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Prof Rosemeire Borota Telemedicina é uma área da telessaúde que oferece suporte diagnóstico de forma remota, permitindo a interpretação de exames e a emissão de laudos médicos a distância. Para tanto, ela conta com o apoio das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs). Segundo define o Conselho Federal de Medicina na Resolução CFM nº 1.643/2002, essa especialidade representa o exercício da medicina através da utilização de metodologias interativas de comunicação audiovisual e de dados, com o objetivo de assistência, educação e pesquisa em saúde. Desde a década de 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece a importância dessa área médica, em especial para casos em que a distância é um fator crítico para a oferta de serviços ligados à saúde. Cabe dizer ainda que a telemedicina é exercida por profissionais de saúde devidamente capacitados, considerando as áreas avaliadas. http://www.portalmedico.org.br/resolucoes/cfm/2002/1643_2002.htm http://www.portalmedico.org.br/resolucoes/cfm/2002/1643_2002.htm Significa, por exemplo, que o responsável pela interpretação e produção de um laudo de telerradiologia será sempre um médico radiologista. Seja no Brasil ou no mundo, a telemedicina é uma área que tem rompido barreiras, eliminando distâncias geográficas e conectando especialistas a outros profissionais de saúde, administradores de unidades de saúde e pacientes. Esse avanço é possível graças à aplicação de tecnologias modernas, como a Internet, sistemas de áudio, imagem e vídeo. Todo esse aparato contribui para a resolução de demandas comuns na área da saúde, como a carência de especialistas, o esclarecimento de dúvidas e a segunda opinião médica. https://telemedicinamorsch.com.br/especialidades/radiologia Embora o conceito de telemedicina envolva o uso de tecnologias e dispositivos modernos, a sua origem é anterior à invenção de muitos dos instrumentos hoje utilizados. Há estudos que relatam a contribuição da telemedicina na Idade Média, período no qual a Europa enfrentou desafios de saúde gigantes devido à proliferação de pragas. Mais precisamente, conta a História que um médico se isolou na margem oposta de um rio que banhava seu povoado. Livre de doenças e com tempo para estudar, ele repassava informações para um agente comunitário que, então, ajudava a população local. Esse agente descrevia sintomas e outras características de doenças para o médico e recebia recomendações sobre que conduta deveria adotar. Por outro lado, como não há comprovação sobre o fato, os primeiros registros oficiais da telemedicina remetem ao século XIX, quando a transmissão de informações médicas ganhou um novo aliado: o telégrafo. Com o aparelho, médicos passaram a compartilhar com colegas em locais distantes laudos de exames de diagnóstico por imagem, a exemplo dos radiográficos. A invenção do telefone, no final daquele século, também revolucionou a troca de informações com a comunicação por voz. Tempos depois, as linhas telefônicas começaram a servir como base para redes de transmissão de dados que, combinadas a aparelhos de fax, permitiram o envio de resultados de eletrocardiogramas (ECG). Outra tecnologia que ampliou o alcance da telemedicina, aind no século XIX, foi o código Morse. Mais tarde, a partir dos avanços proporcionados pelas ondas do rádio, médicos que atenderam nas frentes de batalha durante a Segunda Guerra Mundial puderam se comunicar com colegas em hospitais de retaguarda ou em navios. https://telemedicinamorsch.com.br/blog/como-e-feito-o-eletrocardiograma-para-que-serve A telemedicina funciona por meio de uma combinação de equipamentos digitais, softwares, plataforma, Internet e especialistas qualificados. Inicialmente, um profissional de saúde treinado, como um técnico de enfermagem ou radiologia, realiza um exame de diagnóstico por imagem, como eletrocardiograma ou radiografia. Para isso, usa um aparelho capaz de gerar imagens digitais em conexão direta ou indireta com o computador, quando um software é usado para a