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Contratos Contrato de locação Conceito: A locação é o contrato por meio do qual o proprietário (locador) cede a posse do bem de forma temporária para o locatário, para o uso ou fruição., mediante a retribuição (aluguel). Partes: Locador = proprietário Locatário= possuidor Se houver mais de um locatário, há solidariedade legal, servindo para os dois polos, o que significa que qualquer pode ser cobrado do todo da remuneração (Art. 2 da Lei 8245/91). Regime de comunhão parcial ou universal faz com que os conjugues também sejam solidários. Na fiança, não há solidariedade de acordo com a lei, algo que não ocorre na prática. Lei do Inquilinato É aplicável o código civil e lei do inquilinato (Lei. 8245/91), esta última aplicada aos imóveis urbanos, todavia há exceções, como por exemplo, bens móveis. A locação de imóvel urbano regula - se pelo disposto nesta lei, continuam regulados pelo Código Civil e pelas leis especiais: As locações: → Imóveis de propriedade da União, dos Estados e dos Municípios, de suas autarquias e fundações públicas; → Vagas autônomas de garagem ou de espaços para estacionamento de veículos; → Espaços destinados à publicidade; → Apart- hotéis, hotéis - residência ou equiparados, assim considerados aqueles que prestam serviços regulares a seus usuários e como tais sejam autorizados a funcionar; Arrendamento mercantil, em qualquer de suas modalidades. No caso de compra de vagas em prédios, há imóveis diferentes, assim há dois contratos, dois ITPI, duas matrículas. Deste modo, quando se tratar apenas da vaga, rege-se pelo código civil, agora se fizer parte do apartamento rege-se pela lei do inquilinato. Arrendamento mercantil de imóvel seria o lising, por exemplo. Assim em qualquer espécie utiliza-se o código civil. É diferente de uma locação, onde há o uso do bem e ao final pode ser comprado. Extinção do Contrato: Rescisão = dissolução = término. Resolução: Litigioso haverá ação de despejo- o locatário se torna possuidor de má-fé-. (Art.5 da lei 8245/91) c/c com ação de cobrança. Resilição: amigável, havendo duas formas: unilateral (apenas uma parte termina o contrato) ou bilateral (ambas as partes querem terminar o contrato, também chamado de distrato, que é a extinção do contrato em andamento, muito comum nas locações.). Rescisão antecipada/denúncia por prazo determinado: art. 4 da lei 8245/91 Término antes de um prazo previsto, isto é, quando há um prazo determinado. E ocorre quando há obrigatoriamente um contrato escrito. *contrato verbal, possui prazo indeterminado*. Exemplo: João, locador ----- Maria, locatária. Início: 12/03/2019 Fim: 12/03/2021 Quando não escreve o dia final, presume o mesmo dia e mês. Valor: R$ 1000,00 Multa de mora: 10% sobre o débito Juros de mora (atraso): 1 %, contados dia por dia- chamado de prorrata dia (valor do juros / 30). Multa Multa antecipada: 3 x o valor do aluguel de forma proporcional. PRAXE DO COMÉRCIO, o valor de 3 meses, nas demais o juiz avalia se é abusivo.. Imaginando que a pessoa esteja devendo o valor do aluguel do mês de setembro. (pode haver ação de despejo desde o primeiro atraso, mas na prática, espera-se um tempo para a cobrança). O locador vai querer cobrar: multa de mora; juros de mora e a multa antecipada. A multa por antecipação é também muito utilizada quando o próprio inquilino quer sair do imóvel e não está atrasado no aluguel. Neste caso, houve resilição: cálculo base dividido pelo prazo do contrato- visto que é proporcional- com o resultado deverá observar o período de inadimplemento do contrato- período que faltava para acabar o contrato- o valor final será correspondente ao da multa. Quanto mais a pessoa cumpre o contrato, menor é o valor da multa. Todavia muitos contratos preveem a multa como sendo integral, o que contraria a lei. ATENÇÃO1 Exceção do Art. 54-A da Lei 8245/91, que ocorre nas situações em que há compra do imóvel em razão da motivação da compra ser a locação daquele imóvel e neste caso, não poderá o inquilino sair sem o término no contrato. Cláusula expressa e escrita. Existem situações em que o proprietário pode reaver o imóvel antes do término do contrato, são