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Unidade 4_Saude Trabalho e Meio Ambiente pdf

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Saúde, Trabalho
e Meio Ambiente 
Unidade 4
Objetivos
- Conhecer as Conferências Mundiais sobre o Meio Ambiente;
- Conhecer a lei sobre educação ambiental;
- Refletir sobre a relação das condições de trabalho com o meio ambiente;
- Discutir sustentabilidade;
- Conhecer a Carta da Terra;
- Reconhecer os tipos de responsabilidade social.
Meio 
Ambiente
Meio Ambiente Saúde, Trabalho e Meio Ambiente| UNISUAM 
2
Introdução
Olá! Como estão os estudos?
Estamos iniciando a última unidade da nossa disciplina. A partir de agora discutiremos a temática 
do meio ambiente sob diversas perspectivas. Iniciaremos apresentando as conferências 
mundiais sobre o meio ambiente, o conceito de educação ambiental, sua legislação e como 
proceder, além de refl etir sobre a relação entre o meio ambiente e o espaço de trabalho.
4
T1 Meio ambiente e saúde
Desde os primórdios existe uma consciência humana sobre a relação entre condições 
ambientais e saúde. O homem sempre relacionou sua vida aos movimentos da natureza, 
como: clima, fases da lua, chuvas e ventos.
Existem relatos de fi lósofos desde a Antiguidade sobre a relação de enfermidades e as 
forças ambientais. 
Porém, como vimos na unidade 2 quando tratamos de saúde do trabalhador, percebemos 
que essa preocupação se acentuou na modernidade, mais especifi cadamente na época da 
industrialização e de urbanização, e os problemas ambientais, visivelmente, começaram a 
ser associados à saúde, às condições de vida e ao trabalho.
Nesse período da história de grande desenvolvimento industrial, as intervenções sanitárias 
tinham como fundamental a Teoria dos Miasmas. Nela, sujeiras externas e odores de 
putrefação deveriam ser eliminados para não espalharem doenças. 
Infecç ã o e higiene antes da teoria microbiana: a 
história dos miasmas 
Fonte: http://www.ghtc.usp.br/server/pdf/ram-
Miasmas-Sci-Am.PDF
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Meio Ambiente Saúde, Trabalho e Meio Ambiente | UNISUAM
3
Relações entre ambiente e saúde
O tema ambiental foi apontado pela primeira vez na Agenda Mundial em 1972, na Conferência 
das Nações Unidas sobre o Ambiente, em Estocolmo. Nessa ocasião nasceu a expressão 
ecodesenvolvimento. Dessa reunião surgiram as primeiras discussões para a preparação 
da Rio-92 e o relatório Brundtland, denominado Nosso Futuro Comum. Nesse documento foi 
apresentado o conceito de desenvolvimento sustentável atendendo às necessidades 
do presente sem prejudicar ou comprometer as gerações futuras. É possível perceber 
o papel dos seres humanos em relação ao ambiente.
A ONU e o Meio Ambiente
Fonte: https://nacoesunidas.org/acao/meio-ambiente/
saiba mais?
http://brasilescola.uol.com.br/geografi a/eco-92.htm
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A menina que calou o mundo por 6 minutos
Vídeo YouTube: h t tps: / /www.youtube.com/
watch?v=J0qM8oFeFY0
saiba mais?
Já na Rio-92 foi proposta a Agenda 21, termo usado 
para designar um plano de ação para o desenvolvimento 
sustentável. A agenda 21 foi um pacto internacional 
assinado por 178 chefes de Estado e de governo, em que 
se comprometem a criar estratégias de desenvolvimento, 
principalmente no que tange às questões ambientais.
Na Agenda 21 está explícita a visão de que é difícil atribuir 
causa a apenas um elemento no caso de qualquer doença, 
pois a saúde humana é infl uenciada não apenas por fatores 
específi cos, mas pela interação entre eles: físicas, biológicas, 
químicas e sociais (MINAYO, 2009, p.86).
Meio Ambiente Saúde, Trabalho e Meio Ambiente| UNISUAM 
4
http://sna.agr.br/sna-participa-da-rio-20/
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Principais Conferências Internacionais sobre o Meio 
Ambiente e Documentos Resultantes
Fonte: http://www.ecclesia.com.br/biblioteca/
fe_e_meio_ambiente/principais_conferencias_
internacionais_sobre_o_meio_ambiente_e_
documentos_resultantes.html
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Continuando...
Em 2002 aconteceu em Johanesburgo (África do Sul) 
a cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, 
comemorando 10 anos da Rio-92. Nesse evento a saúde foi 
uma das cinco prioridades. A Organização Mundial de Saúde 
assumiu a responsabilidade por um plano de ação sobre 
saúde e ambiente, no qual as temáticas no foco versavam 
sobre o manejo de substâncias tóxicas, contaminação do 
ar, da água e do solo.
A Rio+20 aconteceu em 2002, novamente na cidade do Rio 
de Janeiro, e reuniu um total de 193 representantes de países 
e uma das maiores coberturas jornalísticas mundiais de toda 
a história, sendo acompanhada dia a dia em todo o planeta. 
O resultado foi a avaliação das políticas ambientais então 
adotadas e a produção de um documento fi nal intitulado “O 
futuro que queremos”, onde foi reafi rmada uma série de 
compromissos.
Refl etindo
Como podemos ver, muito se tem discutido sobre o meio 
ambiente. Mas será que estão sendo tomadas medidas 
efi cientes para protegê-lo? O que você pensa sobre esse 
assunto? Qual é a sua opinião sobre a charge a seguir??? 
Discuta esse assunto com seus colegas, no trabalho e 
em casa.
Fonte: http://agoranahistoria.blogspot.com.br/2015/06/eco-92-nova-era-que-nao-aconteceu.html
Meio Ambiente Saúde, Trabalho e Meio Ambiente | UNISUAM
5
T2 Educação AmbientalA educação ambiental tenta despertar, em todos, a consciência de que o ser humano é parte 
do meio ambiente, tentando superar a visão antropocêntrica, que fez com que o homem se 
sentisse sempre o centro de tudo, esquecendo a importância da natureza, da qual é parte 
integrante. 
No Brasil, a Lei 9.795, de 27 de abril de 1999, sobre educação ambiental, decretada pelo 