visualização dos resultados. Também a partir do computador, é possível compartilhar as informações em uma plataforma de telemedicina. Ela é responsável pelo armazenamento em nuvem — ou seja, sem guarda física de arquivos — dos dados colhidos durante o exame, além de informações clínicas do paciente. O médico pode aproximar, afastar, aumentar ou diminuir o contraste e analisar as estruturas anatômicas de vários ângulos diferentes. Assim que interpreta os dados, ele produz um laudo com as suas conclusões e o assina digitalmente. O documento fica disponível na plataforma de telemedicina, que pode ser acessada por funcionários da unidade de saúde que realizou o exame, e até por pacientes, mediante login e senha. Todo esse processo acontece em poucos minutos. São muitas as vantagens de contar com o respaldo da telemedicina, tanto para gestores e profissionais de saúde quanto para pacientes e a sociedade como um todo. A telemedicina tem se tornado padrão na oferta de cuidados e no aumento dos centros médicos virtuais nos Estados Unidos, por exemplo. Além disso, é uma forma inteligente de aproximação junto aos pacientes mais jovens, que têm a vida cada vez mais digital e dinâmica. A telemedicina no Brasil, por sua vez, conta com iniciativas realizadas tanto pela rede privada quanto pela pública. No Estado de Goiás, por exemplo, cerca de 500 retinografias são laudadas a distância todos os meses, reforçando o monitoramento de pacientes nos postos de saúde. https://tele.medicina.ufg.br/Servicos/telediagnostico https://tele.medicina.ufg.br/Servicos/telediagnostico Os registros dos testes de retina são enviados a uma central comum a essas unidades de saúde, e interpretados remotamente por um oftalmologista especializado, que devolve os resultados à central, disponibilizando-os à equipe do posto de saúde. Assim, os profissionais locais indicam tratamentos mais leves e encaminham casos graves a um oftalmologista. Na Região Sudeste, a Rede de Teleassistência de Minas Gerais (RTMG) — fruto de parceria entre seis universidades públicas da região — avalia aproximadamente 2 mil eletrocardiogramas por dia, emitindo rapidamente seus resultados. Dessa forma, pacientes de cidades distantes dos grandes centros urbanos não precisam percorrer longos trajetos para ter seus exames laudados com qualidade e agilidade. https://telessaude.hc.ufmg.br/rede/ https://telessaude.hc.ufmg.br/rede/ https://telessaude.hc.ufmg.br/rede/ https://telessaude.hc.ufmg.br/rede/ https://telessaude.hc.ufmg.br/rede/ Armazenamento na nuvem As plataformas ou portais de telemedicina permitem que os dados dos testes de diagnóstico e laudos sejam arquivados em um espaço restrito e seguro na Internet: a nuvem. Assim, os documentos médicos ficam protegidos da ação do tempo e de danos pelo manuseio incorreto, podendo ser acessados facilmente a partir de alguns cliques. Conforme determina a legislação brasileira, esses registros ficam armazenados por um tempo mínimo de 20 anos. Essa possibilidade de arquivamento elimina a necessidade de manter um local físico para guardar documentos em papel, dispensando gastos com a manutenção do local, impressão e revelação de filmes radiográficos. Aumento da produtividade A interpretação de exames é apenas uma das tarefas dos médicos especialistas, mas que pode ocupar boa parte de sua jornada de trabalho. Portanto, ao delegar essa atividade aos especialistas da empresa de telemedicina, o médico local pode se dedicar mais à gestão e atendimento de pacientes. Dessa forma, toda a equipe da clínica, consultório ou hospital ganha, podendo dispor de mais tempo para esclarecer condutas e organizar a rotina junto ao especialista. https://telemedicinamorsch.com.br/blog/escolher-empresa-de-telemedicina Exame realizado por um especialista O Conselho Federal de Medicina (CFM) aplica as mesmas regras para exames laudados localmente ou a distância. Isso significa que procedimentos simples podem ser feitos por técnicos em enfermagem ou radiologia, mas a composição dos laudos fica restrita a um especialista qualificado na área do