as exceções do Art. 9 da Lei 8245/91. Exceção do pagamento de multa Quando o empregador vai transferir o empregado e com notificação de 30 dias para o locatário. Essa transferência deve se dá em razão de impossibilidade física de continuar o contrato, sendo assim deve estar comprovada uma grande distância. Lembrando que essa renúncia ocorrerá em casos de transferência para longe, a exemplo, de São Paulo para Minas. Denuncia da locação por prazo determinado Locatário: tem direito à rescisão antecipada pagando multa PROPORCIONAL ao descumprimento do prazo contratual - Art. 4 da LI- com exceção à situação do artigo 54-A, p.2, da LI - multa em que não esta adstrita ao proporcional. Locador: não pode exigir o imóvel antecipado, exceto nas situações previstas no Art. 9 da LI (denúncia cheia) e se houver um adquirente do imóvel na alienação do imóvel locado que notificar o locatário para desocupação em 90 dias (Art. 8 da LI). Deverá o locatário sair do imóvel mesmo que esta não queria: → Mútuo acordo; → Decorrência de inflação contratual- despejo; → Falta de pagamento e demais encargos; → Para reparações urgentes; → Com a alienação (venda, doação; dação em pagamento; perca à terceiro), pode o adquirente do bem denunciar no prazo de 90 dias do recebimento.. A notificação da denúncia deve ser expressa e atrasos no correio, não são contados, deste modo, a contagem tem início a partir do recebimento. No caso da notificação é mais seguro fazer com aviso de recebimento. Neste último, há exceção com o direito de permanência do inquilino na locação no caso de alienação do imóvel locado - Art. 8 da LI- devem estar presentes os requisitos: → Contrato por escrito; → Prazo determinado; → Cláusula de vigência da locação em caso de alienação; → Averbação/ renovações do contrato de locação na matrícula do imóvel; Acerca do direito de preferência legal (Art. 27 à 34 da LI), isto é, direito de ter o bem oferecido primeiramente, em caso de alienação, para o locatário que competirá em igualdade de condições com terceiro. Do uso próprio: Art.5, da LI -----> ação de despejo, apenas se o locatário estiver no imóvel, do contrário, poderá ser uma ação de execução ou uma ação de cobrança. Art. 5, P. único, da LI ----> da desapropriação ou expropriação, não há ação de despejo. Art. 47, III, da LI ----> locação residencial e de contratos de prazo indeterminado.. Aplicação por analogia. Se for pedido para uso próprio, de seu cônjuge ou companheiro, ou para uso residencial de ascendente ou descendente que não disponha, assim como seu cônjuge ou companheiro, de imóvel residencial próprio; Nas locações comerciais, deve-se esperar o fim do contrato, mesmo que para uso próprio. O uso próprio pode ser para a própria moradia do locador. Contrato de locação por prazo indeterminado Não há uma data fixa para a finalização do contrato, ocorrendo por duas situações: quando não se determina desde o início o prazo; quando o prazo do contrato determinado e se prorroga por aceitação tácita das partes (EX: João continua recebendo o valor de Maria). Locador: poderá denunciar o contrato de locação, notificando o locatário para desocupar em 30 dias (Art. 46, P.2, da LI); se a locação for residência. Os artigos 56, 57, da LI; se a locação não for residencial. Pode o locador renunciar a locação a qualquer momento e sem motivo, DESDE QUE O LOCADOR INFORME QUE DEVERÁ DESOCUPAR NO MINÍMO DE 30DIAS. Art. 46. Nas locações ajustadas por escrito e por prazo igual ou superior a trinta meses, a resolução do contrato ocorrerá findo o prazo estipulado, independentemente de notificação ou aviso. § 1º Findo o prazo ajustado, se o locatário continuar na posse do imóvel alugado por mais de trinta dias sem oposição do locador, presumir - se - á prorrogada a locação por prazo indeterminado, mantidas as demais cláusulas e condições do contrato. § 2º Ocorrendo a prorrogação, o locador poderá denunciar o contrato a qualquer tempo, concedido o prazo de trinta dias para desocupação. Nos casos de locação comercial, ou seja, não residencial: Art. 56. Nos demais casos de locação não residencial, o contrato por prazo determinado cessa de pleno direito, findo o prazo