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Aeroportos e Ferrovias Prof. Ms. Alexsander Amaro Parpinelli Aula 2 Elementos de projeto Veículos Características das rodas Flange Banda Eixo Eixo solidário à roda Veículos Características das rodas Truque ou boggie Veículos Características das rodas • Roda solidária ao eixo • Existência de frisos nas rodas • Conicidade das rodas • Paralelismo dos eixos do truque (truck) ou boggie • Carga na ponta dos eixos Veículos Conicidade das rodas Fonte: Manual Arema (https://www.arema.org/publications/mre/index.aspx ) Veículos Conicidade das rodas Fonte: Transporte Ferroviário e Transporte Aéreo (Porto, 2014) Veículos Paralelismo Fonte: Transporte Ferroviário e Transporte Aéreo (Porto, 2014) Via permanente Fonte: PTR – Motta (2016) Superestrutura 3 elementos principais da Superestrutura e que compõe a Via Permanente: Lastro; Dormentes; Trilhos. Os trilhos constituem o apoio e ao mesmo tempo a superfície de rolamento para os veículos ferroviários. Estes três elementos, citados acima, apóiam-se sobre a Plataforma Ferroviária. Fonte: Vale (2013, p.228) Via Bitola Largura determinada pela distância medida entre as faces interiores das cabeças de dois trilhos em uma via férrea. Via Bitola No Brasil, as bitolas mais comuns são a Bitola Métrica (Estreita), presente em 23.489 km de trilhos e a Bitola Irlandesa (Larga), com aproximadamente 4.050 km. 1.435mm - Bitola Padrão, usada na Europa, Argentina, Estados Unidos, Canadá, China, Korea, Austrália, Oriente Médio, África do Norte, México, Cuba, Panamá, Venezuela, Peru, Uruguai e Filipinas. Também em linhas de alta velocidade na China e Japão (aproximadamente 60% das ferrovias mundiais); 1.000mm - Bitola Métrica, usada na Ásia, Índia, Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Suíça, Kenia e Uganda (aproximadamente 7% das ferrovias mundiais). Via Bitola 1.676mm - Bitola Indiana, usada na Índia, Paquistão, Argentina e Chile (aproximadamente 6,5% das ferrovias mundiais); 1.668mm - Bitola Ibérica, usada em Portugal e Espanha; 1.600mm - Bitola Irlandesa, usada na Irlanda, Austrália e Brasil; 1.524mm - Bitola Finlandesa, antiga Bitola Russa, usada na Finlândia; 1.520mm - Bitola Russa, usada na Rússia, Estônia, Lituânia, Mongólia (aproximadamente 17% das ferrovias mundiais); 1.067mm - Bitola do Cabo, usada na África do Sul e Central, Indonésia, Japão, Taiwan, Filipinas, Nova Zelândia e Austrália (aproximadamente 9% das ferrovias mundiais); Via Bitola Geometria da via Concordância em planta As ferrovias têm exigências mais severas quanto às características das curvas do que as rodovias. A questão da aderência nas rampas, a solidariedade rodas-eixo e o paralelismo dos eixos de mesmo truque impõem a necessidade de raios mínimos maiores que os das rodovias. Como visto para o traçado de estradas temos: PC: ponto de curva PI: ponto de interseção PT: ponto de tangente ângulo central/deflexão: AC TT=PC – PI = PT – PI: tangentes externas PC – PI = PT – PI= TT Geometria da via Inscrição do veículo em curva A inscrição dos veículos nas curvas consiste na inscrição de um retângulo, cujo lado maior é a base rígida do veículo. Paralelismo dos eixos no mesmo truque Geometria da via Raio mínimo horizontal Recomendável: R = 100m para bitola métrica R = 160m para bitola larga. (100 vezes o valor da bitola) Fonte: http://sites.poli.usp.br/d/ptr0540/download/raios-rampas.pdf Geometria da via Raio mínimo horizontal Fonte: http://sites.poli.usp.br/d/ptr0540/download/raios-rampas.pdf Geometria da via RAIO MÍNIMO VERTICAL Exemplos: Rv = 8000 metros, não especificado no “Termo de Referencia” , porém adotado em projeto de contorno ferroviário DNIT. Rv = 1000 metros, consta no “Termo de Referencia” do Projeto do Metrô de Salvador. Rv = 5000 metros sob os AMV’s e Rv = 2500 metros fora dos AMV’s. “Projeto Geométrico do Traçado da Via Permanente – CPTM” Fonte: http://sites.poli.usp.br/d/ptr0540/download/raios-rampas.pdf Geometria da via Rampa máxima CPTM Metrô Salvador Rampa máxima = 