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CENTRO UNIVERSITÁRIO UniFTC de Feira de Santana 
CURSO BACHARELADO EM DIREITO 
 
 
 
 
DANILO DE NASCIMENTO LEITE 
GLEIDE RAMOS DA SILVA 
LUANA ARAÚJO RIOS SANTANA 
MARTA CORREIA LEITE 
OTÁVIO OLIVEIRA SILVA SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
RESENHA CRÍTICA DO FILME “A DAMA DOURADA” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Feira de Santana – BA 
2020 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO UniFTC de Feira de Santana 
CURSO BACHARELADO EM DIREITO 
 
 
 
DANILO DE NASCIMENTO LEITE 
GLEIDE RAMOS DA SILVA 
LUANA ARAÚJO RIOS SANTANA 
MARTA CORREIA LEITE 
OTÁVIO OLIVEIRA SILVA SANTOS 
 
 
 
 
RESENHA CRÍTICA DO FILME “A DAMA DOURADA” 
 
 
 
 
 
Resenha crítica do filme “A DAMA DOURADA” 
como requisito avaliativo parcial da matéria de 
Filosofia Jurídica. 
 
 Profa. Cristine Emily. 
 
 
 
 
 
 
 
Feira de Santana/BA 
2020. 
RESENHA CRÍTICA DO FILME “A DAMA DOURADA” 
O filme “A Dama Dourada”, dirigido por Simon Curtis, lançado em 13 de agosto de 
2015, aborda a incrível história de Maria Altmann, uma mulher judia que luta contra o governo 
Austríaco para recuperar diversas obras de artes, mas em especial o Retrato de Adele Bloch-
Bauer, considerados por muitos, como a Monalisa Austríaca, que pertenciam a sua família e 
foram roubadas durante o comando nazista na Áustria. 
Com a chegada dos nazistas em Viena, nos anos 30, Maria Altmann se viu obrigada a 
fugir com o seu marido, Fritz, para os Estados Unidos. Contudo, após 50 anos do referido fato, 
com o advento da morte de sua irmã, descobre por meio de cartas antigas, os reiterados saques 
cometidos pelos nazistas em sua antiga residência, além disso, com a ciência da criação de uma 
comissão de restituição às vítimas do holocausto, Maria decide buscar justiça pelas atrocidades 
cometidas a décadas atrás. Para tanto, entra em contato com Randol Schoenberg, um advogado 
próximo da família, visando recuperar o quadro de sua amada tia Adele, “A Dama Dourada”. 
Importante destacar que toda a trama do filme gira em torno da responsabilidade civil 
dos Estados, visto o dever de reparação pelos danos em que der causa. Existem formas 
elencadas pela doutrina de reparação, estas relacionadas no próprio filme, que são: restituição, 
indenização, satisfação e garantia de não repetição. 
Além disso, algumas dessas modalidades, como a “satisfação”, ficaram claras durante a 
trama, momento este em que a Sra. Altman, em meio a uma reunião com alguns funcionários 
austríacos tentou um encerramento pacífico da lide, concordando em deixar o quadro no museu, 
desde que estes reconhecessem que o mesmo havia sido retirado ilegalmente da posse de sua 
família. Diante da negativa, a personagem faz valer outra modalidade, a restituição, ou seja, 
restauração do status quo ante, que significa o retorno ao estado original, neste caso, a 
devolução dos quadros por parte da Áustria. 
Também, de suma importância ressaltar os obstáculos de acesso à justiça, impostos pelo 
governo austríaco, como a necessidade de um depósito no valor de 1,8 milhão de dólares, uma 
parcela do valor da obra, visto como uma espécie de calção necessário para abertura do 
processo, ademais, a recusa de análise das novas provas apresentadas pelo advogado da parte 
autora, pela comissão de restituição. 
Meses após o fracasso da Áustria, Schoenberg encontra uma maneira de abrir um 
processo judicial nos EUA. Em suma, Randol não poderia processar esses por atos praticados 
durante a guerra, pelo fato de serem considerados atos de império, os quais se valem da 
imunidade, contudo, após o início de uma atividade comercial do Museu com os Estados 
Unidos, a venda dos livros sobre as obras de Gustav Klimt, se desvirtua dos requisitos de 
imunidade legislativa, passando a agir, “como um particular e não como Estado” praticando 
atos de gestão. 
Diante do exposto, Randol tenta persuadir seu chefe a apoiá-lo nessa empreitada, 
todavia, não logrou êxito, pois seu chefe afirmou que não existia precedentes e nem mecanismos 
de execução para isso, pois caso fosse procedente para Maria, não seria possível forçar a Áustria 
a entregar os quadros. 
Com isso, Randol pede demissão do seu emprego e com o apoio financeiro do seu pai e 
a confiança de sua esposa, se dedica “de corpo e alma” ao caso. A justiça americana julga 
favorável ao pedido do mesmo e o caso chega a suprema corte, e recebe o aval para 
prosseguimento. Contudo, todos sabiam que o caso se arrastaria por anos, o advogado de Maria 
opta pela realização de uma arbitragem na Áustria, sendo tal decisão de comum acordo para 
ambas as partes. 
Chega o dia da arbitragem e o Dr. Randol faz a defesa de Maria, cena de bastante 
impacto, pois demonstra de forma humanizada a busca por um direito, a reparação de algo que 
na realidade não seria reparado, apenas amenizado. Após o término da arbitragem, foi 
considerado procedente o pedido de Maria. 
No entanto, Altmann vendeu o quadro em 2006 a Ronaud Lauder, por 135 milhões de 
dólares. Desde então, a obra está exposta na Neue Galerie, em Nova York, sendo considerada 
uma das pinturas mais caras do mundo. Assim, Maria doou parte do dinheiro para entidades 
carentes. 
 Isto posto, torna-se perceptível a relação de várias áreas do direito dentro do filme, como 
o direito civil, internacional, processual, o uso da arbitragem, além da utilização da arte para 
tratar questões jurídicas. 
 Portanto, é necessário destacar o senso de justiça buscado pela Altmann, uma vez que 
seu maior objetivo era a retratação moral do governo austríaco, diante de todo horror vivenciado 
por ela e seus familiares, tendo como prova disto, que Maria não ficou com o quadro. Assim, 
percebe-se uma variação do conceito de justiça.

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