estipulado, independentemente de notificação ou aviso. Findo o prazo estipulado, se o locatário permanecer no imóvel por mais de trinta dias sem oposição do locador, presumir - se - á prorrogada a locação nas condições ajustadas, mas sem prazo determinado. Obs: acerca do período mínimo de locação residencial (art. 47 da LI- mínimo de 30 meses). Isto é, pode o inquilino exigir a renovação até os 30 meses, findo o prazo, poderá o locador exigir o bem, caso não queria a renovação. Este mínimo não ocorre na locação comercial. Os contratos de locação residenciais devem observar um prazo mínimo de 30 meses de permanência do locatário. É aconselhável se a locação for apenas de 6 meses ou prazo menor dos 30 meses, colocar cláusula bem clara de que a motivação do negócio fora este prazo. Locatário: pode denunciar o contrato avisando ao locador com antecedência de 30 dias (Art. 6, da LI). Contados do dia do recebimento. Ausência de aviso implica o pagamento de 30 dias. Art. 47, IV, LI -----> pode pedir o imóvel nos casos de reformas de urgência ao imóvel e que prejudiquem o locatário; nos casos de desapropriação. Art. 47, V, LI-----> não é obrigatório 05 anos no residencial, quando o contrato não tem prazo determinado. CUIDADO! Nos comerciais é diferente. A. Por dissolução de casamento/ união estável Quando houver dissolução por anulação; nulidade ou divórcio do casamento/ união estável, desde que houvesse uma notificação ao locador pelo inquilino que saíra da casa, não será mais responsável pelos débitos a partir do momento da notificação. A jurisprudência compreende que não é obrigatória que a sentença transite em julgado, deve haver, no mínimo, uma prova de que um dos inquilinos não tem mais vínculo com o outro. Art. 12, LI Art. 12. Em casos de separação de fato, separação judicial, divórcio ou dissolução da união estável, a locação residencial prosseguirá automaticamente com o cônjuge ou companheiro que permanecer no imóvel. § 1o Nas hipóteses previstas neste artigo e no art. 11, a sub-rogação será comunicada por escrito ao locador e ao fiador, se esta for a modalidade de garantia locatícia. § 2o O fiador poderá exonerar-se das suas responsabilidades no prazo de 30 (trinta) dias contado do recebimento da comunicação oferecida pelo sub-rogado, ficando responsável pelos efeitos da fiança durante 120 (cento e vinte) dias após a notificação ao locador. ATENÇÃO ! A pessoa continua responsável pelos créditos até o momento do recebimento. Também houve alteração quanto à pessoa do fiador, devendo havendo notificação e neste caso, para todas as pessoas envolvidas (locador e ambos locatários). Art. 835, CC. Menciona a responsabilidade do fiador por 60 dias e não por 120 dias da lei do inquilinato. Sendo este artigo utilizado para qualquer outra modalidade de fiança, mas na locação é utilizada pelos contratos que são regidos pelo código civil, a exemplo, da locação de uma garagem. Se regidos pela lei do inquilinato, são 120 dias para a responsabilidade contados do recebimento da notificação, assim, caso ocorra o aparecimento de um algum débito neste período será responsabilizado podendo ter esse valor retirado pelo locatário. O locatário além de informar o fiador de houve dissolução conjugal deve também informar o locador, neste último, deverá ser notificado no prazo de 30 dias de que saiu do imóvel. Morte do locador e do locatário Art. 10 e 11 da LI Regra: se o locador/ locatário não há extinção da locação, sendo seus herdeiros responsáveis pela continuação do contrato. Exceção: O herdeiro é menor de idade, salvo nos casos de economia própria; emancipação; vai morar com o tutor; Quando os herdeiros não morem com os antigos locatários, por razões lógicas do contrato; Cessão do contrato de locação. Art. 13; 15; 16 da LI. Cessão é transferir direitos e deveres. O proprietário pode ceder o direito de receber o aluguel. Causa mortis; Inter- vivos (cessão de crédito); venda do imóvel. Para vedar o direito de cessão deve haver contrato escrito; averbado na matrícula do imóvel (eventuais renovações também deve estar na averbação); cláusula expressa de continuidade. Ao inquilino também pode ocorrer a sublocação: deve estar expresso no contrato; e