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Toxicologia PSICOFARMACOLOGIA DAS DROGAS DE ABUSO •Uso de Drogas - Maior preocupação das famílias brasileiras; • Tratamento em pacientes dependentes: Psicoterapia x Tratamento Medicamentoso • Tratamento Medicamentoso: 1. Hipnóticos/Sedativos/Ansiolíticos 2. Antidepressivos Drogas mais usadas • Álcool, Maconha, Cocaína – Crack, cigarro • Psicofármacos: BZD, ISRS, Psico-estimulantes (Metilfenidato) DEFIÇÕES: Droga/ Fármaco/ Medicamento de abuso: É qualquer substância química ou mistura de substâncias, distintas das necessárias em condições normais para a conservação da saúde, pode ser usada para tratar ou aliviar enfermidades ou com propósitos não terapêuticos (uso indevido); são “substâncias psicoativas” que modificam o estado de ânimo, o entendimento e o comportamento; originam fenômenos de tolerância, comportamento de busca, neuroadaptação e generalização da resposta (ideia de um caminho sem volta, varia de principio ativo e forma farmacêutica); são substâncias que induzem a autoadministração, tem a propriedade de causar intensos efeitos de reforço e provocam efeitos prejudiciais à saúde ou à função social Abuso: uso de uma droga ou fármaco por auto-administração, fora dos padrões médicos ou socioculturais (uso “não médico” e uso “compulsivo”, Moreau, 1996) uso de uma droga(s) ou fármaco(s) com prejuízo para o indivíduo, podendo levar a atos criminosos. uso: consumo de substâncias psicoativas com propósitos não médicos (Altman e cols., 1996). Farmacodependência: ”dependence / addiction” “dependence”: padrão de uso relacionado a prejuízos associados ao comportamento de busca, síndrome de abstinência e tolerância aos efeitos. “addiction”: estado psicopatológico relacionado ao consumo. (Altman e cols., 1996) Síndrome (doença) sócio-psico-biológica manifestada por uma alteração comportamental onde o comportamento de busca é prioritário sobre todos os outros. (OMS, 1981) CLASSIFICAÇÃO DE FARMACODEPENDÊNCIA • ESTIMULANTES: Cocaína, Anfetamínicos, Xantínicos e nicotina; • OPIÁCEOS: substâncias naturais contidas no ópio como morfina, papaverina, narcotina, etc. Opióides – substâncias sintéticas que apresentam mecanismo de ação e efeitos semelhantes ao ópio. Ex: metadona, propoxifeno, pentazocina, heroína, fentanil, etc • DEPRESSORES do SNC • ETANOL • INALANTES: clorofórmio, éter... (sério indicativos de causadores de tumores malignos), o clofoformio não é utilizado puro por ter tempo de meia vida curto e é caro • TABACO • CANABIS • ALUCINÓGENOS: LSD, PCP (fenciclidina), Anfetaminas Alucinógenas, Medicamentos Anticolinérgicos, Plantas Alucinógenas e Cogumelos Alucinógenos Dependência psíquica - estado no qual o fármaco produz sensação de satisfação e há compulsão ao uso contínuo e periódico. OMS 1973 Dependência física - estado no qual há adaptação do tecido e que se manifesta pelo aparecimento de transtornos físicos intensos quando se interrompe o uso do fármaco. OMS 1973 || \/ Neuroadaptação OMS, 1981 || \/ Síndrome de Abstinência (sudorese, alucinações) É necessário fazer o desmame do paciente pare evitar a síndrome de abstinência, não com a droga, mas sim com medicamentos lícitos, normalmente opioides associado a BDZ (diminui o desejo pela droga) Em caso de vicio de cocaína e heroína utiliza-se a dolantina É fundamental para cada tipo de droga do abuso é importante identificar o neurotransmissor envolvido nas respostas fisiológicas - a um perfil para cada paciente Benzodiazepínicos são usados para desmame de pacientes alcoólicos e drogas excitatórias. Cocaína