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CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE ITAITUBA - LTDA FACULDADE DE ITAITUBA – FAI CURSO DE BACHARELADO EM FARMÁCIA Ana Beatriz soares lima TOXOLOGIA SOCIAL Itaituba - PA 2020 Toxicologia social Esta área da toxicologia estuda as substâncias químicas utilizadas sem finalidade terapêutica, com repercussões individuais, sanitárias e sociais. Para uma abordagem eficaz, faz-se necessário adotar medidas que aprofundem o conhecimento acerca dessas substâncias e o perfil do usuário, estabelecendo-se técnicas e programas de educação, tratamento, reabilitação e readaptação social dos indivíduos dependentes desses fármacos, denominados farmacodependentes. É uma área estreitamente ligada à toxicologia forense, no que diz respeito à adoção de medidas repressivas ao cultivo de plantas e à fabricação de drogas psicotrópicas que causam dependência. Entretanto, a prevenção deve se sobrepor ao aspecto repressivo. De acordo com o Comitê de Peritos da OMS em Farmacodependência, não existe causa única para a farmacodependência. É indispensável conhecer a interação do fármaco com o organismo e a interação deste com o meio ambiente. Segundo o comitê, é provável que várias combinações destes fatores possam determinar a farmacodependência. Fica claro, porém, que para planejar e executar programas eficazes de prevenção e tratamento necessita-se mais informações sobre os fatores associados ao consumo de drogas que causam dependência e as modalidades e a extensão desse consumo. Além disso, fatores como quantidade, frequência, duração e forma de consumo devem ser avaliados, para tentar analisar e interpretar todas essas interações. Classifica-se a farmacodependência, dentro de hipóteses etiológicas, em três grupos: -Fatores relacionados com características da personalidade do indivíduo usuário de droga; -Fatores relativos a distúrbios mentais ou físicos; -Fatores socioculturais e ambientais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica as drogas que causam dependência em: -Tipo álcool-barbitúrico: etanol, barbitúricos e outros fármacos sedativos; -Tipo anfetamina: anfetamínicos em geral; -Tipo cannabis: cocaína, folhas de coca, crack; -Tipo alucinógeno: LSD, mescalina, psilocibina; -Tipo opiáceo: morfina, heroína, codeína; -Tipo solvente volátil: tolueno, acetona, clorofórmio. Alguns exemplos de drogas e fármacos psicoativos e seus mecanismos de ação, efeitos e dopagem: Álcool O álcool é a substância psicoativa usada mais larga e precocemente (a primeira experiência tipicamente ocorre na adolescência) na vida. Trata-se de um depressor do sistema nervoso central (SNC), cujo mecanismo de ação neurofisiológico ainda não está totalmente esclarecido. Em pequenas quantidades, provoca sensação de bem-estar, expansividade, relaxamento e desinibição comportamental, além de comprometimento da coordenação motora. A progressão do consumo de álcool causa comprometimento da atenção e da capacidade de julgamento, humor eufórico, irritado ou deprimido e labilidade afetiva. Benzodiazepínicos Os benzodiazepínicos incluem uma grande variedade de medicações, largamente prescritas, que se diferenciam sobretudo pela meia-vida. Possuem uma ação depressora reversível sobre o SNC, atuando primariamente sobre os receptores do complexo GABA (ácido gama-aminobutírico) tipo A. Provocam graus variáveis de sedação, sonolência e relaxamento muscular, além de comprometimento cognitivo e do desempenho psicomotor. Possuem ação anticonvulsivante e induzem tolerância e dependência física. A intoxicação por essas substâncias é marcada pela excessiva sedação, ataxia, confusão e estupor e, em alguns casos, alterações comportamentais e agressividade. Maconha A maconha é a droga ilícita mais usada no mundo. É extraída de uma planta chamada Cannabis sativa e o principal composto psicoativo é o delta-9-tetra- hidrocanabiol (THC), cujo mecanismo de ação ainda não é totalmente conhecido. A droga conhecida como haxixe possui concentração de THC cerca de 10 vezes superior a da maconha e ambas as substâncias, no geral, são fumadas, mas podem ser ingeridas. Em doses mais elevadas, pode ocorrer hipotensão ortostática. Não é frequente a presença de pacientes com intoxicação por maconha em serviços de emergência. Os efeitos da maconha iniciam-se logo após ser fumada e duram cerca de 2 a 5 horas. Certo prejuízo das habilidades motoras pode permanecer por até 12 horas. Estimulantes Os estimulantes do SNC incluem cocaína, anfetamina e substâncias anfetaminoides (usadas como anorexígenos), entre outros. O principal efeito da cocaína é o bloqueio da recaptação de dopamina e de outras monoaminas, como noradrenalina e serotonina, levando ao acúmulo destes neurotransmissores na fenda sináptica. Pode