos estes casos, a caracterização destes fatos mediante um processo trabalhista, somente é possível por meio de uma Perícia Judicial Trabalhista.
O artigo desenvolvido tem como objetivo obter informações das perícias judiciais com foco na justiça do trabalho gratuita e do Estado de São Paulo, descrevendo o seu significado, como devem serem feitas as atividades, bem como as fundamentações das perícias.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
2.1. JUSTIÇA DO TRABALHO NO BRASIL
O início da revolução industrial brasileira se deu quase um século após a revolução na Europa. Surgiram indústrias de pequeno e médio porte, cujas atividades abrangiam tecelagens e processamento de alimentos, situadas, a princípio, em maior número no Estado de São Paulo.
Insalubridade e periculosidade
A insalubridade é uma gratificação instituída por lei. O que se compensa com esta gratificação é o risco, ou seja, a possibilidade de dano de vida ou à saúde daqueles que executam determinados trabalhos classificados como insalubres e/ou perigosos.
A gratificação por risco de vida e saúde não cobre o dano efetivo que o trabalhador venha suportar no serviço. Essa gratificação visa compensar, apenas, a possibilidade de dano, vale dizer, o risco de vida em si mesmo, e não a morte, a doença ou a lesão ocasionada pelo trabalho.
Para os trabalhadores regidos pela CLT (Artigo 189), consideram-se "Atividades ou operações insalubres, aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixadas em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição a seus efeitos".
De acordo com a NR15 (portaria 3214/08/06/78- MTE), que contém 14 anexos, são consideradas atividades ou operações insalubres as que se desenvolvem:
• Acima dos limites de tolerância prevista nos anexos números 1 e 2 (ruído contínuo, intermitente ou de impacto), 3 (exposição ao calor), 5 (radiações ionizantes - determinados pela Comissão Nacional de Energia Nuclear/CNEN), 11(agentes químicos) 12 poeiras minerais.
• Nas atividades mencionadas nos anexos de números 6 (trabalho em condições hiperbáricas), 13 (relação de atividades envolvendo agentes químicos), 14 (agentes biológicos).
• Para as atividades comprovadas através de laudo de inspeção local constantes dos anexos números 7 (radiações não ionizantes), 8 (vibrações), 9 (frio), 10 (umidade).
No ANEXO 14 DA NR15 - AGENTES BIOLÓGICOS - contém uma relação de atividades que envolvem agentes biológicos cuja insalubridade é determinada por avaliação qualitativa em grau máximo e médio:
 
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Nessa postagem trataremos sobre os riscos no ambiente hospitalar bem como as medidas preventivas e corretivas a serem adotadas. Buscaremos abordar setor por setor. Fazendo um análise detalhada do ambiente.
A NR 32 na prática! O ambiente hospitalar é um dos poucos lugares onde podemos encontrar todos os riscos existentes. Lá temos riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes. Com todos esses riscos presentes, a prevenção se faz muito necessária e deve ser eficiente.
O Tecnólogo em Segurança do Trabalho tem que estar sempre presente andando e observando o andamento das ações prevencionistas. Tec.goST que fica só na frente do computador não consegue bons resultados, tudo tem um começo, e na Segurança do Trabalho o ideal é o trabalhador seja recebido com um treinamento de integração.
É muito importante para apresentar os ricos presentes no ambiente de trabalho ao trabalhador recém-contratado.
Não importa o tamanho do estabelecimento, esse treinamento é sempre necessário.
Lembre-se, instruir o empregado sobre os riscos presentes no ambiente de trabalho é lei NR 1.7.
CCIH – ComissãoControle de Infecção Hospitalar
ÁREAS DE RISCO
Risco na sala de raios X.
Verificar se os trabalhadores do setor estão usando os EPIs obrigatórios e principalmente, se não estão extrapolando a carga de exposição à radiação ionizante recomendada (em caso de trabalhar mais horas do que o permitido aumenta o perigo com radiação ionizante).
Dosímetro
É usado para registrar a carga de radiação recebida pelo trabalhador.
