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Plano de Recuperação Ambiental para Mineração

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1 
SUMÁRIO 
 
1 – INTRODUÇÃO ................................................................................................... 3 
DADOS DO REQUERENTE ..................................................................................................................... 3 
DADOS DO PROCESSO ........................................................................................................................... 3 
IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO ................................................................................ 3 
1.1 – DESCRIÇÃO DA ÁREA .............................................................................................................. 4 
2 – LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO .............................................................. 4 
3 – LEGISLAÇÃO ................................................................................................... 4 
3.1 – LEGISLAÇÃO FEDERAL ................................................................................................................ 4 
3.2 – LEGISLAÇÃO ESTADUAL ............................................................................................................. 7 
3.3 – DIAGNOSTICO AMBIENTAL DA ÁREA DE IFLUËNCIA ......................................................... 7 
4 – ASPECTOS FISIOGRÁFICOS .......................................................................... 9 
4.1 – GEOMORFOLOGIA ......................................................................................................................... 9 
4.2 - HIDROGRAFIA ................................................................................................................................. 9 
4.3 - CLIMA ................................................................................................................................................ 9 
4.4 - SOLOS ................................................................................................................................................ 9 
4.5 - VEGETAÇÃO .................................................................................................................................. 10 
5 – GEOLOGIA REGIONAL .................................................................................. 11 
6 – GEOLOGIA LOCAL ........................................................................................ 12 
7 – CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO .............................................. 12 
7.1 – PRODUÇÃO PREVISTA ................................................................................................................ 12 
7.2 – MÉTODO DE LAVRA .................................................................................................................... 12 
7.2.1 – Remoção do capeamento da jazida ........................................................................................... 13 
7.2.2 – Preparação das frentes de lavra ................................................................................................. 13 
7.2.3 - Desmonte Do Minério ................................................................................................................ 14 
7.3 – MEDIDAS ADOTADAS PARA SUPRIMIR E MINIMIZAR OS EFEITOS ADVINDOS DA 
ATIVIDADE MINEIRA ........................................................................................................................... 16 
8 – BENEFICIAMENTO DO MINÉRIO .................................................................. 16 
9 – CONSTRUÇÕES, INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS AUXILIARES ......... 19 
10 – PLANO DE RECUPERAÇÃO DO SOLO ...................................................... 19 
10.1 – INTRODUÇÃO.............................................................................................................................. 19 
10.2 – REMOÇÃO DO ESTÉRIL ............................................................................................................ 19 
10.3 – LAVRA DO MINÉRIO ................................................................................................................. 20 
10.4 – ESTABILIDADE DOS TALUDES E RECUPERAÇÃO DO SOLO ........................................... 20 
10.5 – COBERTURA VEGETAL ............................................................................................................ 20 
10.6 – ÁGUAS SUPERFICIAIS E SUBTERRÂNEAS ........................................................................... 20 
10.7 – PAISAGEM.................................................................................................................................... 21 
10.8 – SEGURANÇA PÚBLICA ............................................................................................................. 21 
11 – PLANO DE RECUPERAÇÃO DA ÁREA DEGRADADA E MEDIDAS MITIGADORAS 21 
11.1 – OBJETIVOS E USOS DE ÁREAS RECUPERADAS .................................................................. 22 
11.2 – MEDIDAS MITIGADORAS E DE RECUPERAÇÃO ................................................................. 23 
11.2.1 – Armazenagem do solo orgânico .............................................................................................. 23 
11.2.3 – Formação do bota fora ............................................................................................................. 23 
11.2.4 – Revegetação............................................................................................................................. 25 
11.2.5 – Revegetação na fase de operação ............................................................................................ 25 
11.2.6 – Taludes do bota fora ................................................................................................................ 25 
 2 
11.2.7 – Entorno industrial .................................................................................................................... 26 
11.2.8 – Revegetação na fase de desativação ........................................................................................ 26 
11.2.9 – Espécies vegetais a serem utilizadas e técnicas de plantio ...................................................... 26 
11.2.10 – Sistema de Drenagem ............................................................................................................ 28 
11.2.11 – Sistema de Tratamento de Efluentes ..................................................................................... 29 
11.2.12 – Controle de Emissão de Material Particulado ....................................................................... 29 
11.2.13 – Desmonte Controlado ............................................................................................................ 29 
11.2.14 – Acerto Topográfico ............................................................................................................... 29 
11.3 – MONITORAMENTO .................................................................................................................... 29 
12 – CRONOGRAMA ............................................................................................ 30 
13 – CONCLUSÕES .............................................................................................. 33 
14 – BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ................................................................... 34 
 
 
INDÍCE DE FIGURAS 
 
Figura 1 - Delimitação das áreas de influencia. ...................................................................................... 8 
Figura 2 - Foto com caracterização da vegetação existene na área ....................................................... 11 
Figura 3 - Forma das bermas do bota-fora ............................................................................................ 24 
Figura 4 – Esquema dos taludes ............................................................................................................ 24 
Figura 5 - Recomposição das bancadas no fim da pedreira ..................................................................32 
 
 
INDÍCE DE TABELAS 
 
Tabela 1 – Produção do minério............................................................................................................ 12 
Tabela 2 – Tabela de Impactos e Medidas Mitigadoras ....................................................................... 16 
Tabela 3 - Nomes científicos X nomes populares das espécies. ........................................................... 27 
Tabela 4 - Cronograma físico das atividades disposição imediata. ....................................................... 30 
Tabela 5 - Cronograma físico das atividades. ....................................................................................... 31 
 
ANEXOS 
 
ANEXO 1 – MAPA DE LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO 
ANEXO 2 – MAPA DETALHE 
ANEXO 3 – MAPA CONTROLE AMBIENTAL 
ANEXO 4 – DOCUMENTO FOTOGRÁFICO COMPLEMENTAR 
ANEXO 5 – ART – anotação de responsabilidade técnica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
1 – INTRODUÇÃO 
DADOS DO REQUERENTE 
Nome ou Razão Social: 
Delta Sul Comércio de Concreto Brita Areia 
Industrial e Asfalto 
Nome Fantasia: Delta Sul 
Inscrição CPF/ CNPJ: 
 10.246.086/0001-90 
 
Endereço / nº: Rua Capitão João Ribas De Oliveira, nº 81 
CEP: 81510-350 
Bairro: Guabirutuba 
Município/UF: Curitiba - PR 
DADOS DO PROCESSO 
Número ANM: 826.101/2020 
alvará: no 2.818 de 15/07/2020 
Inscrição CPF/ CNPJ: 10.246.086/0001-90 
Endereço / nº: PR 364, nº 3650, KM 173 
CEP: 85950-000 
Município: Palotina 
Área total de pesquisa: 49,78 hectares 
Área de Lavra 10 hectares 
Objetivo do Relatório: Relatório Ambiental Simplificado 
 
IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO 
Responsável técnica: Letícia de Mattos Santiago 
Formação: Engenheira Ambienta 
CREA-PR l147.414/D 
Responsável técnico: Davi Reis Messaggi 
Formação: Geólogo 
CREA-PR 75356/D 
 
O presente relatório vem apresentar o Plano de Controle Ambiental referente ao 
processo DNPM 826.101/2020, localizado no Município de Palotina, com uma área de 49,78 Ha. 
O estudo ambiental para fins de licenciamento ambiental é referente ao processo de 
lavra a céu aberto, para brita com desmonte por explosivo, para emprego direto na construção 
civil. O empreendimento é de Baixo Impacto Ambiental com produção anual de ROM (m³/ano) 
<120.000 (Resolução SEMA 31, de 24 de agosto de 1998) 
O presente estudo visa fornecer informações sobre a situação ambiental da área 
pretendida para a exploração mineral para fins de obtenção da respectiva licença Ambiental. 
 
 4 
1.1 – DESCRIÇÃO DA ÁREA 
 
A área a ser licenciada é uma pequena pedreira já explorada na década de 1980 e 1990, 
hoje se encontra abandonada, e transformada em área agrícola. Devido a obras do governo 
estadual na região, se torna necessário a retomada da pedriara para atividade de exploração 
mineral. 
Por se tratar de uma área já explorada, e que foi apenas abandonada, onde não foram 
feitos os cuidados ambientais adequados para paralisazação ideial, a retomada da atividade, 
para posteriormente serem feitos os trabalhos ambientais adequados para o fechamento da 
mina. Também é necessário resaltar que um área já explorada e em sua grande maioria de 
agricultura o impacto ambiental sem muito menor do que a abertura de novas áreas para 
exploração mineral. 
A área de lavra possui forma de semi ferradura, sua praça apresentam bancadas com 
altura variando entre 12 e 15 metros de altura. Apresenta abertura NE/SW com cerca de 150 
metros de frente e possui extensão de 90 metros. 
Cabe ressaltar que a espessura do solo na área da pedreira não passa de 2 metros, 
sendo a maioria da área cerca de 0,5 metro assim diminuindo ainda mais os problemas 
provenientes de bota-fora. 
Já existem parte das construções remanescentes da pedreira antiga, o que diminui 
ainda mais as ações necessárias para instalação assim diminuindo o impacto ambiental da 
mesma. 
O rio Pioneiro encontra-se a cerca de 100 metros da frente de lavra, a APP encontra-se 
preservada e será mantida. 
 
 
2 – LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO 
 
A área deste requerimento situa-se no Município de Palotina, Estado do Paraná. 
O acesso até à área, do município de Palotina, toma-se a rodovia PR-182 (Av. Pres 
Kennedy), sentido norte, município de Franciso Alves, até a Av.Shirley Lorandi Saulin, onde se 
toma a direita por cerca de 2 quilômetros, então pega-se a estrada municipal macadamizada, a 
esqueda por cerca de 500 metros até o início da área. 
 