ser usada por via intranasal, endovenosa e fumada (crack: cocaína, em sua forma de base livre, misturada a diversos solventes e de efeito muito potente), e é altamente aditiva.O uso de altas doses de cocaína (overdose) pode levar a eventos potencialmente fatais, como crises convulsivas, delirium, depressão respiratória, acidentes vasculares cerebrais, alterações cardiovasculares (angina pectoris, arritmias, infarto agudo do miocárdio), entre outros. As anfetaminas típicas (dextroanfetamina, metanfetamina e metilfenidato) e drogas anfetaminérgicas (anfepramona, femproporex, dietilpropiona) aumentam a liberação de neurotransmissores das terminações nervosas, como dopamina, noradrenalina e serotonina. http://www.medicinanet.com.br/pesquisas/maconha.htm http://www.medicinanet.com.br/pesquisas/anfetaminas.htm Nicotina A nicotina é a substância psicoativa do tabaco. É também um estimulante do SNC, com grande poder de causar dependência. Os efeitos incluem melhora das capacidades cognitivas, como atenção, humor e relaxamento. Também causa efeitos adversos agudos como náusea e/ou vômitos, aumento da salivação, diarreia, tontura, cefaleia, além de sinais de hiperatividade autonômica em pacientes não-habituados. A intoxicação aguda por nicotina não traz risco de vida para os usuários. Opioides Os opioides podem ser naturais (morfina, codeína), semissintéticos (heroína) ou sintéticos (meperidina, metadona, fentanil etc.) derivados do ópio. O principal sítio de ação é receptor opioides específicos no SNC, e seus efeitos incluem analgesia, euforia, alterações de humor, bradipneia, bradicardia, obstipação intestinal, miose, tremor, sonolência e confusão mental. Os sintomas de intoxicação incluem sedação e apatia, disforia ou irritabilidade, agitação ou retardo psicomotor, fala arrastada, comprometimento de memória e atenção, depressão respiratória, cianose, miose (pupilas em “ponta de alfinete”), bradicardia, hipotermia, hipotensão, edema pulmonar, arritmias cardíacas e convulsões. Solventes (Inalantes) Os solventes são depressores do SNC e contêm substâncias químicas voláteis aditivas em sua formulação (como tolueno, benzeno, tricloetano, acetona e hidrocarbonetos alogenados). Incluem colas de sapateiro, propulsores de aerossóis, tintas, vernizes, esmaltes e removedores, no geral drogas de fácil acesso. Os efeitos dos inalantes têm início após alguns minutos e, em geral, são intensos e efêmeros, incluindo hiperemia de conjuntivas, diplopia, fotofobia, zumbido, irritação de mucosas, fala pastosa, vertigem e alterações de marcha. O uso de doses maiores de inalantes provoca apatia, alteração comportamental (apatia, agressividade etc.), alucinações intensas, náuseas e/ou vômitos, dores torácicas e musculares, anorexia, nistagmo, diplopia, reflexos deprimidos e ataxia. Pode haver convulsões, depressão respiratória e cardíaca, arritmias e rebaixamento do nível de consciência; há risco de morte súbita.Conclusão Esta pesquisa permitiu observar, a grande importância da toxicologia que estuda os efeitos adversos das substâncias químicas sobre os organismos vivos e avalia a probabilidade da sua ocorrência, claramente estabelece a análise e a predição de risco como seus componentes integrantes. Ficando, mais nítida as consequências dos efeitos nocivos decorrentes do uso não médico de drogas ou fármacos, com prejuízos ao próprio usuário e à sociedade. Enfim, este trabalho, entende-se o que as substâncias tóxicas são aquelas que quando encontradas em proporções excessivas podem produzir efeitos nocivos, alterando uma função ou até levando à morte de um organismo vivo. Referencia Portal educação, 2020. Tipos de toxologia. Disponível em: < https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/farmacia/tipos-de- toxicologia/42099>. Acesso em: 02 de dez. de 2020. Medicina.net, 2009. Dependência de Substâncias Psicoativa. Disponivel em: < http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/1545/dependencia_de_substanci as_psicoativas.htm>. Acesso em: 02 de dez. de 2020. https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/farmacia/tipos-de-toxicologia/42099 https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/farmacia/tipos-de-toxicologia/42099 http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/1545/dependencia_de_substancias_psicoativas.htm http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/1545/dependencia_de_substancias_psicoativas.htm Álcool Benzodiazepínicos Maconha Estimulantes Nicotina Opioides Solventes (Inalantes) Medicina.net, 2009. Dependência de Substâncias Psicoativa. Disponivel em: < http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/1545/dependencia_de_substancias_psicoativas.htm>. Acesso em: 02 de dez. de 2020.
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