provoca respostas excitatórias, liberação intensa da neurotransmissão noradrenérgica associada a outros neurotransmissores que dão sensação de prazer como serotonina e dopamina. Santo Daime e União dos vegetais (utilização do Chá Hoasca (Ayahuasca). - Instituições religiosas que tem o uso de psicóticos Homeopatia em pacientes em casos de crise aguda? Crack: dependencia mais rápida por conta do tempo de meia vida curto Ação no SNC • Analgésicos: narcoanalgésicos e não narcóticos • Estimulantes: cocaína, anfetamina, cafeína, nicotina, etc • Depressores: barbitúricos, benzodiazepínicos, etanol, etc • Alucinógenos: LSD, MDMA (metilenodioximetanfetamina), mescalina, psilocina, bufotenina, ciclopentolato • Antidepressivos: imipramínicos, fenotiazínicos, fluoxetina, etc Drogas de Abuso: “Utilização desde o surgimento da humanidade” • NO MUNDO ANTIGO: Onde haviam plantas com propriedades psicoativas, haviam pessoas a usá- las, com pelo menos 3 propósitos, normalmente sobrepostos: medicinal, religioso e recreacional Origens no mundo antigo... Bebidas fermentadas (em todos os continentes) Alucinógenos (em todos os continentes) Maconha (Ásia central) Cocaína (América do Sul) Ópio (Norte da Ásia) Tabaco (Américas) Café (Arábia) Efedra (China) CANNABIS: Achados datados de 4000 A.C., na China e na Rússia, mostram o uso da Cannabis para: • Obtenção de fibras e fabricação de tecidos • Rituais religiosos (propriedades psicoativas) – inalação ou beberagens • Alimento (sementes) 1. Índia Principais preparações: bhang, ganja; usada de forma mais ampla pela população, também como afrodisíaca e relaxante; Seleção de espécies com maior psicoatividade 2. Europa e Américas: uso principal como fonte de fibra. Índia comercializa a Cannabis para Europa e Américas com o selo de aprovação da “Indian Hemp Drug Commission”, garantido a ausência de efeitos nocivos à saúde. Conhecimento popular do efeito psicoativo só ocorreu nos séculos XVIII e XIX. MACONHA • 1964 – Isolado e identificado o 9THC. Mimetiza a ação da anandamida • Canabinóides: Exercem efeitos específicos através da ligação com receptores específicos CB1 e CB2 • Receptores CB1 são expressos no cérebro e são responsáveis pelas propriedades psicoativas da maconha, e são encontrados em altos níveis no cerebelo (coordenação dos movimentos), córtex cerebral (funções cognitivas), no hipocampo (aprendizagem e memória), no núcleo accumbens (efeitos de recompensa) e no gânglio basal (controle dos movimentos) Usos clínicos: • Canabinóides são eficientes antieméticos e estimulantes do apetite e apresentam alguma ação analgésica • 9-THC sintético (dronabinol) é aprovado para o tratamento de anorexia associada a baixo peso, em pacientes com AIDS, e para tratamento da êmese causada pela quimioterapia do câncer • Evidencias não comprovadas: fumo da maconha eficaz em algumas afecções como, alívio da dor e espasmos musculares associados a esclerose múltipla, alívio de outros tipos de dor neuropática crônica inclusive a dor relacionada a AIDS Canabinóide = compostos com 21 átomos de carbono 61 canabinóides e 360 outros constituintes CBN, CBD, etc THC sintético Marinol FININHO, BASEADO: CIGARROS DE MACONHA (MISTURA DE PARTES DA PLANTA) EFEITOS: Euforia, risos inadequados, sedação, letargia, diminuição memória de curto prazo, prejuízo no julgamento, diminuição execução de processos mentais complexos, percepções sensoriais distorcidas, prejuízo motor e sensação de lentificação do tempo, conjuntivas injetadas, aumento do apetite, boca seca e taquicardia
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