Congresso Nacional e sancionada pela presidência da República, dispõe no artigo 1º: 
Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a 
coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências 
voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à 
sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9795.htm
saiba mais?
http://teabrasil.blogspot.pt/2013/03/principios-basicos-
da-educacao-ambiental.html
saiba mais?
Princípios e Objetivos 
O Art. 5o da Lei no 9795/99 enumera os princípios básicos 
da educação ambiental:
I - o enfoque humanista, holístico, democrático e 
participativo;
II - a concepção do meio ambiente em sua totalidade, 
considerando a interdependência entre o meio natural, 
o socioeconômico e o cultural, sob o enfoque da 
sustentabilidade;
III - o pluralismo de ideias e concepções pedagógicas, 
na perspectiva da inter, multi e transdisciplinaridade;
IV - a vinculação entre a ética, a educação, o trabalho 
e as práticas sociais;
V - a garantia de continuidade e permanência do 
processo educativo;
VI - a permanente avaliação crítica do processo 
educativo;
VII - a abordagem articulada das questões ambientais 
locais, regionais, nacionais e globais;
VIII - o reconhecimento e o respeito à pluralidade e à 
diversidade individual e cultural.
São objetivos fundamentais da educação ambiental:
I - o desenvolvimento de uma compreensão 
integrada do meio ambiente em suas múltiplas e 
complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, 
psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, 
científi cos, culturais e éticos;
II - a garantia de democratização das informações 
ambientais;
III - o estímulo e o fortalecimento de uma consciência 
crítica sobre a problemática ambiental e social;
Meio Ambiente Saúde, Trabalho e Meio Ambiente| UNISUAM 
6
Como de fato essa lei se transforma em realidade? 
Você já parou para pensar nisso?
Os Ministérios da Educação e do Meio Ambiente, em parceria com a UNESCO, criaram uma 
cartilha em 2007 com o Título: “Vamos cuidar do Brasil: conceitos e práticas em educação 
ambiental na escola”, que aborda desde conceitos sobre educação ambiental a práticas de 
sucesso nas escolas.
Dentre os assuntos abordados, o manual apresenta propostas de atuação desde a educação 
infantil até o ensino superior, que podemos ver a seguir:
Na educaç ã o infantil e no iní cio doensino fundamental é importante enfatizar a 
sensibilizaç ã o com a percepç ã o, interaç ã o, cuidado e respeito das crianç as para com a 
natureza e a cultura, destacando a diversidade dessa relaç ã o. Nos anos fi nais do ensino 
fundamental, convé m desenvolver o raciocí nio crí tico, prospectivo e interpretativo das questõ es 
socioambientais, bem como a cidadania ambiental. 
No ensino mé dio e na educaç ã o de jovens e adultos, o pensamento crí tico, contextualizado 
e polí tico e a cidadania ambiental devem ser ainda mais aprofundados, podendo ser 
incentivada a atuaç ã o de grupos nã o apenas para a melhoria da qualidade de vida, mas 
especialmente para a busca de justiç a socioambiental, frente à s desigualdades sociais que 
expõ em grupos sociais economicamente vulnerá veis em condiç õ es de risco ambiental.
Quanto ao ensino té cnico, no â mbito do ensino mé dio e educaç ã o superior, é fundamental 
o conhecimento de legislaç ã o e gestã o ambiental aplicá veis à s atividades profi ssionais, 
enfatizando a responsabilidade social e ambiental dos profi ssionais.
Na educaç ã o superior, seria vantajosa a criaç ã o de disciplina ou atividade que trate da 
educaç ã o ambiental, de legislaç ã o e gestã o ambiental, incluindo o enfoque da sustentabilidade 
na formaç ã o dos profi ssionais que atuam nas diferentes á reas. 
Alé m disso, no ensino mé dio, no ensino té cnico e na educaç ã o superior é preciso incentivar 
projetos de pesquisa voltados à construç ã o de metodologias para a abordagem da temá tica 
socioambiental; e a melhoria do ní vel té cnico das prá ticas de produç ã o, uso e ocupaç ã o, 
recuperaç ã o e conservaç ã o ambientais.
IV - o incentivo à participação individual e coletiva, 
permanente e responsável, na preservação do 
equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a defesa 
da qualidade ambiental como um valor inseparável do 
exercício da cidadania;
V - o estímulo à cooperação entre as diversas regiões 
do País, em níveis micro e macrorregionais, com vistas 
à construção de uma sociedade ambientalmente 
equilibrada, fundada nos princípios da liberdade, 
igualdade, solidariedade, democracia, justiça social, 
responsabilidade e sustentabilidade;
VI - o fomento e o fortalecimento da integração com a 
ciência e a tecnologia;
VII - o fortalecimento da cidadania, autodeterminação 
dos povos e solidariedade como fundamentos para o 
futuro da humanidade.
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/publicacao3.pdf
saiba mais?
Meio Ambiente Saúde, Trabalho e Meio Ambiente | UNISUAM
7
O que você achou dessa temática? Na sua análise, a educação ambiental tem estado em 
pauta na formação do cidadão? Discuta essa conscientização com sua família e amigos! 
Vamos juntos fazer um mundo melhor!
Até mais! 
T3 Meio ambiente e trabalho
Olá! Você se lembra que desde o início da nossa disciplina temos falado sobre a importância 
da saúde para o indivíduo e a sociedade, além de enfatizar a manutenção da saúde no espaço 
de trabalho? Então, nesse tópico vamos resgatar algumas dessas ideias a fim de reforçar a 
relação do trabalho com o meio ambiente. Pronto???
O meio ambiente do trabalho, dentro da conceituação de meio ambiente, está inserido no 
meio ambiente artificial. É o local onde o trabalhador exerce suas funções laborativas e onde 
passa grande parte de sua vida. Não necessariamente o ambiente de uma empresa ou fábrica, 