 
3 – LEGISLAÇÃO 
3.1 – LEGISLAÇÃO FEDERAL 
 
 Constituição Federal de 05.10.88 
 A constituição Federal estabelece a exigência de estudo prévio de impacto 
ambiental para “instalação de obras potencialmente causadora de significativa degradação do 
meio ambiente” (art.225., parágrafo 1º, IV). 
 Para as atividades de mineração fica determinado que “aquele que explorar 
minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com a solução técnica 
exigida pelo órgão público competente, na forma da lei “, (artigo 225, parágrafo 2º). 
 
 
 
 5 
Decreto nº 97.635 de 10.04.1989 
 Determina que os empreendimentos que se destinam á exploração de recursos 
naturais deverão apresentar plano de recuperação de área degradada. 
 Lei nº 12.651 de 25.05.12, que dispõem sobre as áreas de preservação 
permanente: 
 Determina, nos artigos 4º, as áreas de preservação permanente: 
Art. 4o Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou urbanas, 
para os efeitos desta Lei: 
I - as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos 
os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de: 
a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de largura; 
b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a 50 
(cinquenta) metros de largura; 
c) 100 (cem) metros, para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta) a 200 
(duzentos) metros de largura; 
d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água que tenham de 200 (duzentos) a 600 
(seiscentos) metros de largura; 
e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham largura superior a 600 
(seiscentos) metros; 
II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de: 
a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d’água com até 20 (vinte) 
hectares de superfície, cuja faixa marginal será de 50 (cinquenta) metros; 
b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas; 
III - as áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, decorrentes de barramento 
ou represamento de cursos d’água naturais, na faixa definida na licença ambiental do 
empreendimento; 
IV - as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes, qualquer que seja 
sua situação topográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta) metros; 
V - as encostas ou partes destas com declividade superior a 45°, equivalente a 100% 
(cem por cento) na linha de maior declive; 
VI - as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues; 
VII - os manguezais, em toda a sua extensão; 
VIII - as bordas dos tabuleiros ou chapadas, até a linha de ruptura do relevo, em faixa 
nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais; 
IX - no topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura mínima de 100 (cem) 
metros e inclinação média maior que 25°, as áreas delimitadas a partir da curva de nível 
correspondente a 2/3 (dois terços) da altura mínima da elevação sempre em relação à base, 
sendo esta definida pelo plano horizontal determinado por planície ou espelho d’água adjacente 
ou, nos relevos ondulados, pela cota do ponto de sela mais próximo da elevação; 
X - as áreas em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a 
vegetação; 
XI - em veredas, a faixa marginal, em projeção horizontal, com largura mínima de 50 
(cinquenta) metros, a partir do espaço permanentemente brejoso e encharcado.Artigo 3º - 
Consideram-se ainda, de preservação permanente, quando assim declaramos por ato do Poder 
Público,as florestas e demais formas de vegetação natural destinadas: 
a) a atenuar a erosão das terras 
b) a fixar as dunas; 
 6 
c) a formar faixas de proteção de rodovias e ferrovias; 
d) auxiliar a defesa do território nacional, a critério das autoridades militares; 
e) a proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico ou histórico; 
f) a asilar exemplares de fauna ou flora ameaçados de extinção; 
h) a assegurar condições de bem estar público. 
Parágrafo 1º - A supressão total ou parcial de florestas de preservação permanente só 
será admitida com prévia autorização do Poder Executivo ou projetos de utilização pública ou 
interesse social. 
 O Artigo 12, da referida lei, estabelece a obrigatoriedade da reserva legal, “I - 
localizado nas demais regiões do País: 20% (vinte por cento). 
 Decreto Nº 99.174 de 06.06.90 
 Regulamentada a lei nº 6.938 de 1981, que dispõe sobre a Polítíca Nacional do 
meio Ambiente e dá outras providências. 
 Resolução Conama nº04 de 18.09.1985 
 Dispõe sobre reservas ecológicas e dá definições. 
São consideradas reservas ecológicas, as florestas e demais formas de vegetação 
situadas (Artigo 3º): 
I – ao longo dos rios ou de qualquer outro corpo d’água, em faixa marginal além do leito 
maior sazonal medida horizontalmente, cuja largura mínima será: 
5 (cinco) metros para os rios com menos de 10 (dez) metros de largura; 
igual à metade da largura dos corpos d’água que meçam de 10 (dez) a 200 (duzentos) 
metros; 
II – ao redor das lagoas ou reservatórios d’água naturais ou artificiais , desde o seu nível 
mais alto medido horizontalmente, em faixa marginal cuja largura mínima será: 
30 (trinta) metros para os que estejam situados em áreas urbanas; 
de 100 (cem) metros para os que estejam em áreas rurais, exceto os corpos d’água com 
até 20 (vinte) hectares de superfície, cuja faixa marginal será de 50 (cinqüenta) metros; 
de 100 (cem) metros para as represas hidrelétricas; 
III – nas nascentes permanentes ou temporárias, incluídos olhos d’água e veredas, seja 
qual for a sua situação topográfica, com uma faixa mínima de 50 (cinqüenta) metros e a partir de 
sua margem, de tal forma que proteja, em cada, a bacia de drenagem contribuinte; 
IV – no topo de morros, montes e montanhas, em áreas delimitadas a partir da curva de 
nível correspondente a 2/3 (dois terços) da altura mínima da evolução em relação á base); 
V – nas linhas de cumeada, em área delimitada a partir da curva de nível 
correspondente a 2/3 (dois terços) da altura em relação à base, do pico mais baixo da cumeada, 
fixando-0se a curva de nível para cada segmento da linha de cumeada equivalente a 1.000 (mil) 
metros; 
VI – nas encostas ou partes destas, com declividade superior a 100% (cem por cento) 
ou 45º (quarenta e cinco graus) na sua linha de maior declive; 
VII – nas restingas, em faixa mínima de 300 (trezentos) metros a contar da linha de 
preamar máxima; 
VIII – nos manguezais, em toda a sua extensão; 
IX – nas dunas, como vegetação fixadora; 
X – nas bordas de tabuleiros ou chapadas em faixa com largura mínima de 100 (cem) 
metros; 
XI – em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a sua 
revegetação; 
 7 
XII – nas áreas metropolitanas definidas por lei, quando a vegetação natural se encontra 
em clímax ou em estágios avançados de regeneração. 
 
 
3.2 – LEGISLAÇÃO ESTADUAL 
 
 A nível estadual a nova Constituição do Estado do Paraná, em seu capítulo V, que 
trata do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais apresentam vários artigos que tratam sobre a 
preservação e conservação, defesa, recuperação e melhoria do Meio Ambiente. 
 Dentre os artigos do referido capítulo podemos citar: 
 Artigo 207 – Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem 
de uso comum e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Estado, aos Municípios e a 
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as gerações presente e futuras, 
garantindo-se a proteção dos ecossistemas e uso racional dos recursos ambientais. 
 1º Cabe ao Poder Público, na forma da lei, para assegurar a efetividades deste 
direito: 
 V – exigir a realização de estudo prévio de impacto ambiental para construção, 
instalação, reforma, recuperação, ampliação e operação de atividades ou obras potencialmente 
causadora de significativa degradação do meio ambiente, do qual se dará publicidade; 
 VI – determinar aquele que explorar recursos minerais a obrigação de recuperar o 
meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pela órgão público 
competente; 
 2º As condutas e atividades poluidoras ou consideradas lesivas ao meio ambiente, 
na forma da lei, sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas: 
 
 I – à obrigação de, além de outras sanções cabíveis, reparar danos causados; 
 II – a medidas definidas em relação aos resíduos por ela produzidos; 
 III – a cumprir diretrizes estabelecidas por órgão competente. 
 
 
3.3 – DIAGNOSTICO AMBIENTAL DA ÁREA DE IFLUËNCIA 
 
A elaboração do presente plano contou, sobretudo na caracterização física, com os 
resultados obtidos durante os trabalhos desenvolvidos na pesquisa mineral destinada ao 
DNPM/AMN. Já o levantamento florístico foi desenvolvido exclusivamente para este trabalho. Os 
trabalhos realizados são descritos sucintamente abaixo e mais detalhadamente ao longo deste 
Plano. 
Caracterização Física: Reconhecimento do contexto geológico da área total do 
empreendimento e delimitação do depósito mineral, através da descrição das frentes de lavra 
existentes, afloramentos naturais, sondagens. 
Caracterização Florística: Neste item contemplou-se o reconhecimento das unidades de 
vegetação ocorrentes na área, através de trabalhos de campo e fotointerpretação prévia. 
Além destes, contou-se ainda com o levantamento bibliográfico sobre trabalhos 
anteriormente desenvolvidos na região. 
Para a delimitação das áreas de influência, tanto direta quanto indireta, foram 
consideradas as seguintes premissas: 
 8 
• Área de Influência Indireta (AII) - corresponde aos locais que serão atingidos 
secundariamente pelas atividades. Foi considerada a estrada local que liga ao Município de 
Pitanga, também a BR 466, assim como o município de Pitanga e a localidade rural do município 
como Área de Influência Indireta. 
• Área de Influência Direta (AID) - corresponde a área da propriedade onde se 
localiza o empreendimento que sofrerá influência direta por ruídos, vibração, pó, poeiras, e 
efluentes decorrentes da mineração e do beneficiamento, ou seja, 48,13 ha. 
• Área Diretamente Afetada (ADA) - compreende o local do empreendimento 
propriamente dito, ou seja, área de lavra, bota foras, bacias de contenção e acessos internos, 
onde a atividade se desenvolve. A área inicial da lavra será de, aproximadamente, 21,15 ha 
(área da jazida). A partir deste ponto serão gerados os impactos ambientais que devem ser 
mitigados, quando forem negativos, ou potencializados, em caso de impactos positivos. 
Caracterização Sócio Econômica: O empreendimento está situado na localidade rural, 
no município de Pitanga 
• A Área Diretamente Afetada e Área de influência Direta: Localizam-se totalmente 
dentro de propriedade da empresa responsável pelo empreendimento. As pessoas identificadas 
no entorno imediato e na Área de Abrangência Ambiental (Área Diretamente Afetada e Área de 
Influência Direta) estão ligadas ao superficiário por meio de vínculo empregatício e continuarão 
exercendo as mesmas funções já executadas. 
• Área de influência indireta: O empreendimento se localiza integralmente no 
município de Pitanga. A AII compreende a região da futura implantação do empreendimento e 
corresponde aos espaços, pessoas e bens situados no entorno, e localidades próximas que 
poderão ser afetados pela operação do empreendimento. 
 