4% Projeto do Metrô de Salvador. Projeto de contorno ferroviário DNIT Rampa máxima compensada = 1,5%, ou Rampa máxima descompensada = 1,3% Geometria da via Rampa máxima Trens de carga (DNEF) Fonte: Lopes Pereira, 1958 Atualmente com a utilização de trens cargueiros de múltipla tração, com comprimento de até 1300m, e 1550m (caso da ALL – Logística), foi proposto, em novos Projetos (para transporte de cargas) Rampas máximas não além de 1%. Geometria da via Rampa compensada Inclinação de rampa correspondente à maior somatória de resistência de rampa e curva do trecho . Rn- Resistência normal (trecho reto) - Fórmula de Davis Rc- Resistência em trecho de curva Rr- Resistência de Rampa Geometria da via Superlargura A superlargura varia em função do raio da curva e pode ter entre 1 e 2 cm. O trilho deslocado é o interno pois o externo guia a roda. A distribuição da superlargura é feita antes da curva circular ou durante a transição, numa taxa de 1 mm/m em vias convencionais ou de 0,5 mm/m em vias de altas velocidades. S = (6 / R) – 0,012 => para S ≤ 0,02 m (S e R em metros) Geometria da via Superelevação ou Sobrelevação Consiste em elevar a cota do trilho externo de uma curva. • Menor desconforto; • Menor desgaste no contato metal-metal; • Menor risco de tombamento para o lado externo da curva; Existem duas maneiras de ser calcular a superelevação: • Teórica. • Prática (Norma). Geometria da via Superelevação ou Sobrelevação (Cont.) • Teórica Geometria da via Superelevação ou Sobrelevação (Cont.) • Prática Via projetada para velocidade diretriz; Velocidade máxima prevista para trens de passageiros; Trens de carga e manutenção utilizam a mesma via; Geometria da via Superelevação ou Sobrelevação (Cont.) • Prática Critérios racionais: Conforto A aceleração centrífuga não equilibrada não pode causar desconforto aos passageiros. Segurança Parte da força centrífuga não é equilibrada, mas a estabilidade é garantida por um coeficiente de segurança. Os critérios são equivalentes em seus resultados. Geometria da via Critério do conforto Fonte: Porto (2014) η : componente da aceleração centrífuga não compensada Geometria da via Superelevação ou Sobrelevação (Cont.) • Critério do conforto Geometria da via Critério do conforto Fonte: Porto (2014) Geometria da via Superelevação ou Sobrelevação (Cont.) • Critério de segurança: Equilíbrio de momentos Parte da força centrífuga não é equilibrada, mas a estabilidade é garantida por um coeficiente de segurança. i Geometria da via Superelevação ou Sobrelevação (Cont.) • Critério de segurança: Equilíbrio de momentos Geometria da via Superelevação MÁXIMA • Evitar tombamento do trem quando parado. Fonte: Porto (2014) Geometria da via Superelevação MÁXIMA (Cont.) Fonte: Porto (2014) Geometria da via Velocidade Limite - Teórico Máxima velocidade na curva com sobrelevação máxima Fonte: Porto (2014) Geometria da via Formulário Fonte: Porto (2014) η : componente da aceleração centrífuga não compensada Exercício Exercício 1) A superelevação máxima admissível que não provocará o tombamento de um trem para o lado interno de uma curva quando este estiver parado sobre ela, considerando um número inteiro (a favor da segurança) entre o valor obtido pelo método racional e pelo método empírico, dadas as seguintes características: Via de bitola métrica e trem com as seguintes características (d = 11 cm, H = 1,6m). Coeficiente de segurança = 5 Fonte: Porto(2014) Exercício Exercício 2) Considerando as características a seguir e arredondando-se o valor da velocidade para o número inteiro imediatamente inferior, as máximas velocidades com que os trens podem fazer uma curva de raio R = 600m. (g=9,81m/s2), segundo o critério da segurança e segundo o critério de conforto são respectivamente, sendo dados: hmax = 15cm; B = 160cm; d = 0,12m; H =1800mm; n=4 Fonte: Porto (2014) Exercício Fonte: Porto (2014) Obrigado! Prof. Ms. Alexsander Amaro Parpinelli e-mail: alexsander.parpinelli@anhembi.br
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