mas o local onde se trabalha, que pode ser externo, como o caso dos agricultores, ou em 
máquinas, como carros e ônibus. 
Proteger o meio ambiente do trabalho significa proteção aos trabalhadores, mas também à 
saúde das populações externas aos estabelecimentos de labor, posto que um meio ambiente 
poluído por indústrias, por exemplo, afeta o meio ambiente interno e externo (VIEIRA, s/ano).
Alvarenga (2013) ressalta que a Lei no 6.938/81, ao inaugurar a política nacional 
do meio ambiente, define no art. 3o, inciso I, que meio ambiente é o conjunto 
de condições, leis, influências, alterações e interações de ordem física, química 
e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas. 
É composto, ainda, por diversos aspectos – natural, artificial, cultural, entre eles - o meio 
ambiente do trabalho. Meio ambiente natural ou físico é aquele formado por elementos 
integrantes da natureza, como a água, o solo, o ar atmosférico, a flora e a fauna e todos os 
demais elementos naturais responsáveis pelo equilíbrio dinâmico entre os seres vivos. Meio 
ambiente cultural é composto pelo patrimônio histórico, artístico, arqueológico, paisagístico, 
turístico e científico. Meio ambiente artificial, por sua vez, é o constituído pelo conjunto de 
edificações, equipamentos públicos, ruas, praças, rodovias e demais elementos que formam 
o espaço urbano construído. 
O direito ao meio ambiente é pressuposto de exercício lógico dos demais direitos fundamentais 
do homem, vez que, em sendo o direito à vida o objeto do direito ambiental, somente aqueles 
que possuírem vida e, mais ainda, vida com qualidade e saúde, terão condições de exercitarem 
os demais direitos humanos, nestes compreendidos os direitos sociais, da personalidade e 
políticos do ser humano (FIORILLO, 1997, p. 32).
O meio ambiente do trabalho, assim, está inserido no ambiente geral (art. 200, VIII, CF/88), 
na medida em que “não há como se falar em qualidade de vida se não houver qualidade 
de trabalho, nem se pode atingir o meio ambiente equilibrado e sustentável, ignorando-se o 
aspecto do meio ambiente do trabalho.” (SANTOS, 2010, p. 28). 
Meio Ambiente Saúde, Trabalho e Meio Ambiente| UNISUAM 
8
é necessário 
refletir sobre 
as condições de 
trabalho a que os 
profissionais estão 
sendo expostos 
e oferecer 
as melhores 
condições
Prevenção e Precaução
O princípio da prevenção é tomado como aquele que impõe 
a adoção das medidas mitigatórias de danos ambientais 
passíveis de precisa previsão. 
Como bem defi ne Antunes (2008, p. 45):
O princípio da prevenção aplica-se a impactos 
ambientais já conhecidos e dos quais se 
possa, com segurança, estabelecer um 
conjunto de nexos de causalidade que seja 
suficiente para identificação de impactos 
futuros. Com base no princípio da prevenção, 
o licenciamento ambiental e, até mesmo, os 
estudos de impacto ambiental podem ser 
realizados e são solicitados pelas autoridades 
públicas. (..) O licenciamento ambiental, na 
qualidade de principal instrumento apto a 
prevenir danos ambientais, age de forma a 
evitar e, especialmente, minimizar e mitigar 
os danos que uma determinada atividade 
causaria ao meio ambiente, caso não fosse 
submetida ao licenciamento ambiental.
Já o princípio da precaução determina que não deve 
ser postergada a utilização de medidas eficazes e 
economicamente viáveis de prevenção da degradação 
ambiental, nas hipóteses em que não se tiver absoluta 
certeza científi ca de que a ação não implicará danos sérios 
ou irreversíveis ao meio ambiente. 
Com propriedade, ao comentar acerca desse princípio, 
Milaré (2005, p. 167) afi rma que “a incerteza científi ca milita 
em favor do meio ambiente, carregando-se ao interessado 
o ônus de provar que as intervenções pretendidas não 
trarão consequências indesejadas para o meio ambiente”. 
Rodrigues (2002, p. 150), por sua vez, destaca que “tem-
se utilizado o postulado da precaução quando se pretende 
evitar risco mínimo ao meio ambiente, nos casos de incerteza 
científi ca acerca de sua degradação”.
Dessa forma, podemos concluir que é necessário refl etir 
sobre as condições de trabalho a que os profi ssionais estão 
sendo expostos e oferecer as melhores condições possíveis.
E você, o que pensa sobre esse assunto?
Até breve!
F o n t e : h t t p : / / w w w. f e e b p r. o r g . b r / i m a g e s /
meioambientetrabalho/Meio%20Ambiente%20do%20
Trabalho.jpg
saiba mais?
Meio Ambiente Saúde, Trabalho e Meio Ambiente | UNISUAM
9
T4 Desenvolvimento sustentável
O desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de supriras necessidades da 
geração atual, sem comprometer a capacidade de atender às necessidades das futuras 
gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro.
Essa defi nição surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, 
criada pelas Nações Unidas para discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos: o 
desenvolvimento econômico e a conservação ambiental.
Não podemos pensar nessa temática sem falar da "Carta da Terra".
A Carta da Terra é uma declaração de princípios éticos fundamentais para a construção, 
no século 21, de uma sociedade global justa, sustentável e pacífi ca. Busca inspirar todos 
os povos a um novo sentido de interdependência global e responsabilidade compartilhada 
voltado para o bem-estar de toda a família humana, da grande comunidade da vida e das 
futuras gerações. É uma visão de esperança e um chamado à ação.
http://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/28588-o-
que-e-desenvolvimento-sustentavel/
saiba mais?
http://www.mma.gov.br/estruturas/agenda21/_
arquivos/folder_carta_da_terra.pdf
saiba mais? A D T EA RT RR AAC
Meio Ambiente Saúde, Trabalho e Meio Ambiente| UNISUAM 
10
Preâ mbulo
 