no caso de vedação e ocorrendo a cessão gerar o direito do locador: pedir para sair; pode receber a multa do contrato ou a rescisão do contrato. Com a autorização da sublocação, quem fica responsável pelos danos é apenas o sublocatário. Assim o aluguel é responsável para ambos locador e sublocador. : Direito de preferência legal Dar possibilidade ao inquilino de comprar o imóvel sobre o qual é possuidor, devendo ser notificado sobre a possibilidade de venda e o possuidor tem o prazo de 30 dias para resposta.. Havendo recusa imediata, não há retratação desta recusa, mesmo que ainda não findo o prazo. Passado o prazo e sem resposta, pode haver venda. Essa notificação deve ocorrer todas as vezes em que houve novas condições de venda. NÃO É NECESSÁRIO CONSTA NO CONTRATO. Art. 27; 28; 30; 32; 34- LI Também há direito de preferência nas situações de condôminos, assim antes do inquilino deve ser oferecido ao coproprietário perante o inquilino. Exemplo de situação de condômino: Dois irmãos que compraram o mesmo imóvel. Na existência de co-locatários em que sublocaram o imóvel, neste caso, a preferência é aos co-locatários e após o sub-rogado. Sendo a preferência exercida naquele que possui maior idade, no caso de ambas terem entrado ao mesmo tempo. Se entrarem em tempos diferentes, o direito é daquele que entrou primeiro. Requisitos do direito de preferência: Art. 33- LI Contrato escrito; Ação de indenização por violação do direito de preferência, devendo ser provado o prejuízo, ainda que moral (prazo prescricional de 3 anos, Art. 206, P.3, V, CC); ou depósito do valor da transferência- ALIENAÇÃO- exemplo venda, mais despesas; Propositura da ação de adjudicação compulsória no prazo de 6 meses contados do registro da alienação na matrícula do imóvel.; Averbação do contrato de locação na matrícula do imóvel alugado pelo menos 30 dias antes da alienação, justamente para que o terceiro saiba da existência de um inquilino. Com o cumprimento dos requisitos e a prova do valor correspondente à compra, dá o direito de indenização. Direito de preferência convencional Quando realizado entre as partes e deve ser EXPRESSO no contrato. Exemplo: comprador e vendedor Direito de continuidade da locação Quando o inquilino tem o direito de permanecer no imóvel até o término do contrato VIGENTE. Não ocorre um novo contrato com o adquirente do imóvel, pois houve cessão de direitos.. O contrato para que ocorra a continuidade deve ser escrito; com prazo determinado; cláusula de continuidade/ permanência da locação no caso de alienação; e averbação na matrículado imóvel, inclusive as renovações (oponibilidade contra terceiros e se faz necessário para se dá publicidade ao contrato). Normalmente esta cláusula ocorre quando há investimento no imóvel. Não sendo feita esse direito de continuidade do imóvel, lembrando que deve ser observado o prazo de 90 dias de notificação de que o locatário deve sair, com a perca deste prazo, o contrato vai até o final de sua vigência (direito de resilição- Art.8 da LI). Lembre-se: 90 dias contados do efetivo recebimento da notificação Benfeitorias Lembre-se! Art. 96 do CC Existem três espécies de benfeitorias: necessárias; úteis e voluptuárias. Indenização : Art. 35 e 36- LI Necessárias são SEMPRE indenizadas, permitem o direito de retenção e na locação será até a compensação do valor, não é necessário esperar a finalização do contrato. Úteis e voluptuárias são indenizadas com AUTORIZAÇÃO do proprietário e EXPRESSO que irá indenizar; Garantias da locação Art. 37 - modalidades de garantia; 43- colocação de mais de uma garantia, será uma contravenção, da LI. Pode haver exigência de nova garantia no contrato, exemplificando: o valor da garantia já fora gasto em reforma por dano do locatário, que ocorrerá nos casos do art. 40 da LI. Caução: pode ser mobiliária (exigência de até 3 aluguéis); imobiliária ( é a hipoteca, isto é, um imóvel em garantia ao bem imóvel, para servir de oponibilidade à terceiros é necessário escritura pública com averbação na matrícula e possui prazo) Atenção ! Alguns doutrinadores entendem que para a caução mobiliária, um contrato particular com cláusula de caução e averbado na