 
Figura 1 - Delimitação das áreas de influencia. 
 
 9 
4 – ASPECTOS FISIOGRÁFICOS 
 
A área pesquisada fica inserida na região norte do 3o. Planalto paranaense, comaltitudes entre 300 e 450 metros sobre o nível do mar. 
A proximidade da área com as regiões fortemente urbanizadas no entorno da cidade de 
Palotina, conferem-lhe um grau de forte antropisação. Predominantemente, a área é ocupada 
por áreas de agricultura, principalmente soja, em propriedades rurais de diversos tamanhos. 
A existencia de uma pedriera abandonada na área confere grande vantagem na área, 
sendo o dano ambiental minimizado, com abertura de novo empreendimento. 
São raras as áreas sem ocupação agropecuária definida, com exceção de locais com 
grandes áreas de afloramentos de rochas ou campos de matacões, onde se desenvolvem 
capoeiras. 
 
4.1 – GEOMORFOLOGIA 
 
Geomorfologicamente a região apresenta relevo suavemente ondulado, com 
declividades pouco acentuadas. É freqüente observar-se nas paisagens a existência de degraus 
escalonados delineando topograficamente a sucessão de derrames basálticos. Os solos 
apresentam-se bastante espessos. As drenagens se encaixam nas principais estruturas, 
resultando em um padrão aproximadamente retangular. 
 
 
4.2 - HIDROGRAFIA 
 
A área é banhada à leste pelo rio Pineiro, que drena para o rio Piquiri, à norte. 
A grande bacia que drena a região de Palotina norte, é a do rio Piquiri. 
Esta rede de drenagem é constituída de rios e afluentes perenes e formam uma 
distribuição densa na forma dendrítica. 
Localmente a área objeto dos trabalhos de pesquisa é drenada por afluente da margem 
direita pelo Rio Pioneiros. 
 
 
4.3 - CLIMA 
 
Palotina está situada praticamente sobre a linha do Trópico de Capricórnio, a 555 
m.s.n.m., apresentando um clima subtropical úmido, mesotérmico, com verões quentes, 
temperatura média superior a 22ºC, sem estação seca definida, mas havendo concentração de 
chuvas nos meses de verão. Os invernos, com temperatura média inferior a 18ºC, apresentam 
geadas com pouca freqüência. 
 
 
4.4 - SOLOS 
 
Palotina, dotada de uma cobertura edáfica espessa, superior, em média, a 10 m, 
declividade média dos terrenos variando entre 0% e 10%, tem seu território de 490,27 km² 
integralmente contido dentro da sub-bacia do rio Pirapó. 
 10 
Os solos de natureza laterítica, Terra Roxa Estruturada e Latossolo Roxo, tem uso 
potencial classificado como Bom com Restrição por Erosão. A cobertura florestal original era a 
Floresta Estacional Semi-Decidual, cujos remanescentes só são encontrados, hoje, em áreas 
reduzidas de bosques e hortos de preservação privada ou pública. 
A espessa cobertura de solos lateríticos, com boa fertilidade natural, que foi o principal 
fator de desenvolvimento da economia regional é, também, um condicionante favorável à 
implantação das obras em projeto, uma vez que possuem profundidade suficiente para absorver 
o gabarito ferroviário e, por sua porosidade, mantém o lençol freático ao nível do contato solo-
rocha, sem interferir diretamente com a execução das obras. 
 
 
4.5 - VEGETAÇÃO 
 
A área de explotação trata-se de uma pequena pedreira abandonada, com entorno 
agrícola, poucos remanescentes de vegetação. 
Originalmente a vegetação da região em foco enquadrava-se no tipo Floresta Tropical 
Subperenifólia, caracterizada pela perda parcial das folhas no estrato superior durante a estação 
mais seca (inverno). Era uma vegetação compacta, de ciclo biológico contínuo e com 
multiplicidade de espécies. Apresentava normalmente árvores altas, com 30 a 40 metros de 
altura, de troncos cilíndricos e grandes diâmetros, copas em pára-sol, abundantes cipós, árvores 
médias, de copas mais fechadas, árvores pequenas, ervas e arbustos. Dentre as espécies de 
maior porte, destacavam-se a peroba, o pau-d’alho, a canela, a guajuvira, a figueira-branca, o 
jerivá, etc. 
Como Florestas Secundárias Naturais, apareciam as capoeiras ou capões de mato, 
onde espécies de pequeno a médio porte, de troncos médios a finos se desenvolvem. Nestas 
formações ocorriam taquara, sapé, assa-peixe, capim-amargoso, mamona, capim colonião, 
capim estrela, espinheiro, unha-de-gato, vassourão, vassourinha (maria-mole), trepadeiras, pata-
de-vaca, carqueja, dentre outros. 
Atualmente, devido à impulsão provocada pela indústria madeireira, pelo ciclo da soja e 
pelo comércio da região, muito pouco da cobertura vegetal primitiva resta intocado. Os 
remanescentes encontram-se ao longo de rios ou em pequenas porções, em reservas 
indígenas. De resto, a região encontra-se ocupada pela urbanização, pastagens, culturas, 
capoeiras e florestas secundárias. 
A área do empreendimento é em sua grande maioria ocupada por culturas. 
A região mostra reduzida diversidade e número de indivíduos. A ocupação antrópica 
contribuiu significativamente para afugentar os animais. Observam-se, dentre as aves, espécies 
generalistas, adaptadas às culturas, como pomba-do-mato, rolinha, tico-tico. De outros animais, 
observam-se vestígios, entre os répteis, de teiú, jararaca, urutu e cobra-d’água, e dentre os 
mamíferos, de preá, furão, rato silvestre, graxaim e tatu. 
A proximidade da área em disponibilidade, com regiões fortemente urbanizadas no 
entorno da cidade de Palotina, conferem-lhe um grau de forte antropisação. 
Predominantemente, a área é ocupada por áreas de pecuária leiteira e cultivos de roças, em 
pequenas propriedades rurais. São raras as áreas sem ocupação agropecuária definida, com 
exceção de locais com grandes áreas de afloramentos de rochas ou campos de matacões, onde 
se desenvolvem capoeiras. 
 
 11 
 
Figura 2 - Foto com caracterização da vegetação existene na área 
 
 
5 – GEOLOGIA REGIONAL 
 
A Formação Serra Geral, é representada por um espesso pacote de lavas basálticas 
continentais, com variações químicas e texturais importantes, resultantes de um dos mais 
volumosos processos vulcânicos dos continentes. A Formação Serra Geral cobre mais de 1,2 
milhão de km2, correspondentes a 75% da extensão da Bacia do Paraná, com variedades mais 
ricas em sílica, representadas por basaltos pórfiros, dacitos, riodacitos e riolitos, reunidos sob a 
denominação de Membro Nova Prata. A Formação Serra Geral aflora em todo o território do 
município e é responsável pela conformação topográfica em mesetas e platôs elevados do seu 
relevo. 
Apresenta forma alongada na direção NE-SW por cerca de 1750 km, com largura média 
de 900 Km. A espessura máxima de preenchimento é de aproximadamente 6000 metros no 
centro geométrico da bacia (Rocha 1997). 
Intimamente, relacionado com a reativação Waldeniana ou mesozóica, o vulcanismo foi 
alimentado por extensas fendas de tensão, hoje preenchidas por diques que em alguns casos 
exibem dezenas de quilômetros de comprimento e mais de cem metros de espessura 
(CORDANI, 1974 in: SCHOBBENHAUS et al 1984). 
Derrames individuais medem uma espessura de 50 a 100 metros em determinados 
lugares de 650 a 1500 metros de espessura para todos os lençóis. As idades radiométricas das 
citadas lavas vão do Jurássico Superior à parte média do Cretáceo inferior. Dados 
apresentados por SANFORD & LANG (1960 in: SCHOBBENHAUS et al. 1984) afirmam que o 
 12 
volume total dos derrames, que atingem o Uruguai e a Argentina ao sul, e Goiás e Mato Grosso 
ao norte, é da ordem de 350.000 Km2 . 
 
 
6 – GEOLOGIA LOCAL 
 
A geologia local é bastante simples, caracterizada por certa monotonia; toda extensão 
pesquisada é de rochas basálticas, tendo-se definido a existência de pelo menos dois derrames. 
Como características dos basaltos os derrames apresentam zoneamento estrutural 
vertical, onde a base se caracteriza por fraturamento horizontalizado, a porção intermediária por 
uma zona de basalto denso com fraturamento vertical em colunas prismáticas, predominando 
seções hexagonais e quadrilaterais, chegando a apresentar extensas zonas de basalto maciço, 
isento de fraturas. Finalmente a porção de topo de derrame se caracteriza pela zona vesicular 
amigdalóide. 
A rocha apresenta cor predominante cinza, com textura granular fina, com diferentes 
graus de alteração.7 – CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO 
 
Este capítulo vem descrever os métodos de lavra e beneficiamento do minério, produção 
de estéril e rejeitos e as possíveis interferências destas atividades com o meio e uma análise e 
avaliação dos principais efeitos ambientais. 
 
 
7.1 – PRODUÇÃO PREVISTA 
 
 A escala de produção prevista será da ordem de 10.000 m3/mês de basalto. Para 
uma produção desta ordem. 
 