Estamos diante de um momento crí tico na histó ria da Terra, numa é poca em que a humanidade 
deve escolher o seu futuro. À medida em que o mundo torna-se cada vez mais interdependente 
e frá gil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para 
seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio de uma magní fi ca diversidade de culturas 
e formas de vida, somos uma famí lia humana e uma comunidade terrestre com um destino 
comum. Devemos somar forç as para gerar uma sociedade sustentá vel global baseada no 
respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiç a econô mica e numa cultura 
da paz. Para chegar a este propó sito, é imperativo que nó s, os povos da Terra, declaremos 
nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com 
as futuras geraç õ es.
 
 
Terra, Nosso Lar
 
A humanidade é parte de um vasto universo em evoluç ã o. A Terra, nosso lar, está viva com 
uma comunidade de vida ú nica. As forç as da natureza fazem da existê ncia uma aventura 
exigente e incerta, mas a Terra providenciou as condiç õ es essenciais para a evoluç ã o da 
vida. A capacidade de recuperaç ã o da comunidade da vida e o bem-estar da humanidade 
dependem da preservaç ã o de uma biosfera saudá vel com todos seus sistemas ecoló gicos, 
uma rica variedade de plantas e animais, solos fé rteis, á guas puras e ar limpo. O meio 
ambiente global com seus recursos fi nitos é uma preocupaç ã o comum de todas as pessoas. 
A proteç ã o da vitalidade, diversidade e beleza da Terra é um dever sagrado.
Meio Ambiente Saúde, Trabalho e Meio Ambiente | UNISUAM
11
A Situaç ã o Global
 
Os padrõ es dominantes de produç ã o e consumo estã o causando devastaç ã o ambiental, 
reduç ã o dos recursos e uma massiva extinç ã o de espé cies. Comunidades estã o sendo 
arruinadas. Os benefí cios do desenvolvimento nã o estã o sendo divididos equitativamente e o 
fosso entre ricos e pobres está aumentando. A injustiç a, a pobreza, a ignorâ ncia e os confl itos 
violentos tê m aumentado e sã o causa de grande sofrimento. O crescimento sem precedentes 
da populaç ã o humana tem sobrecarregado os sistemas ecoló gico e social. As bases da 
seguranç a global estã o ameaç adas. Essas tendê ncias sã o perigosas, mas nã o inevitá veis.
 
 
Desafi os para o Futuro
 
A escolha é nossa: formar uma alianç a global para cuidar da Terra e uns dos outros, ou arriscar 
a nossa destruiç ã o e a da diversidade da vida. Sã o necessá rias mudanç as fundamentais 
dos nossos valores, instituiç õ es e modos de vida. Devemos entender que, quando as 
necessidades bá sicas forem atingidas, o desenvolvimento humano será primariamente 
A escolha é nossa: formar uma alianç a global para cuidar da Terra e uns dos outros, ou arriscar A escolha é nossa: formar uma alianç a global para cuidar da Terra e uns dos outros, ou arriscar 
a nossa destruiç ã o e a da diversidade da vida. Sã o necessá rias mudanç as fundamentais a nossa destruiç ã o e a da diversidade da vida. Sã o necessá rias mudanç as fundamentais 
dos nossos valores, instituiç õ es e modos de vida. Devemos entender que, quando as dos nossos valores, instituiç õ es e modos de vida. Devemos entender que, quando as 
necessidades bá sicas forem atingidas, o desenvolvimento humano será primariamente necessidades bá sicas forem atingidas, o desenvolvimento humano será primariamente 
voltado a ser mais, nã o a ter mais. Temos o conhecimento 
e a tecnologia necessá rios para abastecer a todos e reduzir 
nossos impactos ao meio ambiente. O surgimento de uma 
sociedade civil global está criando novas oportunidades para 
construir um mundo democrá tico e humano.
 
Nossos desafi os ambientais, econô micos, polí ticos, sociais 
e espirituais estã o interligados, e juntos podemos forjar 
soluç õ es includentes.
 