Normalmente cada usuário tem 02 dosímetros de cores diferentes, cada mês é utilizado um. Eles devem trocados e enviados para o laboratório de sua preferência mensalmente para que registrem as doses de radiação recebida por cada usuário. Depois o laboratório deve enviar um relatório com as doses de todos os usuários.
Medidor de radiação do ambiente
É usado para medir a radiação liberada pelo equipamento emissor,  o líder no segmento é o Contador Geiger esse necessita ser calibrado.
Vale a pena ler o texto da NR 32
NR 32.4.3 O trabalhador que realize atividades em áreas onde existam fontes de radiações ionizantes deve:
1. a) permanecer nestas áreas o menor tempo possível para a realização do procedimento;
Comentário: Maior tempo de exposição = maior risco de sofrer os males causados pela radiação. Menor tempo de exposição = Menor risco.
1. b) ter conhecimento dos riscos radiológicos associados ao seu trabalho;
Comentário: Para ter esse conhecimento é necessário receber treinamento sobre os riscos da função. Não apenas no período de formação, mas, de forma contínua.
1. c) estar capacitado inicialmente e de forma continuada em proteção radiológica;
Comentário:Capacitado inicialmente significa “treinamento admissional ou treinamento de integração”.
Implantar o Plano de Proteção Radiológica – PPR. O Plano de Proteção Radiológica visa dentre outras coisas, manter a carga de radiação mais baixa possível.
  EPIs indicados
Os que estão descritos no Plano de Proteção Radiológica da unidade.
Área de isolamento
Ter atenção a pessoas não autorizadas e não protegidas por EPIs trafegando no local.
Todas as pessoas envolvidas devem usar EPIs indicados pela Comissão Interna de Controle de Infeção Hospitalar e SESMT do estabelecimento.
No local devem permanecer somente pessoas indispensáveis como familiares e o pessoal que trabalha no hospital, enfermeiros, médicos, etc.
UTI – Unidade de Terapia Intensiva
Ter atenção ao tráfego de pessoas não autorizadas e não necessárias ao andamento do trabalho.
É importante também observar se as pessoas do setor estão usando os EPIs indicados corretamente e constantemente.
UTI, segurança, trabalho, tratamento, EPIs, saúde, prevenção
Hospital Mário Dourado Sobrinho, in Irecê, Ganha 20 Novos leitos de UTI
Precaução de toque
As pessoas que trabalham em hospitais tem que tomar cuidado com o toque em pessoas portadoras de doenças contagiosas.
Às vezes um simples abraço em uma pessoa infectada pode transmitir doenças, até graves.
Esse é um assunto muito delicado e tem que ser tratado da mesma forma. Ás vezes é difícil conscientizar de que restrição do toque é necessária, más, é importante sempre dar nosso melhor.
ÁREAS DE RISCO
Risco na sala de raios X.
Verificar se os trabalhadores do setor estão usando os EPIs obrigatórios e principalmente, se não estão extrapolando a carga de exposição à radiação ionizante recomendada (em caso de trabalhar mais horas do que o permitido aumenta o perigo com radiação ionizante).
Dosímetro
É usado para registrar a carga de radiação recebida pelo trabalhador.
Normalmente cada usuário tem 02 dosímetros de cores diferentes, cada mês é utilizado um. Eles devem trocados e enviados para o laboratório de sua preferência mensalmente para que registrem as doses de radiação recebida por cada usuário. Depois o laboratório deve enviar um relatório com as doses de todos os usuários.
Medidor de radiação do ambiente
É usado para medir a radiação liberada pelo equipamento emissor,  o líder no segmento é o Contador Geiger esse necessita ser calibrado.
Vale a pena ler o texto da NR 32
NR 32.4.3 O trabalhador que realize atividades em áreas onde existam fontes de radiações ionizantes deve:
1. a) permanecer nestas áreas o menor tempo possível para a realização do procedimento;
Comentário: Maior tempo de exposição = maior risco de sofrer os males causados pela radiação. Menor tempo de exposição = Menor risco.
1. b) ter conhecimento dos riscos radiológicos associados ao seu trabalho;
Comentário: Para ter esse conhecimento é necessário receber treinamento sobre os riscos da função. Não apenas no período de formação, mas, de forma contínua.