Tabela 1 – Produção do minério 
Produção de minério beneficiado 
Tipo Quantidade (ton) 
 Diário Mensal 
Brita 2 106 2.150 
Brita 1 80 2.000 
Pó + Pedrisco 40 1.000 
Brita graduada 249 4.240 
 
7.2 – MÉTODO DE LAVRA 
 
 O método de lavra a ser utilizado para o basalto é o a céu aberto, o qual apresenta 
várias vantagens, tais como: custo mais baixo, utilização racional, facilita a vigilância e aplicação 
de métodos de arranque mecânico, melhores condições de trabalho no que se refere à 
iluminação e ventilação, menores riscos de acidentes, não existe escoamento, maior produção, 
 13 
melhor aproveitamento da mão-de-obra, etc. Porém apresenta algumas desvantagens, tais 
como: remoção de grandes quantidades de rejeito, exposição de pessoal e máquinas às chuvas, 
poeiras e sol e ainda limitar o trabalho a profundidades moderadas. 
Será utilizado o desmonte por bancos ou bancadas, durante toda operação de lavra, que 
se concluiu ser o ideal e intensamente empregado na maioria das minerações semelhantes em 
operação. Este método exige também, além de um perfeito conhecimento da jazida, um 
planejamento seguro onde será estudado o equipamento para a operação prevista, a altura e a 
largura das bancadas, as vias de acesso, o local para colocação de rejeito e o local das 
instalações dos equipamentos de beneficiamento e demais condições importantes 
empreendimento. 
Este método de lavra a céu aberto por bancadas consiste na combinação de escavação, 
carregamento e transporte de estéril e minério. 
Todas as operações neste plano de lavra serão definidas pelos itens abaixo: 
 
Remoção do capeamento da jazida 
Preparação das frentes de lavra (desenvolvimento) 
Desmonte do minério 
Carregamento do minério 
Transporte do minério 
 
 
7.2.1 – Remoção do capeamento da jazida 
 
 A remoção do manto estéril da jazida será intensificada nas laterais da frente de 
lavra, a fim de lavrar o basalto que se encontra em cotas superiores da ocorrência na área, 
através de uma lavra contínua em vários níveis (bancadas), com maior controle dos taludes, 
com menores espessuras de estéril e menores distâncias, de transporte. Vale a pena ressaltar, 
que este capeamento da jazida no local acima descrito possui espessura média de 50 cm a 1 m 
que é um fator positivo. 
 
7.2.2 – Preparação das frentes de lavra 
 
Para justificar a escolha da utilização deste método de formação de bancadas, nesta 
lavra a céu aberto, descreveremos todas as vantagens e motivos que levam a isto. 
Denomina-se bancada a forma dada aos maciços rochosos pelos desmontes 
sucessivos. Uma bancada consta essencialmente de três planos. Dois planos são horizontais, 
formando o mais elevado, o topo da bancada, e o mais baixo, o pé da bancada, também 
conhecido por praça. O terceiro plano é vertical ou levemente inclinado, em relação à vertical e 
forma a face da bancada. A razão desta constituição dada ao terreno reside na necessidade de 
se obter o máximo possível de superfícies livres na direção das quais o desmonte propriamente 
dito pode agir com a máxima intensidade e máximo efeito. Todos os trabalhos preparatórios 
devem conduzir a uma rápida formação de bancada projetada e o serviço, posteriormente, deve-
se desenvolver no sentido da manutenção desta forma. 
Nesta fase de preparo das frentes de lavras são desenvolvidas as estradas, com um 
traçado conveniente para os caminhões possuírem o menor ciclo entre a frente de lavra e o 
beneficiamento ou os estoques homogeneizados. 
 
 14 
7.2.3 - Desmonte Do Minério 
 
Esta fase de desmonte do minério constituí, sem dúvida a fase mais importante da lavra, 
pois em muito influi nos custos e rendimentos, tanto do próprio desmonte, como no de carga, 
transporte, rebritagem do granito. 
O desmonte é executado por empresa terceirizada. 
O desmonte do granito é realizado em bancadas, após o decapeamento terá a altura de 
25 metros. 
O sucesso da chamada detonação primária ou principal é a chave mestra para o êxito 
de uma operação de alta rentabilidade. Dependendo do tamanho do britador primário e do 
equipamento de carga e de transporte disponível chega-se, às vezes, a quase total eliminação 
da detonação secundária. Desta forma, a eficiência da britagem fica sensivelmente aumentada. 
Os fogos secundários não são realizados, pois existe um rompedor hidráulico para as rochas 
maiores das bancadas. 
Tentaremos definir o DESMONTE IDEAL como sendo resultado da aplicação do 
conjunto de fatores tecnológicos que permitirão uma fragmentação de tal ordem que se atinja ao 
mínimo custo unitário possível. 
Este valor será obtido pela combinação harmoniosa dos fatores abaixo mencionados: 
- Furação – diâmetro dos furos, posição (vertical ou inclinada) 
Equipamento a ser usado 
- Escolha dos acessórios de detonação mais indicados. 
- Escolha dos explosivos mais econômicos. 
- Sequência de detonação. 
- Carregamento correto dos furos. 
- Equipamentos de carga. 
- Equipamento de transporte ou material desmontado. 
- Instalação de britagem. 
A fragmentação inadequada (grandes matacões) traz sensíveis prejuízos à operação, 
apresentando os seguintes inconvenientes: 
- Dificuldade no carregamento do material desmontado. 
- Dificuldade de transporte do material da praça ao britador. 
- Deficiência da alimentação da estação de britagem. 
- Aumento sensível nos custos de manutenção, principalmente nos equipamentos de 
carregamento e transporte (desgaste de pneus). 
- Perda de produção diária de todo o conjunto, tanto no setor de desmonte como de 
britagem. 
- Redução na disponibilidade de ar comprimido – o consumo de ar comprimido 
destinado aos marteletes usados no fogacho poderia ser utilizado para acionar os equipamentos 
de fração do fogo principal. 
- Aumento do consumo de brocas, mangueiras, peças sobressalentes para os 
marteletes destinados ao fogacho. 
- Necessidade de se ter marteleteiros destinados exclusivamente ao Fogo 
Secundário. 
- Em muitos casos, os matacões ao caírem na praça, bloqueiam áreas 
consideráveis, atrapalhando e reduzindo a eficiência das carregadeiras. 
 15 
Todo plano de fogo ao ser feito pela primeira vez, precisa ser experimentado e ajustado 
até se conseguir o resultado que mais se convém ao seu idealizador. Lembramos que a rocha 
além de ser quebrada, precisa ser projetada e convenientemente espalhada na praça de 
maneira a formar uma pilha uniforme e bem distribuída para facilitar o serviço dos equipamentos 
de carga. Uma pequena diminuição na fragmentação aumenta de muito a eficiência das 
carregadeiras, diminuindo o seu ciclo de trabalho. Isto traz como conseqüência uma diminuição 
nos custos de manutenção e baixa no custo da tonelada removida. 
Um aspecto também importante e que diz respeito ao ciclo de trabalho das 
características e boa localização dos caminhões a serem carregados em relação às posições de 
movimentação das carregadeira. Este naturalmente, não depende tanto da fragmentação, mas 
sim da boa distribuição do equipamento que deve ser controlado pelo “Supervisor da praça”. 
Uma boa fragmentação (material miúdo) aumenta muito a vida útil dos pneus das 
carregadeiras de rodas e não força o equipamento. Estes fatos baixam o custo do material 
removido, pois diminuem despesas de manutenção. Se a fragmentação é ruim torna-se 
necessário o uso de escavadeira com Shovel, o que além de ser um equipamento muito caro, 
apresenta o inconveniente de possuir baixa flexibilidade e mobilidade. 
O custo de transporte (da praça até o britador) é diretamente afetado pela fragmentação.O caminho passa a ser mais bem carregado com o material mais uniforme, pois o carregamento 
na praça e descarga no britador são mais rápidos e assim o seu ciclo de trabalho diminui. 
Teremos redução no custo da manutenção do equipamento, nunca vai se carregar demais e 
teremos também uma redução total no custo da tonelada transportada. 
Como os equipamentos de britagem estão ficando cada vez mais sofisticados e, 
consequentemente, mais caros, é preciso, portanto, que eles trabalhem com a máxima eficiência 
possível. Quanto menos esforços os britadores fizerem, mais barato é o custo de britagem. A 
alimentação dos britadores primários é mais contínua, não haverá necessidade de paradas para 
os marroeiros quebrarem as pedras maiores, que não passam pela boca do britador. É preciso 
muito cuidados ao se planejar um conjunto de mineração pois vários assuntos diferentes estão 
interligados cada um envolvendo uma técnica específica. 
A seguir são apresentados os principais elementos que constituirão a fase de desmonte, 
tentando-se definir um desmonte ideal, como resultado de aplicação do conjunto de fatores 
tecnológicos, associado a um mínimo custo unitário possível. 
 