Responsabilidade Universal
 
Para realizar estas aspiraç õ es, devemos decidir viver com 
um sentido de responsabilidade universal, identifi cando-nos 
com toda a comunidade terrestre, bem como com nossa 
comunidade local. Somos, ao mesmo tempo, cidadã os 
de naç õ es diferentes e de um mundo no qual a dimensã o 
local e global estã o ligadas. Cada um compartilha da 
responsabilidade pelo presente e pelo futuro, pelo bem-
estar da famí lia humana e de todo o mundo dos seres vivos. 
O espí rito de solidariedade humana e de parentesco com 
toda a vida é fortalecido quando vivemos com reverê ncia o 
misté rio da existê ncia, com gratidã o pelo dom da vida, e com 
humildade, considerando em relaç ã o ao lugar que ocupa o 
ser humano na natureza.
 
Necessitamos com urgê ncia de uma visã o compartilhada 
de valores bá sicos para proporcionar um fundamento 
é tico à comunidade mundial emergente. Portanto, juntos 
na esperanç a, afi rmamos os seguintes princí pios, todos 
interdependentes, visando um modo de vida sustentá vel 
como crité rio comum, por meio dos quais a conduta de 
todos os indiví duos, organizaç õ es, empresas, governos, e 
instituiç õ es transnacionais será guiada e avaliada.
Meio Ambiente Saúde, Trabalho e Meio Ambiente| UNISUAM 
12
Princípios
 
I. RESPEITAR E CUIDAR DA COMUNIDADE DA VIDA
 
1. Respeitar a Terra e a vida em toda sua diversidade. 
a. Reconhecer que todos os seres são interligados e cada forma de vida tem valor, 
independentemente de sua utilidade para os seres humanos.
b. Afirmar a fé na dignidade inerente de todos os seres humanos e no potencial 
intelectual, artístico, ético e espiritual da humanidade.
 
2. Cuidar da comunidade da vida com compreensão, compaixão e amor. 
a. Aceitar que, com o direito de possuir, administrar e usar os recursos naturais vem o 
dever de impedir o dano causado ao meio ambiente e de proteger os direitos das pessoas.
b. Assumir que o aumento da liberdade, dos conhecimentos e do poder implica 
responsabilidade na promoção do bem comum.
 
3. Construir sociedades democráticas que sejam justas, participativas, sustentáveis e 
pacíficas.
a. Assegurar que as comunidades em todos níveis garantam os direitos humanos e 
as liberdades fundamentais e proporcionem a cada um a oportunidade de realizar 
seu pleno potencial.
b. Promover a justiça econômica e social, propiciando a todos a consecução de uma 
subsistência significativa e segura, que seja ecologicamente responsável.
 
4. Garantir as dádivas e a beleza da Terra para as atuais e as futuras gerações.
a. Reconhecer que a liberdade de ação de cada geração é condicionada pelas 
necessidades das gerações futuras.
b. Transmitir às futuras gerações valores, tradições e instituições que apoiiem, em 
longo prazo, a prosperidade das comunidades humanas e ecológicas da Terra.
Para poder cumprir estes quatro amplos compromissos, é necessário:
 
 
II. INTEGRIDADE ECOLÓGICA5. Proteger e restaurar a integridade dos sistemas ecológicos da Terra, com especial 
preocupação pela diversidade biológica e pelos processos naturais que sustentam a vida.
a. Adotar planos e regulamentações de desenvolvimento sustentável em todos os 
níveis que façam com que a conservação ambiental e a reabilitação sejam parte 
integral de todas as iniciativas de desenvolvimento. 
b. Estabelecer e proteger as reservas com uma natureza viável e da biosfera, incluindo 
terras selvagens e áreas marinhas, para proteger os sistemas de sustento à vida da 
Terra, manter a biodiversidade e preservar nossa herança natural.
c. Promover a recuperação de espécies e ecossistemas ameaçados.
d. Controlar e erradicar organismos não-nativos ou modificados geneticamente que 
causem dano às espécies nativas, ao meio ambiente, e prevenir a introdução desses 
organismos daninhos.
e. Manejar o uso de recursos renováveis como água, solo, produtos florestais e 
vida marinha de forma que não excedam as taxas de regeneração e que protejam a 
sanidade dos ecossistemas. 
f. Manejar a extração e o uso de recursos não-renováveis, como minerais e combustíveis 
fósseis de forma que diminuam a exaustão e não causem dano ambiental grave.
 
Meio Ambiente Saúde, Trabalho e Meio Ambiente | UNISUAM
13
6. Prevenir o dano ao ambiente como o melhor método de proteção ambiental e, quando o 
conhecimento for limitado, assumir uma postura de precaução.
a. Orientar ações para evitar a possibilidade de sérios ou irreversíveis danos ambientais 
mesmo quando a informação científica for incompleta ou não conclusiva.
b. Impor o ônus da prova àqueles que afirmarem que a atividade proposta não 
causará dano significativo e fazer com que os grupos sejam responsabilizados pelo 
dano ambiental.
c. Garantir que a decisão a ser tomada se oriente pelas consequências humanas 
globais, cumulativas, de longo prazo, indiretas e de longo alcance.
d. Impedir a poluição de qualquer parte do meio ambiente e não permitir o aumento 
de substâncias radioativas, tóxicas ou outras substâncias perigosas.
e. Evitar que atividades militares causem dano ao meio ambiente.
 