1. c) estar capacitado inicialmente e de forma continuada em proteção radiológica;
Comentário: Capacitado inicialmente significa “treinamento admissional ou treinamento de integração”.
Implantar o Plano de Proteção Radiológica – PPR. O Plano de Proteção Radiológica visa dentre outras coisas, manter a carga de radiação mais baixa possível.
  EPIs indicados
Os que estão descritos no Plano de Proteção Radiológica da unidade.
Área de isolamento
Ter atenção a pessoas não autorizadas e não protegidas por EPIs trafegando no local.
Todas as pessoas envolvidas devem usar EPIs indicados pela Comissão Interna de Controle de Infeção Hospitalar e SESMT do estabelecimento.
No local devem permanecer somente pessoas indispensáveis como familiares e o pessoal que trabalha no hospital, enfermeiros, médicos, etc.
UTI – Unidade de Terapia Intensiva
Ter atenção ao tráfego de pessoas não autorizadas e não necessárias ao andamento do trabalho.
É importante também observar se as pessoas do setor estão usando os EPIs indicados corretamente e constantemente.
UTI, segurança, trabalho, tratamento, EPIs, saúde, prevenção, Precaução de toque.
As pessoas que trabalham em hospitais tem que tomar cuidado com o toque em pessoas portadoras de doenças contagiosas.
Às vezes um simples abraço em uma pessoa infectada pode transmitir doenças, até graves.
Esse é um assunto muito delicado e tem que ser tratado da mesma forma. Ás vezes é difícil conscientizar de que restrição do toque é necessária, más, é importante sempre dar nosso melhor.
Os hospitais que forem comprovadas as irregularidades serão processadas no âmbito civil e criminal, além de serem obrigadas a ressarcir os funcionários prejudicados. Todas as vítimas foram afastadas do trabalho e vão entrar com o pedido de aposentadoria por invalidez.
 
Data: 13/06/2015 / Fonte: CBN
Fonte: Disponível em http://institutofisiomar.com.br/blog/?p=2342
Disponível em https://descomplicasms.com.br/index.php/2018/03/31/poeira-caracterizada-como-insalubre/
Nas figuras acima temos duas fotos, uma sendo realizado o corte de material e funcionário com a bomba de amostragem, a bomba faz o cálculo de limite de tolerância da poeira sílica. 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
5. CONCLUSÃO
A legislação existente que normatiza os direitos sociais dos trabalhadores do setor saúde, tanto públicos ou privados, referente aos riscos ocupacionais, doenças profissionais ou do trabalho tem como característica no Brasil aspectos conflitantes.
A indicação, a caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade são condições disciplinadas na legislação trabalhista (CLT) e concedidas de forma igualitária para servidores públicos e da iniciativa privada.
No caso particular, de acordo com art.69 parágrafo único do RJU, as servidoras gestantes ou lactantes tem o direito de trabalhar em atividades ou locais não insalubres durante a gestação e a lactação.
Para as trabalhadoras da iniciativa privada regidas pela CLT, "é garantido à empregada, durante a gravidez, sem prejuízo do salário e demais direitos: a transferência de função, quando as condições de saúde o exigirem, assegurada a tomada da função anteriormente exercida, logo após o retorno ao trabalho".(Parágrafo IV, artigo 392)
A base cálculo da insalubridade ou periculosidade dos trabalhadores da iniciativa privada é o salário mínimo enquanto para o servidor público é o vencimento, que é uma parte de seu salário. O percentual para o calculo da insalubridade é de 5, 10 ou20% do vencimento conforme a classificação, se servidor público e de 10, 20 ou 40% sobre o salário mínimo se trabalhadores da iniciativa privada.
A percepção do adicional de periculosidade é característica de trabalhadores que lidam com produtos inflamáveis e/ou explosivos e é paga com percentual de 30% sobre o salário para trabalhadores da iniciativa privada. Para servidores públicos a periculosidade é paga sobre o vencimento com percentual de 10%.