teste. Ou seja, uma densitometria óssea só pode ser laudada por um radiologista com especialidade nesse exame. Por isso, as melhores empresas de telemedicina mantêm um time completo de especialistas para atender aos setores em que atuam. Redução de custos A economia com o papel, filmes radiográficos e espaço físico para armazenamento já implicam em uma redução de custos considerável. Mas a telemedicina também pode substituir o especialista na interpretação de exames simples, eliminando gastos com a folha de pagamento. Mesmo em locais que contam com especialistas em seu quadro de funcionários, o serviço de laudos on- line dispensa a contratação de diversos desses profissionais e os cobre durante ausências — férias, folgas e afastamentos por razão de saúde, por exemplo. Os laudos remotos também custam menos que aqueles emitidos in loco. https://telemedicinamorsch.com.br/blog/laudos-online https://telemedicinamorsch.com.br/blog/laudos-online https://telemedicinamorsch.com.br/blog/laudos-online Ampliação das especialidades atendidas Unidades de saúde que desejam aumentar o portfólio podem se beneficiar ainda mais da telemedicina. Optando pelos laudos a distância, não será necessário contratar um médico especialista para elaborar os laudos. Basta delegar os documentos aos especialistas da empresa de telemedicina. Dessa maneira, o custo para ampliar a estrutura e o atendimento cai, enquanto as receitas aumentam. Agilidade na entrega do laudo Compor laudos exige concentração, o que pode ser difícil no dia a dia agitado de um especialista em uma clínica ou hospital. Já os médicos da empresa de telemedicina passam o dia focados nessa tarefa, o que lhes confere maior eficiência e rapidez. Eles também dispõem de recursos digitais, como contraste e zoom, e do conhecimento dos colegas ao redor. Esse suporte permite grande agilidade na emissão de laudos a distância, que ficam prontos no mesmo dia do exame. Na Morsch, os resultados saem em até 30 minutos, enquanto pedidos urgentes são avaliados em tempo real Disponibilidade de exames laudados por especialistas e medicina de alta ponta A telemedicina supera as barreiras geográficas, disponibilizando serviços antes restritos às grandes cidades a locais em todo o Brasil. Dessa maneira, pacientes de áreas afastadas têm acesso a vários exames e laudos de qualidade, sem que precisem se deslocar até as capitais. Essa comodidade impacta especialmente os idosos e pessoas com deficiência física ou mobilidade reduzida, que apresentam maior dificuldade para se locomover. Acessibilidade de exames em regiões remotas desprovidas de médicos especialistas Infelizmente, o Brasil é conhecido por desigualdades, que também atingem a área médica. A maioria dos especialistas está concentrada em grandes centros urbanos e suas proximidades. Mais precisamente, 39 dos dos 5.570 municípios concentram 60% de todos os médicos do país, segundo a pesquisa Demografia Médica de 2018. E isso leva à carência de mão de obra em regiões remotas. Porém, a telemedicina no Brasil tem transformado essa realidade, conectando médicos e profissionais de saúde locais a especialistas, com o auxílio da Internet. Assim, as desigualdades no acesso a laudos completos e confiáveis são reduzidas. https://portal.cfm.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=27499:2018-03-19-18-08-57&catid=3 Os exames ficam em segurança na nuvem, mantendo o histórico completo do paciente Plataformas de telemedicina são compatíveis com sistemas de arquivamento de dados, como o prontuário eletrônico do paciente (PEP). Por isso, as informações são facilmente integradas, permitindo o acesso em diferentes unidades de saúde e dispensando a guarda do histórico do paciente em papel. A fim de preservar o sigilo quanto aos registros de saúde, a plataforma de telemedicina é protegida por diversos protocolos de segurança, como criptografia e senhas. https://telemedicinamorsch.com.br/blog/prontuario-medico Facilidade no tratamento e monitoramento de pacientes com condições crônicas Com a telemedicina, o próprio paciente e seus