matrícula do imóvel, serve como instrumento de oponibilidade contra terceiros. Art. 38,§ 1º A caução em bens móveis deverá ser registrada em cartório de títulos e documentos. O registro no cartório é apenas as cauções que não envolvam dinheiro. Como deve ser feita a caução? O inquilino dá o valor ao locador, sendo este depositado em uma conta poupança de titularidade do locador, sendo esta separada do pessoal e os rendimentos deste valor, devem ser devolvidos ao locatário ao final do contrato. (Art. 38, P.2, LI) Fiança: garantia pessoal (fidejussória), onde informa que o fiador tem algum imóvel, não se confunde com caução, onde neste apenas informa a existência de bens, mas não é o bem como garantia, do contrário, há contravenção. Seguro- fiança: Também é um contrato, sendo limitado, onde o inquilino paga um valor a uma seguradora para que em eventuais débitos, seja pago pela seguradora e após esta cobra do inquilino. Muitas vezes, deve ser pago por ano. Cessão fiduciária: Não é muito utilizada, tratando-se de um contrato de cessão (ceder algo) de cotas de investimento, em garantia ao aluguel. Assim se não há o pagamento do aluguel, pode o locador vender estas cotas ou ficar para si, como proprietário das cotas. A responsabilidade do fiador é válida até a devolução do imóvel- entrega das chaves para o dono com efetivo recibo- mesmo que o contrato tenha sido prorrogado por prazo indeterminado. Será isento desta responsabilidade, quando 30 dias antes do fim do contrato, deve enviar uma notificação ao locador informando que não será mais fiador na renovação do contrato. Lembrando! Dos 120 dias da responsabilidade por saída injustificada, verificar artigos 12 da LI (para a fiança imobiliária- locação) e 835 do CC (fiança em outros contratos que não imobiliários) Direito de renovatória na locação não residencial (comercial): art. 51 da LI Direito em que o inquilino exerce quando o locador não quer renovar o contrato, sendo seus requisitos: → Contrato a renovar, tenha sido feito por escrito e com prazo determinado; → O prazo mínimo da locação comercial do contrato a renovar ou a soma dos prazos dos contratos seja de 5 anos ininterruptos; → O ramo comercial explorado pelo locatário seja de 03 anos ininterruptos; → O prazo decadencial para ajuizamento da ação renovatória deve ser observado pelo locatário: propor a ação dentro de 01 ano, no máximo, até 06 meses, no mínimo, anteriores a data da finalização do prazo do contrato vigente; → O locatário necessita estar adimplente com as suas obrigações contratuais; Exemplificando: 1 contrato de locação- João (locador); Maria (locatária) -----> contrato com prazo de 24 meses para um salão de beleza. Passados os 24 meses, há renovação (2 contrato) com as mesmas regras. Neste segundo contrato, com a sua finalização, o locador não quer renovar, pode Maria entrar com ação? Não, pois seu contrato mesmo considerando as renovações não tem o prazo de 5 anos ininterruptos e também deve estar somado ao fato de que há 3 anos ininterruptos na mesma atividade. Em outra situação houve mais uma renovação de 12 meses, e continuou na mesma atividade, pode ocorrer propositura da ação renovatória? Sim. Contrato de corretagem Conceito: Art. 722, CC. É o contrato que aproxima/intermedia duas pessoas para a realização de um negócio jurídico com um terceiro. - voltado à corretagem de imóveis, podendo haver outras atividades. Partes: Corretor: pessoa que intermedia o contrato que recebe uma comissão de corretagem- retribuição de quando se chega a um resultado- e este não realiza uma prestação de serviços, apesar de parecer uma. É exigido um credenciamento, no CRECI. Comitente: aquele que tem a intenção de negociar. É comum na locação que o corretor receba o primeiro valor referente à parcela, de forma integral, podendo o contrato dispor de forma distinta.. Na compra e venda é bastante comum o recebimento por percentual, que normalmente é de 6 %, podendo também o contrato dispor diferente. Lembrando que em eventual disputa judicial, o juiz irá arbitrar o valor percentual de acordo com o costume. Entre o corretor e o comitente não é obrigado um contrato, mas o ideal é que se coloque no