Altura das bancadas – 12 metros 
Espaçamento entre furos – 4,50 metros 
Afastamento entre linhas – 2,00 metros 
Tipo de malha – pé de galinha 
Profundidade média dos furos – 14 metros 
Subfuração – 1,0 metros 
Tampão – 2,0 metros 
Diâmetros dos furos – 3” 
Tipo de explosivo – Powergel coluna única – Explo 
Densidade média do Basalto “in situ” – 2,82 Ton/m3 
Razão de carregamento – 0,480 Kg/m3 
Espoleta de retardo – 25 MS (milisegundos) 
 
Para comunuição dos matacos será usado um martelete hidráulico para que não haja 
fogachos durante a operação. 
 16 
7.3 – MEDIDAS ADOTADAS PARA SUPRIMIR E MINIMIZAR OS EFEITOS ADVINDOS 
DA ATIVIDADE MINEIRA 
 
Tabela 2 – Tabela de Impactos e Medidas Mitigadoras 
FASE MEIO IMPACTOS MEDIDAS MONITORAMENTO 
Instalação Fisico Movimento de 
drenagens 
Programa de 
planejamento e 
fiscalização 
Solo, erosão, taludes, 
drenos 
Instalação e 
Operação 
Edáfico e 
aéreo 
Resíduos 
sólidos, 
emissão de 
gases poluição 
sonora, 
poeiras de 
veículos 
Separação do 
lixo, regulagem 
dos filtros e 
escape, 
umedecimento 
das vias de 
acesso 
Solo, erosão, taludes, 
drenos, qualidade do 
ar 
Instalação e 
Operação 
 Detonação da 
topografia e 
paisagem 
natual 
Recomposição 
periódica com 
mudas e 
gramíneas 
Solo, erosão, taludes e 
drenos 
Operação Hidrico Derrame de 
óleo e graxa e 
água de 
retorno 
Dispositivo de 
terenção e 
coleta tanque de 
decantação 
Água, solo, erosão, 
taludes, drenos 
Instalação Biótico flora Área já 
degradada 
ocupada 
Proteção do 
entorno cm 
gramíneas e 
arbustivas 
Solo, vegetação 
Operação Fauna Resíduos 
humanos e 
operacionais 
Espaço 
específico para 
disposição de 
resíduos 
humanos e de 
máquinas 
Solo, vegetação, 
resíduos 
Encerramento 
da atividade 
Exaustão 
Físico Recomposição 
paisagística de 
construções 
civis e obras, 
descompactação 
do solo 
 
 
 
8 – BENEFICIAMENTO DO MINÉRIO 
 
A empresa pretnede fazer uma instalação de britagem com capacidade de 15.000 m3 
/mês ou 43.200,00 t. Esta unidade será instalada a aproximadamente 200 metros das frentes 
atuais de lavra. 
A empresa pretenda explorar 10.000 m3 /mês, porém instalara um equipamento maior, 
para possível aumento de demanda, assim se o aumenta acontecer o mesmo será comunicado 
ao IAT . 
 17 
O R.O.M. (Rum of Mine) proveniente das frentes de lavra da área em questão e 
transportado (por caminhões) até as instalações de cominuição e classificação, onde passa 
pelos processos necessários a obtenção dos produtos anteriormente citados. 
As instalações da unidade de Beneficiamento atualmente em operação na empresa são 
compostas por: 
• 1 britador de mandíbulas primário de 1 eixo modelo 100/60; 
• 1 britador de cone secundário, modelo 9026; 
• 1 britador de cone terciário, modelo 90 RF; 
• 1 grelha vibratória com malha de 1” de abertura; 
• 1 peneira vibratória de 3 “decks” com malhas de 1 oitavo, ¾, 3/8; 
• 9 transportadores de correia; 
• 1 alimentado vibratório. 
A britagem é definida com a fase grosseira da cominuição de minerais. O processo mais 
empregado na britagem consiste na fragmentação do minério através, principalmente, da ação 
da força de compressão, aplicada pelo movimento periódico de aproximação e afastamento de 
uma superfície móvel contra outra fixa. Em uma instalação de britagem, os tipos de 
equipamentos e seu arranjo podem variar, mas, de uma maneira geral o fluxo do produto segue 
uma trajetória mais ou menos definida, caracterizando-se a natureza do equipamento em cada 
uma das etapas do processo. 
As instalações de britagem apresentam o seguinte arranjo: 
O minério após ser descarregado no silo, passa por uma alimentador vibratório com 
abertura de 11/2”. O material acima de 11/2” vai para o britador de mandíbulas primário, modelo 
100/60 que reduz o minério a 7 polegadas. O passante em 11/2” vai para a pilha de brita 4 – A. 
O produto do britador de mandíbulas (abaixo de 7”) é transportado por correia 
transportadora para a pilha pulmão I (rachão). Desta pilha o minério e retomado por calha 
vibratória e transportado por correia transportadora até uma grelha vibratória com abertura de 
1”. A fração acima de 1” alimenta um britador cônico secundário. O produto desta britagem é 
transportado por correia para a pilha pulmão intermediária (rachãozinho), onde é retomado por 
calha vibratória e transportado juntamente como passante na grelha abaixo de 1”) para uma 
peneira vibratória de 3 decks (11/8”, 3/4" e 3/8). 
O material retido no primeiro deck (acima de 11/8”) alimenta o britador conico terciário 
que opera em circuito fechado com a peneira vibratória. O minério passante em 11/8” e retido 
em 3/4" segue para a pilha de brita 2. O passante em 3/4" e retido em 3/8” segue para a pilha de 
brita 1. O minério abaixo de 3/8” constitui a pilha de pedrisco e pó. 
Todos os produtos são armazenados em pilhas de conformação cônica ao ar livre. 
Encontram-se na página seguinte o fluxograma da unidade de beneficiamento, onde 
estão definidas as instalações de britagem e classificação de R.O.M. 
 
 
 
 18 
SILO
 AIMENTADOR 
 VIBRATÓRIO
 GRELHA 11/2”
 PILHA
 BRITA
 4-A
< 11/2”
 BRITADOR 
MANDÍBULAS
 PRIMÁRIO
> 11/2”
< 7”
 PILHA
 PULMÃO
(RACHÃO)
< 7”
CALHA VIBRATÓRIA
> 1”
 GRELHA
 VIBRATÓRIA
 ABERTURA 1”
< 1” BRITADOR
 CÔNICO
SECUNDÁRIO
 PILHA
 INTERMEDIÁRIA
(RACHÃOZINHO
PENEIRA
VIBRATÓRIA
3DECKS 11/8”,3/4” E 
3/8”
CALHA
VIBRATÓRIA
- 1/8”
+ 3/4”
PILHA
BRITA
 1
-3/4”
+ 3/8”
> 11/8”
 PILHA
PEDRISCO
 E PÓ
< 3/8”
BRITADOR
CÔNICO
TERCIARIO
PILHA
BRITA
 2
 
 
 
 19 
 No processo de beneficiamento para produção de rocha britada, a geração de poeira 
pode originar problemas de saúde, não apenas para os trabalhadores envolvidos no processo, 
como também para a população que ocupa o entorno desses empreendimentos, ocasionando 
conflitos entre esta comunidade e a atividade de extração mineral. 
As instalações de britagem de um modo geral representam um desafio para técnicos em 
controle ambiental. Como o processo de britagem tem como objetivo a cominuição da rocha, é 
normal a grande formação e emissão de materiais finos particulados, agravados pela 
necessidade de transporte por etapas e estocagem em pilhas intermediárias. 
Para a diminuição da poeira durante a britagem serão utilizados aspersores de águas 
nas esteiras rolantes e nos britadores, para manter o material úmido e com isto evitando a 
dispersão de pó. 
 
 
9 – CONSTRUÇÕES, INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS AUXILIARES 
 
Dentre as diversas construções auxiliares na área de lavra teremos: 
- escritório; 
- refeitórios com áreas suficiente para atendimento dos operários; 
- fossas sépticas apropriadas para disposição dos dejetos e águas servidas; 
- coleta dos resíduos recicláveis e retornopara coleta municipal; 
- balança para pesagem das cargas. 
- Oficina de manutenção 
 
 
10 – PLANO DE RECUPERAÇÃO DO SOLO 
 
10.1 – INTRODUÇÃO 
 
Pela análise do relatório de pesquisa na área em questão que se pretende lavrar, há um 
capeamento médio de 50 cm a 1 m, isto é, cerca de no máximo 1 m de material estéril (solo) 
sobre a superfície do minério. 
Basicamente o plano de recuperação do solo se dará pela extração do minério até a 
cota mínima da lavra, fazendo-se posteriormente a cobertura desta praça com uma camada de 
1,5m de terra vegetal, formando uma área que atualmente possui topografia irregular em uma 
área plana, possibilitando assim a valorização do terreno e sua utilização na agropecuária, pois 
a mesma estará ao nível superior às barragens de água de proteção ao meio ambiente do 
minério que formam e serão construídas. 
 
10.2 – REMOÇÃO DO ESTÉRIL 
 
Todo estéril constituído por solo de alteração será retirado de uma área de 
aproximadamente 346.407 m2 em toda extensão da área e depositado nas encostas do terreno. 
Estas operações serão realizadas através de equipamentos de escavação, carga e transporte. 
 
 
 
 
 20 
10.3 – LAVRA DO MINÉRIO 
 
Pelos estudos geológicos realizados no corpo mineral que será lavrado inicialmente, 
este deverá ser rebaixado continuamente por bancadas (“open-pit”). O preparo das frentes de 
lavra para a área do processo ANM 826.101/2020, constituirá na abertura da face oeste da 
jazida, em um piso de bancada (praça) na cota 285m, com avanço planejado para direção EW. 
O avanço planejado para a lavra seguirá a direção noroeste com uma abertura na face norte da 
jazida em uma piso de bancada (praça). 
 
 
10.4 – ESTABILIDADE DOS TALUDES E RECUPERAÇÃO DO SOLO 
 
 Após a realização dos serviços de lavra acima descritos, o terreno que foi lavrado 
constará de uma área plana de rocha cercada por taludes com altura variável de 5 a 10 metros, 
com inclinação destes taludes estáveis na relação 1:3 e bermas de 5 metros. Serão realizados 
trabalhos de terraplanagem com a finalidade de aterrar 1,5 m de terra desta praça e acertar os 
taludes da encaixante para que fiquem estáveis (de 1:3 até 1:6). Devemos observar que os 
serviços serão realizados com parte do estéril, que inicialmente foi retirado de cima do basalto 
(solo de alteração do minério). 
 
10.5 – COBERTURA VEGETAL 
 
Com o desenvolvimento dos serviços de preparação para lavra, os serviços de remoção 
do solo serão realizados das cotas superiores para as inferiores, e à medida que se vai 
terminando os patamares de lavra (bancadas) de cima para baixo será implantado um sistema 
de reflorestamento com eucalipto salígna ou pinus taeda, malha 1,00 X 1,50m nas encostas e 
bermas laterais do “open-pit”, visando não só aproveitar o terreno inclinado como também 
promover maior estabilidade dos taludes. Associado aos eucaliptos e pinus, deverá ser 
implantado, também, um revestimento vegetal rasteiro, através de vegetação herbácea, que irá 
contribuir na estabilidade e evitar erosão das áreas trabalhadas. 
 
