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Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) e Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA)

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FADIR – Faculdade de Direito e Relações Internacionais
Acadêmico: Jehad Ibrahim
Acadêmica: Letícia Andrade
Profª Drª Verônica Maria Bezerra Guimarães
Direito Ambiental
(Bacharel em Direito | RAE | 2020.2)
	
A Lei 6.938/1981 constituiu a Política Nacional do Meio Ambiente para efetivar o direito fundamental previsto no Art. 225 da CF, mas para implementá-la foi criado o SISNAMA (Sistema Nacional do Meio Ambiente), formado por órgãos e instituições ambientais da União, Estados, DF e Municípios, todos aqueles que atuam de alguma forma na Política Nacional do Meio Ambiente.
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
O objetivo geral da PNMA é de regulamentar as várias atividades que envolvam o meio ambiente, para que haja preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental, tornando favorável a vida, assegurando à população condições propícias para seu desenvolvimento social e econômico, esses objetivos para serem atingidos, devem ser orientados por princípios, fundamentais na busca da proteção ambiental.[footnoteRef:1] [1: RODRIGUES, M. M. Política Nacional do Meio Ambiente e a eficácia de seus instrumentos. Âmbito Jurídico , v. 74, p. 1, 2010.] 
Já os objetivos específicos estão elencados no Art. 4º da Lei citada anteriormente, conforme:
I – à compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico;
II – à definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à qualidade e ao equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios;
III – ao estabelecimento de critérios e padrões de qualidade ambiental e de normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais;
IV – ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnológicas nacionais orientadas para o uso racional de recursos ambientais;
V – à difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação de dados e informações ambientais e à formação de uma consciência pública sobre a necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico;
VI – à preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas à utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a manutenção do equilíbrio ecológico propicio à vida;
VII – à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados, e ao usuário da contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins econômicos.
O Artigo 6º da Lei 6398/81 estabeleceu a estruturação do SISNAMA em seis níveis político- administrativos diferenciados, pelo qual, cada órgão tem que desempenhar uma função específica. Assim, o SISNAMA é composto pela seguinte estrutura:
Órgão Superior: sua função é assessorar o Presidente para a formulação da Política Nacional e nas diretrizes governamentais voltadas ao meio ambiente. 
Órgão Consultivo e Deliberativo: É o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), presidido pelo Ministro do Meio Ambiente congrega órgãos federais, estaduais e municipais, além do setor empresarial e a sociedade civil.
Órgão Central: O Ministério do Meio Ambiente tem como missão promover a adoção de princípios e estratégias para o conhecimento, proteção e recuperação do meio ambiente.
Órgãos Executores: Tem a finalidade de executar e fazer executar as políticas e diretrizes fixadas para o meio ambiente, tendo como exemplo o IBAMA e o ICMBio.
Órgãos Seccionais: Entidades estaduais responsáveis pela execução dos programas de fiscalização das atividades que podem provocar degradação ambiental. Tendo como exemplo o CONSEMA.
Órgãos Locais: Entidades municipais responsáveis pela execução dos programas de fiscalização das atividades que podem provocar degradação ambiental. Tendo como exemplo o COMDEMA.
Aos órgãos estaduais cabem as mesmas atribuições, só que no âmbito do estado: criação de leis e normas complementares (podendo ser mais restritivas) que as existentes em nível federal, estímulo ao crescimento da consciência ambiental, fiscalização e licenciamento de obras que possam causar impacto em dois ou mais municípios. O modelo se repete para os órgãos municipais. O modelo de gestão definido pela política Nacional de meio Ambiente baseia-se no princípio do compartilhamento e da descentralização das responsabilidades pela proteção ambiental entre os entes federados e com os diversos setores da sociedade.[footnoteRef:2] [2: https://www.mma.gov.br/governanca-ambiental/sistema-nacional-do-meio-ambiente/ - Sistema Nacional do Meio Ambiente
] 
Os Instrumentos da PNMA, estão elencados no artigo 9º da Lei n.º 6.938/81. São mecanismos utilizados pela Administração Pública para que os objetivos da política nacional sejam alcançados, sendo eles:
I – a definição dos padrões ambientais que estabelecem os limites de uso e manejo de recursos para que não haja prejuízo ao meio ambiente.
II - o zoneamento ambiental (federal, estadual e municipal) que visa o uso eficiente o solo.
III - a avaliação e relatórios de impactos ambientais;
IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras a fim de minimizar os danos causados ao meio ambiente por interferência humana.
V - os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou absorção de tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental;
VI - a criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder Público federal, estadual e municipal, tais como áreas de proteção ambiental, de relevante interesse ecológico e reservas extrativistas;
VII - o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente;
VIII - o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental;
IX - as penalidades disciplinares ou compensatórias ao não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental.
X - a instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a ser divulgado anualmente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA;
XI - a garantia da prestação de informações relativas ao Meio Ambiente, obrigando-se o Poder Público a produzi-las, quando inexistentes;
XII - o Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente poluidoras e/ou utilizadoras dos recursos ambientais.
XIII - instrumentos econômicos, como concessão florestal, servidão ambiental, seguro ambiental e outros.
Hoje, com a Lei prestes a completar 40 anos podemos reafirmar que de fato foi um marco histórico para a proteção ambiental do País, sendo responsável pela inclusão das questões ambientais nas gestões públicas, a lei fez com que o meio ambiente fosse visto de outra forma no campo econômico-industrial do país e é de fato a maior e mais importante referência de proteção ambiental pelo menos na América Latina.

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