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As Cinco Etapas para um Treinamento Eficaz Para executar um programa de treinamento e desenvolvimento é necessário planejar adequadamente o processo para que os resultados sejam alcançados. Essa estrutura tradicional propõe que sejam seguidas cinco etapas. 1. Levantamento de Necessidades de Treinamento — é a etapa do diagnóstico das necessidades, determina quem precisa de que tipo de treinamento e qual o tipo de conteúdo ele deve ter. Esse levantamento garante que os recursos de treinamento sejam bem empregados em área de real necessidade. 2. Definição do Plano de Treinamento — define os objetivos do treinamento, é a definição dos critérios para o sucesso do treinamento. O que o participante deverá ser capaz de fazer ou saber após o treinamento? Como pode ser avaliada a consecução do objetivo? 3. Definição do Programa de Treinamento — nessa etapa deve-se projetar o programa de treinamento: tema, conteúdos, metodologia, recursos, orçamento. O principal foco aqui é pensar o que será repassado, como será aprendido e se será transferido para o trabalho. O treinamento pode ser feito de várias formas, desde uma palestra relativamente passiva a uma envolvente simulação. 4. Aplicação do Programa de Treinamento — é a implementação, execução ou condução do treinamento em si. Os programas devem ser aplicados por especialistas em treinamentos e especialistas no conteúdo. 5. Avaliação da Efetividade do Treinamento — para que seja efetivo um treinamento deve gerar resultados, e para avaliar os resultados de um treinamento podemos utilizar quatro técnicas: a) Avaliação de reação — na qual são verificadas as reações dos participantes frente ao programa apresentado, visando o entendimento e os sentimentos em relação ao conteúdo, a forma e o instrutor. b) Avaliação de aprendizagem — geralmente utilizam-se testes pré e pós-treinamento, verificando as habilidades, conhecimentos ou atitudes, se foram mudadas e em que proporção. c) Avaliação de aprendizado aplicado ao trabalho — verificando qual nível de aplicação da aprendizagem e os novos comportamentos assumidos no local de trabalho. d) Retorno do investimento — verificando se a aplicação do conhecimento produziu resultados mensuráveis e se o valor monetário dos resultados excedeu o custo do programa. O retorno do investimento pode ser medido em aumento de produtividade, economia de tempo, melhoria da qualidade, redução de erros ou redução de reclamação de clientes, por exemplo. Treinamento e Desenvolvimento por Competências Quando se fala em Gestão de Pessoas por Competências, o enfoque dos programas de treinamento e desenvolvimento é que o profissional deve desenvolver “capacidade para assumir atribuições e responsabilidades em níveis crescentes de complexidade” (DUTRA, 2012, p. 65). O fato de a pessoa não ser olhada em função apenas do cargo que ocupa, mas sim de sua trajetória na organização, estimula uma relação de longo prazo. Assim, o que se pretende é que os profissionais estejam em constante desenvolvimento para que possam assumir novas tarefas e novos cargos ao longo do tempo. “O processo de desenvolvimento é a preparação da pessoa para posições mais complexas em termos de abrangências ou para carreiras diversas da que ela está engajada ou desempenhada”. (GRAMIGNA, 2007, p. 49) Segundo Dutra (2012), com a finalidade de desenvolver as competências, as organizações podem trabalhar de duas maneiras, com ações de desenvolvimentos formais e/ou com ações de desenvolvimento não formais. As ações formais são os programas estruturados, com conteúdos programáticos específicos, metodologias didáticas, instrutores, material bibliográfico etc., como os cursos por exemplo. As ações de desenvolvimento não formais são aquelas que acontecem no próprio trabalho ou de alguma forma estão ligadas à atuação profissional, porém de forma estruturada. Exemplo de ação não formal é a indicação de que o profissional participe de algum projeto específico ou realize uma visita técnica, dentre outras possibilidades. A abordagem por competências aplicada ao desenvolvimento de pessoas pode ter desdobramentos importantes, conforme aponta Dutra (2012). • Análise das pessoas com base em sua individualidade: as pessoas deixam de ser avaliadas em função do cargo que ocupam e passam a ser avaliadas de acordo com a sua capacidade de entrega, ou seja, de acordo com a sua capacidade de apresentar resultados. Cabe ressaltar que, no caso de não ter as entregas esperadas, é preciso analisar se há algum problema motivado pela organização ou se há alguma deficiência nas competências do profissional. • Análise das deficiências individuais: analisar a capacidade de entrega de uma pessoa permite detectar o porquê da não entrega. Assim, é preciso identificar se a deficiência apresentada está no nível do conhecimento, da habilidade ou da atitude para que se estabeleça um plano de desenvolvimento individual. • Análise da efetividade das ações de desenvolvimento: após o estabelecimento de um plano de desenvolvimento individual é preciso avaliar se o mesmo foi efetivo, analisando as mudanças apresentadas pelo profissional. • Adequação das ações de desenvolvimento: as organizações devem constantemente incentivar o desenvolvimento das competências dos seus colaboradores. Para esse desenvolvimento é preciso que se mantenha o foco nos pontos fortes das pessoas, pois as pessoas se desenvolvem usando de forma mais elaborada seus pontos fortes. Síntese Nesse encontro aprendemos como realizar e/ou acompanhar os processos de recrutamento e seleção e treinamento e desenvolvimento de uma equipe. Vimos que o recrutamento tem o objetivo de atrair candidatos e deve ser feito por diversas fontes de divulgação de vaga. Já a seleção é a escolha do candidato ideal e deve ser feita por meio de técnicas específicas. Aprendemos que o treinamento tem como foco o cargo atual de um profissional e que o desenvolvimento se preocupa com o futuro daquele profissional na organização; de acordo com o nosso objetivo devemos escolher um tipo de treinamento que nos leve ao resultado desejado. Para que esse processo não tenha falhas devemos fazer o levantamento das necessidades de treinamento, a definição do plano e do programa de treinamento, a sua execução e avaliação. Referências CHIAVENATO, I. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. GRAMIGNA, M.R. Modelos de Competências e Gestão de Talentos. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. KNAPIK, J. Gestão de Pessoas e Talentos. 3 ed. Curitiba: Ibpex, 2011. ROBAGLIO, M.O. Seleção por Competências. São Paulo: Educator, 2001
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