10.6 – ÁGUAS SUPERFICIAIS E SUBTERRÂNEAS 
 
Um dos efeitos mais importantes relacionados à mineração a céu aberto é o problema 
da erosão. A ocorrência do impacto erosão é devido ao carregamento de partículas sólidas pelas 
águas pluviais, e que geralmente provocam alterações muito desastrosas ao meio ambiente, 
principalmente às águas superficiais. 
As causas da erosão podem ser de origens diversas, principalmente devido à exposição 
do solo pelo decapeamento e pela disposição de material estéril. 
Neste contexto, a melhor solução seria promover trabalhos de revegetação das áreas 
críticas, o que evitaria a ação erosiva das precipitações atmosféricas. Porém, medidas desta 
natureza nem sempre são possíveis, principalmente em áreas que estão sendo trabalhadas e 
que a curto prazo ainda estarão envolvidas com as atividades de extração. Para tais situações, a 
solução adotada para prevenir os possíveis contágios sobre o curso d’água de superfície á a 
construção de barragens de terra, com a finalidade de formar pequenos lagos para a deposição 
dos sólidos. 
 21 
A médio e longo prazo a melhor solução, cujos detalhes serão dados mais adiante, é 
promover uma cobertura vegetal nas áreas desprovidas de vegetação, evitando a ação erosiva 
das precipitações atmosféricas. 
No que se refere às águas subterrâneas, praticamente não existem relações importantes 
com as atividades de lavra, visto que elas se dão em bancadas que estão bem acima do lençol 
freático. 
 
 
10.7 – PAISAGEM 
 
A atividade desenvolvida no local vem alterando o conjunto paisagístico da área. O 
principal aspecto que contribui para o impacto visual é a alteração topográfica, que é decorrente 
de várias atividades desde a fase de implantação até as operações de lavra. 
O impacto visual, entretanto, é sentido principalmente por aqueles que convivem com a 
atividade mineira, e acabam por desenvolver um determinado ripo de percepção ambiental, onde 
a configuração paisagística já está incorporada. 
Embora o fato, a proposição de medidas que venham reduzir tal impacto reabilitando a 
paisagem o melhor possível, é fundamental para um convívio mais harmonioso entre a 
comunidade e a mineração. 
Na verdade, as configurações espacial e visual de uma área, e mesmo as intervenções 
paisagísticas ocorridas, fazem parte da experiência que o indivíduo ou a comunidade tem do 
local. Assim, com a execução de um plano de recuperação para áreas conturbadas, além de 
minimizar o efeito psicológico da agressão ambiental, há uma grande contribuição na melhoria 
das próprias condições do ambiente de trabalho. 
Todas as medidas propostas no sentido de recuperar a área e conseqüentemente a 
paisagem local serão analisadas no capítulo seguinte. 
 
 
10.8 – SEGURANÇA PÚBLICA 
 
A prevenção de acidentes depende fundamentalmente de medidas a nível de 
engenharia de segurança do trabalho. Para tanto, o uso de equipamentos de proteção individual 
(EPIs), como óculos, luvas, botas, etc., são importantes, e nesse sentido existe uma 
conscientização aos funcionários para uma utilização correta dos mesmos. 
No que se refere à circulação de veículos, todo o trânsito é feito em área rural, e por 
tratar-se de estradas não pavimentadas a velocidade dos veículos é reduzia, não havendo 
maiores problemas quanto à segurança. 
 
 
11 – PLANO DE RECUPERAÇÃO DA ÁREA DEGRADADA E MEDIDAS 
MITIGADORAS 
 
O conceito de recuperação pode apresentar várias interpretações tornando a expressão 
“recuperação de áreas degradadas” bastante controvertida. 
O artigo 2º do Decreto 97.632, de 10.04.89, define degradação como “os processos 
resultantes dos danos ao meio ambiente, pelos quais se perdem ou reduzem algumas de suas 
características, tais como, a qualidade ou capacidade produtiva dos recursos ambientais”. 
 22 
Recursos ambientais por sua vez, foram definidos no artigo 3º, inciso V, da Lei da 
Política nacional do Meio Ambiente, como “a atmosfera, as águas interiores, superficiais e 
subterrânea, os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo e os elementos da biosfera”. 
Áreas degradadas por atividades de mineração, portanto, são áreas que sofreram algum 
impacto ambiental decorrente destas atividades, e os processos de degradação são aqueles que 
causam impacto ambiental. Serão estes os conceitos utilizados neste plano de recuperação. 
O objetivo da recuperação e fixado no artigo 3º do citado decreto: “o retorno do sítio 
degradado a uma forma de utilização, de acordo com um plano pré-estabelecidos para o uso do 
solo, visando a obtenção de uma estabilidade do meio ambiente. Esta exigência legal tem a 
característica de deixar em aberto o grau de recuperação requerido, isto é não obriga a uma 
restauração das condições originais do sítio, o que na maioria das vezes, é economicamente 
inviável se não impossível. 
Por outro lado, a exigência legal fixa as diretrizes para a elaboração do plano de 
recuperação:1) A área deve ser utilizável para alguma finalidade; 
2) Esta deve estar de acordo com um plano pré-estabelecido; e 
3) A condição final deve ser estável, ou seja, a área deve estar em equilíbrio dinâmico 
com o entorno. 
 
Estas exigências seguem as recomendações do “Grupo de Trabalho de Recuperação de 
Áreas Degradadas pela Mineração” (1988), constituído pela antiga Secretaria Especial do Meio 
Ambiente. 
As medidas mitigadoras têm a função de minimizar a geração e propagação dos efeitos 
e impactos ambientais devido à operação do empreendimento, em suas diversas atividades 
produtivas e de apoio, como ruídos, poeira, gases, e efluentes líquidos. As medidas mitigadoras 
são dinâmicas, ou seja, devem ser planejadas, implantadas, e a partir do monitoramento dos 
indicadores de qualidade ambiental e de poluição do meio, devem ser incrementadas, 
adaptadas, ou reprojetadas de acordo com a sua eficiência. 
As medidas apresentadas a seguir são propostas de acordo com o projeto da empresa, 
e os possíveis danos que podem acarretar ao meio, e com a necessidade de preservar os 
recursos naturais. A eficiência dessas medidas podem e devem ser avaliadas a partir da 
implantação de um programa de monitoramento. 
 
11.1 – OBJETIVOS E USOS DE ÁREAS RECUPERADAS 
 
 Vários estudos citam a importância da elaboração de um plano global para cada 
projeto de recuperação, atendendo as condições e aos requisitos individuais de cada situação. 
Assim, o plano de recuperação para áreas mineradas deve estabelecer previamente os objetivos 
específicos de cada projeto, tende em vista o nível desejado com base nas características 
específicas do local, a demanda da região por certos tipos de usos e sua situação locacional 
frente à região na qual está inserida. 
 NEPHEW (1973), numa tentativa de classificação, definiu os seguintes níveis de 
recuperação: 
 
a) Nível básico: prevenção dos efeitos maléficos para a área ao redor do local, porém 
sem medidas para reparação do local que foi minerado. 
 23 
b) Nível parcial: recuperação da área ao ponto de habita-la para algum uso utilitário, 
mas deixando modificada em relação ao seu estado original. 
c) Recuperação completa: restauração das condições originais do local 
(especialmente a topografia e a vegetação). 
COLE et alli (1976) acrescentaram uma quarta opção ou nível: 
d) Recuperação: que supera o estado original da paisagem antes da mineração. 
Estes quatros níveis podem ser considerados como um a escala ascendente de 
alternativas e custos. O problema, logicamente, é decidir qual o nível correto para cada caso ou 
projeto individual, levando em conta todas as variáveis naturais e sociais (U.S DEPARTAMENT 
OF AGRICULTURE 1977). 
 
 
11.2 – MEDIDAS MITIGADORAS E DE RECUPERAÇÃO 
 
11.2.1 – Armazenagem do solo orgânico 
 
A mineração de superfície exige a retirada da vegetação e da capa superior do solo, 
constituindo a etapa de limpeza das operações de lavra. 
Quando removido, o ideal é fazê-lo e armazená-lo misturado com a vegetação do 
mesmo local, convertida mecanicamente em cobertura morta. 
O solo orgânico pode ser amontoado em camadas de terra de até 1,5 metros de altura e 
de 3 a 4 metros de largura, com qualquer comprimento. De preferência, o local deve ser plano e 
protegido das enxurradas e da erosão. 
A preservação do material deve utilizar basicamente um processo natural com a 
introdução de vegetação. Essa vegetação terá não só a função do material, mas também a 
função de adubação verde do solo. 
A função de contenção será feita por gramíneas cujo sistema radicular fasciculado 
facilitará a contenção superficial, evitando com isso, perdas com desbarrancamento e erosão 
hídrica excessiva. Já as leguminosas terão a função de fixação de nutrientes e , quando 
incorporada ao material, possuirão a função de complementação de adubação. 
Um cuidado que deve ser tomado é o de não armazenar solos muito úmidos, nem faze-
lo em época de chuvas. 
 
 
11.2.3 – Formação do bota fora 
 
O material estéril que compõe o capeamento da jazida deverá ser removido e 
armazenado criteriosamente em locais de bota fora a norte da mina. Nestes locais serão 
escavadas trincheiras de meio metro de profundidade, a partir de uma trincheira principal 
escavada no leito da encosta. 
As trincheiras devem ser preenchidas com pedras, configurando um sistema de 
drenagem em forma de “espinha de peixe”. 
Deve ser erguida uma pequena barreira de enroscamento para delimitar a área do bota 
fora e a disposição do material sempre deve ser de forma ascendente. 
A jusante do dique inicial será erguido um pequeno dique de 0,5 metros de altura para 
captação dos sólidos originados por erosão do bota fora. 
 24 
Estes procedimentos atenuarão as alterações topográficas (bota fora concordante com a 
topografia), a geração de resíduos sólidos, a alteração na qualidade do solo pela redução do 
assoreamento e principalmente o impacto visual. 
Na implantação deve haver a remoção da terra preta para confecção das bancadas, em 
níveis de acordo com o avanço da lavra conforme a figura 3. 
 