familiares podem acessar o histórico de saúde sempre que necessário. Assim, fica mais fácil conferir detalhes sobre o tratamento, medicações e outras recomendações médicas. A tecnologia viabiliza, ainda, o acompanhamento de doentes crônicos em uma clínica, consultório ou hospital local, evitando gastos com deslocamento Disponibilidade de segunda opinião médica Caso tenha alguma dúvida ou deseje ouvir uma segunda opinião sobre o resultado de um exame, o paciente poderá ter esse auxílio no próprio local onde fez o teste. Isso porque o médico ou técnico que conduziu o procedimento pode solicitar esclarecimentos aos especialistas da empresa de telemedicina, de forma simples e intuitiva, acessando o portal. https://telemedicinamorsch.com.br/blog/segunda-opiniao-medica A telessaúde pode ser definida como a prestação de serviços de saúde a distância, por meio de de Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs). Ela diz respeito a um campo abrangente, que envolve serviços em teleducação, redes de investigação e telepidemiologia, redes de administração e gestão em saúde. A telemedicina faz parte desses serviços, pois usa a Internet, softwares e plataformas específicas para ofertar laudos a distância. Já o conceito de e-Saúde ou saúde digital é uma proposta da Organização Mundial da Saúde (OMS) para unificar as informações sobre pacientes, como medicamentos, consultas e exames, integrando softwares e dispositivos por meio da tecnologia. https://telemedicinamorsch.com.br/blog/gestao-de-clinicas-medicas https://telemedicinamorsch.com.br/blog/saude-digital De acordo com o Ministério da Saúde, a e-Saúde tem como objetivo aumentar a qualidade e ampliar o acesso à atenção à saúde, de forma a qualificar as equipes, agilizar o atendimento e melhorar o fluxo de informações para apoio à decisão médica. Isso inclui dados clínicos, de vigilância em saúde, de regulação e promoção da saúde quanto à gestão. O Brasil conta, desde 2017, com uma Estratégia para e- Saúde, detalhada neste documento. Ela é fruto do trabalho da delegação brasileira que integra a entidade internacional que trata da e-Saúde, o Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS). http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/julho/12/Estrategia-e-saude-para-o-Brasil.pdf http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/junho/14/apresentacao-estrategia-himss.pdf No Brasil, iniciativas usando a telemedicina estão presentes desde a década de 1990, quando empresas como a Telecardio passaram a disponibilizar eletrocardiogramas a distância. O Instituto do Coração (Incor) foi pioneiro ao oferecer a interpretação desses exames vindos de diversas localidades brasileiras — na época, eram enviados via fax. No segmento acadêmico, a Universidade de São Paulo (USP) foi a primeira a criar uma disciplina dedicada ao estudo da telemedicina no Brasil, em 1997. https://telemedicinamorsch.com.br/blog/telecardio Dois anos depois, a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) inaugurou o seu laboratório de telemedicina. Acompanhando as iniciativas e vantagens que essas inovações poderiam trazer ao Sistema Único de Saúde (SUS), a União encomendou, em 2005, o Projeto de Telemática e Telemedicina em apoio à Atenção Primária no Brasil. Em resumo, foi uma ação que usou a telemedicinapara ajudar na capacitação de profissionais de 900 pontos de atenção primária no país. Recentemente, houve uma tentativa, por parte do Conselho Federal de Medicina (CFM), de modernizar o conceito de telemedicina e ampliar os serviços ofertados através dessa especialidade. Publicada em fevereiro de 2019, a Resolução 2.227/18 aprovava a realização de teleconsultas – consultas entre médico e paciente a distância. Entretanto, a norma causou polêmica e respostas de várias entidades médicas, que desejavam contribuir com seu conteúdo. Acabou, portanto, revogada após alguns dias para revisão. Contudo, o CFM afirmou que estudará as milhares de propostas encaminhadas e produzirá um novo documento para reger a telemedicina no país. http://www.portal.cfm.