7. Adotar padrões de produção, consumo e reprodução que protejam as capacidades 
regenerativas da Terra, os direitos humanos e o bem-estar comunitário.
a. Reduzir, reutilizar e reciclar materiais usados nos sistemas de produção e consumo 
e garantir que os resíduos possam ser assimilados pelos sistemas ecológicos.
b. Atuar com restrição e eficiência no uso de energia e recorrer cada vez mais aos 
recursos energéticos renováveis, como a energia solar e do vento.
c. Promover o desenvolvimento, a adoção e a transferência equitativa de tecnologias 
ambientais saudáveis.
d. Incluir totalmente os custos ambientais e sociais de bens e serviços no preço de 
venda e habilitar os consumidores a identificar produtos que satisfaçam as mais altas 
normas sociais e ambientais.
e. Garantir acesso universal à assistência de saúde que fomente a saúde reprodutiva 
e a reprodução responsável.
f. Adotar estilos de vida que acentuem a qualidade de vida e subsistência material 
num mundo finito.
 
8. Avançar o estudo da sustentabilidade ecológica e promover a troca aberta e a ampla 
aplicação do conhecimento adquirido.
a. Apoiar a cooperação científica e técnica internacional relacionada à sustentabilidade, 
com especial atenção às necessidades das nações em desenvolvimento.
b. Reconhecer e preservar os conhecimentos tradicionais e a sabedoria espiritual em 
todas as culturas que contribuam para a proteção ambiental e o bem-estar humano.
c. Garantir que informações de vital importância para a saúde humana e para a proteção 
ambiental, incluindo informação genética, estejam disponíveis ao domínio público.
 
 
III. JUSTIÇA SOCIAL E ECONÔMICA
 
9. Erradicar a pobreza como um imperativo ético, social e ambiental.
a. Garantir o direito à água potável, ao ar puro, à segurança alimentar, aos solos não-
contaminados, ao abrigo e saneamento seguro, distribuindo os recursos nacionais e 
internacionais requeridos.
b. Prover cada ser humano de educação e recursos para assegurar uma subsistência 
sustentável, e proporcionar seguro social e segurança coletiva a todos aqueles que 
não são capazes de manter-se por conta própria.
c. Reconhecer os ignorados, proteger os vulneráveis, servir àqueles que sofrem, e 
permitir-lhes desenvolver suas capacidades e alcançar suas aspirações.
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10. Garantir que as atividades e instituições econômicas em todos os níveis promovam o 
desenvolvimento humano de forma equitativa e sustentável.
a. Promover a distribuição equitativa da riqueza dentro das e entre as nações.
b. Incrementar os recursos intelectuais, financeiros, técnicos e sociais das nações 
em desenvolvimento e isentá-las de dívidas internacionais onerosas.
c. Garantir que todas as transações comerciais apoiem o uso de recursos sustentáveis, 
a proteção ambiental e normas trabalhistas progressistas.
d. Exigir que corporações multinacionais e organizações financeiras internacionais 
atuem com transparência em benefício do bem comum e responsabilizá-las pelas 
consequências de suas atividades.
 
11. Afirmar a igualdade e a equidade de gênero como pré-requisitos para o desenvolvimento 
sustentável e assegurar o acesso universal à educação, assistência de saúde e às 
oportunidades econômicas.
a. Assegurar os direitos humanos das mulheres e das meninas e acabar com toda 
violência contra elas. 
b. Promover a participação ativa das mulheres em todos os aspectos da vida 
econômica, política, civil, social e cultural como parceiras plenas e paritárias, 
tomadoras de decisão, líderes e beneficiárias.
c. Fortalecer as famílias e garantir a segurança e a educação amorosa de todos os 
membros da família.
 
12. Defender, sem discriminação, os direitos de todas as pessoas a um ambiente natural e 
social, capaz de assegurar a dignidade humana, a saúde corporal e o bem-estar espiritual, 
concedendo especial atenção aos direitos dos povos indígenas e minorias.
a. Eliminar a discriminação em todas suas formas, como as baseadas em raça, cor, 
gênero, orientação sexual, religião, idioma e origem nacional, étnica ou social.
b. Afirmar o direito dos povos indígenas à sua espiritualidade, conhecimentos, terras 
e recursos, assim como às suas práticas relacionadas a formas sustentáveis de vida.
c. Honrar e apoiar os jovens das nossas comunidades, habilitando-os a cumprir seu 
papel essencial na criação de sociedades sustentáveis.
d. Proteger e restaurar lugares notáveis pelo significado cultural e espiritual.
 
 
IV.DEMOCRACIA, NÃO VIOLÊNCIA E PAZ
 
13. Fortalecer as instituições democráticas em todos os níveis e proporcionar-lhes 
transparência e prestação de contas no exercício do governo, participação inclusiva na 
tomada de decisões, e acesso à justiça.
a. Defender o direito de todas as pessoas no sentido de receber informação clara 
e oportuna sobre assuntos ambientais e todos os planos de desenvolvimento e 
atividades que poderiam afetá-las ou nos quais tenham interesse.
b. Apoiar sociedades civis locais, regionais e globais e promover a participação 
significativa de todos os indivíduos e organizações na tomada de decisões.
c. Proteger os direitos à liberdade de opinião, de expressão, de assembleia pacífica, 
de associação e de oposição.
d. Instituir o acesso efetivo e eficiente a procedimentos administrativos e judiciais 
independentes, incluindo retificação e compensação por danos ambientais e pela 
ameaça de tais danos.
e. Eliminar a corrupção em todas as instituições públicas e privadas.
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f. Fortalecer as comunidades locais, habilitando-as a cuidar dos seus próprios 
ambientes, e atribuir responsabilidades ambientais aos níveis governamentais onde 
possam ser cumpridas mais efetivamente.14. Integrar, na educação formal e na aprendizagem ao longo da vida, os conhecimentos, 
valores e habilidades necessárias para um modo de vida sustentável.
a. Oferecer a todos, especialmente a crianças e jovens, oportunidades educativas que 
lhes permitam contribuir ativamente para o desenvolvimento sustentável.
b. Promover a contribuição das artes e humanidades, assim como das ciências, na 
educação para sustentabilidade.
c. Intensificar o papel dos meios de comunicação de massa no sentido de aumentar 
a sensibilização para os desafios ecológicos e sociais.
d. Reconhecer a importância da educação moral e espiritual para uma subsistência 
sustentável.
 