 
 
Figura 3 - Forma das bermas do bota-fora 
 
 
 
A remoção da terra preta deve ser feita após a confecção das drenagens. 
A terra preta deve ser estocada em separado para posterior aproveitamento. 
As bancadas devem ser feitas com taludes de forma a manter a estabilidade e evitar ao 
máximo a erosão. Deve Ter inclinação para trás para o escoamento de água. 
 
 
Figura 4 – Esquema dos taludes 
 
 
5m 
10m 
i=2% 
i=45º 
 Remoção solo 5a.fase 4a.fase 3a.fase 2a.fase 1a.fase 
 25 
11.2.4 – Revegetação 
 
As atividades de revegetação desempenham um papel importante na recuperação 
ambiental de áreas mineradas, pois tem a capacidade de mitigar uma série de defeitos e 
impactos ambientais, além de auxiliar no restabelecimento de algumas características primitivas 
do sítio. 
A implantação da revegetação necessita de algumas atividades essenciais ao seu 
estabelecimento, tais como a regularização do terreno, disposição de uma camada de no 
mínimo 30cm de solo orgânico sobre locais trabalhados ou aterrados e práticas de adubação e 
calagem. 
Assim, deve-se dar atenção especial a estas atividades, assegurando sua implantação e 
estabelecimento já na fase de operação do empreendimento Tal procedimento minimiza os 
impactos gerados durante a exploração e garante o controle dos processos de degradação. 
Além disso, esses trabalhos iniciais servirão como indicativos e parâmetros das ações 
seguintes, ou seja, fornecerão subsídios para ao aprimoramento paulatino dos trabalhos. 
O processo de revegetação deverá seguir algumas etapas, de acordo com a idade do 
empreendimento, as quais serão divididas em medidas durante a fase de operação e medidas a 
serem tomadas na desativação do empreendimento. 
 
 
11.2.5 – Revegetação na fase de operação 
 
Durante a fase de operação, as medidas de revegetação terão como objetivos principais 
à atenuação do impacto visual e evitar a instalação de possíveis processos erosivos. 
As atividades neste sentido terão início assim que possível dentro de cada objeto e 
condizente com os aspectos que caracterizam cada área em particular. Elas serão graduais 
executadas concomitantemente com os trabalhos de lavra, de maneira a permitir que ao final 
das operações os trabalhos estejam restritos aos locais de lavra. 
Desta forma, os resultados iniciais servirão como indicativos e parâmetros das ações 
seguintes, ou seja, fornecerão subsídios para o aprimoramento paulatino dos trabalhos. 
A seguir é feita uma análise dos locais e procedimentos de revegetação durante a fase 
de operação de mina. 
 
 
11.2.6 – Taludes do bota fora 
 
A revegetação destes taludes visará evitar a erosão provocada pelo carreamento de 
partículas pelas águas pluviais, além de aumentar a estabilidade dos mesmos. 
As atividades serão direcionadas de modo a otimizar as condições de regeneração 
natural, tendo em vista que foram observadostaludes inativos com regeneração espontânea na 
área do empreendimento. 
Obviamente, as condições naturais devem ser aproveitadas e pode-se considerar ainda, 
que há uma melhoria na regeneração do ecossistema com a utilização de espécies nativas. 
Primeiramente, os taludes devem ser avaliados quanto à declividade e, caso necessário, 
redimensionados de modo a possibilitar o estabelecimento vegetal. 
Os pontos onde os efeitos dos processos erosivos forem mais contundentes, devem ser 
recortados manualmente em linhas retas e recobertos novamente em solos. 
 26 
Assim, como preparação inicial, deve-se proceder um sulcamento das fases dos taludes 
em linhas a cada 20cm, com profundidade de 5cm. Este sulcamento deve ser mantido até que a 
própria vegetação estabelecida sirva como limitante à velocidade da chuva. 
Quanto à fertilidade, os substratos dos taludes apresentam-se acidificados e 
empobrecidos, pois ficam expostos à lixiviação pelas águas pluviais. Posteriormente 
descreveremos com detalhes sobre a correção de acidez e dos níveis de fertilidade. 
A cobertura vegetal se dará, além das espécies nativas, através da semeadura de 
gramíneas e leguminosas. 
 
 
 
11.2.7 – Entorno industrial 
 
As atividades de regeneração desta área se direcionarão de modo a possibilitar a 
formação de cinturões de vegetação ao redor das áreas de beneficiamento do minério. 
Segundo a Comissão Técnica do Meio Ambiente do Instituto Brasileiro de Mineração 
(1987), os cinturões verdes ou florestais oferecem redução da poluição do ar por gases poeiras 
e energia. 
Reduzindo o impacto visual, minimizam o efeito psicológico da agressão ambiental O 
efeito do cinturão verde em termos de qualidade ambiental se dá através da absorção parcial de 
alguns gases como SO2, NO2, HF, da retenção física parcial do material particulado emitido e da 
redução da poluição sonora. Esta prática apresenta vantagens como a melhoria da visibilidade e 
das condições de trabalho e diminui o efeito da poeira sobre os equipamentos e instalações, 
uma vez que o cinturão atua como uma espécie de filtro. 
A revegetação desta área será executada através de mudas de espécies nativas, que 
poderão ser obtidas facilmente na região. 
 
 
11.2.8 – Revegetação na fase de desativação 
 
Os trabalhos de revegetação durante a fase de desativação deverão estar restritos aos 
limites internos da cava que ainda não tiverem sido recuperadas ao longo da vida útil do 
empreendimento. 
De acordo com o item 6.4, as frentes de lavra deverão formar taludes com altura média 
de 5 a 10 metros, com inclinação destes taludes na relação 1:3. Estes taludes deverão ser 
revegetados com gramíneas, a fim de formar uma cobertura rasteira contra processos erosivos, 
além de um extrato formado por pinus. 
 
 
11.2.9 – Espécies vegetais a serem utilizadas e técnicas de plantio 
 
11.2.9.1 – Vegetação herbácea 
 
As áreas que compreendem os taludes de barragens, bota fora e outras áreas, citadas 
nos itens anteriores deverão receber uma cobertura vegetal do tipo herbácea, através de um 
consórcio de gramíneas e leguminosas. 
Dentre as gramíneas que poderão ser utilizadas citam-se as seguintes : 
 27 
- Brachiaria decumbens (braquiária): semeada a lanço na proporção de 8kg de 
sementes/ha; 
- Melinis minutiflora (capim gordura): semeado a lanço na proporção de 14kg de 
sementes /ha. 
 
Dentre as leguminosas que podem ser utilizadas, citam-se as seguintes: 
- Callopogonium mucunoides (calopogônio): leguminosa rastejante, trepadeira, 
com flores azuladas e vagens de 2 a 4 cm de comprimento, coberta de pelos. Capaz de fixar até 
200 Kg/ha de nitrogênio, em doze a quatorze semanas, é especialmente recomendada como 
adubo verde para culturas que consomem grandes quantidades daquele nutriente. Tem-se 
revelado excelente cobertura do solo, quando plantada entre laranjeiras e outras frutíferas, além 
de ser muito eficiente no controle de invasores em áreas recém desbravadas. O plantio é 
realizado de outubro a março, a lanço ou por meio de semeadeiras, à profundidade de 2 a 4 cm. 
- Stizolobium deeringianum (muçum-anã): planta anual, hervácea, semi-ereta, 
que atinge de 40 a 50 cm de altura. O ciclo vegetativo dura em torno de 150 dias. A muçum-anã 
se desenvolve bem em clima tropical e sub tropical e em quase todos os tipos de solo. A época 
indicada para plantio é a das chuvas, para produção de massa verde, tanto para forragem como 
para adubação, o espaçamento deve ser de 50cm entre as fileiras, colocando-se duas sementes 
a cada 10cm de distância ao longo da linha. Utiliza-se cerca de 60 Kg/ha. Para maior eficiência 
do plantio recomenda-se, o plantio consorciado das gramíneas e leguminosas, o que permite um 
recobrimento mais rápido do solo. 
Nesse sentido, a neutralização de acidez (calagem) deve ser anterior à adubação com 
espaço mínimo de 3 meses entre as duas operações, na proporção de 400g/m2 
A adubação deverá ser realizada com complexo N-P-K, numa dosagem de 120 Kg/ha . 
Esta adubação deve ser parcelada e incorpada em duas aplicações de igual teor e realizadas 
com espaçamento de três meses entre cada uma. 
 