formulário- como forma de vincular- quem foi o corretor, para eventual exclusão do comitente da pessoa do corretor, podendo entrar com ação de direito ao recebimento do valor. O corretor não é representante do comitente, devendo se limitar as instruções dadas pelo comitente. Diferencia-se do contrato de comissão e do agenciamento. Resp 1.599.511/SP- STJ- posicionamento da comissão de corretagem no direito do consumidor, que quem pagava é o vendedor- no caso de compra e venda-, todavia, a existência das compras por "planta", passou-se a existir inúmeras ações sobre quem paga a comissão de corretagem, o comprador ou a construtora. Houve suspensão de todas as ações que versavam sobre o assunto.. Dinâmica: o próprio comprador vai à planta, não contratando um corretor para a intermediação, diferente do fato do corretor se prontificar a intermediar o negócio jurídico.. Ficou decidido que o responsável pelo pagamento da comissão de corretagem em "plantas" é o comprador, devendo ser claro ao consumidor. Com o recurso, ficou decidido que a cobrança de taxa SATI é abusiva, assim como, passou a prever o prazo de prescrição de 03 anos (Art.206, P.3, IV, CC). Art. 724 a 728, CC Há uma obrigação de meio no contrato de corretagem, assim, o corretor não tem a obrigação de efetivamente vender o imóvel, contudo, essa obrigação deve ser feita de forma diligente, se não, o corretor terá a obrigação de indenizar o comitente. É importante no compromisso colocar uma cláusula de que não será perfeito sem a aprovação do financiamento do banco, ou seja, deste modo, não será devida à comissão de corretagem. Contrato de fiança Conceito: O contrato de fiança é uma celebração entre o fiador e o credor. O fiador garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo devedor, caso este nãoa cumpra. A fiança é uma espécie de contrato de caução ou de garantia de execução de um contrato principal, acessório e subsidiário. Características: Unilateralidade: uma vez celebrado o contrato de fiança, impõe-se obrigação apenas para uma das partes, no caso, o fiador. Acessoriedade: sempre acompanha um contrato principal, criador da obrigação principal que é garantida. Gratuidade: apenas traz benefício para uma das partes (credor), sem que se lhe imponha contraprestação alguma. A fiança poderá ser onerosa, caso o fiador seja remunerado. Modalidades de celebração: paritária e adesão. Na modalidade paritária as partes estão em iguais condições de negociação, livremente estabelecem as cláusulas contratuais. Na modalidade adesão, um dos pactuantes impõe as cláusulas do negócio jurídico. É um contrato individual, estipulado sempre entre pessoas determinadas. Partes: Fiador: Assume responsabilidade sem existir um débito propriamente dito. Assume somente a responsabilidade civil. Devedor. Garantidor. O fiador pode exigir que se cobre a dívida primeiramente do devedor principal e depois dele, desde que não esteja expresso em contrato de forma distinta. OBS: Na prática, os contratos possuem uma cláusula de renuncia do beneficio de ordem ou execução. OBS: Pode o fiador ser exonerado por prazo indeterminado, sendo responsável por um tempo, nos casos em que o vinculo motivacional da fiança tiver acabado. OBS: Se o fiador se tornar insolvente ou incapaz, poderá o credor exigir que seja substituído. OBS: O fiador tem direito de regresso contra aquele que ele assumiu uma dívida, sendo este direito em 100%, vez que a dívida era de terceiro. Credor: O credor pode tanto executar os bens do locatário, como o do fiador. Não é preciso constar no contrato principal Ex: João, locador, aluga sua casa por R$3.000,00 por mês para Maria, locatária – possuidora direta do bem/ devedora do aluguel. Nesse mesmo contrato, é inserida uma clausula de fiança – contrato distinto, mesmo que em força de cláusula, – onde há Manoel que é fiador, tendo como função a garantia do aluguel. * Manoel é terceiro estranho ao contrato de locação. * Da mesma forma, Maria é terceira estranha no contrato de fiança. Efeitos da fiança: Benefício de ordem: o fiador pode exigir que sejam primeiros executados os bens do devedor e posteriormente os seus. Exeção: Se houver renúncia do beneficio no contrato, dispondo