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Comprovado que o acusado possui desenvolvimento mental incompleto e que não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito de sua conduta, é cabível a condenação com redução de pena. ISENÇÃO DE PENA É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. REDUÇÃO DE PENA A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Reportar abuso A imputabilidade é definida como a) a capacidade mental, inerente ao ser humano, de, ao tempo da ação ou da omissão, entender o caráter ilícito do fato e de determinar-se de acordo com esse entendimento. A prática de crime em decorrência de coação moral irresistível configura a) inexigibilidade de conduta diversa. Coação FÍSICA irresistível: Coação MORAL irresistível: -> afasta o fato típico -> afasta a culpa -> ausência de voluntariedade -> inexigibilidade de conduta diversa Reportar abuso EXCLUDENTES DE CULPABILIDADE: IM. (Imputabilidade) =====================> M.E.D. PO. (Potencial Consciência da Ilicitude) ==========> E. EX. (Exigibilidade de conduta diversa) ===========> C.O. M - Menoridade - IMPUTABILIDADE E - Embriaguez - IMPUTABILIDADE D - Doença Mental- IMPUTABILIDADE E - Erro de proibição - POTENCIAL CONCIÊNCIA DA ILICITUDE C - Coação Moral - EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA O - Obediência Hierárquica - EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA Reportar abuso e) O agente que por doença mental, ao tempo da ação ou omissão, era inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato é isento de pena. A coação moral irresistível é causa de isenção da pena. São causas de exclusão de CULPABILIADE >>> inimputabilidade (doente mental, deficiente mental incompleto/retardado, embriaguez completa involuntária) >>> erro de proibição >>> coação moral irresistível >>> obediência hierárquica à ordem não manifestamente ilegal O que é causa excludente de tipicidade é a coação física absoluta, esta sim exclui a tipicidade do crime, por ausência de conduta do agente. A coação MORAL absoluta exclui a culpabilidade, ou seja, o fato é criminoso, porém, não é punido, insentando o agente de pena. Coação MORAL absoluta/irresistivel > É causa excludente de Culpabilidade, insentando o agente de pena. Coação FÍSICA absoluta/irresistivel > É causa excludente de tipicidade, excluindo a conduta, assim, tornando o fato atípico. Em ambas hipóteses só responde o autor da ordem, ou seja, são casos de AUTORIA MEDIATA. Observação: Se a coação for resistível, o agente responde pelo crime praticado mais a atenuante do art.65, III, "c", do CP. Hipóteses de exclusão de tipicidade: a) Caso fortuito e força maior; b) Hipnóse; c) Sonambulismo; d) Movimento reflexo; e) Coação física irresistível; f) Erro de tipo inevitável, invencível e escusável/desculpável; g) Arrependimento eficaz e desistência voluntária; h) Crime impossível; i) Princípio da insignificância. Hipóteses excludentes de ilicitude: a) Estado de necessidade; b) Legítima defesa; c) Estrito cumprimento do dever legal => atos do agente público d) Exercício regular do direito; e) A legislação reconhece em certos casos o “consentimento da vítima” (causa supralegal de exclusão da ilicitude). Excludentes de culpabilidade: a) Inimputabilidade penal; b) Erro de proibição inevitável, invencível ou escusável/desculpável; c) Coação moral irresistível; d) Obediência hierárquica. Reportar abuso No caso de semi-imputalilidade, pode o magistrado, ao reconhecê-la, reduzir a pena de um a dois terços ou substitui-la por medida de segurança. Trata-se de aplicação do sistema a) vicariante. Sistema Vicariante > quando o agente for SEMI IMPUTAVEL, o juiz deverá aplicar PENA ou MEDIDA DE SEGURANÇA, ou seja, deve aplicar ou uma ou outra, e não as duas. Um elemento que integra o conceito de culpabilidade aplicado ao direito brasileiro é o(a) e) exigibilidade de conduta diversa. TEORIA ADOTADA PELO CÓDIGO PENAL BRASILEIRO Teoria limitada da culpabilidade. As descriminantes putativas fáticas são tratadas como erro de tipo (art. 20, § 1o), enquanto as descriminantes putativas por erro de proibição ou erro de proibição indireto são tratadas como erro de proibição (art. 21). Elementos da culpabilidade, segundo a teoria do Código Penal: - imputabilidade; - potencial consciência da ilicitude; - exigibilidade de conduta