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=28061 https://sistemas.cfm.org.br/normas/visualizar/resolucoes/BR/2018/2227 https://sistemas.cfm.org.br/normas/visualizar/resolucoes/BR/2018/2227 https://portal.cfm.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=28096:2019-02-22-15-13-20&catid=3 Enquanto isso, segue em vigor a já citada Resolução CFM nº 1.643/2002, que exige a estrutura e qualificação dos profissionais e empresas que exercem a telemedicina. Outras normas importantes são publicadas pelo Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pelo próprio Conselho Federal de Medicina. Por parte do Ministério da Saúde, uma das legislações de interesse é a Portaria MS nº 2.546/11, que aborda o Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes (Telessaúde Brasil Redes). http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2546_27_10_2011.html A iniciativa contempla regras para empresas que desejam ofertar serviços de telediagnóstico para unidades de saúde do SUS. Diretrizes mais detalhadas para as empresas que participam do Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes estão na Nota Técnica 50, publicada em 2015. Já a Anvisa e o CFM são responsáveis por legislações mais específicas, que tratam da regulação de aparelhos e serviços de telemedicina para segmentos como cardiologia e radiologia. http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/notas_tecnicas/Nota_Tecnica_Diretrizes_Telessaude.pdf Estima-se que a telemedicina global valerá cerca de 66 bilhões de dólares ao final de 2021. Pelo que essa tendência indica, podemos esperar que a telemedicina no Brasil deve crescer muito nos próximos anos. Isso é facilmente explicado ao se analisar as vantagens que ela oferece, desde redução de custos à melhoria na qualidade do serviço. Porém, algumas questões surgem e precisam ser pensadas e trabalhadas. Dentre elas estão a dificuldade de aceitação por parte dos profissionais e pacientes, as formas de remuneração dos médicos e a segurança de dados dos pacientes. Por isso, separei a seguir as vantagens, perspectivas e desafios para a telemedicina a partir de 2020. http://acr.arq.br/blog/arquitetura-hospitalar-na-era-da-telemedicina http://acr.arq.br/blog/arquitetura-hospitalar-na-era-da-telemedicina https://telemedicinamorsch.com.br/blog/tecnologia-na-saude Redução de custos Talvez essa seja a mais atrativa de todas as vantagens, especialmente para a gestão na área da saúde. A economia — tanto para o paciente quanto para o serviço — é expressiva com a telemedicina, e clínicas que adotaram a telemedicina como ferramenta auxiliar se destacam no cenário médico. Ao se apropriar da telemedicina, sua clínica contará com o apoio de um grande número de especialistas, sem o ônus de manter um corpo grande de funcionários in loco. Logo, não é preciso se preocupar com encargos trabalhistas. Com isso, há uma descentralização da assistência e uma maior abrangência do cuidado. Pelo lado do paciente, não há a necessidade de locomoção até o serviço. Muitos médicos especialistas ainda estão condensados em grandes centros, então, a telemedicina aumenta o acesso e diminui os gastos com viagens. Maior acesso, satisfação e adesão do paciente Com a telemedicina, o paciente pode acessar seu médico de forma muito mais rápida, sem se preocupar com o trabalho de se locomover. Isso beneficia quem tem uma rotina com horários não muito flexíveis, mora longe da clínica ou não pode se locomover devido à própria condição de saúde. Além disso, ao eliminar as longas filas de espera, a vontade do paciente em ver seu médico aumenta. Portanto, ele tende a se consultar mais vezes, ficar mais satisfeito, ter uma relação melhor com o médico e a pagar mais rapidamente. Não só a satisfação progride, como também a adesão. Como o paciente se sente mais conectado ao seu médico e a sua própria saúde, tende a participar de forma mais ativa no seu tratamento, o que gera resultados mais positivos. Perspectivas Com o avanço e o reconhecimento da telemedicina, vemos um grande esforço das empresas de tecnologia para