Conforme a regulamentações constantes da NR15 do Ministério da Trabalho e Emprego a eliminação ou neutralização da insalubridade ou periculosidade ficará caracterizada através de laudo pericial por órgão competente que comprove a inexistência de risco à saúde do trabalhador, motivo que cessará o pagamento do adicional respectivo.
O direito à percepção do adicional de insalubridade não é incorporável aos proventos de aposentadoria, em ambos os regimes.
A falta de esclarecimento sobre a insalubridade incentiva o trabalhador na troca de sua saúde pelo pagamento de gratificações, como alternativa pelo trabalho insalubre ou penoso, quando na verdade deve-se investir na melhoria das condições ambientais de trabalho e na proteção individual e coletiva dos trabalhadores.
A legislação para a aposentadoria por invalidez, por idade e por tempo de contribuição tem critérios comuns tanto para o servidor público como para o da iniciativa privada. Uma das diferenças está na aposentadoria especial que não existe para servidores públicos, mesmo quando trabalhando de forma permanente:
- em estabelecimentos de saúde em contato com pacientes portadores de doenças infectocontagiosas ou com manuseio de materiais contaminados;
- com animais infectados para tratamento ou para o preparo de soro, vacinas e outros produtos;
- em laboratórios de autópsia, de anatomia e anátomo-histologia;
- com exposição aos raios Alfa, Beta, Gama e X, aos nêutrons, às substâncias radioativas para fins industriais, terapêuticos e de diagnósticos. (ANEXO IV, do Regulamento da Previdência Social, Classificação de Agentes Nocivos).
Considerando que os trabalhadores de instituições de saúde que lidam com pacientes com doenças infecto-contagiosas ou com manuseio do material contaminado, são em sua maioria servidores públicos, e os mesmos não tem direito a aposentadoria aos 25 anos de serviço como os da iniciativa privada. Como até o momento, não existe regulamentação no âmbito do Serviço Público para concessão da aposentadoria especial, o servidor se aposenta após cumprir as exigências de tempo de serviço e de idade, mesmo que trabalhe em condições especiais acima mencionadas.
Este trabalho visa esclarecer e contribuir para que se fomente discussões em torno dos assuntos apresentados, com perspectivas crescentes na igualdade de direitos, qualidade de vida e valorização do profissional do setor saúde tanto da iniciativa privada quanto pública.
 
REFERÊNCIAS
Teixeira P, Vale S. Biossegurança uma abordagem multidisciplinar. 2a reimp. Rio de Janeiro: FOCRUZ; 2000.362p.
Constituição Federal das Leis do Trabalho. Legislação Previdenciária. São Paulo: Revista dos Tribunais; 2000. 1128p.
Constituição da República Federativa do Brasil . 25a ed. Rio de Janeiro: Saraiva; 2000. 307p.
Ministério da Previdência e da Assistência Social. INSS. Resolução No. 10, de 23/12/1999, Pub. Diário Oficial da União No 77, Seção I, de 20. 04. 2000.
Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Biossegurança em laboratórios biomédicos e de microbiologia. Brasília: 2001. 275p.
Oliveira J. Consolidação das Leis Trabalhistas-CLT. Rio de Janeiro: Saraiva ;1995.
Portaria No 410, de 10/08/2000, Pub. Diário Oficial da União No 160, de 10.08.2000.
Previdência social. 4a ed. Rio de Janeiro: Saraiva ; 2000. 511p.
Regime Jurídico Único-RJU. Servidores Públicos Civis da União, das Autarquias e das Fundações Públicas Federais. 12a ed. Rio de Janeiro: Saraiva; 2001.368p.
Regime Jurídico Único-RJU. Servidores Públicos Civis da União L. No 8112/90, Pub. Diário Oficial da União Seção I, de 18.03.98.
Sant'Anna VM. Direito previdenciário: resumos para concursos. 4a ed. São Paulo: EDIPRO; 2000.127p.
Segurança e medicina do trabalho. 32a ed. São Paulo: Atlas; 1996. 520p.
Tribunal Superior do Trabalho-TST. Enunciado No 47, Legislação Federal ; 2000.

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