diversa. Reportar abuso Teoria do crime 1 Fato tipico Conduta Nexo causal Resultado Tipicidade 2 Antijurico Estado de necessidade Legitima defesa Estrito cumprimento do dever legal Exercicio regular do direito 3 Culpavel Imputabilidade Potencial consciencia da ilicitude Exigibilidade de conduta diversa. A legítima defesa PUTATIVA (erro sobre a situação fática) exclui a CULPABILIDADE, diferentemente da legítima defesa, que exclui a ilicitude Legítima defesa é excludente de ilicitude (antijuridicidade). Reportar abuso - EXCLUDENTES DE ILICITUDE = Legitima defesa; Estado de necessidade; Estrito cumprimento do dever legal; Exercício regular do direito; e Consentimento do Ofendido (causa supralegal, amplamente admitida pela doutrina). - EXCLUDENTES DE CULPABILIDADE = Ser o agente inimputável; Ausência de Potencial Conhecimento da Ilicitude; Inexigibilidade de Conduta Diversa. - EXCLUDENTES DE TIPICIDADE = Coação Física Absoluta; Princípio da Insignificância; Princípio da Adequação Social; Teoria da Tipicidade Conglobante. Reportar abuso segundo o Superior Tribunal de Justiça, praticando um roubo com adolescente inimputável desde antes já moralmente corrompido, o agente poderá ser condenado em concurso de crimes. Crimes à distância são aqueles em que a ação ou omissão ocorre em um país e o resultado, em outro. CRIMES PLURILOCAIS -- no mesmo país. CRIMES A DISTÂNCIA -- ação ou omissão em um país e resultado em outro. Imputável - Capacidade metal plena --> recebe só pena Semi- imputável - Capacidade mental diminuída --> recebe a pena reduzida de 1/3 a 2/3 OU a medidada de segurança Ininputável - Nenhuma capacidade mental --> recebe apenas medida de segurança (conhecida como "sentença absolutória imprópria" ou "sentença de absolvição própria") Obs. Medida de Segurança: Lei --> Tempo indeterminado STF --> 30 anos STJ --> PENA EM ABSTRATO DO CRIME São causas de Inimputabilidade elencadas pelo Código Penal: - Menoridade, ou seja, os menores de 18 anos (art. 27) - Doença mental (art. 26) - Desenvolvimento mental incompleto (art. 26) - Desenvolvimento mental retardado (art. 26) - Embriaguez completa proviniente de caso fortuito ou força maior (art. 28, § 1º) Reportar abuso Teorias da Culpabilidade: PSICOLÓGICA: Imputabilidade (pressuposto) + dolo ou culpa PSICOLÓGICONORMATIVA: Imputabilidade + exigibilidade de conduta diversa + culpa + dolo natural (consciência e vontade) + dolo normativo (consciência da ilicitude) EXTREMADA Imputabilidade + exigibilidade de conduta diversa + dolo normativo (POTENCIAL consciência da ilicitude) LIMITADA Mesmos elementos da teoria extremada + divergência quanto ao tratamento das descriminantes putativas decorrentes de erro sobre pressupostos fáticos (entende que devemser tratadas como erro de tipo, e não erro de proibição).ADOTADA PELO CP Sobre culpabilidade O conceito normativo de culpabilidade deslocou os componentes psicológicos para o tipo de injusto, permanecendo a culpabilidade com os componentes normativos do juízo de reprovação e do juízo de exculpação. b) O efeito do álcool ou de droga, proveniente de caso fortuito ou de força maior, se determina a incapacidade de culpabilidade na prática de crime, não permite a aplicação de qualquer medida de segurança, e se determina a capacidade relativa de culpabilidade na prática de crime, constitui fator obrigatório de redução de pena. d) A emoção e a paixão não excluem a imputabilidade, mas a violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, pode privilegiar determinados crimes ou constituir circunstância atenuante de outros. e) Segundo a teoria do tipo, que exige coincidência entre capacidade de culpabilidade e realização dolosa ou culposa do tipo de injusto, em situações de actio libera in causa, o dolo ou culpa do agente devem ser aferidos na ação anterior de autocolocação em estado de incapacidade temporária de culpabilidade. A prática do crime de homicídio por inimputável por doença mental pode contar com sentença de absolvição sumária por reconhecimento judicial da causa de justificação da legítima defesa, hipótese em que não haverá aplicação de pena ou de medida de segurança. c) São inimputáveis os menores de dezoito anos e aqueles que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, eram, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapazes de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento aos conceitos de imputabilidade e responsabilidade, analise as afirmativas abaixo. I. Uma das características que o agente deve apresentar para que seja responsabilizado e sofra sanção, segundo o critério biopsicológico, é o desenvolvimento mental completo com alcance da maturidade psíquica. III. Ao infrator considerado inimputável por apresentar transtorno mental será aplicada medida de segurança. O sonambulismo exclui o seguinte elemento do crime: a) Fato típico. Causas de exclusão do fato típico: -COAÇÃO FÍSICA IRRESISTÍVEL -MOVIMENTOS REFLEXOS -SONAMBULISMO -INSIGNIFICÂNCIA DA CONDUTA -ADEQUAÇÃO SOCIAL DA CONDUTA TIRA O FATO TIPICO = exclui o crime TIRA A CULPABILIDADE= isenta de pena COAÇÃO FISICA IRRESISTÍVEL= tira o fato tipico COAÇÃO MORAL IRRESISTÍVEL = tira a culpabilidade SONAMBOLISMO= tira o fato tipico. São hipóteses de exclusão da tipicidade – TORNAM O FATO ATÍPICO!!! a) Caso fortuito e força maior – excluem a conduta. b) Hipnose – exclui a conduta. c) Sonambulismo – exclui a conduta. d) Movimento reflexo – exclui a conduta. e) Coação física irresistível – aquela que exclui o controle dos movimentos do corpo – um empurrão por exemplo. – exclui a conduta. f) Erro de tipo inevitável, invencível, escusável – exclui tanto o dolo, quanto a culpa – torna o fato atípico. Já o erro de tipo evitável, vencível ou inescusável somente exclui a tipicidade dolosa, mantém, se previsto em lei, o crime culposo. g) Arrependimento eficaz e desistência voluntária – são excludentes de tipicidade mediata da tentativa, permite que o agente seja punido pelo que ele causou. Por exemplo: tinha o dolo de matar, iniciou os atos executórios, desistiu e com isso não houve a morte. Não responde por tentativa de homicídio, mas por qualquer resultado que a vitima tenha sofrido, como uma possível lesão corporal. h) Crime impossível – exclui a tentativa quando por ineficácia absoluta do meio ou absoluta impropriedade do objeto o crime jamais se consumaria. Não há qualquer punição. i) Princípio da insignificância – embora o fato esteja formalmente previsto em lei, não será típico materialmente, pois não houve lesão grave para o bem jurídico tutelado. O fato é atípico. O estrito cumprimento do dever legal é causa legal de exclusão da ilicitude. Por teoria da ratio essendi entende-se o(a): e) fusão entre dois substratos do conceito analítico de crime, a saber, a tipicidade e a antijuridicidade, sendo aquela reconhecida como a razão de ser desta; assim, o crime é composto pelo fato antijurídico (injusto) e pela culpabilidade. Teorias da relação entre tipicidade e ilicitude a) Teoria da autonomia: Fato tipico é uma coisa, e ilícito é outra, substratos separados, um não induz ao outro. Por exemplo legítima defesa, continua sendo típico, porém não ilícito. b) Teoria da ratio cognoscendi ou indiciariedade: Se o fato é típico, pressupõe-se que ele também seja ilícito. Resultado: Cabe à defesa provar que ele não é ilícito, apesar de típico - inversão do ônus da prova. OBS: Teoria adotada, porém de forma mitigada, pois o juiz deveria condenar em caso de dúvida, mas o CPP manda que ele absolva. c) Teoria da ratio essendi: Fato típico e ilícito caminham de mãos dadas. Se não é ilícito não é típico e pronto. Ao contrário da teoria acima, não há tipo justificado, ele é simplesmente atípico. Resultado: À acusação cabe o ônus de provar tudo, inclusive, que não há excludente. d) Teoria dos elementos negativos do tipo: Ha elementos positivos explícitos que devem ocorrer para que o fato seja típico, e há os elementos negativos, quais sejam as excludentes de ilicitude. O fato só será crime, quando presentes os positivos e ausentes os negativos. Quando cair esse trem de “ratio cognoscendi”?! lembre-se do bizu!!!! Para matar a questão, fácil, lembre: 1. Também chamado de caráter indiciário da ilicitude 2. Invenção de MAYER 3. Fato típico é um INDÍCIO de ilicitude Falou em “ratio essendi”?! lembra-te do bizu!!!! 1. Também chamado de essência da ilicitude 2. Invenção de MEZZZZZZZZZZZZZZZZger 3. Tipicidade e ilicitude não são elementos distintos. A tipicidade integra a ESSÊNCIA da ilicitude. Lembra “essendi”, de essência, lembra de algo dentro do outro, algo que não está separado do outro. exclusão da culpabilidade pela obediência hierárquica exige ordem não manifestamente