sempre oferecer o melhor produto e serviço. Nesse contexto, aplicativos e dispositivos novos surgem a cada dia para facilitar a experiência dos usuários. No Brasil, um aparelho que funcionará como um smartwatch para monitorar sinais vitais já está sendo desenvolvido. Sempre que o usuário se sentir mal, ele aciona o dispositivo que, então, vai avaliar o estado do paciente e chamar ajuda se preciso for. Aplicativos para melhorar a experiência do usuário também estão sendo criados. Com isso, o paciente pode monitorar sua saúde, acompanhar seus exames e marcar consultas na mesma interface. https://telemedicinamorsch.com.br/blog/exames-online Relutância Um dos grandes desafios para a consolidação da telemedicina no Brasil é a aceitação por parte dos médicos, estudantes e pacientes. A cultura brasileira costuma ser mais relutante em relação à novas tecnologias do que a americana ou a japonesa, por exemplo. Outra questão que ainda dificulta a aceitação dos médicos é a remuneração. Entretanto, esforços para equiparar os ganhos da teleconsulta com a consulta presencial já estão sendo feitos. Segurança digital Por último, a questão da segurança digital vem sendo muito discutida. O medo de ataques cibernéticos é um entrave importante para a aceitação da telemedicina.4 Nesse sentido, empresas responsáveis pelo armazenamento de dados estão desenvolvendo cada dia mais mecanismos para garantir a segurança e privacidade dessas informações. https://telemedicinamorsch.com.br/blog/seguranca-da-informacao O serviço de laudos à distância tem favorecido várias especialidades médicas, seja na interpretação de exames gráficos ou de imagem. Telemedicina em Cardiologia Telemedicina em Radiologia Telemedicina em Neurologia Telemedicina em Pneumologia O que é Telemedicina Cardiológica ou Telecardio Devido à importância e complexidade dos exames que sondam o músculo cardíaco, essa foi uma das primeiras especialidades a contar com a transmissão e compartilhamento de informações via telemedicina. Esses exames são fundamentais para prevenir ou identificar arritmias (alterações na frequência cardíaca), que podem levar a complicações, como infartos A integração entre telemedicina e cardiologia criou a telecardiologia, ou simplesmente telecardio. A telemedicina cardiológica foi pensada para suprir a carência de cardiologistas em áreas remotas, atuando na análise e interpretação de exames diversos, como o eletrocardiograma de repouso. Por meio do telecardio, é possível, inclusive, atender situações de urgência, como suspeita de infarto agudo do miocárdio, pois os laudos são disponibilizados em tempo real. Os pacientes podem ser examinados fora das unidades de saúde, em ambulâncias ou outros locais, graças aos aparelhos mais modernos, que são portáteis, compactos e leves. https://telemedicinamorsch.com.br/especialidades/cardiologia Entre os principais exames cardiológicoslaudados pela telemedicina, posso citar: eletrocardiograma de repouso: o ECG de repouso é a forma mais comum do exame, realizada em minutos e com o paciente deitado em uma maca; teste ergométrico: também chamado de ECG de esforço, monitora os batimentos do coração enquanto o paciente se esforça, em geral, em uma esteira; Holter de ECG digital 24 horas: procedimento que estende o tempo em que o ritmo cardíaco é registrado, através de um dispositivo chamado Holter; https://telemedicinamorsch.com.br/blog/o-que-e-holter-para-que-serve MAPA de pressão arterial 24 horas: MAPA é uma sigla que faz referência à monitorização ambulatorial da pressão arterial em 24 horas, realizada por meio de um aparelho automático fixado no braço do paciente; tomografia cardiovascular: exame que gera, através de feixes de raios X, imagens transversais do coração e vasos sanguíneos na área cardíaca; ressonância cardiovascular: procedimento de diagnóstico que gera imagens de alta resolução das estruturas anatômicas da área, através de um campo magnético. https://telemedicinamorsch.com.br/blog/como-interpretar-mapa-24-horas A telerradiologia se tornou realidade há algumas décadas, reduzindo a