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Nome: Vanessa Kimi Hayek Toyama RA: 2539964 Turma: 003205B04 A2 – Direito Internacional e Relações Econômicas Realize um estudo de caso sobre a sentença proferida pela Corte Interamericana de Direi tos Humanos na ação denominada " HERZOG E OUTROS VS. BRASIL. Mencione qual o objeto que fundamenta a ação, fatos imputados, violações aos direi tos humanos e recomendações ao Brasi l . O estudo de caso são deve ul trapassar 5 (cinco) laudas e deve ser encaminhado em arquivo no formato pdf ou equivalente. O documento poderá ser acessado em http://www.corteidh.or.cr/docs/casos/art iculos/seriec_353_por.pdf A Corte Interamericana de Direi tos Humanos, no dia 15 de março de 2018, emit iu uma sentença onde declarou o Estado do Brasi l responsável pela violação dos direitos às garant ias judiciais e à proteção judicial para Prevenir e Punir a Tortura, pelos danos causados a Zora, Clar ice, André e Ivo Herzog. As acusações são fal ta de investigação, julgamento e punição dos responsáveis pela tortura e assassinado de Vladimir Herzog, cometidos durante a Ditadura Mil i tar. A Corte responsabi l izou o Estado pela violação do direi to de conhecer a verdade em detrimento de Zora Herzog, Clarice Herzog, Ivo Herzog e André Herzog, por não esclarecer judicialmente o que de fato havia ocorr ido com Vladimir. Considerou, também, o Estado responsável pela violação do direito à integridade pessoal, em detr imento de Zora Herzog, Clarice Herzog, Ivo Herzog e André Herzog. Foram anal isados diversos fatores da responsabi l idade internacional do Estado com base nas obrigações internacionais advindas da Convenção Americana e da Convenção Interamericana para Prevenir e http://www.corteidh.or.cr/docs/casos/articulos/seriec_353_por.pdf Punir a Tortura. Analisou o descumprimento do direito de conhecer a verdade em vir tude da divulgação de versão falsa da morte de Herzog, e pelo fato do Estado se negar a entregar documentos mil i tares e da consequente falta de identi f icação dos responsáveis materiais pela morte do senhor Herzog. O Estado reconheceu sua responsabi l idade pela detenção arbi trária, tortura e assassinato de Vladimir, a única lacuna que f ica é o que aconteceu com os responsáveis pelo cr ime cometido e como ocorreu a apl icação da f igura de crimes contra a humanidades em 1975. A Corte considerou, pr imeiramente, se os fatos consti tuíam um crime contra a humanidade, entendendo que a proibição da tortura e dos crimes de lesa-humanidade haviam alcançado o status de normas imperat ivas de Direi to Internacional ( jus cogens). Entendeu que, naquele momento, a imprescrit ibi l idade dos crimes mencionados era uma norma habitual e f i rmemente estabelecida. A esse respeito, concluiu que não há dúvidas de que a detenção, a tortura e o assassinato de Vladimir Herzog foram cometidos por agentes estatais pertencentes ao DOI/CODI do I I Exército de São Paulo, como parte de um plano de ataque sistemático e general izado contra a população civi l considerada “opositora” à di tadura, em especial , no que diz respeito ao presente caso, jornal istas e supostos membros do Part ido Comunista Brasi leiro. Portanto, a Corte determinou que os fatos cometidos contra Vladimir Herzog devam ser considerados como crime de lesa-humanidade, tal qual é def inido pelo Direi to Internacional desde, pelo menos, 1945. E, concluiu que o Estado não pode invocar: ( i) prescrição; ( i i ) o pr incípio ne bis in idem; ( i i i ) leis de anist ia; assim como ( iv) qualquer disposição análoga ou excludente de responsabi l idade similar, para eximir-se de seu dever de investigar e punir os responsáveis. Concluiu que o Estado violou o direito das vít imas de conhecer a verdade, por não esclarecer judicialmente os fatos criminosos do assassinato do senhor Herzog e não determinou as responsabil idades individuais respectivas em relação à tortura e morte de Vladimir. Por últ imo, a Corte determinou que a existência e a difusão de uma versão falsa da detenção, da tortura e da execução de Vladimir Herzog gerou um dano à integridade de todo seu núcleo famil iar. Em relação às penalidades, a Corte ordenou ao Estado: i ) reiniciar, com a devida di l igência, a investigação e o processo penal cabíveis pelos fatos ocorr idos em 25 de outubro de 1975, para identi f icar, processar e, caso seja pert inente, punir os responsáveis pela tortura e morte de Vladimir Herzog, em atenção ao caráter de cr ime contra a humanidade desses fatos e às respectivas consequências jurídicas para o Direi to Internacional; ( i i ) adotar as medidas mais idôneas, conforme suas insti tuições, para que se reconheça, sem exceção, a imprescrit ibi l idade dos crimes contra a humanidade e internacionais; ( i i i ) real izar um ato públ ico de reconhecimento de responsabi l idade internacional pelos fatos do presente caso, em desagravo à memória de Vladimir Herzog ; ( iv) publ icar a Sentença em sua integridade; e (v) pagar os montantes f ixados na Sentença, a t í tulo de danos materiais e imateriais, e de reembolso de custas e gastos.
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