ilegal. LISTA DE EXCLUDENTES: A. Tipicidade (excludentes): (CCEEMP) - Caso fortuito - Coação física irresistível (é diferente de coação moral irresistível, que é excludente de culpabilidade) - Estado de inconsciência - Erro de tipo inevitável - Movimentos reflexos - Princípio da Insignificância. B. Ilicitude (excludentes): (LEE) - Legítima defesa - Estado de necessidade - Estrito Cumprimento do Dever Legal - Exercício Regular do Direito C. Culpabilidade (Excludentes): (AME) 1. Imputabilidade (excludentes): - Anomalia psíquica - Menoridade - Embriaguez acidental completa 2. Potencial consciência da ilicitude (excludentes): - Erro de proibição. 3. Exigibilidade de conduta diversa (excludentes): (ECO) - Estrita observância de ordem; - Coação moral irresistível; - Obediência hierárquica (ordem não manifestamente ilegal); a) São requisitos do fato típico a conduta, resultado, nexo causal e tipicidade penal. b) No que diz respeito aos critérios utilizados para verificação da imputabilidade penal, o Código Penal vigente adotou, em regra, o critério biopscicológico. c) Atinente à aplicação da Lei penal, no princípio da representação, a lei penal brasileira aplica-se aos crimes cometidos em aeronaves e embarcações privadas quando praticados no estrangeiro e aí não sejam julgados. A respeito da aplicação da lei penal e dos elementos e das causas de exclusão de culpabilidade, c) Se ordem não manifestamente ilegal for cumprida por subordinado e resultar em crime, apenas o superior responderá como autor mediato, ficando o subordinado isento por inexigibilidade de conduta diversa.A pessoa jurídica pode ser sujeito passivo em crime de difamação. c) Há excludente de ilicitude em casos de estado de necessidade, legítima defesa, em estrito cumprimento do dever legal ou no exercício regular do direito. d) São inimputáveis os menores de dezoito anos de idade, ficando eles, no entanto, sujeitos ao cumprimento de medidas socioeducativas e(ou) outras medidas previstas no ECA. Embriaguez acidental: - Caso Fortuito: O agente ignora o efeito inebriante da substância. - Força Maior: O Agente é obrigado a ingerir a substância *Nos 2 casos se completa isenta de pena, se incompleta diminui a pena. Embriaguez não acidental: - Voluntária: O agente quer se embriagar - Culposa: Negligêcia *Nos 2 casos não exclui a imputabilidade Embriaguez Patológica : Tratado como doença mental Embriaguez Preordenada: Embriaguez voluntária + Finalidade de praticar o crime * É circunstância agravante de pena O Código Penal utiliza do critério: BIOLÓGICO, para menores de 18 anos e BIOPSICOLÓGICO, para maiores de 18 anos REGRA: BIOPSICOLÓGICO= não basta ser doente mental; no momendo da ação ou omissão tem que ser completamente (absolutamente) incapaz de compreender o que está fazendo. EXCEÇÃO: BIOLÓGICO= é aquele sistema que avalia somente os aspectos biológicos. Por esse motivo, os menores de dezoito anos não podem receber pena, mesmo que no momento da ação ou omissão criminosa entendam perfeitamente o que estão fazendo. Reportar abuso Critério adotado pelo CP - BIOPSICOLÓGICO. Para ser reconhecida a inimputabilidade devem ser analisados os seguintes pressupostos: 1) existênia de doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado (pressuposto causal). 2) manifestação da doença mental no momento da conduta (pressuposto cronológico). 3) o agente deve ser inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou ser inteiramente incapaz de determinar-se de acordo com esse entendimento (pressuposto consequencial). Reportar ESCUSÁVEL -> ISENTA DE PENA ERRO DE PROIBIÇÃO (DIRETO) ---> -INESCUSÁVEL-> -1/6 a -1/3 ERRO DE PROIBICÃO INDIRETO -ESCUSÁVEL-> ISENTA DE PENA (ERRO DE PERMISSÃO) ----> *recai sobre as discriminantes putativas -INESCUSÁVEL-> -1/6 a -1/3 Reportar abuso Erro de tipo permissivo (erro de tipo): é o erro de TIPO incidente sobre as CIRCUNSTÂNCIAS FÁTICAS de uma descriminante (descriminate putativa) (art. 20, §1º, CP). Ex.: A se depara, numa rua deserta, com seu inimigo, B. Este, de modo repentino, coloca a mão no bolso da jaqueta. A, pensando que B iria pegar uma arma, efetua um disparo certeiro na cabeça de B, que, na verdade, iria pegar o seu celular que tocara. Note-se que A errou quanto ao fato (movimento repentino de B), visualizando uma situação de perigo que não existia (putativo = imaginário). Erro de permissão (erro de proibição): é aquele que também incide sobre uma descriminante; no entanto, o agente tem exato conhecimento sobre a circunstância fática presente, mas erra sobre a incidência ou o limite da descriminante. - Incidência (erro de proibição direto): acredita que sua conduta está acobertada por uma descriminante. Ex.: Senhor de 70 anos, leva uma cuspada de um adolescente. Ele revida com um tiro. (acredita que está amparado pela legítima defesa). - limite (erro de proibição indireto): sabe que sua atitude é proibida pelo direito, mas acredita que naquele fato específico, ela estaria amparada por uma descriminante. Ex.: morador, à noite, escuta barulho no seu quintal. Pega a sua arma e vai verificar o ocorrido, ao abrir a porta, depara com menores furtando sua bicicleta; então, mata todos. Nesse caso, o morador sabe que matar é crime, mas acredita que está agindo em em legítima defesa ao efetuar os disparos letais contra os menores (erra sobre os limites da LD). De outro modo, se ele desse apenas alguns tiros para cima já seria suficiente para inibir a atuação dos criminosos (nesse caso, estaria acobertado pela LD). Erro de Proibição INDIRETO Ocorre quando o agente sabe que a conduta é típica; Mas supõe presente uma norma permissiva; Supondo existir uma causa excludente da ilicitude; E estar agindo nos limites da discriminante; Erro de Proibição DIRETO Ocorre quando o agente erra quanto ao conteúdo da norma proibitiva; Seja porque desconhece a existência do tipo penal incriminador; Ou porque não compreende seu âmbito de incidência; Reportar abuso ERRO DE PROIBIÇÃO DIRETO: o agente desconhece o conteúdo de uma lei penal proibitiva. ERRO DE PROIBIÇÃO INDIRETO: o agente conhece o caráter ilícito do fato, mas, no caso concreto, acredita erroneamente estar presente uma causa de exclusão da ilicitude ou se equivoca quanto aos limites de uma causa de exclusão da ilicitude efetivamente presente. O CP adota o sistema vicariante, que impede a aplicação cumulada de pena e medida de segurança a agente semi-imputável e exige do juiz a decisão, no momento de prolatar sua sentença, entre a aplicação de uma pena com redução de um a dois terços ou a aplicação de medida de segurança, de acordo com o que for mais adequado ao caso concreto. 4. Considera-se inevitável o erro se o agente atua sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe era impossível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência. No que diz respeito às causas de exclusão da ilicitude, é possível alegar legítima defesa contra quem pratica conduta acobertada por uma dirimente de culpabilidade, como, por exemplo, coação moral irresistível. É isento de pena o agente que, por doença mental era, ao tempo da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato. embiaguez Não acidental - voluntária - NÃO EXCLUI IMPUTABILIDADE culposa - NÃO EXCLUI IMPUTABILIDADE Acidental - completa - EXCLUI IMPUTABILIDADE incompleta - REDUZ PENA Patológica - inteiramente incapaz - EXCLUI IMPUTABILIDADE reduz capacidade - REDUZ PENA Preordenada - agravante c) A imputabilidade é um dos elementos da culpabilidade, ao lado da potencial consciência sobre a ilicitude do fato e a exigibilidade de conduta diversa. A actio libera in causa se caracteriza: e) quando o agente comete o crime em estado de embriaguez não proveniente de caso fortuito ou força maior. Se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado, não era inteiramente incapaz de entender o caráter criminoso do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento, a c) pena será reduzida de um a dois terços, podendo-se considerar, na escolha do redutor, o grau de perturbação da saúde menta da culpabilidade e punibilidade: I – O Código Penal Brasileiro adotou o critério biológico em relação à inimputabilidade em razão da idade e o critério biopsicológico em relação à inimputabilidade em razão de doença mental. II – A desobediência civil e a cláusula de consciência são exemplos de causas de exclusão de culpabilidade. as descriminantes putativas excluem a culpabilidade. O consentimento deve ser prévio ou simultâneo à lesão ao bem jurídico O consentimento posterior à lesão do bem jurídico não exclui a ilicitude, podendo, entretanto, gerar reflexos no campo da punibilidade. É o que adverte Damásio de Jesus " O consentimento