sobre a solidariedade. O fiador assumir a dívida como principal. Quando o devedor principal é insolvente ou falido. O credor da dívida pode escolher o tipo de garantia e o fiador. A fiança refere a pessoa do fiador, não seu patrimônio, vez que este pode ter um imóvel e vender durante o contrato de fiança. Nesse caso, não há fraude. Benefício de divisão: Quando houver `1+ fiador, deverá ser escrito no contrato o beneficio, para que haja a divisão da responsabilidade e das garantias, podendo o valor ser percentual ou por tempo. Herdeiros: A obrigação do fiador passa aos herdeiros; mas a responsabilidade da fiança se limita ao tempo decorrido até a morte do fiador, e não pode ultrapassar as forças da herança. Assim, se houver atraso do pagamento do fiador antes da morte, poderá a dívida ser cobrada do patrimônio do falecido. Garantia Fidejussória A execução da dívida poderá ser feita em qualquer patrimônio do fiador. Diante da caução imobiliária/hipoteca, onde se sai o terceiro que assegura o contrato sobre determinado bem, por meio do qual o terceiro adquirente, pode perder o imóvel. Imóvel do fiador: refere-se aos contratos de locação ou fiança, onde o fiador no momento em que assina o contrato de locação, figurando como garantidor, acaba por correr o risco de perder seu imóvel, vez que este se renunciou do direito de bem de família. Na fiança, o terceiro não perderá o bem adquirido, vez que a fiança é sobre todo o patrimônio. OBS: Não poderá se exigir mais do que uma garantia. Responsabilidade após o fim da fiança – Prazos. 60 dias para as demais hipóteses de locação, desde que não envolvam rural, bem público, apart hotel, vaga de garagem. 30 dias para que o fiador informe antes do termino do contrato. 20 dias para locação de imóveis urbanos. Extinção da Fiança A fiança poderá ser extinta por todas as causas que extinguem os contratos em geral, assim como por atos praticados pelo credor. Mesmo se ocorrer evicção, a fiança será extinta, nos casos de dação ao pagamento. Contrato de prestação de serviço Conceito: É o contrato onde uma das partes se obriga para com a outra a fornecer-lhe de sua atividade, sem vínculo empregatício, mediante certa remuneração. OBS: exclui o contrato regido pela CLT; empreitada e os contratos celebrados com a administração pública, visto que estes são contratos regidos por leis específicas. Obs: o objeto desse contrato é a obrigação de fazer, ou seja, prestação de atividade lícita. OBS: Aquele que aliciar pessoas obrigadas em contrato escrito a prestar serviço a outrem pagará a este a importância que ao prestador de serviço, pelo ajuste desfeito, houvesse de caber durante dois anos Partes: Tomado/Contratante/Locatário: quem contrata. Deve remunerar o serviço contratado na forma, tempo e local combinado e prover todos os meios necessários no sentido de facilitar a prestação do contratado. Prestador de serviços/ contratado/ locador: quem é contratado. Deve realizar o serviço assumido no tempo, local e dentro das especificações combinados, sempre sob a orientação e fiscalização do tomador. Requisito Formal Contrato consensual, bastando à convenção para que se repute celebrada. Forma é livre, podendo ser escrita, verbal, mímica, ou mesmo tácita. Prazo O prazo máximo de duração será superior a 04 anos. Não proíbe renovações de contratos. Ex: Prestação de serviços com duração de 08 anos. Nesse caso, haverá dois contratos nesse período. Resolução do Contrato No caso de locação de prazo indeterminado, quem quer rescindir deverá enviar um aviso informando a resolução do contrato. Dos prazos de aviso: Podem as partes fixar prazos distintos. 