necessidade de filmes radiológicos e conferindo agilidade aos laudos a distância. A especialidade envolve desde procedimentos de rotina, como radiografias para avaliar fraturas, até os mais complexos, como a ressonância nuclear magnética. A telerradiologia é uma especialidade criada para ampliar o acesso a laudos de exames de diagnósticos por imagem, sejam eles simples ou complexos. Testes mais comuns, como raios X do tórax e mamografias, podem ser realizados por um técnico de radiologia e enviados a um médico radiologista para interpretação. https://telemedicinamorsch.com.br/especialidades/radiologia https://telemedicinamorsch.com.br/blog/ressonancia-magnetica-o-que-e https://telemedicinamorsch.com.br/blog/laudo-de-mamografia-na-telemedicina O antes de um setor de radiologia tradicional de um hospital ou clínica funcionava assim: laudos liberados em até 40 dias; utilização de películas para revelação dos filmes; deslocamento físico dos exames com risco de perda ou troca; utilização de funcionários para digitalização dos laudos, onerando o sistema; retrabalho para o médico conferir os textos e assinar; ausência de acervo digital dos exames e laudos correspondentes; utilização de HD para guardar as imagens, com risco de perder tudo; insegurança da informação e dos processos de trabalho, sem interação com o prontuário do paciente; médico não cumpre a carga de trabalho; vínculo trabalhista; não escalabilidade, que não dá conta de demanda reprimida; independentemente do volume de exames, o médico recebia um valor fixo mensal; nas férias do médico, o setor de radiologia ficava parado. Com a telerradiologia, o setor de radiologia de um hospital agora funciona da seguinte forma: laudos emitidos em até 30 minutos; desbloqueio da CR para utilização de impressora em papel A3; plataforma digital com armazenamento em nuvem de imagens e laudos; não precisa de funcionários para digitação dos laudos; integração total dos exames e laudos com outros sistemas, como o prontuário do paciente; não é necessário armazenar nada localmente; todos os laudos são liberados com assinatura digital; acesso aos dados por funções, como médico, recepção, enfermarias e paciente domiciliar; sem vínculo empregatício; o gestor não depende do médico para que o serviço funcione; não existe demanda reprimida, pois o sistema é escalável; produção paga por exames interpretados e laudados; o sistema funciona 24 horas, sem problemas com férias. Também é válido pontuar os exames radiológicos laudados pela telemedicina: radiografia geral: refere-se à obtenção de imagens internas de uma área do corpo, através de radiação ionizante; RX de tórax padrão OIT: é semelhante ao raio-X comum, mas realizado para identificar e acompanhar doenças ocupacionais, seguindo o padrão estabelecido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT); mamografia digital: radiografia das mamas realizada através de um mamógrafo digital bilateral; densitometria óssea: serve para identificar doenças como a osteoporose, medindo a densidade mineral do tecido ósseo; tomografia computadorizada: permite a captação de imagens transversais de uma determinada parte do corpo; ressonância magnética: exame que usa um campo magnético para colher imagens precisas de órgãos internos. https://telemedicinamorsch.com.br/blog/doencas-ocupacionais https://telemedicinamorsch.com.br/blog/doencas-ocupacionais O uso da telemedicina na área de neurologia se apresenta como uma solução para a expedição de laudos para confirmação de acidente vascular cerebral (AVC) e outras doenças graves. Também conhecida como teleneurologia, é uma especialidade que permite a interpretação de exames neurológicos a distância, de forma segura e ágil. https://telemedicinamorsch.com.br/especialidades/neurologia Entre os exames neurológicos laudados pela telemedicina, aponto: eletroencefalograma (EEG) clínico: procedimento que monitora a atividade elétrica do cérebro, por meio de eletrodos; EEG ocupacional: tem como meta o rastreamento ou acompanhamento de doenças do trabalho; EEG com mapeamento cerebral: similar ao EEG clínico, conta com uma tecnologia capaz de transformar os dados colhidos em um mapa com cores e regiões bem delimitadas; polissonografia na internação: procedimento que registra padrões e alterações de diversas partes do corpo durante o sono, como atividade do cérebro e respiração; polissonografia domiciliar: pode ser realizada tanto com o paciente internado, quanto em domicílio.. https://telemedicinamorsch.com.br/blog/eletroencefalograma-com-mapeamento-cerebral https://telemedicinamorsch.com.br/blog/laudo-de-polissonografia https://telemedicinamorsch.com.br/blog/laudo-de-polissonografia Os pulmões, órgãos vitais para a saúde de qualquer pessoa, também contam com exames que podem ser laudados a distância, com o apoio da telemedicina e de pneumologistas capacitados. A especialidade que une telemedicina e pneumologia ganhou o nome de telepneumologia. Ela tem auxiliado clínicos e pneumologistas há anos, possibilitando a identificação de doenças como asma brônquica e a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Asma brônquica é a inflamação dos brônquios, que pode ser causada por vários tipos de alergia. Já a DPOC pode evoluir de uma bronquite ou enfisema pulmonar. O principal exame que se beneficia com laudos a distância é a espirometria, que pode ser clínica ou ocupacional — quando solicitada para acompanhamento ou identificação de doenças do trabalho. A espirometria, ou prova de função pulmonar, é um teste de avaliação da capacidade pulmonar do paciente. https://telemedicinamorsch.com.br/especialidades/pneumologia https://telemedicinamorsch.com.br/blog/o-que-e-espirometria-e-pra-que-serve Além de cobrir uma série de exames com finalidade clínica, os laudos a distância estão disponíveis para testes complementares da medicina do trabalho. Eles são definidos pelo médico coordenador do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), com base na atividade profissional e condições de saúde do trabalhador, a fim de prevenir doenças ocupacionais e o agravo de males crônicos. Junto a testes físicos, de laboratório e entrevista com o paciente, os exames complementares formam a avaliação ocupacional completa, obrigatória segundo o artigo 168 da CLT. Ao final de cada teste, o médico responsável deve emitir um atestado de saúde ocupacional (ASO), confirmando que o funcionário está apto para realizar suas atividades. O ASO dos exames complementares pode ser geradoa distância, com o suporte da telemedicina. https://telemedicinamorsch.com.br/blog/exames-pcmso https://telemedicinamorsch.com.br/blog/exames-pcmso http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-lei/Del5452.htm https://telemedicinamorsch.com.br/blog/o-que-e-aso Conheça, abaixo, os principais testes complementares que podem se beneficiar dessa tecnologia: eletroencefalograma (EEG); eletrocardiograma (ECG); espirometria; raio X de tórax padrão OIT; outras radiografias. https://telemedicinamorsch.com.br/blog/rx-de-torax-oit-para-que-serve Se você deseja ampliar os serviços oferecidos na sua clínica ou hospital, contar com uma empresa de telemedicina é uma solução inteligente. Na prática, sua equipe terá à disposição laudos on-line emitidos por especialistas com registro em seus respectivos conselhos de medicina — tudo de forma rápida, prática e segura. Ou seja, seu time poderá solicitar uma segunda opinião qualificada, além de ter apoio para cobertura de férias, folgas e imprevistos que resultem na ausência de profissionais aptos a interpretar os resultados dos exames. Como expliquei há pouco, caso precise de equipamentos digitais, sua unidade de saúde pode aderir ao regime de comodato, reduzindo custos com a compra ou o aluguel. A diminuição das despesas inclui, ainda, investimentos na contratação de especialistas para cobrir todo o horário de funcionamento da sua empresa. Quando seus colaboradores não estiverem disponíveis, você poderá recorrer aos especialistas da empresa de telemedicina. https://telemedicinamorsch.com.br/blog/equipamentos-hospitalares
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