15. Tratar todos os seres vivos com respeito e consideração.
a. Impedir crueldades aos animais mantidos em sociedades humanas e protegê-los 
de sofrimentos.
b. Proteger animais selvagens de métodos de caça, armadilhas e pesca que causem 
sofrimento extremo, prolongado ou evitável.
c. Evitar ou eliminar ao máximo possível a captura ou destruição de espécies não visadas.
 
16. Promover uma cultura de tolerância, não violência e paz.
a. Estimular e apoiar o entendimento mútuo, a solidariedade e a cooperação entre 
todas as pessoas, dentro das e entre as nações.
b. Implementar estratégias amplas para prevenir conflitos violentos e usar a 
colaboração na resolução de problemas para manejar e resolver conflitos ambientais 
e outras disputas.
c. Desmilitarizar os sistemas de segurança nacional até chegar ao nível de uma postura 
não-provocativa da defesa e converter os recursos militares em propósitos pacíficos, 
incluindo restauração ecológica.
d. Eliminar armas nucleares, biológicas e tóxicas e outras armas de destruição em massa.
e. Assegurar que o uso do espaço orbital e cósmico mantenha a proteção ambiental e a paz.
f. Reconhecer que a paz é a plenitude criada por relações corretas consigo mesmo, 
com outras pessoas, outras culturas, outras vidas, com a Terra e com a totalidade 
maior da qual somos parte.
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O caminho adiante
 