08 dias se a renumeração for fixada ao mês. 04 dias para renumeração por semana ou quinzena. Véspera, para contratação realizada a menos de 07 dias. Resolução por prazo determinado: Ex: Se o contrato for de 36 meses, deve a parte obedecer ao prazo, mas poderá rescindir antes do prazo por sua vontade. Para o segundo caso, caberá ao prestador o recebimento de uma multa correspondente ao valor de 50% do que faltou a ser pago no prazo estipulado para o final do contrato. Art. 605 - Nem aquele a quem os serviços são prestados, poderá transferir a outrem o direito aos serviços ajustados, nem o prestador de serviços, sem aprazimento da outra parte, dar substituto que os preste. Extinção do contrato O contrato de prestação de serviço acaba com a morte de qualquer das partes. Termina, ainda, pelo escoamento do prazo, pela conclusão da obra, pela rescisão do contrato mediante aviso prévio, por inadimplemento de qualquer das partes ou pela impossibilidade da continuação do contrato, motivada por força maior. Contrato de Empreitada Conceito: Contrato mediante o qual uma das partes (o empreiteiro) se obriga a realizar uma obra específica, pessoalmente ou por intermédio de terceiros, cobrando uma remuneração a ser paga pela outra parte (proprietário da obra), sem vínculo de subordinação. Resumindo: É a contratação de um empreiteiro para a execução de uma obra ou até mesmo para o fornecimento de material. Modalidades Lavor: REGRA. Para a execução da obra, o dono do empreendimentofornece o material, bem como é responsável por estes. Mista: fornecimento dos materiais pelo empreiteiro + execução da obra, tendo o empreiteiro à responsabilidade dos materiais. Se for mista, é prudente falar especificamente sobre os materiais. OBS: O arquiteto não é responsável pela má execução da obra por desvio de função. Só será responsabilizado por execução e cálculos incorretos no projeto. Partes: Empreiteiro: quem executa a obra. Este pode terceirizar sua função, sobre o qual será solidário com o terceiro, não é vedada, a não ser que o contrato assim disponha. Tomador: dono da obra. OBS: Se o empreiteiro só forneceu mão- de-obra, todos os riscos em que não tiver culpa correrão por conta do dono. Classificação Global: Contratação de toda a obra, podendo o pagamento ser à vista ou parcelado. Fases: Contratação por fases da obra, podendo o tomador reter o pagamento quando houver atrasos. OBS: A lei exige um relatório e uma vistoria para cada fase concluída, assim, vendo o relatório e indo a vistoria dando provimento ao feito, não pode reclamar de eventuais defeitos futuros – presume-se que está tudo certo, devendo realizar o pagamento. Perecimento da Coisa/ Responsabilidade Civil O dono da obra perde o direito de retribuição se a coisa pereceu, só não perderá, caso prove que o material escolhido não é de boa qualidade, e que em tempo reclamara contra a sua quantidade ou qualidade.. Prazo de Garantia da Obra: Nos contratos de empreitada de edifícios ou outras construções consideráveis, o empreiteiro de materiais e execução responderá, durante o prazo de 05 anos pela solidez e segurança do trabalho, assim em razão dos materiais, como do solo. OBS: Decairá do direito assegurado neste artigo o dono da obra que não propuser a ação contra o empreiteiro, no prazo de 180 dias ao. conhecimento do vício ou defeito. Considerações Finais: Concluída a obra de acordo com o ajuste, ou o costume do lugar, o dono é obrigado a recebê-la. Poderá, porém, rejeitá-la, se o empreiteiro se afastou das instruções recebidas e dos planos dados, ou das regras técnicas em trabalhos de tal natureza., podendo quem encomendou a obra, em vez de enjeitá-la, recebê-la com abatimento no preço. Mesmo após iniciada a construção, pode o dono de a obra suspendê-la, desde que pague ao empreiteiro as despesas e lucros relativos aos serviços já feitos, mais indenização razoável, calculada em função do que ele teria ganho, se concluída a obra. Suspensa a execução da empreitada sem justa causa, responde o empreiteiro por perdas e danos. Possibilidade de suspensão da obra pelo empreiteiro por justo motivo Neste caso, o contrato pode ser suspenso temporariamente ou por rescisão. Em resolução de conflito em juízo, deve-se provar um fato novo imprescritível, extraordinário e oneroso sucessivamente, advindo do fato, podendo pedir revisão contratual para o aumento da renumeração do empreiteiro. Extinção Em regra, não se extingue pela morte. Ex: quando feito por empreiteiras. Em contratos personalíssimos pode haver extinção. Por parte de morte do dono da obra, não há nenhuma possibilidade de extinção, sendo seus herdeiros responsáveis pelo pagamento até sua parte da herança.
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