deve ser manifestado antes ou durante a prática do fato. Se posterior, não tem força de excluir o crime, podendo valer como renúncia ou perdão nos casos de ação penalprivada. Consentimento do ofendido - excludente de ilicitude - manifestado antes ou durante a prática do fato. - Se posterior, > significar renúncia ou perdão >causas extintivas da punibilidade Reportar abuso Trata-se de causa supralegal de exclusão da ilicitude. REQUISITOS PARA QUE HAJA CONSENTIMENTO DO OFENDIDO: 1- O consentimento da vítima não pode integrar o tipo penal; 2- Ofendido capaz de consentir 3- Consentimento válido (livre/consciente); 4- Bem disponível; 5- Bem próprio 6- Consentimento prévio ou simultâneo à lesão ao bem jurídico; O consentimento posterior não exclui a ilicitude, mas pode refletir na punibilidade. Pode configurar renúncia ou perdão. 7- Consentimento expresso (tem doutrina que aceita o consentimento tácito); 8- Ciência da situação de fato que autoriza a justificante Com relação à ilicitude e às causas de exclusão,. II. As fontes das causas de justificação são a lei, a necessidade e a falta de interesse. III. Os efeitos das causas excludentes de antijuridicidade se estendem à esfera extrapenal. Exclusão de ilicitude (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: I - em estado de necessidade; II - em legítima defesa; III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. RESUMO - CONTRAVENÇÃO: - Ação penal pública INCONDICIONADA - Não é punida CULPOSAMENTE (somente DOLOSAMENTE) - PENA: prisão simples e multa - A tentativa de contravenção, mesmo que factível, não é punida - lei penal brasileira só se aplica a contravenção praticada em território brasileiro ( não existe extraterritorialidade para contravenção) - o condenado à prisão simples deverá ficar separado dos apenados com reclusão ou detenção - admite as regras dos Juizados especiais Criminais nas contravenções penais - admite a aplicação de medida de segurança para as contravenções penais. OBS: Crime + Crime = reincidência Crime + Contravenção = reincidência Contravenção + Contravenção = reincidência Contravenção + Crime = NÃO reincidência a) o consentimento, para ser válido, pressupõe que o titular do bem jurídico atingido possua capacidade de entendimento quanto ao caráter e à extensão da autorização. As circunstâncias agravantes não são consideradas para o cálculo da prescrição da pretensão punitiva propriamente dita. Excludentes de ilicitude: Estrito cumprimento de um dever legal Estado de Necessidade Legítima Defesa Exercício Regular de um direito a) Em se tratando de legítima defesa, a agressão é injusta e a repulsa materializa-se em uma ação predominantemente defensiva, com aspectos agressivos, ao passo que, tratando-se de estado de necessidade, inexiste a agressão injusta, sendo a ação predominantemente agressiva, com aspectos defensivos. c) O fato praticado mediante coação moral irresistível é típico e antijurídico, excluindo-se, entretanto, a culpabilidade do coagido, em virtude da ausência de conduta diversa, um dos elementos da culpabilidade. I. O fato típico é composto da conduta humana dolosa ou culposa, resultado, nexo causal e tipicidade. III. A força física absoluta que exclui a conduta pode ser proveniente da natureza ou da ação de um terceiro. II. São casuas de exclusão de ilicitude (antijuridicidade) III. IV. Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: V. VI. VII. VIII. IX. I - em estado de necessidade; X. II - em legítima defesa; XI. III - em estrito cumprimento de dever legal XII. IV – em exercício regular do direito Excesso punível Excludentes de ilicitude - legítima defesa - estado de necessidade - estrito cumprimento do dever legal - exercício regular de direito Excludentes de culpabilidade - inimputabilidade - obediência hierárquica - coação moral irresistível - erro de proibição Em qualquer das hipóteses de excludente de antijuridicidade, previstas na Parte Geral do Código Penal, o agente responderá pelo excesso doloso ou culposo. Admitido o princípio da adequação social, será reconhecida causa de exclusão supralegal de c) tipicidade. princípios que excluem a tipicidade:(material) TIPOIA TIPicidade Ofensividade Insignificância Adequação social Reportar abuso Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
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