Como nunca antes na história, o destino comum nos conclama a buscar um novo começo. 
Tal renovação é a promessa dos princípios da Carta da Terra. Para cumprir esta promessa, 
temos que nos comprometer a adotar e promover os valores e objetivos da Carta.
Isto requer uma mudança na mente e no coração. Requer um novo sentido de interdependência 
global e de responsabilidade universal. Devemos desenvolver e aplicar com imaginação a 
visão de um modo de vida sustentável aos níveis local, nacional, regional e global. Nossa 
diversidade cultural é uma herança preciosa, e diferentes culturas encontrarão suas próprias 
e distintas formas de realizar esta visão. Devemos aprofundar e expandir o diálogo global 
gerado pela Carta da Terra, porque temos muito que aprender a partir da busca iminente e 
conjunta por verdade e sabedoria.
A vida muitas vezes envolve tensões entre valores importantes. Isto pode significar escolhas 
difíceis. Porém, necessitamos encontrar caminhos para harmonizar a diversidade com a 
unidade, o exercício da liberdade com o bem comum, objetivos de curto prazo com metas 
de longo prazo. Todo indivíduo, família, organização e comunidade têm um papel vital a 
desempenhar. As artes, as ciências, as religiões, as instituições educativas, os meios de 
comunicação, as empresas, as organizações não-governamentais e os governos são todos 
chamados a oferecer uma liderança criativa. A parceria entre governo, sociedade civil e 
empresas é essencial para uma governabilidade efetiva.
Para construir uma comunidade global sustentável, as nações do mundo devem renovar seu 
compromisso com as Nações Unidas, cumprir com suas obrigações respeitando os acordos 
internacionais existentes e apoiar a implementação dos princípios da Carta da Terra com um 
instrumento internacional legalmente unificador quanto ao ambiente e ao desenvolvimento. 
Que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar de uma nova reverência face à vida, pelo 
compromisso firme de alcançar a sustentabilidade, a intensificação da luta pela justiça e pela 
paz, e a alegre celebração da vida.
T5 Meio ambiente e a responsabilidade social
Os primeiros estudos que tratam da responsabilidade social tiveram início nos Estados 
Unidos, na década de 50, e na Europa, nos anos 60. As primeiras manifestações sobre 
este tema surgiram, no início do século, em trabalhos de Charles Eliot (1906), Arthur Hakley 
(1907) e John Clarck (1916). No entanto, tais manifestações não receberam apoio, pois foram 
consideradas de cunho socialista. Foi somente em 1953, nos Estados Unidos, com o livro 
Social Responsabilities of the Businessman, de Howard Bowen, que o tema recebeu atenção 
e ganhou espaço. Na década de 70, surgiram associações de profissionais interessados 
em estudar o tema: American Accouting Association e American Institute of Certified Public 
Accountants. É a partir daí que a responsabilidade social deixa de ser uma simples curiosidade 
e se transforma num novo campo de estudo. A responsabilidade social revela-se, então, um 
fator decisivo para o desenvolvimento e crescimento das empresas.
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http://meioambiente.culturamix.com/gestao-ambiental/
signifi cado-de-responsabilidade-social
saiba mais?
Visões de Responsabilidade Social
De acordo com Melo Neto e Froes (2001), a melhor maneira 
de analisar o conceito de responsabilidade social empresarial 
é identifi cando as diversas visões existentes, apresentadas 
a seguir:
• A responsabi l idade social como at i tude e 
comportamento empresarial ético e responsável: É 
dever e compromisso da organização assumir uma 
postura transparente, responsável e ética em suas 
relações com os seus diversos públicos (governo, 
clientes, fornecedores, comunidade etc.)
• A responsabilidade social como um conjunto de valores: Não incorpora apenas conceitos 
éticos, mas uma série de outros conceitos que lhe proporcionam sustentabilidade, como 
por exemplo, autoestima dos funcionários, desenvolvimento social e outros.
• A responsabilidade social como postura estratégica empresarial: A busca da 
responsabilidade social é vista como uma ação social estratégica que gera retorno 
positivo aos negócios, ou seja, os resultados são medidos por meio do faturamento, 
vendas e market share.
• A responsabilidade social como estratégia de relacionamento: Voltado para a melhoria 
de qualidade do relacionamento com seus diversos públicos-alvo, a responsabilidade 
social é usada como estratégia de marketing de relacionamento, especialmente com 
clientes, fornecedores e distribuidores.
• A responsabilidade social como estratégia de marketing institucional: O foco está na 
melhoria da imagem institucional da empresa. São os ganhos institucionais da condição 
de empresa-cidadã que justifi cam os investimentos em ações sociais encetadas pela 
empresa.
• A responsabilidade social como estratégia de valorização das ações da empresa 
(agregação de valor): Para Georgete Pereira, “a reputação de uma empresa e o valor de 
suas ações no mercado andam juntos” (CECATO, 2000 apud MELO NETO E FROES, 
2001, p.40). Uma pesquisa feita por esta organização identifi cou que 70% do valor de 
mercado de uma empresa dependem de seus resultados fi nanceiros. Os outros 30% 
dependem da sua reputação no mercado.
• A responsabilidade social como estratégia de recursos humanos: As ações são 
focadas nos colaboradores e nos seus dependentes, com o objetivo de satisfazê-los e 
consequentemente reter seus principais talentos e aumentar a produtividade.
• A responsabilidade social como estratégia de valorização de produtos/serviços: O objetivo 
não é apenas comprovar a qualidade dos produtos/serviços da empresa, mas também 
proporcionar-lhes o status de “socialmente corretos”.
• A responsabilidade social como estratégia de inserção na comunidade: A empresa busca 
aprimorar suas relações com a comunidade e a sociedadee também a defi nição de 
novas formas de continuar nela inserida.
• A responsabilidade social como estratégia social de desenvolvimento na comunidade: 
A responsabilidade social é vista como uma estratégia para o desenvolvimento social 
da comunidade. Dessa forma, a organização passa a assumir papel de agente do 
desenvolvimento local, junto com outras entidades comunitárias e o próprio governo.
• A responsabilidade social como promotora da cidadania individual e coletiva: A empresa, 
mediante suas ações, ajuda seus colaboradores a se tornarem verdadeiros cidadãos e 
contribui para a promoção da cidadania na sociedade e na comunidade.
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Para que possamos encerrar essa unidade com 
chave de ouro assista esse último vídeo que traz uma 
refl exão sobre a responsabilidade social: https://www.
youtube.com/watch?v=Iwq1EVfFZds
saiba mais?
• A responsabilidade social como exercício de consciência ecológica: A responsabilidade 
social é vista como responsabilidade ambiental. A empresa investe em programas de 
educação e preservação do meio ambiente, e consequentemente, torna-se uma difusora 
de valores e práticas ambientalistas.
• A responsabilidade social como exercício de capacitação profi ssional: Neste caso, o 
exercício de responsabilidade social se dá com a capacitação profi ssional dos membros 
da comunidade e empregados da empresa.
• A responsabilidade social como estratégia de integração social: Esse conceito parte 
do pressuposto de que o maior desafi o histórico da nossa sociedade atual é o de criar 
condições para que se atinja a efetiva inclusão social no país.
• Responsabilidade Social tem um conceito amplo, com muitos signifi cados e sinônimos, 
cidadania corporativa, desenvolvimento sustentável, crescimento sustentável, 
sustentabilidade, capitalismo sustentável, fi lantropia empresarial, marketing social e 
ativismo social empresarial. Todos estes desfechos referem-se em geral ao conjunto 
de ações estabelecidas por empresas em relação a sociedade que transitam a esfera 
direta da sua atividade económica (Joana Garcia, 2004).
• A responsabilidade social de uma empresa melhora a sua comunicação com a sociedade 
por uma simples razão: a partir do momento em que a empresa está convencida do 
seu papel social e se orienta para a melhoria contínua dessa sociedade, este esforço 
resulta apenas num constante fortalecimento, que aumenta e reforça o seu conceito 
junto dessa mesma sociedade.
Percebe-se então que inúmeras são as interpretações e defi nições de Responsabilidade 
Social Empresarial, e que cada empresa acaba atuando de uma forma perante si e a 
sociedade.
Conclusão
Chegamos ao fi nal da nossa última unidade!!! Caminhamos um grande percurso juntos e 
espero que essa jornada tenha sido prazerosa e rica em aprendizado.
Trabalhamos nessa unidade a temática do meio ambiente como foco, relacionado à saúde, 
ao trabalho, à sustentabilidade e à responsabilidade social.
Esperamos que você refl ita sobre essas questões e que faça a diferença em sua família e 
comunidade enquanto cidadão e profi ssional.
Até mais!
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Referências
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do trabalhador. Meio ambiente do Trabalho. Revista Eletrônica outubro 2013. Disponível 
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