 
11.2.9.2 – Vegetação arbórea 
 
Dentre as espécies arbóreas que poderão ser utilizadas nos cinturões verdes e 
possivelmente na futura área de reflorestamento, citam-se: 
 
 
 
Tabela 3 - Nomes científicos X nomes populares das espécies. 
NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR 
Araucária angustifólia Araucária 
Pinus elliot Pinus 
Fícus sp Figueira 
Esiduim guaiava Goiaba 
Morus nigra Amoreira 
Eugenia uvalha Uvaia 
 
 
 28 
 O reflorestamento deverá seguir algumas etapas de implantação, as quais são 
apresentadas a seguir: 
- COMBATE AS FORMIGAS: a área deve ser percorrida na sua totalidade para 
destruição dos formigueiros. As formigas cortadeiras devem ser identificadas primeiramente 
quanto ao gênero ATTA (saúva) e ACROMYRMEX (quenquém). Para as saúvas usa-se isca 
granulada a base de dodecacloro e para as quenquéns a micro-isca a base do mesmo princípio 
ativo. 
- COVEAMENTO MANUAL: não tendo havido preparo prévio do terreno, dado às 
particularidades das áreas, as covas terão dimensões de 0,40 x 0,40 x 0,40m. Serão preparadas 
as terras de superfícies e do fundo de cada cova para adoção da “inversão” no plantio, ou seja, 
no momento do plantio a terra de superfície deve ser colocada no fundo da cova e o subsolo na 
superfície. 
- COROAMENTO: para evitar-se competição aérea e radicular, será realizado o 
coroamento para plantio ao redor das covas, com um raio mínimo de 0,60m a partir das bodas. 
- ADUBAÇÃO NA COVA: esta operação é realizada concomitante com o plantio. 
O fertilizante, na fórmula NPK 10-10-10 é aplicado em todas as covas na razão de 250g, 
sofrendo íntima incorporação com todo o volume de terra retido da mesma. 
- DISTRIBUIÇÃO MANUAL DAS MUDAS: consiste no transporte das mudas do 
viveiro e sua distribuição nas covas. Segue o ritmo de plantio, não sendo admitido sobras de 
muda não efetivamente plantadas. 
- PLANTIO FLORESTAL: está condicionado às condições climáticas da região. 
No ato do plantio é procedida a retirada total do recipiente procurando evitar o destorroamento. 
Preparada a muda, esta é colocada na cova, sobre uma pequena quantidade de terra misturada 
com fertilizante, a seguir a cova é completada com o restante da mistura. O colo da muda deve 
ficar em concordância com a su0perfície do terreno, ficando o substrato original recoberto por 
uma leve acamada de terra. A terra ao redor da muda é compacta adequadamente. O excesso 
de terra retirada da cova agora ocupada pela muda é disposta em “coroa” ao redor do colo, 
assegurando um melhor armazenamento das águas das chuvas. 
- REPLANTIO FLORESTAL: é feito periodicamente após o plantio e visa a 
substituição das mudas mortas. 
- TRATAMENTO FITOSSANITÄRIO: operação absolutamente imprevisível no 
tocante ao tipo de praga ou doença, época de ocorrência e intensidade de ataque. Realizada 
evidentemente quando necessária, através de pulverizadorescostais manuais ou monitorizados. 
 
 
11.2.10 – Sistema de Drenagem 
 
Uma das medidas para conter a ocorrência de erosão e assoreamento, principalmente 
afetando áreas fora do limite da área de lavra e de bota-fora, é a implantação de sistema de 
drenagem das águas pluviais. O sistema consiste de dispositivos de coleta e escoamento de 
águas pluviais com o objetivo de direcionar a um sistema de tratamento adequado, sem afetar a 
qualidade das águas superficiais dos cursos naturais. O sistema consistirá em canaletas de 
captação em todas as áreas limítrofes de trabalho e nas bancadas em solo, que por sua vez 
direcionará para canaletas de escoamento. Nas bancadas em rocha as águas serão escoadas 
pela parte interna das bermas, com caimento para uma das bordas, e por fim, para as canaletas 
de escoamento. Em locais de maior declividade as canaletas de escoamento serão construidas 
com dissipadores de energia. 
 29 
11.2.11 – Sistema de Tratamento de Efluentes 
 
As águas pluviais escoadas pelo sistema de drenagem serão tratadas em bacias de 
decantação, com o objetivo de reter as partículas sólidas, e evitar a contaminação das águas 
naturais. Essas bacias serão constituídas nos pontos próximos ao despejo de efluentes nos 
cursos d’água. 
 
 
11.2.12 – Controle de Emissão de Material Particulado 
 
O controle de emissão de material particulado consiste na umectação de acessos na 
área de mineração, acessos, pátios, e bota-fora, com utilização de caminhão pipa. 
Na área de beneficiamento o controle será por jateamento de água nos pontos de 
descarga de minério, e de transferência dentro do processo. 
 
 
11.2.13 – Desmonte Controlado 
 
O controle da detonação de explosivos é feita continuamente, com ajustes da carga por 
espera com a utilização de microrretardos, tamponamento dos furos, cobertura do cordel 
detonante com material inerte, e mudanças na malha de furação, de modo a se obter o melhor 
rendimento com a redução dos efeitos e impactos ambientais. O monitoramento das 
detonações, com medições de níveis de vibração e sobre pressão acústica é importante para 
esses ajustes na fase de operação do empreendimento. 
 
 
11.2.14 – Acerto Topográfico 
 
A atividade de extração de minérios promove alterações na morfologia do terreno que na 
maioria dos casos tomam-se definitivos, por ser inviável a recomposição, mesmo que parcial à 
conformação original. 
No caso específico deste estudo, a área de lavra, após a exaustão, também apresentará 
um rebaixo em toda a área lavrada. O estéril gerado no decapeamento, e o rejeito gerado na 
frente de lavra podem minimizar parcialmente esse impacto, com o preenchimento das áreas 
exauridas. Inicialmente será utilizado o depósito de estéril. 
 
 
11.3 – MONITORAMENTO 
 
O monitoramento será fundamentado nas variáveis ambientais analisadas neste plano. 
Seu objetivo será implementar todas as medidas propostas, permitindo um completo 
acompanhamento, detectando qualquer desconformidade ou alteração da qualidade ambiental. 
Deverá ser efetuado em freqüentes campanhas, com visitas sistemáticas de uma equipe 
técnica, que além de implementar as medidas propostas, terão a unção de recolher dados e 
informações para elaboração do relatório anual de execução dos trabalhos de recuperação. 
Dentre as atividades que deverão fazer parte do monitoramento tem-se: 
 
 30 
- Avaliação da estabilidade dos taludes; 
- Controle de qualidade das águas; 
- Controle de armazenamento de solo orgânico; 
- Controle de disposição de rejeitos (barragens e bota fora); 
- Avaliação de possíveis processos erosivos; 
- Monitoramento do plano de recuperação vegetal; 
Cabe salientar que a implantação do monitoramento implicará em modificação das 
medidas propostas, quando observadas alterações das condições ambientais, ou qualquer fator 
relevante. 
 
 
 
12 – CRONOGRAMA 
 
A seguir são feitas as apresentações dos cronograma de execução dos trabalhos relativos 
à lavra onde o primeiro são as medidas de caráter imediato e ao programa de recuperação para 
os próximos 20 anos. 
 
Tabela 4 - Cronograma físico das atividades disposição imediata. 
PROBLEMA 
OBSERVADO 
GRAVIDADE RESOLUÇÃO TEMPO 
Geração de pó durante o 
beneficiamento muita alta. 
Baixa à média Colocação de aspesores na britagem. 6 meses a 1 ano 
Bacia de decantação na 
britagem e frente de lavra. 
Média 
Construção de bacias de decantação na 
britagem para que a água superficial não 
carreta material particulado para o córrego. 
6 meses 
Cortina Vegetal Baixa 
Plantação de cortina vegetal em torno da 
pedreira e britagem. 
1 ano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 31 
Tabela 5 - Cronograma físico das atividades. 
Atividade 
ANO 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 
Remoção do 
capeamento 
 
 
Preparação 
da frente de 
lavra 
 
 
Operações 
de lavra 
 
 
Deposição 
de estéril 
 
Construção 
e ou 
ampliação 
de barragens 
 
 
Acerto dos 
taludes finais 
 
Revegetação 
dos taludes 
das 
barragens 
 
 
Revegetação 
do bota fora 
 
Revegetação 
do entorno 
industrial 
 
 
Revegetação 
dos taludes 
finais de 
lavra 
 
 
 
Revegetação 
de outras 
áreas 
 
 
 
 
 
13 – PLANO DE FECHAMENTO DA MINA 
 
Há de se considerar ainda que a atividade oferece grandes riscos ao meio ambiente, 
dada a pequena expressão da área envolvida, não gera resíduos tóxicos não compromete de 
forma definitiva a população de fauna e flora. 
Recentemente tem-se difundido a ideia de fechamento da mina, e por se tratar de um 
recurso não renovável, é natural que o tempo de seu aproveitamento por diversos motivos 
extinga-se. Tais motivos podem ser de caracteres econômicos, técnicos e ou ambientais, e 
 32 
merecem um destaque especial, já que o projeto de fechamento da mina é uma tarefa 
relativamente particular a cada atividade e região, o que torna o seu programa de fechamento 
um estudo que deverá levar em consideração diversos fatores. 
No entanto, conforme N.R.M. 20, o fechamento, será previamente comunicado e 
justificado ao Ministro de Minas e Energia devidamente acompanhado dos instrumentos 
comprobatórios exigidos. 
Após o encerramento das atividades explotáveis na jazida será feita então a 
recuperação visual da área. O rejeito que inicialmente foi retirado para o decapeamento e 
armazenado ao lado da mina deverá ser usado na recuperação dos taludes afetados pela lavra. 
Após esta medida a vegetação provavelmente voltará naturalmente. 
A cava final tem seu limites projetados e seus taludes deverão ter inclinação máxima de 
300 onde haverá a revegetação, com implantação de canais de drenagem. Os taludes laterais 
deverão ter ângulos de inclinação próximos de 500. 
Estes canais de drenagem tem como objetivo coletar águas pluviais e a oriundas de 
eventuais vertentes, que ocorrem no sopé dos taludes. 
As águas dos canais serão direcionados a um tanque de decantação, antes de verter 
para a drenagem natural existente. 
 
 
 
Figura 5 - Recomposição das bancadas no fim da pedreira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 33 
14 – CONCLUSÕES 
 
Pelo que foi apresentado neste plano e considerando todas as interferências ao meio 
ambiente provocadas pelo empreendimento, pode-se concluir que todos os efeitos gerados são 
comuns a todas as atividades desta natureza. 
As medidas propostas para atenuação dos impactos provocados são compatíveis com 
os objetivos e diretrizes da empresa, estando a mesma comprometida a implantar todas as 
medidas, estando também ciente que deverá fazer comunicação por escrito de toda e qualquer 
alteração no pano ao órgão ambiental. 
O plano prevê atividades concomitantes com a operação do empreendimento, como a 
formação de barreira vegetal e atividades posteriores à sua desativação. 
Torna-se justo

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